Pedro Bandeira - Identidade
Ter um bom comportamento por causa do castigo que a alma terá após a morte é servilismo; e servilismo é contrário à virtude.
É ridículo abandonarmos as coisas evidentes para buscarmos explicações em coisas que não são evidentes.
É inútil aceitar a hipótese de que existem demônios e espíritos para que possamos explicar fatos que não são habituais ou frequentes.
As religiões começam frágeis, depois se tornam fortes quando estão no ápice e enfraquecem quando estão se encaminhando para o fim. Um dos índices que indica o estágio em que está a religião são a quantidade e a qualidade dos milagres.
Todos os fenômenos têm causas naturais, mesmo os que parecem sobrenaturais e extraordinários, mesmo os que as pessoas consideram milagre, somente porque não tem a capacidade de encontrar a causa. Se Deus criou o universo colocando nele leis físicas, exatas e imutáveis, seria paradoxal que esse mesmo Deus criasse eventos sobrenaturais, como os milagres, que fossem contra essas leis.
Porque é que Adeus me disseste
Ontem e não noutro dia,
Se os beijos que, ontem, me deste
Deixaram a noite fria?
Para quê voltar atrás
A uma esperança perdida?
As horas boas são más
Quando chega a despedida.
Meu coração já não sente.
Sei lá bem se já te vi!
Lembro-me de tanta gente
Que nem me lembro de ti.
Quem és tu que mal existes?
Entre nós, tudo acabou.
Mas pelos meus olhos tristes
Poderás saber quem sou!
Simplicidade
Queria, queria
Ter a singeleza
Das vidas sem alma
E a lúcida calma
Da matéria presa.
Queria, queria
Ser igual ao peixe
Que livre nas águas
Se mexe;
Ser igual em som,
Ser igual em graça
Ao pássaro leve,
Que esvoaça...
Tudo isso eu queria!
(Ser fraco é ser forte).
Queria viver
E depois morrer
Sem nunca aprender
A gostar da morte.
Felicidade, agarrei-te
Como um cão, pelo cachaço!
E, contigo, em mar de azeite
Afoguei-me, passo a passo...
Dei à minha alma a preguiça
Que o meu corpo não tivera.
E foi, assim, que, submissa,
Vi chegar a Primavera...
Quem a colher que a arrecade
(Há, nela, um segredo lento...)
Ó frágil felicidade!
— Palavra que leva o vento,
E, depois, como se a ideia
De, nos dedos, a ter tido
Bastasse, por fim, larguei-a,
Sem ficar arrependido...
Andamos nus, apenas revestidos
Da música inocente dos sentidos.
Como nuvens ou pássaros passamos
Entre o arvoredo, sem tocar nos ramos.
No entanto, em nós, o canto é quase mudo.
Nada pedimos. Recusamos tudo.
Nunca para vingar as próprias dores
Tiramos sangue ao mundo ou vida às flores.
E a noite chega! Ao longe, morre o dia...
A Pátria é o Céu. E o Céu, a Poesia...
E há mãos que vêm poisar em nossos ombros
E somos o silêncio dos escombros.
Ó meus irmãos! em todos os países,
Rezai pelos amigos infelizes!
A humanidade em que vivemos pode ser finita mas o mundo em que vivemos não um dia ele poderá morrer e quando esse dia chegar todos os que nele vivem deixaram de existir e de ser finitos
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