Para Educadores de Infância
A maior desilusão na vida é voltar depois de muito tempo onde você viveu a sua infância e foi feliz.
Rever tudo muitas vezes despedaça as suas memórias, por que nada será exatamente como sua mente gravou.
Desde a infância, tenho uma imaginação constantemente ativa, um tipo de luz de esperança, que possibilita perceber a arte que se apresenta de várias formas por muitos lugares, diferentes cenários, cores, texturas, traços, esculturas, pinturas que estão fora dos quadros, que estão além dos muros, lindas paisagens sem molduras, uma interpretação para cada imaginário, intensificada quando somada a uma concepção poética, a uma visão artística ou pelo menos uma sensibilidade acima da média, responsável por um indispensável contentamento, dessarte, espero nunca perder esta capacidade que muitas vezes se perde com o passar do tempo.
Se eu soubesse da saudade que teria da minha alma na infância,
no bolso estaria para usar dessa magia, um pouco em cada dia.
Tenho saudades das brincadeiras inocentes da infância...
Da amizade com os colegas e professores da escola...
Da família reunida ao redor da mesa...
Das conversas com os vizinhos nas noites do luar;
Da igrejinha simples e humilde, onde encontrei o meu primeiro amor, que é Deus.
Tem coisas que nunca mais vai voltar.
Tem coisas que jamais será a mesma.
Mas que possamos voltar a inocência, a respeitar o nosso semelhante, a comunhão familiar e a viver em união com os nossos irmãos.
Pois o sentimento do amor é o mesmo, e Deus, o dono da vida e do amor, não mudou, ele continua sendo Deus.
A vida é preciosa. Aproveita a sua infância, sua adolescência e a sua fase adulta, porque quando morrer não dá pra dar replay.
DE COMER POR STATUS
Demétrio Sena - Magé
Atravessei uma infância muito pobre, tendo que "aprender a gostar" de uma sopa rala; comidas feitas com restos misturados; alimentos não convencionais catados no mato, por necessidade ou fome, sem uso dos temperos - caros, para quem não tem nada - que os tornam "iguarias excêntricas".
Hoje, quando já posso comer o que me apetece ou satisfaz, não quero "ter que aprender a gostar" de escargot, caviar, larvas preparadas por chefs prestigiados e outras nojeiras caras. Variedades que existem mais para mostrar quem é quem do que para satisfazer apetites. Comida não tem virtudes e defeitos que passamos a perceber, como no ser humano. Tem sabor, é bem ou mal preparada. O sabor é bom ou ruim. E se tenho nojo, não fingirei não ter para passar no crivo de um grupo social.
Comer por status não é crível para mim. Nem é incrível. É medíocre. "Aprender a gostar" de comida por ascensão social não compõe minha índole; não tenho projeto nem intenção de mostrar a quem quer que seja, "quem é quem" e de que lado estou nessa ostentação gastronômica fútil; sem propósito nem sentido. Nem poderia, se quisesse, porque não alcancei o status inútil de quem coleciona dinheiro e joga fora o excesso, numa disputa sem fim com quem faz "clicherianamente" o mesmo.
Não quero comer, vestir, morar, consumir, ter ou fazer algo por status. Quero poder vivenciar o que aprecio, sem para tanto, precisar "aprender a gostar". O que é bom e prazeroso é à primeira garfada, ao primeiro gole, ato e utilização. Comida e coisas não "se abrem" ou se revelam aos poucos.
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Amor afetivo, é um amor que só produzimos e cultivamos na infância, do nascimento à adolescência. Não há atalhos ou métodos fora do padrão q preencham a falha deixada pela ausência dos pais na vida de um filho e as consequências são para sempre.
A infância não termina com a idade.
Ela mora na gente — nos gestos espontâneos, nos medos antigos, nas memórias que doem e também nas que salvam.
Às vezes, a gente reclama e diz que viveu uma infância pobre, sem sair do lugar, mas isso não é verdade. Éramos ricos e não sabíamos. A inocência nos protegia da superficialidade do supérfluo. No quintal simples da nossa casa cabia o mundo inteiro, mas só descobrimos isso quando já estamos tão longe daquele lugar encantado que é impossível voltar e explorar um pouquinho mais aquele universo lúdico, feliz e tão repleto de magia.
