Partida

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...nunca diga "Nunca" exceto quando tiver certeza que o "Nunca Mais" é pra sempre

Tive o privilégio de ter um anjo hospedado em meu ventre.
Pena que foi por tão pouco tempo, pois havia me preparado para uma longa estadia, organizei anos e anos da minha vida, planejei cada segundo dele aqui...
Preparei até uma carta de desculpas para o momento que eu tivesse que partir sem ele.
Mas somente após o ter recebido, descobri que este anjo só estava de passagem, a fim de me ensinar algo sobre o verdadeiro amor...
Infelizmente, este anjo teve que sair às pressas, deixando para trás a conta de dor e saudade... conta esta que hoje eu pago com lágrimas até os meus últimos dias, quando eu reencontrar, meu anjinho.

A saudade enfraquece, entristece, comprimi o coração, deixa ansioso e termina por provocar a contínua vontade de relembrar, de querer reviver. A saudade às vezes é um obstáculo ao "seguir em frente". A saudade também é prova de muitas coisas, que não convém enumerar, até mesmo para que se evite o enfraquecimento, o entristecimento etc. Porém, precisa-se ter em mente que "na fraqueza a força se manifesta".
O amor vale muito a pena quando é completo, tanto que sua ausência é mais sentida que a vontade de respirar. Por isso não deve ser maltratado, negligenciado. E se um dia você perdê-lo, tente resgatá-lo, pois é mais valioso que a vida - uma vida sem amor de nada vale. Se não conseguir resgatá-lo, siga somente em frente, tendo em mente que o merecimento de quem não zela pelo amor é a solidão.
Ainda há muito pelo que viver. A vida também é preenchida pelo amor familiar, fraterno e dos amigos. Só não crie expectativas pela sua metade que se foi. A saudade será sempre presente para lembrar os motivos de sua partida. Lembre-se que, só talvez, a vida lhe reserve ainda muitas oportunidades extraordinárias, ou não. Afinal, talvez as oportunidades já tenham surgido e em nenhuma das vezes você foi capaz de dar seu devido valor.
Palavras de quem decidiu seguir em frente, abraçando as consequências de suas ações, e na esperança de dias melhores, como outrora vividos...

Casa de mãe depois que os filhos se vão

Casa de mãe depois que os filhos se vão é um oratório. Amanhece e anoitece prece. Já não temos acesso àquelas coisinhas básicas do dia a dia, as recomendações e perguntas que tanto a eles desagradavam e enfureciam: com quem vai, onde é, a que horas começa, a que horas termina, a que horas você chega, vem cá menina, pega a blusa de frio, cadê os documentos, filho.
Impossibilitados os avisos e recomendações, só nos resta a oração, daí tropeçamos todos os dias em nossos santos e santas de preferência, e nossa devoção levanta as mãos já no café da manhã e se deita conosco.
Casa de mãe depois que os filhos se vão é lugar de silêncio, falta nela a conversa, a risada, a implicância, a displicência, a desorganização. Falta panela suja, copos nos quartos, luzes acesas sem necessidade...aliás, casa de mãe depois que os filhos se vão vive acesa. É um iluminado protesto a tanta ausência.
Casa de mãe depois que os filhos se vão tem sempre o mesmo cheiro. Falta-lhe o perfume que eles passam e deixam antes da balada, falta cheiro de shampoo derramado no banheiro, falta a embriaguez de alho fritando para refogar arroz, falta aroma da cebola que a gente pica escondido porque um deles não gosta ( mas como fazer aquele prato sem colocá-la?), falta a cara boa raspando o prato, o "isso tá bão, mãe". O melhor agradecimento é um prato vazio, quando os filhos ainda estão. Agora falta cozinha cheia de desejos atendidos.
Casa de mãe depois que os filhos se vão é um recorte no tempo, é um rasgo na alma. É quarto demais, e gente de menos.
É retrato de um tempo em que a gente vivia distraída da alegria abundante deles. Um tempo de maturar frutos, para dá-los a colher ao mundo. Até que esse dia chega, e lá se vai seu fruto ganhar estrada, descobrir seus rumos, navegar por conta própria com as mãos no leme que você , um dia, lhe mostrou como manejar.
Aí fica a casa, e nela, as coisas que eles não levam de jeito nenhum para a nova vida, mas também não as dispensam: o caminhão da infância, a boneca na porta do quarto, os livros, discos, papéis e desenhos e fotografias – todas te olhando em estranha provocação.
Casa de mãe depois que os filhos se vão não é mais casa de mãe. É a casa da mãe. Para onde eles voltam num feriado, em um final de semana, num pedaço de férias.
Casa de mãe depois que os filhos se vão é um grande portão esperando ser aberto. É corredor solitário aguardando que eles o atravessem rumo aos quartos. É área de serviço sem serviço.
Casa de mãe depois que os filhos se vão tem sempre alguém rezando, um cachorrinho esperando, e muitos dias, todos enfileirados, obedientes e esperançosos da certeza de qualquer dia eles chegam e você vai agradecer por todas as suas preces terem sido atendidas.
Porque, vamos combinar, não é que você fez direitinho seu trabalho, e estava certo quem disse que quem sai aos seus não degenera e aqueles frutos não caíram longe do pé?
E saudade, afinal, não é mesmo uma casa que se chama mãe?

