Padre Fabio de Melo Cultivo
Louco
Se me chamarem de louco,
Eu digo sou e mais um pouco,
Digo e assumo.
Sigo meu rumo,
Acompanhado com meu plumo,
Pois eu amo ser louco.
É essa loucura,
Está na minha estatura,
Sigo esse poema,
Com minha candidatura,
Se amar demais é ser louco,
Então deixo aqui minha assinatura,
É onde eu me encontro,
Com minhas abreviaturas,
Deixar de ser louco...?
Falo e repito,
Nem um pouco,
Minha imagem e meu olhar,
Está no meu um versejar,
Meu olhar de Poeta,
Insisto em rimar,
O que minha alma sente,
Sobra tranquilidade,
E pra falar aqui a verdade,
Em qualquer lugar,
Coloco a cabeça pra pensar,
Se herdei isso de meu pai,
Respondo á modo caipira,
Sou mesmo "RAPAZ,
Vejo portas,
E passo por elas,
Se não abrirem,
Pulo as janelas,
Com meu estilo,
Coloco minhas metas,
Nem que eu faça,
Algo fora de época,
Se alguém acha ruim,
Faço então só pra mim,
Na beleza do meu mundo,
Existe a pureza do ar,
Refresco minha memória,
Pra esse texto continuar,
Se falo bobagens,
Ainda me vejo na vantagem,
Traduzo inglês,
E também português,
Não sou formado em línguas,
Pra essas traduções,
Uso a Internet,
Faço dela minha marionete,
Permaneço no meu encanto,
Quietinho no meu canto,
Aprecio e vivo,
Dou uma pausa e vou pescar nos rios,
O quê devo escrever,
Está dentro do meu crer,
Na minha imaginação,
Vem palavras sei lá de onde,
Enquanto eu estiver no meu bonde,
Buscarei palavras,
Sabe lá Deus adonde,
E se você quiser me ajudar,
Vem aqui e me responde...
Autor :José Ricardo
ÁGUA
Água,
Oh água...!
Olhos d"água da vida,
Sua jornada é comprida,
Nasce muitas vezes em montes,
Vai fazendo seu curso,
Segue seu percurso,
Vai pelas fendas rochosas,
Vai penetrando mata a dentro,
Dançando charmosa,
Vai molhando solo a baixo,
Enche as lagoas,
Passe pelos riachos,
Ah água...!
Água cristalina,
Vc vem da minas,
Apreciando as garoas,
Chuvas fortes te mancham,
Lixos te contamina,
Noites frias,
Tarde quentes,
Não pare,
Pois checará em seu poente,
Vieste de longe,
Você tem seu paradeiro,
Vá em dias ensolarados,
Quase sempre tem ao seu redor,
Paredes e barrancos desmoronados,
Posso ouvir até seu despejar,
Despenca em cachoeiras,
Vai pelas beiras,
Pegando poeiras,
Animais saciam de suas fontes,
Muitos param na sua margem,
Pra ver suas miragens,
Estrelas brilham com seu reflexo,
Vários ficam até perplexo,
Peixes nadam nos seus rios,
Outros em oceanos,
Muitos vc proporciona,
pra abrandar os ânimos,
Seus atrativos tem um sentido,
Mata a sede de muitos desnutridos,
Vidas se salvam pela sua existência,
O cuidar e te apreciar,
Depende de todos,
Seu valor,
Tem um calor,
Seu destino é evaporar com o calor do sol,
Sobe pras nuvens,
E depois torna voltar,
Ao seu lençol...
