Palavra Estimo
O que falar do amor, uma palavra tão facil de ser dita e escrita mas tão dificil de ser compreendida.
PALAVRA
Uma palavra dita na exatidão do tempo e certa,
Fazem igualar-se no mesmo nível do chão,
As montanhas mais elevadas, é a mesma fé,
Que não só no coração se cabe, vale uma ação.
Uma palavra bem dita, precisa no seu sentido,
Dita com a convicção absoluta de que é aquilo,
Faz com que os mares retrocedam investidos,
As ondas rastrearem, quietarem seus tombadilhos.
Uma palavra vale por um gesto que se faz,
Com a precisão dos olhos rentes à outros,
E assim se falam, e a palavra não é silêncio, mas
A mais deliciosa e firme e não se ouve pouco.
Uma palavra dita, e feito o gesto, ao mesmo valor,
Remove até as cabeças, ditas pensadoras,
Depõe dos tronos os reis, e se vai portador,
Do decreto que os depôs, a palavra abolidora.
Perda, é uma palavra pequena, mas que carrega grandes conseqüências às pessoas que convivem com ela diariamente, numa luta constante e dolorosa, que parece não ter fim. São inúmeros os tipos de perdas a que estamos submetidos: A perda de tempo, aquela velha sensação de vê-lo passando e sendo desperdiçado; A perda de um objeto de valor, seja ele financeiro ou emocional; As perdas físicas, geradas por acidentes ou doenças; e as perdas de pessoas que amamos, considerada a mais difícil de superar, por ser a ruptura de um vínculo, que não será substituído, nem tampouco esquecido. Devemos, assim, não enxergar a morte como uma despedida, mas como uma passagem, rumo a uma caminhada que um dia será feita por nós, ao lado das pessoas queridas que se foram antes, para nos indicar o caminho e a direção. Portanto, entender que as perdas serão sempre presentes em nossa vida, é um modo de aceitá-las como um meio de nos fortalecer. Como já dizia o grande Caio Fernando de Abreu: “Aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante – Coisa ou pessoa - na sua vida, isso não se perde.”
AMAR...Muitos ainda não descobriu o que significa esta palavra e muito menos o valor e a intensidade que esta pequena palavra tem!!!
Agir é mais que uma só palavra, mais que tornar-se móvel. Agir é mudar, pensar diferente, duvidar de mim mesmo, tomar decisões que podem girar meu mundo de ponta-cabeça. Agir envolve mais que realizar uma ação. Envolve adrenalina, aventuras, sustos, arrepios, sentimentos. Agir é transformar o "mais ou menos" em algo deslumbrante. Agir é não agir como a maioria. Melhore, invente, transforme. Aja! Sem contar com qualquer reação.
Cada verso que eu escrevo,
Eu descrevo o meu desejo.
Cada palavra que se solta,
Quase sempre volta.
Cada beijo que foi dado,
Teve gosto de beijo roubado.
Cada abraço dado,
Foi bem apertado.
Cada promessa falada,
Ao vento foi jogada.
Cada lágrima que escorria ,
Nela a tristeza vinha.
B.
Mistério: é uma palavra que define muitas mulheres.
São tantos os seus encantos, somos indecifráveis, um monte de sentimentos misturados em um só lugar, em nosso coração.
Podemos ate ser muito confusas às vezes, mas não queremos ser entendidas, queremos ser amadas!
Tem gente que em vez de saliva tem veneno na boca. Cada palavra é mais venenosa que 1000 picadas de cobra.
Amigas...
Uma Palavra tão linda
Mais que pode ser esquecida
Porque não infinita
As vezes só iludida.
Como queria que durasse
E não desabasse
Amigas, longe ou perto
Amor eterno.
Se caso a gente se separar
O destino irá nos juntar
Porque sei que amigas
é o que Deus nos fará.