Aqueles que vivem aqui vêm procurar paz. Não haverá paz até eles saírem.

As vezes pensamos ter encontrado o porto seguro para ancorar nosso navio, mas em pouco tempo percebemos que ainda não é o tempo nem o lugar apropriado.

⁠Como a vida passa, muitas vezes nossos entes queridos e amigos do nada parte para casa do PAI, a certeza que temos que vivem felizes e para nós a saudade somente nos resta. Como a vida e uma caixinha de surpresas, um dia estão conosco e como um flash a presença física não e mais possível. Sei que devíamos nos preparar, pois a única certeza que um dia partiremos. E o enigma que fica, quando? Difícil decifrar, mas jamais esqueça de agradecer pelo amor, amizade, ensinamos entre outras. Sempre agradeça, pois, estas pessoas de bom coração se tornam nossos intercessores.
Até um dia!

⁠Me pergunto se em algum momento você chegou sentir a minha falta e se te bateu aquela vontade de me ver, de me tocar de estar comigo novamente. Será que você desejou o meu abraço, os meus beijos? Francamente eu acho que não, seu peito nem deve mesmo ter se apertado quando me mandou aquela mensagem que era melhor pararmos, que você tinha que deixar eu seguir a vida, porra isso doeu tanto em mim, todo meu ser chorava por dentro e meu coração implorava pra que você não me deixasse. Mas você não sabe disso, e provavelmente nunca saberá o quanto doeu te ver partir. Lembro-me de ter dito que tava tudo bem e que eu não estava machucada, é, você não precisava saber que meu peito estava sangrando e que meu coração tinha se quebrado em milhões de pedaços, mascarei a dor pra ti e agi como se tudo isso não me afetasse. Nem mesmo implorei sua permanência, soltei a sua mão mesmo querendo com todas as minhas forças segura-las pois essa era sua vontade, você queria ir embora então eu te deixei partir.

⁠Assim mesmo, sem se despedir, foi que ela partiu.
Não quis dar o definitivo adeus
Não lançou olhares de lamento
Porque era chegada a sua hora.
Somente se foi.

Não precisava dizer aos que amava
Que assim os queria.
Seu olhar meigo e penetrante
Sempre essa mensagem transmitia.
Desnecessário pedir que dela se lembrem
Não há quem a tenha visto sorrir
Que possa esquecer-se de tanto brilho.

E foi assim, com a suavidade própria de uma diva
Que recebeu seu chamado para ir fazer poesia no céu
Deleitar-se com os harmônicos musicais dos anjos.
Agora é mais um com eles!

Ele tinha certeza de que a amava, e isso o aterrorizava. Sentia vontade de se declarar, mas tinha medo de revelar essa fraqueza. Rezava para que ela não fosse uma espiã, depois desejava que ela confessasse a traição. Desejava que ela fosse embora e morria de medo de que ela partisse.

Fugir era que nem morrer, só que pior, porque na morte a pessoa vai embora sem saber, e não pode se despedir. Mas na fuga a pessoa sabe que está indo embora, e nem se importa em dizer adeus.

"A música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o som.”
A mesma música pode te fazer sorrir ou chorar;
A música pode fazer você esquecer, mas também traz lembranças;
A música te faz presente, mas também pode “matar” de saudade;
A música fala com a nossa alma, o que as palavras soltas no ar não conseguem explicar;
A música traz para a alma aquilo que nosso corpo não é capaz de sentir.
Hoje a música está me confortando.
Quando um filho de Deus deixa este mundo, para os anjos é como uma música.
E hoje os anjos estão ouvindo uma melodia única, por que cada pessoa é única para nós, no entanto somos todos iguais diante de Deus.
Saudade para nós deveria ser um alento;
Pois, se sentimos saudade é porque amamos.

Se dois peregrinos, que andaram juntos algumas milhas, sentem dor no coração ao se apartarem, qual não deve ser a dor da partida de dois amigos que se querem tanto, que nunca se desentenderam, como o corpo e a alma?

Nem toda busca é encontro.
Nem todo encontro é ficar.
Nem toda fala diz algo.
Nem todo silêncio faz calar.
Nem toda ausência é partida.
Nem toda chegada é estar.
E, se todo amor é divino,
Divino mesmo é amar...
(E ser igual amado.)

