Pe Fabio de Melo Amar
Muito cuidado com a cilada de satanás, que distorce as verdades bíblicas do amor e de não julgar outros.
AMAR NÃO É ACEITAR O PECADO. Não há amor sem dizer a verdade.
DENUNCIAR O PECADO COM BASE NA PALAVRA NÃO É JULGAR. Quem julga é a Palavra.
A hipocrisia é como o "ácido hialurônico" que disfarça, rechaça e mascara as "rugas" das maldades existenciais do tempo!
Nossos problemas emocionais reprimidos pela nossa mente inconsciente , nos aprisiona ao ciclo vicioso da turbulência e da repetição aos fracassos.
Sim, por trás de todo excesso ou exagero, existe uma carência ou uma dificuldade emocional, gerada por conflitos diversos, adormecidos no labirinto do inconsciente.
Eu não sei que força é essa que me acolhe quando não peço ajuda, mas que está lá.
Eu não sei que força é essa que me trás de volta quando me perco de mim.
Eu não sei que força é essa que brota não sei de onde, mas que me deixa por cima sempre.
Tenho medo de deixar de acreditar nesta força invisível, potente, arrebatadora que me toma e dá a graça de acreditar mais em mim a cada novo amanhecer.
Tenho medo de deixar de crer que amanhã o meu dia será melhor.
Que ao amanhecer a minha história esteja virada de pernas pro ar, mas que mesmo assim essa força que grita em silêncio não se apague do meus pensamentos.
Ainda sinto falta da ponta do teu nariz frio mesmo em dias de verão, e do seu pescoço sempre quente e pronto para esquentar minhas pernas no inverno. As tardes ainda esperam as gargalhadas despreocupadas com sorvetes, e as noites aguardam ansiosas pelo cheiro da pizza de calabresa e a admiração como meninos bobos por céu estrelado
Eu soletro teu nome no escuro. Treino textos sem sentido para me declarar depois. Ouço sua voz ecoar pelos cômodos da casa. Ascendo a luz, mas não há ninguém.
Nunca tinha vivido uma história tão intensa, nem tão bonita, de arrepiar. Nunca havia me doado tanto, acreditado tanto, como essa agora.
Então eu banquei o sincero e te disse que o que me sufocava era essa demora, esse seu medo de iniciar o que já havia começado.
Sofria de uma doença grave e sem cura chamada romantismo-sem-endereço. Amava quem ainda não se fazia presente, inventava planos, falava ao telefone sem ter ninguém na linha. Sonhava com um sujeito sem rosto, sem tato e sem voz. Criava uma vida, uma personalidade, umas histórias conturbadas, e vivia disso. Vivia das manias, dos defeitos e de umas brigas que nunca existiram. Admirava gravatas nas vitrines. Dizia um sobrenome de casamento. Guardava presentes na gaveta, colecionava cartas que mandava para si próprio. Nunca trancava a porta do quarto antes de dormir. Escrevia para ninguém. Chamava e esperava o futuro para que assim fosse.
E eu fico lembrando do seu jeito sério e suas palavras cuidadosamente escolhidas no momento em que o silêncio prevalece entre nós. Eu dou risada dessa sua cara porque essa coisa de melhor amigo, no nosso caso, nunca fez sentido dentro da minha cabeça.
Havia um pouco da gente em cada canto. Havia a gente. Era tanto, que eu não sabia distinguir você de mim.
Ainda sinto meus cílios dormentes, porque forço meus olhos, para que eu não adormeça, para não deixar de pensar em você.
E para que não doesse demais, deixei que o tempo resolvesse por si só. Não fazia mais o mínimo esforço para dar certo.
Às vezes passa só um pouquinho. Mas aí volta mais pesada, dolorosa, sem dosagem. Nenhum ser humano é capaz de aguentar. É uma dor desocupada, amargurada, infeliz. Me mata todos os dias.