Cada desafio no deserto foi um teste divino, destinado a elevar o povo da infância espiritual à maturidade da fé. A forma como respondemos revela o verdadeiro grau da nossa confiança em Deus.
“A infância que vive em mim”
Há quem diga que crescer é endurecer.
Que ser homem é calar o choro, esconder o afeto, vestir a couraça da indiferença e marchar rumo a uma vida prática, mecânica, “funcional”.
Há quem diga que o adulto de verdade não corre com crianças, não ri alto, não se importa demais, nem se curva ao sentimento.
Mas eu digo:
Que espécie de adulto é esse, que matou dentro de si a melhor parte da vida?
Que espécie de maturidade é essa, que exige sepultar a alegria sóbria, a leveza consciente, o riso genuíno?
Eu cresci.
Mas não endureci.
Não porque minha vida foi leve —
mas justamente porque ela foi pesada demais.
Fui ferido cedo, por mãos que deveriam me proteger.
Fui machucado por palavras que deveriam me ensinar.
A vida me mostrou seu lado mais cruel ainda na infância —
mas em vez de repetir o ciclo,
eu decidi quebrá-lo.
Não com raiva,
mas com carinho.
Não com revolta,
mas com escolhas firmes.
Hoje eu cuido.
Cuido da casa, do corpo, da mente.
Faço minhas obrigações, limpo o chão e a alma.
E quando tudo está em ordem,
eu calço os tênis e vou correr com o vento.
No campo, entre crianças que ainda não sabem o que é dor profunda,
eu brinco, eu sorrio, eu permito que a luz entre.
Não sou um crianção.
Sou um adulto que carrega dentro de si uma criança viva, curada, acolhida.
Sou o reflexo do que eu gostaria que tivessem feito por mim.
Sou o abraço que eu não recebi, o riso que me negaram,
a presença que me faltou.
Brincar com uma criança, ouvir suas gargalhadas, ver seus olhos brilhando com algo tão simples quanto uma bolinha de plástico —
isso não é perda de tempo.
Isso é reconciliação com a vida.
É lembrar que ainda vale a pena viver.
A sociedade não entende.
Rotula. Julga. Distorce.
Acha que maturidade é viver cansado, seco, amargo.
Mas eu aprendi que viver de verdade é manter a alma limpa, mesmo depois de toda a lama.
E que o amor, quando é consciente, é a forma mais elevada de sabedoria.
Minha mãe talvez nunca entenda.
Talvez ninguém entenda.
Mas tudo bem.
Porque eu entendo.
E essa compreensão me basta.
Ser adulto, pra mim, é ter responsabilidade sem perder a ternura.
É saber quando falar firme e quando calar em respeito.
É saber que a dor do outro importa, mesmo que ninguém veja.
É limpar uma casa e limpar uma alma no mesmo dia.
É correr atrás do vento sem fugir da realidade.
Não vou me tornar morto por dentro só para caber no molde do que dizem ser "adulto".
Não vou me tornar frio porque o mundo se esfriou.
Vou seguir aquecendo corações com o que me restou de luz —
e com o que eu reconstruí com minhas próprias mãos.
E quando alguém me chamar de “bobo”, “infantil” ou “sensível demais”,
eu sorrirei,
porque só um tolo confunde pureza com fraqueza.
Eu sou forte —
porque escolhi amar mesmo depois da dor.
Sou maduro —
porque cuido da vida que existe em mim e ao meu redor.
Sou feliz —
porque reconheci que ser adulto de verdade é nunca abandonar a criança que sobreviveu dentro de você.
Na infância, o homem, normalmente, é submetido ao sistema de crenças de seus pais para que seu poder cognitivo seja anulado, seu senso crítico freado, sua razão castrada; tornando-se um adulto infantilizado: escravo do medo, da ignorância e da culpa.
Exageradamente adornada de fábulas, nossa infância é um despreparo; um ensaio muito ruim para o que viveríamos em seguida.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- 87 frases sobre educação provocativas e transformadoras
- Frases de Dia das Crianças para comemorar com muita alegria
- Frases de Paulo Freire sobre educação e sua ação transformadora
- Mensagens para o Dia Mundial da Criança (Feliz dia 1 de junho)
- Mensagens de Educação
- As principais ideias de Rubem Alves sobre Educação
- Pensamentos para Crianças