Autor: José Ricardo
As laterais do meu coração,
Ainda têm borrões e murmuras,
E com muita ternura,
Apago essas rasuras,
Das tintas derramadas com o tempo,
Embora com todo zelo,
Declamo nesse pequeno verso,
O meu pequeno universo,
Bombeando e manchando,
O que exprime,
É não é um crime,
É apenas um regime,
Daquilo que me oprime,
Na minha arte de amar,
Quero ser mais que um conselho,
Dadas as tintas derramadas,
Espremo e exprimo,
E nesse momento eu rimo,
Num só colorir,
Fora do existir,
O meu "AMOR",
É somente um temor,
Ao SOBERANO "CRIADOR"
Decifro isso pra mim,
Pra também que me acompanha,
Pois minha revolta é imensa tamanha,
Demorei pra ter toda essa indignação,
Na minha memória,
Existe uma história
E ter perdido aquilo que é meu,
Faço questão de existir,
Pra aqui escrever,
A reviravolta tem que acontecer,
Não me importando a dor quê doer,
Posso permitir o chorar da dor,
Não me importando com horror,
Se eu chorar agora,
O Pai vem e me consola,
Só eu pude vivenciar,
Porquê nesse lamento,
Posso ter esse evento,
Ah! Coração,
Você está impregnado,
Só não me peça pra voltar atrás,
Você cansou de ser bobo,
Logo você vai provar do bolo,
Que tanto espera nesse rebolo.
Autor :José Ricardo
Não é ser simplesmente,
é sentir cada instante como se fosse bálsamo, um sopro de alívio na alma.
BMelo🌻
Desatando os nós da imaginação.
Cedo ou mais tarde...
No início da noite ou na madrugada...
Vou direto ver as lições que preciso termina-las...
Ao verifica-las...
Primeiro passo..
Um cabeçalho...
Segundo passo...
__É o parágrafo que nem sei de onde ele surgi com a força do vento....
E no terceiro...
Uma fantasia que flutua no mar azul de minha imaginação...
Se alguém me perguntar...
Na prosa....
Não conseguiria responder....
Apenas sei quê é uma jornada incrível...
Somente sei que escrevo...
Vou recheando uma frase...
Dou toques nos versos...
E de repente....
Um poema está montado....
Para mim...
É como se eu fechasse meus olhos e saísse por aí....
Acelerando em busca de uma aventura qualquer...
Aquele pequeno copo de vidro que em outrora caiu no chão...
E aos cacos ficou...
Desse objeto...
Faço dele um ou dois versos..
Dos cacos...
Eu faço um livro aberto...
Com requintes de uma inocência....
Ou até de uma bruta crueldade...
Pois ao quebrar...
Veio ao pó...
E é desse pó...
Que vou desatando os nós...
Ao elaborar sem usar ferramentas...
Sinto tristezas profundas...
Mas também é uma alegria que não cessa...
Talvez uma torre de onde os querubins estão me protegendo....
Ou uma pipoca e um filme no cinema...
Acompanhado de uma gelada Coca-Cola...
Na aprendizagem...
Fotografo paisagens....
No pior dos fracassos....
Faço um verso sem cor...
Talvez embaçado....
Mas repudio as limitações...
Tento evitar....
Mas as frustrações me desafiam....
Afinal de contas...
Eu tenho sim...
Uma ou duas...
Até dezenas de opções...
Fato é....
Agrado a mim...?
Ou ao mundo todo...?
E daqueles poemas já registrados...
Trago comigo um acordo...
Eu sou o poeta...
E eles...
São minhas lições....
Concordando ou não...
Não uso nem um ingrediente...
Só quero terminar mais uma tarefa...
Com minha ilusória...
Imaginação...
Se são devaneios ou anseios...
Sei lá...
Só sei que é uma sensação te satisfação...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Poesia de fina escrita
Desmontei um quebra cabeça...
Misturei todas as peças...
Ao começar a montar...
Viajei com meus devaneios...
Na ilusão do meu olhar...
Apenas versos falavam dentro de mim...
Usei então...
Uma metodologia diferente...
Deixei cair um pingo de lágrima minha..
E ao bater em uma das peças....
Emudeceu e transformou em ouro de fina qualidade....
Com o coração transbordado de paz...
A ispiração se multiplicava...
Aquele pingo de choro meu que tinha caído...
Mal eu sabia...
Que era a chuva que regava minha imaginação...
Perguntei eu então á minha alma...
Cadê teu sorriso..?
Cadê o teu paraíso...?
A voz de minh'alma então ecoou dentro de mim...
E raspando meu cerebro...
Ela me disse...
Eis-me aqui oh Poeta inspirador...
Escrevi no seu coração...
Reguei tua inspiração...
