Padre Fabio de Melo Cultivo
Aula de piano
Depois do almoço na sala vazia
A mãe subia pra se recostar
E no passado que a sala escondia
A menininha ficava a esperar
O professor de piano chegava
E começava uma nova lição
E a menininha, tão bonitinha
Enchia a casa feito um clarim
Abria o peito, mandava brasa
E solfejava assim:
Ai, ai, ai
Lá, sol, fá, mi, ré
Tira a não daí
Dó, dó, ré, dó, si
Aqui não dá pé
Mi, mi, fá, mi, ré
E agora o sol, fá
Pra lição acabar
Diz o refrão quem não chora não mama
Veio o sucesso e a consagração
Que finalmente deitaram na fama
Tendo atingido a total perfeição
Nunca se viu tanta variedade
A quatro mãos em concertos de amor
Mas na verdade tinham saudade
De quando ele era seu professor
E quando ela, menina e bela
Abria o berrador
Ai, ai, ai,
Lá, sol, fá, mi, ré
Sei que as coisas pioram antes de melhorar porque é o que diz meu psiquiatra, mas esta fase pior está grande demais para mim.
Esse tempo todo eu tenho vivido para o meu tratamento, em vez de me tratar para poder viver. E eu quero viver.
Me sinto confuso, mas fico feliz em saber que tenho noção da realidade. A hipocrisia está à solta...
Dedicatória:
Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.
" Somos chamados a viver por Cristo, gastar-se inteiramente por amor a ele, servi-lo e torná-lo conhecido aos outros".
" Somos chamados a viver por Cristo, gastar-se inteiramente por amor a ele, servi-lo e torná-lo conhecido aos outros".
São tantas as críticas a pastores e até mesmo a padres, algumas até plausíveis, outras, nem tanto; e fico a pensar... se o Deus-Criador fosse usar somente os "santos" para levar a salvação ao ser humano, sairia o Evangelho do papel?
O sonho de um Bom Pastor
Após um dia turbulento, cansado da intrepidez dastorrentes que atravessas com as suas ovelhas, do enfrentamento das almas tempestuosas que insistem em manter-se no cativeiro, você adormece em sono profundo.
E todas as vezes que dormes, o corpo pesa sobre a cama mas a sua alma é levada pelos ares a contemplar inconscientemente, na companhia de muitos a anjos, o clarão das luzes que acendeste em muitas vidas e, surpreso, exclama: "foi muito! foi por mim mesmo todo esse resplendor que brilha? mas eu... mas eu nem lembro quem são esses, e aqueles outros, tão distante?"
E antes de acordar, para mais uma vez perder a consciência do passeio naquela dimensão sobrenatural e continuar a jornada terrena, você pede um instante só para contemplar mais uma vez aquele facho de luz , abre um sorriso e diz: "vale a pena..., valeu a pena e valerá....
Vamos, "atraversiamo"... !"
Prossigam pastores, continuem cumprindo o pastoreio com a permissão do nosso Criador!
Ele é preto ou tá escuro?
O preto só é preto quando está escuro. Quando de repente, falta de luz em todo lugar. Quando está claro, o preto deixa de ser visto como preto, ou melhor; o preto torna-se cor, é só, a mais densa das cores. Torna-se visível porque há luz, porquê identificou-se que não se trata do que não via, e agora já se vê. É uma cor. O preto tornou-se escuro - nem sabe-se se é (preto) -, não se vê. Não se pode enxergar coisa alguma (parece outra coisa). Isso é o que não se pode dizer que viu. Ou está cego pela escuridão e não se pode dizer que cor é, ou, é só, a ausência total de luz. Tem cor, mas não se viu (não se sabe qual era).
Às vezes, estamos certos, mas outras vezes, estamos no lugar errado. Ou só, ainda, na posição errada. Não é ele que é preto, ele só está à sombra. Sob à luz, ele é quase amarelo.
Texto extraído de: As Crônicas da Guerra - O que tem no Amarelo. De: Douglas Melo.
O vento não é favorável
E eu nem esperava que seria
Eu vou no compasso da batida certa
Dançando com os erros da vida
O segredo para renovar sua vida
Por Redação Viva!Mais postado em 13/05/2011 às 19h30Comentários (0)
Tempos atrás, era assim: as moças prendadas – ou seja, “preparadas” para o casamento – sabiam fazer tudo numa casa. Inclusive, costurar e bordar. Chegavam até a cuidar que as roupas do marido e dos filhos fossem confeccionadas em casa. Assim, ajudavam no orçamento familiar. E a economia ia além, já que costumavam aproveitar todos os panos que sobravam das costuras para fazer colchas de retalhos.
Esse reaproveitamento geralmente resultava numa mistura de cores e tecidos que, por mais bem combinados e atados que fossem, dificilmente resultavam em algo bonito. Mas vá lá, no fim das contas eles serviam, pois estavam dando uso para algo cujo destino inicial seria o lixo.
