Pensadores Alemães

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Um procura um parteiro para os seus pensamentos, outro alguém a quem possa ajudar: é assim que nasce uma boa conversa.

Quanto mais abstracta for a verdade que queres ensinar, mais tens que seduzir os sentimentos a seu favor.

Na minha vida ainda preciso de discípulos, e se os meus livros não serviram de anzol, falharam a sua intenção. O melhor e essencial só se pode comunicar de homem para homem.

Em tempo de paz o homem belicoso ataca-se a si próprio.

Uma pessoa continua a trabalhar porque o trabalho é uma forma de diversão. Mas temos de ter cuidado para não deixarmos a diversão tornar-se demasiado penosa.

A grandeza do homem consiste em que ele é uma ponte e não um fim; o que nos pode agradar no homem é ele ser transição e queda.

Friedrich Nietzsche
Assim Falou Zaratustra. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

Nenhum vencedor acredita no acaso.

As próprias mulheres, no fundo de toda a sua vaidade pessoal, têm sempre um desprezo impessoal - pela mulher.

Toda a arte e toda a filosofia podem ser consideradas como remédios da vida, ajudantes do seu crescimento ou bálsamo dos combates: postulam sempre sofrimento e sofredores.

Há uma inocência na mentira que é o sinal da boa fé numa causa.

A vaidade dos outros só vai contra o nosso gosto quando vai contra a nossa vaidade.

Perante nós mesmo todos fingimos ser mais ingênuos do que somos: é deste modo que descansamos dos nossos semelhantes.

É só dos sentidos que procede toda a autenticidade, toda a boa consciência, toda a evidência da verdade.

Os erros de grandes homens... são mais fecundos que as verdades de pequenos.

Se se tem caráter, tem-se também uma experiência típica própria, que sempre retorna.

Onde não intervém o amor ou o ódio, a mulher sai-se mediocremente.

Os métodos são as verdadeiras riquezas.

Não há nada que deprima mais o ser humano (mais depressa) do que a paixão do ressentimento.

O sucesso tem sido sempre um grande mentiroso.

A principal mentira é a que contamos a nós mesmos.

Friedrich Nietzsche
O Anticristo e Ditirambos de Dionísio. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Nota: O pensamento pertence ao livro “O Anticristo”.

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