Pedra
"- Há uma estrada de pedra que passa na fazenda
É teu destino, é tua senda, onde nascem tuas canções...
As tempestades do tempo que marcam tua história,
Fogo que queima na memória e acende os corações [...]
quando tropeçamos numa pedra, ela ensina-nos duas coisas: que ela já lá estava e que devo olhar para o chao.
MÉDICO MODERNO
Quando graduou-se, deram-lhe um anel de pedra verde.
Pretendiam que simbolizasse a esperança.
Dele para com a profissão; do paciente, para com ele.
Puseram-lhe uma roupa branca.
Imaculada, como esperavam que fosse a sua carreira.
Deram-lhe um "Doutor" pomposo, como pré nome.
Deram-lhe um consultório.
Mandaram-lhe flores, que duraram uma semana.
Jogou-as no lixo.
Começava a se impacientar...
Os clientes não vinham, apesar do letreiro na porta.
Aguardou mais um mês.
Pagou o aluguel, com o dinheiro do pai.
Neca de ninguém...
Parece que ninguém morria, ou mesmo adoecia naquela cidade.
Como nada fazia, pôs-se a andar pelas ruas de sua infância.
Tentava compreender: "Será que acham que nada sei?"
"Será que viram a minha placa?"
"Opa!... Que placa é aquela?"
Dizia literalmente:
"Doutor Sei Lá das Quantas"
ATENDE-SE TODOS OS CONVÊNIOS.
CLÍNICA POPULAR
Quase desfaleceu!...
Mas, resolveu investigar.
"Como numa cidade, tão pequena, ele iria fazer convênios?"
Pululava de gente!
Entravam e saiam, como num formigueiro.
Cortou caminho, entre berros de: "Olha a fila!..."
Levou cotoveladas, empurrões, disposto a ver o colega.
Empurrou a porta e viu:
UM ROBÔ,
de anel verde,
roupa branca e
uma caneta,
com acabamentos em ouro.
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http://recantodasletras.uol.com.br/autores/drmarciofunghi
Inda que eu fosse mais que a pedra e o sal
Que na água se dissipa
Corpo ao tempo
Já desfeito
Afeito ao fado
Sem conceito
Cumpro a sina!
Rima em rinha
Abduzido o verbo
Oblitero
Reiterando a ação
Tic-tac mórbido...
Alusão ao veio...
Verso... Inspiração!
Uma cantiga pra ela.
Um rio, uma dor, uma pedra o nome dela, a ávore o rio a cor dos olhos dela.
Saudade tamanha da moça e do rio da pedra e da moça e do rio da pedra e da flor da janela do amor.
Quem vai se lembrar daquela casinha na beira da estrada? Quem vai perguntatar que sonhos, que amores viveram por lá? Quem vai saber da morena cabrocha que um dia deixei por lá? Quem vai querer saber dela? Quem?!!!
A EXPEDIÇÃO DA PALAVRA
O engendro engendra a pedra
A pedra pedra a escolha
A escolha escolhe a relva
A relva relva a aventura
A aventura aventura-se na caverna
A caverna caverna o quadraçal
O quadraçal quadraça o granito
O granito granita o alimento da História, o desconhecido
O desconhecido desconhece o ódio contra o desejo
O desejo deseja o idílio
O idílio idilia o clarão
O clarão clareia a vitória da irmanação
A irmanação irmana-se á celebração
A celebração celebra a desgraça
A desgraça desgraça a solitária
A solitária solitaria a miséria
A miséria miseria o esquife
O esquife esquifia a opressão
A opressão oprime a tranca
A tranca tranca a paixão
A paixão apaixona-se pelo tecer do cérebro
O cérebro cerebra o criatório da mente
O criatório cria a chama
A chama chama a mão
A mão manipula a caneta
A caneta caneta a mágica
A mágica chamada PALAVRA.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
MULHER......[sou de ferro sou aço sou de pedra e de areia que se desmancha na areia.][Senti saudades,chorei baixinho com achuva.Beijei a flor como opassarinho.Amei voce voce de longe como nunca amei ninguem.]
A NÉVOA DE PANDORA
Assentadas na colina pênsil sobre a selva de pedra,
Pessoas lançam seu olhar ao firmamento
E veem numa marcha frenética
Se aproximar delas a sádica névoa do tormento.
Os olhos transidos,
Como a injetar um ânimo febril no cérebro,
Esquadrinham particularíssimas congostas
Onde sabem que afloram escaninhos seguramente sombrios.
Alheia a tal ardil,
A névoa desprende de si
Diminutos cilindros de chumbo que descerram
Escarlates cataratas sem calma ou fecundam
Sementes, flores, florestas, floras do crepúsculo.
