Pensadores Alemães
Sendo natural que percamos metade do nosso dia, faz parte da sobrevivência aproveitar muito bem a outra metade. Mais do que isso é ingressar no pelotão de destaque.
Se eu quiser que minhas afirmações tenham alguma utilidade, 90% do meu esforço deve se focar em não menosprezar, não ofender e, sobretudo, em não falar bobagem. Uma vez já trabalhados esses moldes, posso permitir meus 10% da energia restantes à divertida tarefa de pensar e afirmar.
Excetuando compromissos, a solução para minha improdutividade é: fazer outra coisa sempre que a tarefa estiver muito interessante e pouco útil, ou muito útil mas pouco interessante. Já para cumprir os tais compromissos, a solução parece ser ranger os dentes mesmo.
Um dos fatores que mais encoraja meu veganismo é jamais ter conhecido algum crítico (do veganismo) que demonstre ter estudado minimamente a questão.
“Realização” (também conhecida como felicidade) é a palavra dada para a percepção de correspondermos ou superarmos nossa vocação de grandeza pessoal.
E conseguimos isso através de uma única coisa: a parcela do nosso tempo que dedicamos a coisas úteis nesse sentido.
Para um diálogo ter alcance amplo, 90% do nosso trabalho deve se focar em não falar besteiras, não menosprezar, não ofender. Uma vez já trabalhados esses moldes, podemos dedicar os 10% da energia que restam à divertida tarefa de afirmar ideias.
A relação de conversão entre “benefícios recebidos” vs. “colaborações necessárias a eles” antecede toda ideologia.
No labirinto dos meus desejos, o cumprimento do dever sempre se revelou a saída mais eficiente. Talvez, a única existente. E teria sido também a mais simples, se não fossem as mentiras que eu insisti em contar para mim mesmo.
Se você é um enrolador compulsivo e incurável, como eu, tenho um recurso que aumentou bastante minha produtividade: mudar de tarefa sempre que estiver entediado. O segredo é: nas mais importantes, voltar a elas mais vezes. Nas menos importantes, voltor a elas menos vezes. A mudança de tarefa combate o tédio, que é a grande causa da minha enrolação.
A fé e a ciência ocidentais me ensinaram que minha mente administra meu corpo. Os anos por sua vez me mostraram equivalente necessidade do corpo comandar a mente, epecialmente na letargia ou na hiperatividade desta.
O equilíbrio de forças que inocentemente chamamos de “Bem e Mal” é algo notório na natureza e detectável tanto nas ciências exatas quanto nas biológicas. Todos buscam o bom e o belo... quando lhes é possível (sendo que naturalmente nem sempre é possível). As ações colaborativas ganham em número, mas as ações predatórias ganham em força: 1000 ações corretas podem não ter a eficácia colaborativa que repare uma única ação predatória. O esgotamento das possibilidades colaborativas levará a estratégias predatórias, e vice-versa, numa eterna busca pelo equilíbrio que nunca chegará ao fim. Porque é desta forma que se constitui o Universo que conhecemos.
Por centenas de milhares de anos, todos os primatas (dos menores saguis até nós) se estabeleceram no planeta em grupos que não passavam de dezenas de indivíduos. Cada grupo tinha seu líder. Grupos competiam pela subsistência.
O que causou confusão na nossa pobre cabecinha foi a irreversível agricultura, que começou a transformar os antigos grupos em multidões. Aí nosso instinto de grupo ficou perdido, dando início ao que viraria nossa moderna polêmica de política, religião e respectivas guerras. Esse é o "homem das multidões" tentando, instintiva e perdidamente, restabelecer suas necessidades biológicas de pertencimento de grupo e reconhecimento de liderança.
Acontece que nossas antigas ferramentas (estabelecimento de grupo e transformação do meio) que conferiram tanta prosperidade à espécie, hoje conduzem a ela própria (e a outras) a vidas infernais e à aniquilação final.
O homem coletivo, que nivela a própria importância à do semelhante e a de todas as formas de vida, que tenta retomar à outrora perdida condição sustentável, é a inédita tentativa de uma espécie tentando conscientemente superar suas necessidades instintivas, direcionando toda necessidade de liderança e transformação para si mesmo, e assim moldar sua própria evolução como espécie. Se triunfar, se converterá no além-homem. Se fracassar, será o último-homem.
A única coisa que pode dar significado positivo à vida é desempenhar algum trabalho mais cativante que o cansaço e as distrações. O resto é consequência ou insignificância.
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