Partir
Ama-me e permite-me transbordar o meu amor e te amar, ou dá-me forças para eu partir e nunca mais voltar.
A partir do momento que passei a te pertencer, em meu coração não coube mais ninguém. Tornei-me plena de amor, com o coração repleto de ti. 06/06/2015
Cada pessoa interpreta o mundo à partir do mundo que tem. Logo, o seu ponto de vista é apenas um ponto perante a vastidão de outros pontos.
Acertei o meu relógio. À partir de hoje eu não tenho mais tempo pra coisas que me afasta da paz, que me roubam o riso e me tiram o foco. A partir de hoje, eu não tenho mais tempo para o que nada acrescenta.
A partir do momento que se experimenta a liberdade do vôo, grade alguma será forte o suficiente para aprisionar nossa alma.
A partir do momento que a gente entende que toda pessoa que entra em nossa vida tem um propósito, fica mais fácil aceitar que umas chegam com a missão de nos amar e outras de ensinar a nos amar.
As minhas escolhas não te dizem respeito, certo? Errado! A partir do momento que as minhas escolhas começam a afetar outras pessoas, elas deixam de serem só minhas.
A partir do momento que você começa a amar é como se você entrasse numa montanha russa, os fatos se sucedem e você não tem o menor controle sobre eles.
A sua ocupação profissional deixa de ser um trabalho a partir do momento que você escolhe fazer o que ama.
A vida é uma viagem com conexão - pequena parada, curta hospedagem - e já vamos partir.
O que nos cabe? Ser proativos: escolher o destino, fazer o checklist do que levar, o check in para inspecionar, e seguir viagem rumo ao céu - o nosso lugar.
A partir do momento em que você trocar reclamação por gratidão, tudo serão diferente.
Se seu dia não foi como gostaria que fosse, agradeça pela a oportunidade de ter tido mais um dia.
Somente a partir do momento que você enxerga a fidelidade, o companherismo e o amor que existe no olhar de um cão é possível entender que ele não é um animal de estimação, e sim um membro da família peludo que você escolheu para cuidar.
Botões Filosóficos
O relógio do tempo anuncia que é hora de partir.
Adoravelmente nostálgica a noite se despede e, entre as brumas do amanhecer silenciosamente se afasta.
Um dia que nunca existiu surge nos braços da aurora, envolto num manto de cores quentes e reluzentes, como um bebê recém saído do ventre acolhedor da mãe sendo entregue aos cuidados do pai: o tempo.
O tempo o recebe em seus braços poderosos de pai sábio e dominador.
A natureza em euforia comemora o milagre do novo.
Humanos sonâmbulo perambulam em torno de si mesmos, como bichos adestrados. Orgulhosos exibem a taça do prazer que deve ser bebida até o fim do dia.
Eu, contrariada com a despedida da noite converso em tom nostálgico com meus botões filosóficos sobre essa tirania do tempo.
Inconformada por ter sido literalmente arrancada dos meus sonhos, finalmente acordo para entrar em um outro sonho.
Ainda bocejando, esfrego os dedos sobre os olhos, como criança mimada, assim que sinto os primeiros pensamentos pousarem sobre minha cabeça como pássaros insones. E ali eles fazem seus ninhos.
Um corvo atrevido infiltrado no bando murmura aborrecido uma frase que faz todos os outros pensamentos levantarem vôo de mim: nem sempre um novo dia traz consigo um dia novo!
E cá com meus botões filosóficos mais uma vez ponho-me a resmungar: odeio ter de admitir que esse corvo tem razão!
Nós só somos donos da palavra antes de pronunciá-la, a partir do momento que passa pelos lábios, já não nos pertence mais.
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