E fiz brotar em ti...
Uma semente e uma canção...
E ao céu viajando...
Coloquei meus olhos na prata do luar..
E a lua me disse...
Oh alma inspiradora....
Escreverei em teu nome..
Com escrita fina de última geração...
Perdoe-me oh Poeta...
Mas teu escrevinhar...
Ninguém poderá apagar...
Os pensamentos são teus...
A Imaginação e sua...
Esse poema feito aqui...
Foi devaneio de uma lágrima tua...
Conectada junto a ti estou...
Mergulhe sempre...
Não temas...
Você jamais irá se afogar...
Esse mundo...
É todo seu..
E eu..
Sou apaixonada...
Com esse teu jeito...
De poetizar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Gardênia
Me influenciando com uma estrela...
No meio do verde mata...
Rosa flor....
Seu véu esbranquiçado...
Bela e mais que bela...
Seu encanto era inigualável...
Sua cor era totalmente notável...
E seus segredos eram indecifráveis....
No perfume deixado no ar....
A embriaguez nunca me deixou só...
Bêbado...
E enjaulado por teu aroma...
Flor-Mulher...
Seu perfume e suas essências...
Das margaridas por mim já tocadas..
Entre todos os jardins que andei...
Nem os mais purificados jasmins...
São capazes de descrever teu odor...
Gardênia minha flor...
No vago espaço sólido...
E no outro líquido...
Teu cheiro vai inebriando todo ar...
Entre as flores...
Tu...
Oh mulher...
Nessa escrita que dedico á você...
Não uso delicadeza para escrever...
Assim...
Me torno um colecionador da tua beleza..
E com a memória ativada com sucesso...
Teu cheiro em mim...
Ficou....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Meu Rincão
Meu passado...
Ranchinho querido da infância...
Aqui estou eu...
Te trazendo em um poema meu...
La na gruta...
A terra que dava o arroz...
No horizonte de minha janela...
Pastos e cafezais...
Oh tempo passado...
Até hoje te aprecio...
Naquela natureza vivida...
Naquele chão pisado de terra batida...
Por trás da nossa casa...
Hortaliças que perdia de vista....
Ali...
Amendoim e repolho...
Alho, cebola e couve....
Alface, rabanete e mandioca....
Na palhoça...
Milho para as galinhas...
Os porcos gordos no chiqueiro...
Mais a frente....
Curral de tábuas manchadas...
Com óleo velho queimado...
O gado nelore...
Era de alta qualidade....
As vacas leiteiras....
Davam leite naquela mangueira...
O pomar era pura fartura...
Laranja lima e pera do rio...
Amoras e carambolas...
Polcãs e mexiricas....
Adolescência vivida...
Tinha tudo e reclamava....
E hoje....
Só o tempo marcado que ficou naquela tábua...
Na espera de um novo Sol...
Talvez o vento me leve pra rever...
Apreciar e contemplar....
Aquele abençoado lugar...
Assim como o rio que corre para o mar...
Onde as estrelas me falam....
O inacabado ciclo da vida...
Um dia posso eu...
Naquele rincão verdejante morar...
Baruck...
Famosa Fazenda São Jorge...
Nessa posse....
Sera modificado seu nome...
Darei á ela um pseudônimo...
Dedicarei também uma inspiração única....
Terra formada de outrora...
Um dia lá atrás...
Os meus olhos da inocência te viram...
Na mata ainda intocada....
Será o cravo tirado de um poema...
Para isso acontecer....
Não precisei muito sonhar....
Apenas tive essa visão...
Seu nome um dia será...
Meu terno...
E eterno sertão....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Poeta Boiadeiro
Ah seu moço...
Nesse tema que venho trazendo...
La vou eu começando...
Não me feche as portas...
Escancare as jenelas...
Por essas aberturas...
O ar precisa entrar...
Anoiteceu com mormaço...
E esfriou na madrugada...
Amanheceu ventilado...
E no sonho que eu tive...
Resolvi usar o que tenho guardado...
Essa minha imaginação...
Não queira saber como flui....
Ela percorre o estradão do deserto....
Sapateia no asfalto....
