Pensadores Alemães
Escolher os amigos de acordo com seus princípios só não é mais tolo do que escolher seus princípios de acordo com seus amigos. Só posso formar princípios de acordo com o que sinto e raciocino. E só posso formar amigos entre os que discutem cordialmente qualquer princípio.
As leis do lugar onde você vive são as únicas coisas que você tem o dever de saber. As coisas que lhe interessam pessoalmente, você só tem o dever de procurar saber.
É mais seguro se reaproximar de uma pessoa que já te prejudicou do que de uma já prejudicada por você.
Ninguém está livre de ter impulsos idiotas. Mas o que constitui o idiota de fato é não conseguir freá-los.
Em nosso progresso pessoal, algo se mostra tão produtivo no que tange a nossos semelhantes quanto todas as benfeitorias, incluindo os aprendizados: o tanto que conseguimos ser refratários à negatividade deles, e assim livres do fardo que ela representa. A mesma sensibilidade à aprovação alheia, tão benéfica nos primeiros anos de vida, logo precisará ser perdida pelo que nos faz incluir para nós tal negatividade.
Parece-me existir dois tipos muito claros de índole humana, e que naturalmente geram antagonismo mútuo:
Os que fazem da sua compreensão o limite da sua verdade.
Os que fazem da sua verdade o limite da sua compreensão.
Como se sabe, o conhecimento é bom aliado da inteligência, porém virtude distinta. Se assumirmos que configura um tipo de inteligência, por exemplo, compreender o comportamento (ou a condição específica) de um semelhante (ou de si próprio) no que mais lhe pesa, e lhe promover bens maiores do que o conhecimento sozinho poderia proporcionar, conclui-se que ela habita esfera mais ampla, a mesma que a ética, e demonstra-se capaz de transcender os limites da erudição, e limites de (desnecessário grandes análises) espécie biológica.
A fé e a ciência ocidentais me ensinaram que minha mente administra meu corpo. Os anos por sua vez me mostraram equivalente necessidade do corpo comandar a mente, epecialmente na letargia ou na hiperatividade desta.
Por trás de qualquer vantagem da consciência sobre a fé; da laicidade sobre a religião, e da ciência sobre a pseudo-ciência; existe no fundo uma só: estas se apresentam como meios viáveis de comunicação entre todos. Agora, se a comunicação de fato entre as pessoas não for possível, um breve apocalipse parece uma hipótese bem provável.
A partir do ponto em que o homem começa a ter recursos singulares dentro da natureza, surge a necessidade dele se pautar por moralidade igualmente singular.
As religiões indo-orientais ensinam a via pacífica há milênios como método pragmático (e utilitário no sentido do menor sofrimento para o menor número de seres) que pode ser conseguido pela aptidão e/ou perseverança da mente e/ou do coração. Ou seja, vemos vários caminhos diferentes, mas todos requerem pureza e esforço interior. Já para a violência, suponho que basta deixar a medula espinhal nos comandar sem restrição superior.
