Pedro Bandeira - Identidade
Para mim, o rótulo da deficiência não é algo ruim. Ele apenas descreve uma das minhas identidades e eu a aceito totalmente.
Quem, o que?
Quem você é? Ou melhor, o que é você?
O que você é é quem você nasceu para ser
Ou o que te dizem para ser?
Você luta com quem é você?
Se sua resposta for o cúmulo da verdade,
É provável que, ironicamente, seja só metade.
Como um narcisista sem transtorno de personalidade
Ou um diabético que na insulina não sente necessidade.
Quem não viveu, pode saber o que é a morte?
Quem nunca teve azar, sabe a importância da sorte?
Quem nunca saiu do sul, sabe quem está no norte?
'Pra você é fácil!', não passou pelo que passei
Nem chorou o que chorei. Tudo bem, concordo contigo
Mas para que hoje seja fácil, será que um dia já foi difícil?"
Ah, é tão emocionante ser apenas mais um rosto na multidão, não é mesmo? É tão estimulante não ter nenhuma opinião própria, apenas seguir o rebanho e acreditar no que os outros ditam. Não há nada como abdicar da nossa autossuficiência e permitir que outros controlem nossas vidas. Porque, afinal, é tão importante ser confortável, mesmo que isso signifique perder a nossa identidade e independência. Mas é claro, é apenas uma opinião pessoal. Afinal, quem sou eu para ter pensamentos independentes e autossuficientes, não é mesmo?
Inspire-se em grandes ideias, mas seja autêntico para formar conceitos únicos e deixar sua marca no mundo.
As pessoas que mais nos fazem evoluir são aquelas que nos levam para além de nós mesmos: libertos que estamos da nossa suposta identidade.
Breves reflexões morais. Onde você mora? No mesmo lugar onde os monges habitam. Eu moro nos meus hábitos. Você já se questionou onde reside sua identidade e moralidade?
Uma das melhores coisas da vida, é a reciprocidade de interesses e gostos, pois, dela nasce a gratificante identificação, que pode levar à verdadeira amizade desinteressada.
A vida no planeta Terra se assemelha a um enredo de ficção científica, uma missão espacial interrompida por um acidente, onde enfrentamos a amnésia. O desafio é lembrar nossa verdadeira identidade.
Quem sou eu?
um nerd vacilante?
uma abelha gritante?
um marasmo escaldante
Quem sou eu?
um filho insensato?
um heroi com a mao no saco?
um golias chato
Quem é voce?
lado a lado na maré
no mundo ou sei la
que queres? sera?
Quem somos nos?
nós? é de comer?
vem é de graça
pela graça me ouviu
Para alguns, sou herói e, no mesmo instante, outros me julgam vilão. Para alguns, virei distância e para outros, aproximação. Fui tímido, rebelde, ignorante e até ignorado. Se me pergunta quem eu sou, a resposta é confusa e sem apego inventado. Sou todos eles e nenhum deles, "ser" e "não ser". Sou quem olha, pela brecha cerrada de grades, o meu próprio alvorecer. Essa cíclica iluminação vem do findar das noites soturnamente memoráveis através dos intensos gritos afogados em meus silêncios infindáveis… Ora sou quem vê pela janela, ora sou quem vê a janela e, em meio às duvidosas brumas da madrugada, sinto-me como se eu fosse a própria janela…
As pessoas tendem a apegar-se às crenças porque estas podem ser reconfortantes e fornecer um senso de identidade e propósito, mesmo que não correspondam à realidade objetiva.
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"Quem esqueceu o seu passado, ficou sem história
e sem memória...
...Se houve uma existência então existiu uma identidade."
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A liturgia do ordinário,
também é parte da devoção
diálogos, ceias e leituras,
escultura e limpar o chão
fomos chamados para servir
mudar as prioridades,
compreender as motivações
trazer luz as identidades,
todo simples requer humildade
e humildade é um mandamento
Aprendei de mim,
que sou manso e humildade.
§
"Liturgias & conversações ordinárias."
Eu ainda lutava pelos outros quando precisava lutar por mim. Perdi de vista quem eu era. O que eu queria.
“Existem pessoas que tentam se sustentar no que têm e no que são capazes de fazer, mas se não tiverem o conhecimento de sua real identidade, um dia isso tudo desmorona. Seja desde problemas financeiros, até a falta de amor de quem mais amam.”
