Palhaço
Grand Circo da Vida...
No grande circo dos espetáculos diários, existe uma trupe de artistas renomados que se destacam em um show de talentos bem específico: o malabarismo de egos. Nesse picadeiro vibrante, onde o riso é constante e a sinceridade é um número raro, os integrantes não medem esforços para conquistar o aplauso máximo do iludido Grande Maestro.
Os palhaços, com suas máscaras de simpatia, são mestres na arte de equilibrar elogios exagerados e informações picantes. Afinal, nesse espetáculo, quem não participa do teatro das fofocas fica para trás. A ascensão ao estrelato é garantida para aqueles que dominam a habilidade de puxar o tapete enquanto distribuem sorrisos.
O Grande Maestro, sempre atento aos cochichos do camarim, adora uma boa história. Suas reuniões são momentos de pura magia, onde ele, com uma piscadela sutil, reconhece os melhores contadores de causos. É um show à parte, onde todos fingem não perceber que os truques já foram revelados.
E assim, nesse circo brilhante, o espetáculo continua. Os sem talento para o picadeiro autêntico, encontram seu lugar entre acrobacias de falsidade e piruetas de conveniência, garantindo que a lona do circo nunca caia.
O lema é "sorria e acene". Porque, no final das contas, quem precisa de autenticidade quando se tem uma promessa baseada na bajulação? Então, vista seu melhor sorriso falso e prepare-se para o show, porque neste palco, a falsidade é a estrela principal!
Bravo, bravíssimo!
Pode um poeta ao peso de uma dor compor versos de amor e alegria? Pode outro vate festejando o amor cantar em verso a dor e a nostalgia? Eu sei que a história do palhaço existe; o grande artista e mestre no fingir; que ao peso de uma dor pungente e triste, ainda sim faz a plateia rir. Mas o palhaço sim, o poeta não.. Não creio que um poeta de verdade seja capaz de tanta falsidade dizer em verso o que não está sentindo. Deixar de lado a pura inspiração, narrar em verso a falsa sensação, embora ciente de que está mentindo...
O circo é a base da dramaturgia, das artes plásticas e de todas as manifestações criativas populares em qualquer cultura.
Das herméticas magias a arte é a mais antiga e a mais sobrevivente, a verdadeira alquimia do transmutar todos os nossos melhores sonhos em realidade. Encontramos ela no desenho que na magia do traço que transforma se em tranquilo oceano e em um suave firmamento, encontramos na música na nota que em conjunto ou pausadamente invade nossa alma por suavidade, encontramos na poesia e na dramaturgia na palavra que transforma se em cena, mais que um ato distante no palco espalha se na quarta parede como um intimo abraço. Afinal encontramos a alquimia da arte em todos os passos da vida e muito além da própria vida quando mortificamos à morte e transmutamos o fim derradeiro em um novo e próspero começo, tempo mágico de recomeçar pois somos magos, artistas, palhaços e alquimistas, do mundo do faz de conta e todos nossos sonhos venceram a verdade, o fatalismo e a tosca realidade.
"Colocar o Bobo da corte no trono do rei, achando que a vida será só felicidade, é só para quem não sabe que por trás de um palhaço, há uma maquiagem."
A politica do "Pão e Circo" continua atolando na cidade e no estado do Rio de Janeiro. O prefeito e o governador, fazendo os cariocas e fluminenses de palhaços. Contratando shows milionários desnecessários, com uma infra estrutura municipal e estadual caótica, na saúde, na segurança, nas águas fluviais que vitimará inúmeros inocentes da camada mais pobre da população, na próxima grande chuva.