Levanta poeira na ferrovia...
E se quer mesmo saber mais um pouco de mim....
Distante está as estrelas...
Minha vida se resume...
Sou filho de lavradores...
As sementes que eles plantaram...
Eis aqui um escritor...
No repique desse poema...
Minha morena é formosa...
Para aqueles que me conhecem....
Sabem que não faço poesia em forma de prosa....
Não sou valente pelos punhos...
Mas por essa vida....
Ja machuquei tubarões....
Sou de algum estado do Sul....
Nascido na região Norte....
Essa baita inspiração....
Falo de mim...
E improviso nesse refrão....
Explicar o que tem no meu juízo...
Por favor...
Não me pergunte não...
Todo segundo...
É um verso que vem na direita...
E o outro pela contramão.....
Importando e exportando...
Versos por esse mundão....
Ja cortei cabeça de cobra...
Misturei com farinha e degustei...
Não por querer....
Mas sim por prazer...
Sou doido um punhado...
Revoltado por completo....
Tirou minha paz...
Eu mostro logo o meu martelo...
Faço virar mingau...
Aquilo que me faz mal...
Xô , agrura maldita....
Credo em cruz sai pra lá....
Na viagem que faço....
Não aceito nada me incomodar....
Meu destino eu não sei...
Nesse mundo á fora...
Em cada dor eu me formei....
Moço você aí...
Que me ouviu até aqui....
Não me leve a mal...
Se fui grosso e arrogante contigo...
Faça-me então uma gentileza aqui pro seu amigo....
Não é para sempre que vou...
Mas por alguns instantes.....
Não crie expectativas sobre o meu retorno...
Saio agora de sua presença...
Não porque de ti não gostei...
Lisonjeado eu fico...
Por me deixar desabafar...
Entenda também...
Não sou muito normal...
Isso pra mim é mesmice....
Quero sempre provar e sentir...
O sobrenatural
Toque um pouco o berrante seu moço...
Minha boiada ja pastou...
E eu não posso parar...
Se não eu passo mal....
UTI da ilusão.
Esqueci....
Um poema que ficou perdido...
E não mais achei na imensidão...
Esqueci....
De falar o que devia...
De salvar a frase morta que estava morrendo...
Esqueci...
De importar por quem merecia...
E de falar de amor todos os dias....
Esqueci
De pregar os versos românticos...
Que dentro de mim estavam...
E de cantar como um pássaro cantador...
Esqueci....
De escrever o que eu sabia...
De fazer meus versos flutuar nas tardes quentes e nas madrugadas frias...
Esqueci....
De gravar meus cenários...
Guardar a fita no armário...
E rever para regravar tudo o que faltou...
Esqueci...
De dramatizar uma cena Real....
Falar de qualquer coisa legal....
E sorrir sempre com alto astral...
Esqueci...
De morrer por dentro...
E ressuscitar junto ao nascer do Sol....
Esqueci....
Do universo que me teve...
E agradecer por tudo que eu tive...
Esqueci....
De ajoelhar no primeiro dia do ano...
De rasgar os panos....
E olhar além do horizonte....
E segurar minhas emoções...
Que me impedia realizar os meus planos...
Mas...
Esqueci mesmo....?
Ou...?
Tive que vagar e aprender para renascer...?
Acordar para não errar...?
Reviver para de fato voltar á respirar....?
A qualquer hora...
Pode então chover muito...
E a chuva pode Apagar todas as minhas escritas talvez...
Mas dentro de mim....
Imortal elas estarão...
E de acordo com o meu olhar....
Por anos estava em coma profundo...
Minha necessidade de renascer...
É a cada segundo...
Posso então morrer novamente...?
Há se posso...
Cabe a mim então...
Continuar na UTI da ilusão...
Mas também sobreviver....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O Desafiado levando sorte.
Um certo dia...
Outro poeta me desafiou...
Disse-me que eu não seria capaz...
De fazer uma escrita nessa terra...
Trazendo então...
Alguns nomes de países
Olhei no fundo dos olhos dele...
E respondi....
____Caro poeta desconhecido...
Seu insulto para mim...
É vitamina para meu cerebro...