Quão, quantos
Cristais, Pérolas, Seivas potencialmente producentes
Que não serão
Carmelas, fulgurantes Auroras, Auréolas,
Diamantes de lume pungente, A Ébana Florescência mais Bela...!
No entanto, em vez disso,
Ela evoca tétricas noites diurnas
Que transformam airosas rosas betúmicas
E açucênicas aquarelas européia-iorubânicas
Em cálidas sepulturas.
Finalmente,
É assim a jacarandânica câmara de gás contemporânea...
É assim a aura da vil-metálica chama...
É assim que caminha a extrordinária e magnânima civilização humana!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
As montanhas existem no vale porque a pedra é resistente.
Então eu existo porque resisto aos reveses da vida.
Ninguém é tão transparente como a água
Ninguém é tão denso como uma pedra
São caminhos e as escolhas que nos moldam
É preciso ler as linhas mas saber ler nas entrelinhas
Qual é o lado certo ou o errado..?
Escrevo o que penso e falo o que sinto,
Escrevo o que sinto e falo o que penso..?, não sei!
Não tenho linhas e nem entrelinhas
Não tenho dúvidas nem certezas
Mas tenho uma página em branco
Onde faço o meu jogo de palavras
Ninguém é tão transparente nem tão denso..
Mas todos sabem as linhas que querem ler.
"Quando comecei a tocar guitarra, tinha os dedos de pedra. A dificuldade que eu encontrava de entender o instrumento, (nunca fui bom em Matemática); a intenção que eu tinha e o som que eu queria, eram completamente diferentes do som que saía... Surgiam idéias pretendidas de musica, e sempre que eu me arriscava, me sentia desanimado com a catástrofe do resultado. Pensei várias vezes em desistir, mas com o passar do tempo, passei a me contentar com minha alma e seu contentamento; o prazer era instantâneo e eu sempre inventando, inevitavelmente a musica desprezando...Apartir daí aprendi a apreciar a simplicidade, " a força que tem não se mede, nem tão pouco se aprimora, o que soa agora lhe compete, lhe ensina e revigora", sem esperar muito alarde, perdi muito da vaidade e de tudo aquilo que nos faz acreditar que somos só isso!!! Pedra que lapida o descaso, o medo, o avesso, porém quando têm preço, não se deixa por engano..., em lugar algum chego e a cada alento, eu continuo como no começo, sempre quase satisfeito"
Audioslave música(Like a Stone)
Como Uma Pedra
Numa tarde fria e úmida
Em um quarto repleto de um vazio
Eu confesso que estava perdido nas páginas
De um livro cheio de mortes
Lendo sobre como morreremos sozinhos
E se nos comportarmos, repousaremos onde quisermos.
Eu demorei a estar em sua casa,
De quarto em quarto, pacientemente.
Eu vou esperar por você lá, como uma pedra.
Eu vou esperar por você sozinho...
Em meu leito de morte, eu rezarei
Aos deuses e anjos.
Como um pagão, rezarei para qualquer um
Que me levar ao paraíso.
Para um lugar do qual me lembro.
Eu já estive lá há um tempo atrás.
O céu estava ferido
E sangrava o vinho,
E você me guiou até lá.
Eu demorei a estar em sua casa,
De quarto em quarto, pacientemente.
Eu vou esperar por você lá, como uma pedra.
Eu vou esperar por você sozinho...
E eu continuei lendo
Até que o dia acabasse.
E me arrependi de tudo o que eu fiz.
Por tudo que eu abençoei
E por tudo que eu errei,
Eu irei vagar em meus sonhos até minha morte.
Eu demorei a estar em sua casa,
De quarto em quarto, pacientemente.
Eu vou esperar por você lá, como uma pedra.
Eu vou esperar por você sozinho...
Os sinais
Eu não sou água mole que bate em pedra dura até que ela fure!
Durante as tentativas, procuro ficar atenta aos sinais e reavalio se devo continuar insistindo...
Os sinais estão por todo lado, mas não são visuais
São sentidos, percebidos e avisados
O corpo começa a dar sinal de cansaço
A cabeça pesa e o olhar deixa de ser para cima, em forma de sonho
Os ombros encurvam para dentro, como se quisessem avisar que é tempo de fechar
E o motivo para a ação decai
O carro enguiça no caminho
O celular acaba a bateria
E junto com a bateria do celular
Acaba também a energia
É hora de sair... É hora de mudar o sentido, não o que o corpo sente, mas o sentido da direção!
Guardei a lua cheia
Aquela pedra de São Tomé
O roteiro da viagem
A foto do seu pé.
Mas não foi por saudade
Muito menos pelas rosas
É que dizem que dá sorte
Guardar bobagens amorosas.
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