Passarinho Livre
“Para exercer o livre-arbítrio
as correntes das algemas devem ser rompidas
em razão de estarmos integrados
às nossas ponderações.”
(Rogério Pacheco)
Capacidade de amar é que poucos tem. Também como a de aceitar. O amor é livre para quem ama e para quem o aceita.
Gosto quando no processo criativo me sinto livre. Livre como um falcão, livre pra desenhar, livre pra pintar, livre pra escrever, pra me expressar. E isso que defino como arte a livre expressão de sentimentos.
Livre Como Um Leopardo
Se eu tiver que morrer que eu morra livre como um leopardo, livre como um lobo solitário, perdido na natureza. Longe, bem longe desse monte de pó, caos e lixo que é a sociedade.
Um homem solitário com um animal selvagem dentro de si, acompanhado da sua própria sombra e da própria solidão em conjunto com a natureza. Perdido, perdido na bela e maravilhosa natureza, um filho no colo de sua mãe.
Esses são meus planos, esses são os meus sonhos, eu e a natureza, eu e a estrada, e a doce e linda liberdade me chamando com vontade, com a mesma vontade intensa que brota das minhas entranhas por ela.
De encontro com a natureza como o voo da águia de encontro com o azul do céu de encontro com o branco das nuvens. Livre e linda como a liberdade, voando plena com a liberdade des suas azas.
Montanhas, pássaros, rios e riachos, animais e céus azuis e estrelados em pleno luar na estrada a fora. E quero escrever por quer escrever me faz viver, me faz sentir livre como um riacho e forte como uma correnteza. Como um puma passeando livre pelas montanhas, pela própria e livre mãe natureza.
Livre do sistema, livre dessa sociedade doente, livre de toda essa doença que aprisionar as pessoas em si mesmas. E se tiver que morrer, morrerei livre, livre e enterrado junto do lado da liberdade.
Se eu tivesse que repetir algo repetiria os melhores momentos que vivi os lugares que morei, todos os animais que tive, as pessoas que conheci.
A liberdade é como escrever e escrever é a própria liberdade que me faz amar cada vez mais o ato de escrever. Faz-me sentir livre cada linha que escrevo, me expressando, tirando sentimentos diretos da minha alma. E se falta café tem vinho, se falta vinho tem café, tem algum combustível para me fazer escrever. O importante é simplesmente escrever, simplesmente escrever.
E a liberdade eu a amo, amo tanto quanto amo uma jovem chamada Carolina. E quero conhecer pessoas loucas e livres, leões apaixonados como eu. E poder contar nossas historias e eu falarei de como era lindos os olhos dela e como era tão encantadora. E de como tenho saudade de tudo nela, de sua voz doce, da cor da tua pele, dos teus cabelos negros, da tua sabedoria, da tua alma, e da liberdade que ela me deu e que tive que agradecer. E de como a amo e vou para sempre ama-la, livremente como um leopardo.
Solitário e Livre
Só quando o homem perde-se tudo é que ele se tornasse soberano e quando digo se “soberano” refiro-me soberano de si mesmo. Não mais escravo de si mesmo, não mais escravo de si próprio, como tal dos próprios impulsos. Por isso pode-se esse homem tornas se: vilão, herói, um deus ou um demônio. É um homem simplesmente livre do próprio ego e dono de si próprio.
O homem torna-se um vazio solitário, felizardo por estar livre ou ao mesmo tempo arrasado perseguido por seus traumas.
Quando o homem perde-se tudo deixa de ser escravo dos próprios impulsos, então com isso me refiro que o homem deixa de ser escravo de si mesmo. E se torna dono de si mesmo, dono dos próprios impulsos, por fim tudo isso é domado por ele próprio, por ele mesmo.
É um homem que inspira as alturas e nela se reflete a sua imagem de um homem livre e soberano.
O homem tolo permanece tolo, um escravo de si mesmo e a sim permanecerá domado pelos próprios impulsos, sem nada de grandioso a oferecer a si mesmo e nem para o mundo. Não pode ser então um: herói, vilão, demônio ou um deus ou simplesmente livre. É apenas um medíocre, um homem comum, preso na própria ignorância da sua própria mediocridade.
Dentro do útero dessa própria construção virtual criada pelo homem ele permanecerá e não nascerá e a sim viverá esse circulo virtual de nascimento, crescimento e morte dentro da sociedade.
O homem comum não presta para ser grande. O homem grande não serve para ser comum. O homem medíocre serve para ser comum. A sim como o grande homem não serve para ser medíocre. E isso é uma lei universal plenamente cósmica.
Nem todos nasceram para seguir padrão, apenas para seguir o coração. Nasci para ser livre... Livre como os olhos do Lince.
Sozinho e livre ele caminha de encontro a um horizonte desconhecido. Deixou apenas pra trás tudo que nunca foi dele. Tudo que lhe pertencia ele já carregava em seu coração.
Um espirito livre como um falcão a voar livremente no celeste azul do céu. Um espirito feroz e valente como alma de um jaguar.
O cristianismo destruiu de forma terrena e não divina no homem a sua essência de ser livre. E a sociedade de forma espiritual.
Não és difícil para o homem ser dono de si mesmo. Mas a mente não és tão forte ao ponto de domar o homem animal. Porém mais cedo ou mais tarde ou talvez nunca. Só a vida teria esse tal poder.
A natureza és a única coisa que fortalece o homem. E o torna livre. Quero antes escalar algumas montanhas. Para depois tombar numa vida solitária: e eremítica. Abrir os braços diante da imensidão para poder ser sentir toda emoção de estar livre em plena natureza.
Livre diante da solitária solidão das praias desertas... Um coração selvagem de um homem indomável a presenciar o pôr do Sol no horizonte daquela tarde.
A sim como nos olhos do lince, os meus também podia refletir toda emoção do que era está livre... do que era viver a natureza.
Lá eu estava, eu podia vê-la, eu podia senti-la. O vento recaia sobre os pinhos; e as montanhas pareciam tocarem o azul celeste do céu. Eu estava finalmente a onde sempre sonhei está.