Frases sobre Pão
PRECE DOS DESESPERADOS
Pão nosso do dia sim dia não. Não nosso de cada dia. Na busca do que é nosso, esse desespero de cada pão. Mãos nossas que apertam nossas cabeças na fome de cada passo. Dor nossa de cada soco da polícia, morte nossa de cada dia entre as grades. Quando não das cadeias, de realidades mais amargas ainda.
Emprego de cada placa de não há vaga. Vaga de cada emprego reservado a outro. Desemprego nosso de cada chance negada por faltar currículo... Currículo insuficiente nosso, por educação escassa. Escola sofrível de cada dia, pois o dia a dia do poder o assusta, mostrando como seria um país bem educado.
Pai nosso de cada prece que já perde a fé. Prece de cada laivo do instinto que busca um deus inútil. Igreja nossa de cada culto que distorce a vida e leva o quase nada que nos resta. Restos nossos de uma dignidade roubada por todos os lados, numa sociedade cercada por quadrilhas legais.
Destino! Por favor, caro destino! Tira-nos da margem desta sociedade marginal por natureza! Orienta-nos a mudar o mundo a partir dos nossos filhos! Cura em nós as mordidas desta vida cadela e nos mostra o caminho do pão, da educação, da cultura e da saúde física, emocional e psíquica! Queremos de volta nossa cidadania!
PÃO DE QUEIJO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Quando a lua pousar no seu telhado
pra banhar a janela, o seu olhar,
fazer tudo fluir igual canção
que não é pra se ouvir; é pra se ver...
Deixe o sonho cair no seu agrado;
toda lua precisa ser luar,
ou não pode fluir no coração
nem na doce cantiga de viver...
Ao cair do crepúsculo de outono,
a friagem morninha será beijo
de saudade; profunda nostalgia...
Dê à sua emoção coroa e trono,
beba o céu, saboreie o pão de queijo
que o espaço tempera de magia...
ORAÇÃO DE POETA
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Que não falte poesia no meu pão
e meu corpo se cubra de poesia;
jorrem versos, despejem no vazio
a magia do verbo inquietante...
Nunca falte manteiga na minh´alma
nem estampa nos panos do meu sonho,
minha mente não perca suas ondas
onde ponho verdades pra dançar...
Nunca esvaia o tempero da palavra
ou a lavra de aromas auditivos
que a poesia oferece ao pensamento...
E não falte um olhar sempre apurado
para ver o que os olhos não veriam
no passado, no agora e no futuro...
Se não servir
para ser luz
para o olhar,
pão para a tua
fome saciar
e verdade
para chamar
a consciência
da Paixão
a Ressurreição,
creio que
não consegui
passar a lição,
e todo o esforço
terá sido em vão.
Ao tomar ciência
das garras
da tua censura,
A inspiração
se encontra
em prévia busca
e apreensão,
A crueldade que
nos rende e que
alguns apesar
de tarde abriram
os olhos,
Vem mostrando
que outros perderam
o ritmo e os sonhos.
Bem neste século
foi comprovado,
que estamos
com a inteligência
comprometida:
convivemos
com a notícia
de gente vivendo
em campos
de concentração
lá no Oriente,
e no continente
sul-americano
o General e a tropa
estão presos sob
falsa acusação.
É Páscoa,
e os governantes
do mundo
capturaram
o meu espírito
de comemoração,
Porque quando
olho na mesa,
e sem esforço nenhum:
tenho feito a conta
que a toda hora
está sempre nos
faltando mais um.
Rodeio na segunda-feira
Rodeio na segunda-feira
pão fresco e café na mesa,
Coragem para enfrentar
a semana inteira,
e viver intensamente
nestes caminhos do Vale
com você no coração e na mente.
Pão de Queijo
Um Pão de Queijo é um poema
que se come quente
a qualquer hora que se deseja,
Não existe ninguém até hoje
que tenha provado que se arrependa.
Cuscuz Nordestino
com ovo estalado
te celebro e não
te troco por pão,
Uma vez que provei
você passou a ser
dono do meu coração.
O “pão nosso de cada dia” não é uma oração que visa o pão como um bem próprio, mas, sim um pedido de socialização deste pão.
Um pão que não deveria ser só meu ou estar apenas em meu poder já que o pão e o pai, como diz na própria oração, deveria ser nosso.
Pedir apenas o pão de cada dia é uma denúncia clara que o Cristo é contra o acúmulo de bens.
Toda igreja que persevera na doutrina dos Apóstolos, na comunhão, no partir do pão, nas orações e no temor, tem como resultado prodígios e sinais (Atos 2.42-43).
Poema - Traficantes Da Fé
Jesus nasceu na simplicidade
Tinha humildade
Dividia o pão
Não fazia acepção
Quando pregava
Não cobrava
Em todo lugar teve
Não só em quatro paredes
Curava os doentes
Que não eram clientes
Rei que usou coroa de espinhos
É o único caminho
Que leva o homem até Deus
Alertou sobre os fariseus.
Os traficantes da fé
Agem de má fé
Traficando a palavra
Politizando a marcha
Fazendo propaganda eleitoral no culto
Em troca de dinheiro público
Santiago, Macedo, Soares e Malafaia
O número é grande dessa máfia
A outra também denunciarei
O Papa é tratado como um rei
Mas dentro de um império
O dízimo vira mistério
Não é distribuído para os pobres
Aliás, os fiéis tomem calotes.
Comércios disfarçados de igrejas
Dízimo virando lucro dessas empresas
Já dizia Rubens Alves
"Deus nos deu asas
Mas as religiões inventaram gaiolas"
Então te falo agora
Em vez de dar dízimo para as igrejas
Vai ao mercado e compra cestas
Distribui para quem está precisando
De lá em cima ele está olhando
E ficará mais contente
Irmãos espiritismo, católicos ou crentes
Jesus nos deixou o livro bíblico
Nele tá o início.
Jesus nasceu na simplicidade
Tinha humildade
Dividia o pão
Não fazia acepção
Quando pregava
Não cobrava
Em todo lugar teve
Não só em quatro paredes
Curava os doentes
Que não eram clientes
Rei que usou coroa de espinhos
É o único caminho
Que leva o homem até Deus
Alertou sobre os fariseus.
Jesus nasceu na simplicidade
Tinha humildade
Dividia o pão
Não fazia acepção
Não cobrava
Pra pregar a palavra
Não adaptava em quatro paredes
Em todo lugar teve
Curava os doentes
Que não eram clientes
Rei que usou a coroa de espinhos
É o único caminho
Que leva o homem até Deus
Alertou sobre os fariseus.
Bem Casado
Preparar um Pão de Ló
para fazer um Bem Casado,
Para ter deixar meloso
e com o coração gamado,
Doce amado doce,
és poema todo apaixonado
que te quero a cada
dia por mim mais gamado.
Café e Pão doce
com tudo que tem direito
na mesa sempre
cumprem o papel perfeito
de ser poema
para quem se contenta.
Caipira que é caipira
no Arraial come pão
com a salsicha ou a linguiça
feita da maneira tradicional,
Porque sabe o valor
do esforço da cultura local.
A poesia tem que ser acessível que nem pão. Cada um tem um estilo, pode inventar um novo estilo e fazer novos poetas. Elitizar a poesia é cringe demais...