Paradoxo
A autenticidade revela um paradoxo em que o Não Fazer se torna mais desafiador do que qualquer ação ou papel que possamos desempenhar. Esta aparente simplicidade esconde um esforço consciente e constante para resistir às expectativas, pressões e padrões externos, tornando o ato de não se conformar uma das tarefas mais árduas na busca pela verdadeira essência de quem somos.
Para justificar o paradoxo que é viver e ressignifar a nossa existência, em todo instante da nossa vida, travamos lutas entre realidade e fantasia, racional e irracional, fim e começo, amor e ódio, vida e morte.
Eu sou um paradoxo. Gosto de ser feliz, mas eu penso em coisas tristes o tempo todo. Eu não gosto de mim, mas eu amo a pessoa que eu me tornei. Eu digo que eu não me importo, mas eu me importo muito. Quero atenção, mas eu gosto de me afastar de tudo e de todos. Eu ajudo pessoas, mas eu quebro meu coração tentando concertar o deles. Eu amo ouvi-los, mas eu nunca os digo o que tem dentro de mim.
O Problema do Mal
O paradoxo de Epicuro:
- Deus, enquanto onisciente e onipotente, tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele. Mas não o faz. Então não é onibenevolente.
- Deus, enquanto omnipotente e onibenevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto mal existe e onde o mal está. Então ele não é omnisciente.
- Deus, enquanto omnisciente e omnibenevolente, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas não o faz, pois não é capaz. Então ele não é omnipotente.
Uma resposta ao paradoxo de Epicuro usando a resolução de Agostinho de Hipona baseada na analogia com a sombra:
Assim como a sombra é a ausência ou privação de luz em uma determinada região, o mal é visto como a ausência ou privação do bem.
Agostinho argumentou que Deus é a fonte de todo o bem e, portanto, não pode ser a causa direta do mal, assim como a luz não é a causa direta da sombra.
Quando um objeto bloqueia a luz, cria-se uma sombra na região oposta, onde a luz não pode alcançar. Da mesma forma, quando os seres humanos se afastam do plano divino e fazem escolhas que se desviam do bem, o mal surge como uma consequência dessa privação.
Nessa analogia, o mal não é uma entidade ou substância real em si mesmo, assim como a sombra não possui uma existência independente da luz. Em vez disso, o mal é considerado como a falta ou a ausência do bem, assim como a sombra é a ausência de luz.
Agostinho também relacionou o livre-arbítrio humano ao problema do mal. Assim como os objetos podem bloquear a luz e criar sombras com sua presença física, os seres humanos têm a capacidade de escolher entre o bem e o mal através do livre-arbítrio. Essa escolha pode resultar em ações que causam sofrimento e privação de bem, assim como a sombra é resultado do bloqueio da luz.
Portanto, a Resolução Agostiniana sugere que o mal não é uma entidade independente, mas uma privação ou ausência do bem que surge quando os seres humanos se afastam do plano divino. Essa abordagem busca reconciliar a existência do mal com a crença em um Deus todo-poderoso e todo bondoso, apontando para a importância do livre-arbítrio e das escolhas humanas na manifestação do mal no mundo.
Pense nisso, cuidado com os predestinacionistas e ateus, e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
O PARADOXO DO INFINITO
(Um romance)
No vasto tecido do universo, onde o tempo é uma ilusão e o espaço apenas uma sombra do que somos capazes de sentir, existiam duas almas entrelaçadas desde o início dos tempos. Não eram corpos que se buscavam, mas partículas dançando na sinfonia cósmica, movidas por uma força tão antiga quanto o próprio Big Bang.
Cada encontro entre eles era um colapso quântico: um instante de possibilidade infinita que se condensava em uma realidade inevitável. Quando seus olhares se cruzaram, foi como se uma onda de probabilidade desmoronasse em certeza. Um portal se abriu entre as dimensões do "eu" e do "nós", e, naquele momento, tudo que existia era o agora – um agora que parecia eterno.
O amor que compartilhavam era uma singularidade, um ponto onde a paixão queimava tão intensamente que transcendia qualquer definição. Era um buraco negro emocional, sugando tudo ao redor, dobrando a gravidade de suas almas até que não houvesse espaço entre elas. Cada toque era uma explosão estelar, cada suspiro, uma supernova ecoando pelo vazio infinito.
Mas o tempo, essa teia ilusória, insistia em separá-los. Na linha cronológica dos mundos, suas existências eram ondas que se desencontravam, vibrando em frequências opostas. E, ainda assim, eles sempre encontravam um jeito de se alinhar, como pulsares sincronizados em galáxias distantes. Era o paradoxo quântico do amor: eles estavam juntos e separados ao mesmo tempo, vivendo todas as versões de si mesmos em universos paralelos.
Ele a via como a constante gravitacional que mantinha seu universo coeso, enquanto ela o sentia como o fóton que iluminava cada canto de sua existência. Eram opostos e iguais, caos e ordem, partícula e onda. A paixão entre eles era o fogo primordial, uma energia que não podia ser destruída, apenas transformada.
E, no fim, quando o espaço se dobrasse sobre si mesmo e o tempo cessasse sua marcha, eles ainda estariam lá. Não como corpos, não como memórias, mas como vibrações eternas na frequência do infinito. Porque o amor que compartilhavam não era governado pelas leis da física – ele era a própria essência delas.
A vida é um paradoxo sublime: quanto mais a tentamos compreender, mais ela nos surpreende com sua misteriosa simplicidade.