Ah! o que dizer das despedidas!?, tão tristes, rápidas e frias, nos leva a momentos de reflexão e tantos outros de solidão, seja ela qual for, despedida sempre será uma triste partida, tem aquela despedida do emprego, da escola, tem também aquela que despedimos dos amigos, aquela outra na qual nos despedimos de um amor, a que deixamos a família para trás, tem também a mais dolorosa de todas, aquela que temos que nos despedir da vida, ou que a vida se despede de nós e aquela despedida de um lugar, cidade ou que assim como agora... de um País

As pessoas são mutáveis, mas insubstituíveis. Por mais que tente substituir alguém, verás o quão falho serás. Cada uma, de forma única, representará um significado particular a nós.
Sendo o principal, transmitido pelas essências.
A essência da alma é a obra prima de mais valor que alguém poderá lhe oferecer.
A partir dela, algumas pessoas serão primordiais para seu crescimento intelectual e emocional.
Umas irão ir embora quando a tempestade ficar mais forte. Já outras, ficarão por saber que nenhuma tempestade dura para sempre. Essas sim, irão transmitir a essência mais verdadeira. As que partiram, estavam só interessadas na utilidade momentânea, e nem um pouco com o puro significado.
É difícil, mas distinguir quem soma de quem subtrai, se fará necessário para alcançar a felicidade.

Eu já entendi que não vai ser como eu gostaria.
Entendi que talvez realmente estejamos em fases diferentes da mesma vida.
E que a nossa poesia não faz mais rima.
No começo, confesso, me recusava a acreditar, por um só motivo: eu não gosto de dar adeus as coisas que não cheguei a conhecer como gostaria, feito dias curtos de sol. Fico triste quando o sol sai e eu não estou lá pra vê-lo. Daí essa tristeza vai embora quando lembro que amanhã ele pode aparecer de novo e ficar por mais tempo, além de mais bonito e cheio de energia.

Tenho funcionado assim com você.
Bobagem a minha tentar insistir em uma história sozinho.
E às vezes a gente ignora alguns sinais que o destino dá, né?
Acho que eu fazia questão de ver os dias ruins como algo não tão ruim assim, quando na verdade foi ruim mesmo, não tinha o que amenizar. Acho que no fundo eu não queria acreditar que o pouco que chegamos a construir estava ruindo. Por outro lado, no entanto, eu gosto desse meu jeito. Gosto de enxergar uma possibilidade de sorriso no meio do pranto. Gosto de pagar pra ver se estou errado. Gosto de tentar até que eu não possa mais.

Gosto de prestar atenção nas batidas do meu coração pra saber se é razão ou ilusão.
Até porque tem vezes que o coração engana.
Ou sou eu que penso que ele quer dizer uma coisa quando na verdade diz outra.

Olha aqui eu parecendo louco procurando conforto na dor.
Nossa poesia ainda rima, antes era com amor, agora com dor.
E isso não é de todo o mal. Quando criança, precisei cair pra aprender como é difícil levantar e como é importar valorizar as quedas.

A dificuldade que temos em aceitar os fins nos cega pra enxergar os começos.

Todo mundo sabe que o mundo dá voltas, mas pouco mundo lembra que vivemos em voltas diferentes do mesmo mundo.

Olha que louca a vida, não é mesmo?
Eu deveria estar chorando ao falar da sua partida. Eu deveria estar ligando para amigos para desabar ao te ver indo embora. Eu deveria estar ouvindo os refrões mais tristes para que me traduzam essa despedida. Mas não estou fazendo nenhuma dessas coisas. Eu estou te dando tchau pra poder dar um oi mais rápido pra quem aparecer.

Se eu falar que estou feliz eu vou mentir.
Se eu falar que não vou conseguir viver sem você, também vou mentir.
Estou nesse mundo pra unir lições que me façam uma pessoa melhor. E durante essa minha fase você estava me ajudando nisso, agora não está mais. Simples assim.

Eu já entendi que não vai ser como eu gostaria.
Vai ser um erro eu me obrigar a postar frases ou imagens com mensagens pra aparentar superação. As coisas vão passar. Eu preciso te deixar ir embora pra dar espaço pra quem quer ficar.

A matemática dos relacionamentos é sempre = coração.

Acho que ainda não quero falar de saudade. Já me ocupa muito a cabeça pensar sobre não ter mais o que já tive um dia. Está tudo bem, você pode ir. Leva com você o que deu tempo de te passar do que já aprendi, leva a certeza da minha dedicação. E eu vou ficar. Vou ficar com o que deu tempo de me ensinar e com a certeza da sua dedicação, nem que só enquanto a gente se beijava.

Não comemoro, mas também não choro ao te ver partir.
Mas por favor, feche a porta ao sair.
Tenho um espaço velho pra alguém novo ocupar.

⁠ Foi estranho de mais ver você passar por mim e não ouvir sua voz ou ver seus olhos . .

⁠Talvez a viagem seja menos pesada do que as bagagens carregadas.

⁠Não julgue os outros, não se compare e nem se cobre tanto. Pense apenas que as pessoas têm pontos de partida diferentes e que seguem por caminhos diferentes, cada um ao seu tempo.

Marco Antonio Amorim (Marco de Oxum)