Só tem um pequeno detalhe...
Minha cabeça é uma fornalha...
E isso...
Você não percebeu...
Minha imaginação...
Ja passou pelo Afeganistão...
De lá...
Peguei um trem...
Fui bater na Alemanha...
E se não foge das minhas entranhas....
Ja era bem cedo...
Acordei na Tanzânia...
Tomei um café...
Fui a China...
E visitei o Japão...
E subi o morro...
E avistei o Cazaquistão...
Sou poeta voador...
Minhas asas são longas e vou até onde seus olhos não vêem...
Argentina , Iraque e Austrália...
Angola e também Itália...
Comi Poio na tigela...
Na parte Central de Caracas...
A famosa capital da Venezuela..
África do Sul, Albânia...
Armênia ,Paraguai e Uruguai...
Não contrabandiei nada de lá...
Aqui onde eu moro...
É crime e dói até os poros...
Escrevo pra ti oh Poeta desafiador...
Porque não quero lhe ver triste...
Só mostro o que gosto de fazer...
E vou continuando com o Chile...
Fiquei triste na Somália...
Lá...
A fome e pobreza ímpera demais...
Quem sabe Estados Unidos da América...
Suíça e Suécia..
E outros países também...
Se unem...
Para acabar com tanta coisa que não presta...
Sabe poeta...
Um lema eu trago comigo..
Coréia do Norte e do sul...
São coladas uma a outra..
O escritor que vos fala...
Pode até deixar algo para traz...
Mas não tem nada de trouxa....
Espanha e Jordânia são de um continente...
O Canadá é do norte...
Por enquanto...
Nesse desafio eu estou levando sorte...
Nessa pequena demonstração...
Por favor...
Não me leve a mal não...
Sou um inspirador Brasileiro...
Caso queira um trocado...
Fale comigo a sós...
Grite bem alto e se renda...
Deixo na tua face..
O meu verso entalhado...
Sou igual a qualquer outro...
E se essa escrita não te fez bem...
Saiba você e saiba o mundo...
Não fiz ela só pra você...
Fiz treinando meus instintos...
Falo a verdade e não minto...
Escrevi até aqui....
E se algo faltou em formalizar
Sinto muito...
Mas na arte da poesia...
Eu também posso errar...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Rasuras da vida
Fiz rasuras por essa vida...
Sem saber....
Estava com a atenção adormecida...
Postei rascunhos que ficaram registrados...
Cego....
Não ativei o lado desatento...
Apatir de uma exclusão...
Fiz uma geografia preservando minha natureza....
Observei meu lado pessoal...
O meu lado domador...
E o meu lado gladiador....
Nas idas e voltas....
Embuti dentro do meu coração..
Todas as postagens que eu fiz...
No cálculo exato....
Reservei um minuto de minha atenção...
Aquele obrigado deixado de lado...
Ou esquecido por um atrito...
Ou foi um devaneio de um murmuro meu....
Gritei...
E raspando o céu do meu pensamento....
Borbulhei na água marinha...
Com sal me embebedei....
Por mim...
E por todos...
Emergi....
Mas falhei....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Cúmplices.
Eu e a poesia.
Na relação entre eu e a poesia...
Existem verdades e mentiras...
Não sei como eu e ela nos encontramos...
De fato não me lembro nem o dia e nem o ano...
Apenas sei que somos cúmplices um do outro...
Enquanto meus olhos da ilusão estiverem atentos...
Em algum lugar desse mundo...
Eu e ela temos uma finalidade a se fazer...
Já tentei...
Ate hoje eu tento me afastar da poesia...
Quanto mais eu tento esquece-la...
Mas comigo ela caminha...
No quadro pintado da parede...
Ou em uma simples fotografia...
Até numa gotícula d'água caída...
São motivos para eu e ela nos juntarmos...
Enquanto meus olhos fitam cenários...
Ela faz questão de pegar em minhas mãos e me dar um bom dia...
Não importa o horário...
Nem mesmo data...
Ela se chega a mim....
E logo se enquadra....
Ela tem uma personalidade...
Eu tenho outra...
Mas no final da discussão...