A Escuridão Cósmica e a Tese da Expansão Universal: Uma Análise do Paradoxo de Olbers
O paradoxo de Olbers, formulado no século XIX, lança uma inquietante pergunta: por que o céu noturno é escuro, se o universo contém um número infinito de estrelas distribuídas uniformemente em um espaço eterno e estático? A resposta a essa indagação, longe de ser meramente astronômica, toca as estruturas mais profundas da cosmologia contemporânea, fornecendo indícios contundentes de que o universo não é eterno nem imutável, mas sim finito em idade e em constante expansão.
Sob a lógica de Olbers, cada ponto do céu deveria estar ocupado por uma estrela, tornando a noite tão clara quanto o dia. No entanto, a escuridão observada não apenas refuta essa hipótese, como também sugere que a luz de muitas estrelas ainda não teve tempo suficiente para alcançar a Terra, devido à finitude da velocidade da luz e à juventude do cosmos. Assim, a escuridão noturna emerge como uma evidência empírica da teoria do Big Bang, a qual sustenta que o universo teve um início definido e vem se expandindo desde então.
A radiação cósmica de fundo em micro-ondas, descoberta por Penzias e Wilson em 1965, oferece respaldo observacional à tese da expansão. Esse eco térmico do universo primordial reforça a ideia de que, em sua origem, a matéria e a energia estavam concentradas em um estado de densidade e temperatura extremas, cuja dissipação gerou a estrutura cósmica observada hoje. Tal dissipação, por sua vez, explica o declínio da densidade luminosa e a prevalência da escuridão nos céus.
Portanto, a análise crítica do paradoxo de Olbers, à luz da astrofísica moderna, conduz inevitavelmente à conclusão de que a noite escura não é um vazio de sentido, mas sim um testemunho silencioso da origem e expansão do universo. Ao contemplarmos o céu noturno, não estamos diante de um mistério sem solução, mas diante de uma das provas mais elegantes de que o cosmos está vivo, em movimento e em constante transformação.
A Escuridão Cósmica como Evidência da Expansão Universal: Uma Revisão do Paradoxo de Olbers
O paradoxo de Olbers, ao questionar a escuridão do céu noturno em um universo teoricamente infinito e estático, revela-se um ponto-chave para a compreensão da estrutura cosmológica atual. Este artigo defende que a ausência de luz no firmamento noturno refuta a hipótese de um cosmos eterno e imutável, oferecendo, em contrapartida, indícios empíricos da expansão do universo. A limitação da velocidade da luz, somada à finitude temporal do universo e à radiação cósmica de fundo, sustenta a tese do Big Bang como origem do tempo e do espaço. Assim, o paradoxo de Olbers é ressignificado como testemunho silencioso da juventude e dinâmica cósmica.
**"Sou um paradoxo vivo.
Gosto de ser feliz, mas vivo invadido por pensamentos tristes.
Queria ser leve, mas me tornei denso — resultado de tudo que me quebrou ao longo do caminho.
Às vezes me faço de frio, de durão, de quem não liga.
Mas a verdade? Eu ligo. E ligo demais.
Me importo com coisas que ninguém vê. Sofro calado. Amo em silêncio.
Mesmo despedaçado, eu ajudo.
Mesmo sem respostas pra mim, tento dar força pros outros.
Mesmo sendo caos por dentro, ofereço abrigo por fora.
Sou feito de extremos:
Sol e tempestade.
Razão e emoção.
Silêncio e grito.
Sou um quebra-cabeça incompleto tentando se montar com peças que a vida levou.
Mas sigo aqui… buscando me entender, me aceitar, me reconstruir.
Não sei por onde começar, mas sei que ainda tô tentando.
E só isso… já diz muito sobre mim."**
Paradoxo do Amor
Meu Deus, me explique, por favor, Senhor.
Como pode o amor nos fazer tão felizes e, ao mesmo tempo, tão infelizes? Ser dois corações que batem juntos, na mesma respiração.
Ser a cura da dor e, ainda assim, se tornar a própria dor.
Como pode o amor mexer tanto com a nossa cabeça, bagunçar tudo ao redor, nos tirando, às vezes, da realidade?
Queimando em nosso peito, fritando a nossa mente, ardendo quando ausente e quando os corpos se encontram.
Como pode ser tão frio e, ao mesmo tempo, pegar fogo?
Ser tão quente e intenso, esse sentimento?
Compreendo e não entendo: por que o AMOR machuca tanto os corações dos apaixonados?
O Paradoxo do Amor
O amor é um labirinto sem fim,
Onde buscamos o sentido do ser,
Em cada olhar, uma pergunta sem resposta,
Em cada toque, o mistério de viver.
É como o vento que não se vê,
Mas que toca e molda a nossa alma,
Não se define, mas se sente,
Em silêncio, sua essência nos acalma.
Ele é o fogo que arde sem queimar,
A luz que nos guia no escuro,
É o eterno paradoxo, a verdade velada,
Que encontra no efêmero seu mais puro.
O amor não é posse, mas entrega,
Não é finito, mas infinito,
É a consciência do outro dentro de nós,
É o encontro do finito com o infinito.
Talvez seja a pergunta sem resposta,
O eterno questionamento da existência,
Mas quem sabe, seja a própria resposta,
A chave para a nossa transcendência.
O paradoxo da sensibilidade: quanto mais sensível você fica, mais sensível você se torna. Isso não tem relação com fragilidade, mas com potência e expansão, pois a verdadeira força está em perceber o que poucos conseguem sentir.
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