Seguindo essa raciocínio, eu pergunto: será que não estamos fazendo exatamente a mesma coisa com a nossa vida? Juntando restos e cacos para tecer a trama dos nossos relacionamentos? É que passamos por inúmeras situações que nos reduzem a fragmentos, que nos quebram. Um amor que se foi, uma relação que terminou em briga, uma decepção com um parente, um perdão não dado, um ressentimento cultivado…Tantas experiências nos reduzem a cacos que chegamos , inclusive, a pensar na impossibilidade de continuar.
Nessa hora, há quem tente juntar os cacos e remendar a vida. Colando um pedaço aqui, costurando outro ali e formando, assim, um mosaico de frustrações, dores, suspiros e amores tal como aquela colcha de retalhos da vovó. Então, o resultado é uma vida, mas uma vida feita com os restos de um passado mal resolvido e não integrado. Por isso não podemos deixar situações sem solução. Por isso não podemos guardar ressentimentos sem dar o perdão, não podemos rejeitar o que somos – pelo contrário: devemos, sim, nos amarmos pelo que somos e fazemos!
Não podemos viver da lembrança de amores que se foram nem mendigar atenção de quem não nos quer. Se vivermos assim, viveremos dos restos que a vida nos deixou. E, vamos ser honestos, não fomos feitos para os restos e sobras! Acredite, Deus nos criou para a plenitude e não para nos contentarmos com migalhas.
Se quiser ser feliz, comece a sua vida a partir do novo. Parta do zero. As lembranças servem para que não caiamos no mesmo erro e não para serem revividas como se nos aprisionassem no passado. Para tornar-se nova, busque os recomeços. Jesus já havia dito que não se remenda a vida. Afirmava Ele: não se coloca remendo novo em roupa velha, pois o estrago pode ser ainda maior. Assim, Ele mesmo nos ensinava a não remendar a nossa vida misturando coisas novas com as velhas.
O novo é o recomeço a partir das coisas certas e não remendos a partir dos erros passados. Perdoe, livre-se dos ressentimentos, evite viver do passado e busque, principalmente, agir a partir da realidade que só você é capaz de construir agora.
O ontem não existe mais. O amanhã ainda não chegou. Entretanto, o hoje está em suas mãos. Faça o melhor por si mesma agora e evocará o mesmo para sua família e seus amigos.
É importante exercitarmos pra saúde do corpo, mas também é importante exercitarmos pra saúde da alma. Esse treino é bem mais puxado, nele o aeróbico emagrece o ego, transpira-se muito pra eliminar fraquezas interiores, suporta-se pesos pra fortalecer o espírito.
Compaixão da Virgem na morte do filho
Por que ao profundo sono, alma, tu te abandonas,
e em pesado dormir, tão fundo assim ressonas?
Não te move a aflição dessa mãe toda em pranto,
que a morte tão cruel do filho chora tanto?
O seio que de dor amargado esmorece,
ao ver, ali presente, as chagas que padece?
Onde a vista pousar, tudo o que é de Jesus,
ocorre ao teu olhar vertendo sangue a flux.
Olha como, prostrado ante a face do Pai,
todo o sangue em suor do corpo se lhe esvai.
Olha como a ladrão essas bárbaras hordas
pisam-no e lhe retêm o colo e mãos com cordas.
Olha, perante Anás, como duro soldado
o esbofeteia mau, com punho bem cerrado.
Vê como, ante Caifás, em humildes meneios,
agüenta opróbrios mil, punhos, escarros feios.
Não afasta seu rosto ao que o bate, e se abeira
do que duro lhe arranca a barba e cabeleira.
Olha com que azorrague o carrasco sombrio
retalha do Senhor a meiga carne a frio.
Olha como lhe rasga a cerviz rijo espinho,
e o sangue puro risca a face toda arminho.
Pois não vês que seu corpo, incivilmente leso,
mal susterá ao ombro o desumano peso?
Vê como a dextra má finca em lenho de escravo
as inocentes mãos com aguçado cravo.
Olha como na cruz finca a mão do algoz cego
os inocentes pés com aguçado prego.
Ei-lo, rasgado jaz nesse tronco inimigo,
e c'o sangue a escorrer paga teu furto antigo!
Vê como larga chaga abre o peito, e deságua
misturado com sangue um rio todo d'água.
Se o não sabes, a mãe dolorosa reclama
para si quanto vês sofrer ao filho que ama.
Pois quanto ele aguentou em seu corpo desfeito,
tanto suporta a mãe no compassivo peito.
Ergue-te pois e, atrás da muralha ferina
cheio de compaixão, procura a mãe divina.