ENCONTRO COM A PALAVRA
"Aqui jaz Fernando Sabino. Nasceu homem, morreu menino". A frase poética escolhida pelo autor de "O Encontro Marcado" para a sua lápide expõe de maneira sucinta, mas explícita, um pouco da personalidade, dos desejos e anseios de um protagonista da palavra. Um autor cuja pena produziu, desde a mais tenra juventude, textos fundamentados na sensibilidade capaz de captar a angústia humana como poucos de sua geração souberam fazer. Sobre ele, um dos maiores críticos literários brasileiros, Antonio Cândido, avalia: "Fernando tinha um olhar infalível para os pormenores expressivos e uma capacidade prodigiosa de invenção verbal". Com a morte de Sabino, encerra-se um tempo singular que, por um desses desígnios inexplicáveis, teve o mérito de reunir, em uma mesma época e em um mesmo cenário - a cidade de Belo Horizonte -, o famoso quarteto de escritores mineiros composto por Sabino e pelos amigos Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos. Sabino foi o único dos quatro a chegar aos 80 anos. O único a sentir a ausência corrosiva provocada pela perda das grandes amizades. Suas dezenas de romances, crônicas, novelas, correspondências e relatos de viagem trazem em sua essência o cerne de um dom raro: o de fazer dessas histórias uma ponte entre a ficção e a reflexão. Um elo entre o eu e o outro. Entre o particular e o universal. A narrativa de Sabino instiga os leitores à realização de uma busca rumo ao autoconhecimento - virtude característica dos grandes mestres da palavra. Foi assim com o personagem Eduardo Marciano que, desde 1956, com a publicação de "O Encontro Marcado", prossegue arrebatando corações e mentes. A escrita fluente e a leveza que dava a textos de temáticas muitas vezes angustiantes nasciam de um cuidado extremista de Sabino com a palavra. O mesmo que dedicou à música. Eclético, como todos que possuem espírito inquieto, Sabino era baterista de uma banda de jazz - estilo caracterizado pelo predomínio do improviso sobre a técnica. Assim também era Sabino na literatura: artista cujo compasso ritmado era marcado pela junção da técnica e da sensibilidade. A perda do escritor mineiro já seria motivo suficiente para que o reino das palavras ostentasse luto por prazo indefinido. Entretanto, dois dias antes, o mundo das letras, da filosofia, do pensamento dava adeus ao filósofo Jacques Derrida, famoso pela teoria da "desconstrução", cujo princípio era desfazer o texto do modo que foi previamente organizado para revelar significados ocultos. Suas pesquisas apontavam que, tanto na literatura como nas demais formas de arte, é possível observar - por meio de análises detidas - numerosas camadas de significados não necessariamente planejados pelo criador da obra. Assim como Sabino, Derrida era o único sobrevivente de um grupo ímpar de personagens que ajudaram a compor a história de uma geração. Juntos, Althusser, Barthes, Deleuze, Foucault, Lacan e Derrida tornaram-se conhecidos como "os pensadores de 1968". Desde então, o filósofo contribuiu sobremaneira para o entendimento de questões essenciais à compreensão do século 20. O autor de "Espectros de Marx" não se furtava, mesmo já muito doente, o direito de viajar pelos continentes lançando luzes sobre temas variados e polêmicos como a literatura, a política, a ética, os conflitos árabe-israelenses, a luta contra o aparthaid, os últimos atentados em solo americano, a rapidez dos processos tecnológicos. Derrida era um cidadão do mundo, um homem que viveu apaixonadamente e defendeu sua ideologia e seus propósitos de todos os modos. A justiça, os direitos humanos, a conquista da cidadania e a dignidade da pessoa humana eram, invariavelmente, bandeiras que empunhava em favor da edificação de um tempo mais pacífico e igualitário para povos e nações. Foi ele, também, o criador, em 1983, do Colégio Internacional de Filosofia, a que presidiu até 1985. Sem dúvida, as vidas de Sabino e de Derrida são exemplos de entusiasmo e de dedicação. Convites a uma existência mais pró-ativa, passional, conectada à nossa verdade interior e à procura da felicidade individual que se expande para o coletivo. Foram-se dois grandes homens. Ficam duas grandes lições. Que todos tenhamos sabedoria para apreender os ensinamentos que deixaram em seus livros e que os manterá, para sempre, vivos. Afinal, como afirmou Derrida em uma das tantas entrevistas que concedeu: "(...) a vida é sobrevida. Sobreviver no sentido corrente quer dizer continuar vivendo, mas também viver após a morte".