Combinamos em tudo...
Sei lá...
É tudo estranho....
Na miragem uma luz que dói até os olhos..
Que é capaz de cobrir até minha visão...
E ao mesmo tempo....
Um túnel que me leva ao nascer do Sol....
Enquanto eu dou vida a uma frase...
Ela insiste colocar alguma mentira....
Mas no bate boca brutal...
No final de nossas brigas..
Tudo é paz e feliciade...
No real das mentiras...
Ela encanta com suas farsas...
No real das verdades...
Vou eu dando fôlego nas escritas...
É uma relação baseada em...
Pura ilusão...
E puro desabafo...
É aquele momento que a voz se cala...
E um grito que emerge com centelhas..
Estimulado por um astro...
Brincamos até de joguinho de tabuleiro...
É uma pedra de lá....
É outra pedra de cá.....
Assim....
Vamos dando brilho e ofuscando qualquer tema....
No palco da minha imaginação...
É um teatro que não quer se fechar...
Viro as costas....
La vem ela com as cortinas a me fisgar....
Amarrado por ela...
Sem ter o direito de sentir os pés no chão...
Acabo me rendendo....
Nessa louca discussão...
Desarmado....
Acabo terminando mais um poema...
Com autenticidade...
Escravizado....
Pela minha inspiração...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Saudade.
Quando a saudade doer...
Vá em busca da saudade e cure-se...
Quando a saudade bater...
Vá atrás da saudade e bata nela também...
Quando a saudade te fazer lembrar...
Lembre-se dela também...
Quando a raiz da saudade não quiser crescer...
Regue-a
Logo a saudade mostrará sua face..
Quando a saudade te sangrar...
Cuide-se...
Estanque-o....
Cuidado para o sangue não coagular...
Atrás de cada saudade...
Existe uma história...
Uma dor...
Um sorriso..
Uma realidade...
Antes era uma lágrima...
Após o jogo do bilhar....
Alguma esfera sobre a mesa se fragmentou...
E nas lacunas da vida lá elas estão...
Escondidas em umas das fendas...
No piscar de uma luz...
Existe ou existiu um choro silencioso ou esgoelado....
Se alguém sentiu....
E se alguém viu...
Não deixe o sangue coágular....
Se mantenha agasalhado....
Pois a saudade bate frio...
E se não cuidar....
Ela pode se tornar....
Um eterno calafrio.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Entrevista.
Decidi eu...
Interrogar uma jornalista...
E de alma sossegada e curiosa...
As perguntas eram instantâneas...
Enquanto ela ia respondendo...
Uma nova pergunta ja estava na ponta da língua para a ela fazer...
Então...
Chegou um momento que ela se irritou...
E perguntou...
Oh poeta entrevistador...
Sou uma jornalista...
E não é bem assim não...
Eu é quem faço as perguntas...
E você responde com um refrão...
Como sou um poeta educado...
Modesta parte falando...
Respondi assim...
___Pergunte -me então...
Darei a você o prazer de ler os meus olhos da ilusão...
Mas cuidado...
Minhas respostas terão farsas e verdades...
Vá então com calma..
Posso eu...
Até machucar o seu coração...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta qua Voa
Fronteiras da inspiração.
Com alguns itens em mãos...
Cruzei as fronteiras da literatura...
Anulei o poema oprimido...
Minha alegria...
Era chegar nos livros vizinhos....
Conhecer outros povos...
Outras origens...
Outros costumes...
Ah coração cantador...
Tu cantas de verdade , adentro de meu peito...
Então...
Uní eu e minhas tralhas...
Subi montanhas e vales...
Lá...
Encontrei com escritores...
Conheci outros doutores....
Fraudei as correntes da imaginação...
E na magia de uma escrita...
Dei arranjos para as melodias...
Fiz cabanas nos penhascos...
Deitei e me agasalhei...
E com minha alma de poeta...
Atravessei rios...
A nado braços...
Quis chegar do outro lado dos meus versos..
Oh poesia inspiradora...
Suas fendas não são de chagas...
Tem verbos e sacadas...
Atrevo-me em continuar...
Nas fronteiras da minha inspiração...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