Publicado no jornal Diário de S. Paulo
Nova Febem: educação, recuperação e liberdade
" (...) Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta:/que não há ninguém que explique,/ e ninguém que não entenda!/". Esses belíssimos versos extraídos do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, são perfeitos para ilustrar o novo conceito de recuperação de adolescentes em conflito com a lei atendidos pela Febem. Trata-se de uma proposta ousada, moderna, fundamentada na expansão de unidades de semiliberdade, administradas pelo Governo do Estado, em parceria com entidades não-governamentais, dando início a um sistema de co-gestão. Um exemplo disso é a recente inauguração do Espaço Educacional Profissionalizante da Febem, que já está funcionando desde o último dia 15, no prédio do antigo presídio do Hipódromo. Nessa unidade caberão à Febem as atribuições pertinentes ao Estado: dirigir e supervisionar todo o funcionamento de contenção dos adolescentes. Já a organização parceira da entidade, o Instituto Mamãe - Associação de Assistência à Criança Santamarense, contará com o apoio de um conselho gestor e irá desenvolver as atividades pedagógicas voltadas à ressocialização do jovem. O novo prédio tem capacidade para atender, inicialmente, 200 alunos. Para o segundo semestre, a previsão é ampliar esse número, de modo que 400 adolescentes tenham acesso aos benefícios do Espaço Educacional. É preciso ressaltar que os primeiros 40 aprendizes serão escolhidos dentro da Unidade de Semiliberdade Inicial, que abriga adolescentes que nunca haviam passado pela Febem e que receberam a semiliberdade como primeira medida determinada pelo Judiciário. A principal diferença entre essa unidade e as demais é que o adolescente receberá um atendimento ainda mais completo, sob a forma de aulas do ensino regulamentar (Fundamental e Médio) e também dos cursos profissionalizantes - panificação, estética, manutenção de computadores, gráfica -, perfazendo oito horas de estudos, no período diurno. Ao final do dia, os estudantes devem retornar para casa. Nas outras unidades de semiliberdade, o processo ocorre de forma inversa. Os jovens ficam fora o dia todo para trabalhar e estudar e retornam para a Febem à noite. Outra novidade capaz de revolucionar positivamente a vida desses jovens diz respeito à Orientação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), instituição que irá propiciar aos adolescentes ensinamentos e informações indispensáveis sobre empreendedorismo e visão de negócios, qualificações oportunas à juventude do século XXI. O projeto encerra, ainda, outro aspecto inovador e essencial à ressocialização desses meninos: todos poderão prestar serviços à comunidade local, vendendo pães e consertando aparelhos eletrônicos a um custo bem menor do que aquele oferecido pelo mercado. Estamos convictos de que os adolescentes podem ser totalmente recuperados, desde que recebam oportunidades concretas de aprendizado, crescimento e desenvolvimento de seus talentos, habilidades e competências. A cada dia, os profissionais da Secretaria de Estado da Educação e das unidades da Febem se surpreendem com a determinação e a vontade de superar limites demonstradas por esses adolescentes nas oficinas pedagógicas, profissionalizantes e culturais que acontecem de forma simultânea em todas as nossas unidades. Que esses jovens do Espaço Educacional e Profissionalizante também nos surpreendam, da mesma forma que as moças e rapazes de outras unidades da Febem. Adolescentes que mudaram o rumo da sua história e que, por isso mesmo, já têm emprego garantido em grandes empresas e instituições como o Empório Ravioli, o Mc Donald's, o Mister Sheik, o COC e a própria Secretaria de Estado da Educação. Jovens que despertaram para a arte e que nos comovem em suas apresentações de canto, teatro e música instrumental Nossa proposta inovadora tem o aval do mestre Anísio Teixeira, que em seu texto Por Que Escola Nova? sabiamente afirmou: "À medida que formos mais livres, que abrangermos em nosso coração e em nossa inteligência mais coisas, que ganharmos critérios mais finos de compreensão, nessa medida nos sentiremos maiores e mais felizes. A finalidade da educação se confunde com a finalidade da vida". Esse é o lema que norteia o novo conceito da Febem. E você é nosso convidado para conhecer as unidades, assistir às apresentações dos aprendizes e, principalmente, compartilhar do sonho de construir, pedra por pedra, as bases da fundação dessa nova geração. Uma geração composta por seres humanos que, um dia, erraram - como todos nós erramos -, mas que souberam fazer disso uma grande lição e uma ponte para a conquista da dignidade.
Publicado no Jornal da Tarde
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