Deixaram-te uma e outro em sinais bem marcada
a passagem: assim, tornou-se clara a estrada.
Ele aos rastros tingiu com seu sangue tais sendas,
ela o solo regou com lágrimas tremendas.
Procura a boa mãe, e a seu pranto sossega,
se acaso ainda aflita às lágrimas se entrega.
Mas se essa imensa dor tal consolo invalida,
porque a morte matou a vida à sua vida,
ao menos chorarás todo o teu latrocínio,
que foi toda a razão do horrível assassínio.
Mas onde te arrastou, mãe, borrasca tão forte?
que terra te acolheu a prantear tal morte?
Ouvirá teu gemido e lamento a colina,
em que de ossos mortais a terra podre mina?
Sofres acaso tu junto à planta do odor,
em que pendeu Jesus, em que pendeu o amor?
Eis-te aí lacrimosa a curtir pena inteira,
pagando o mau prazer de nossa mãe primeira!
Sob a planta vedada, ela fez-se corruta:
colheu boba e loquaz, com mão audaz a fruta.
Mas a fruta preciosa, em teu seio nascida,
à própria boa mãe dá para sempre a vida,
e a seus filhos de amor que morreram na rega
do primeiro veneno, a ti os ergue e entrega.
Mas findou tua vida, essa doce vivência
do amante coração: caiu-te a resistência!
O inimigo arrastou a essa cruz tão amarga
quem dos seios, em ti, pendeu qual doce carga.
Sucumbiu teu Jesus transpassado de chagas,
ele, o fulgor, a glória, a luz em que divagas.
Quantas chagas sofreu, doutras tantas te dóis:
era uma só e a mesma a vida de vós dois!
Pois se teu coração o conserva, e jamais
deixou de se hospedar dentro de teus umbrais,
para ferido assim crua morte o tragar,
com lança foi mister teu coração rasgar.
Rompeu-te o coração seu terrível flagelo,
e o espinho ensangüentou teu coração tão belo.
Conjurou contra ti, com seus cravos sangrentos,
quanto arrastou na cruz o filho, de tormentos.
Mas, inda vives tu, morto Deus, tua vida?
e não foste arrastada em morte parecida?
E como é que, ao morrer, não roubou teus sentidos,
se sempre uma alma só reteve os dois unidos?
Não puderas, confesso, agüentar mal tamanho,
se não te sustentasse amor assim estranho;
se não te erguesse o filho em seu válido busto,
deixando-te mais dor ao coração robusto.
Vives ainda, ó mãe, p'ra sofrer mais canseira:
já te envolve no mar uma onda derradeira.
Esconde, mãe, o rosto e o olhar no regaço:
eis que a lança a vibrar voa no leve espaço.
Rasga o sagrado peito a teu filho já morto,
fincando-se a tremer no coração absorto.
Faltava a tanta dor esta síntese finda,
faltava ao teu penar tal complemento ainda!
Faltava ao teu suplício esta última chaga!
tão grave dor e pena achou ainda vaga!
Com o filho na cruz tu querias bem mais:
que pregassem teus pés, teus punhos virginais.
Ele tomou p'ra si todo o cravo e madeiro
e deu-te a rija lança ao coração inteiro.
Podes mãe, descansar; já tens quanto querias:
Varam-te o coração todas as agonias.
Este golpe encontrou o seu corpo desfeito:
só tu colhes o golpe em compassivo peito.
Chaga santa, eis te abriu, mais que o ferro da lança,
o amor de nosso amor, que amou sem temperança!
Ó rio, que confluis das nascentes do Edém,
todo se embebe o chão das águas que retém!
Ó caminho real, áurea porta da altura!
Torre de fortaleza, abrigo da alma pura!
Ó rosa a trescalar santo odor que embriaga!
Jóia com que no céu o pobre um trono paga!
Doce ninho no qual pombas põem seus ovinhos
e casta rola nutre os tenros filhotinhos!
Ó chaga que és rubi de ornamento e esplendor,
cravas os peitos bons de divinal amor!
Ó ferida a ferir corações de imprevisto,
abres estrada larga ao coração de Cristo!
Prova do estranho amor, que nos força à unidade!
Porto a que se recolhe a barca em tempestade!
Refugiam-se a ti os que o mau pisa e afronta:
mas tu a todo o mal és medicina pronta!
Quem se verga em tristeza, em consolo se alarga:
por ti, depõe do peito a dura sobrecarga!
Por ti, o pecador, firme em sua esperança,
sem temor, chega ao lar da bem-aventurança!
Ó morada de paz! sempre viva cisterna
da torrente que jorra até a vida eterna!
Esta ferida, ó mãe, só se abriu em teu peito:
quem a sofre és tu só, só tu lhe tens direito.
Que nesse peito aberto eu me possa meter,
possa no coração de meu Senhor viver!
Por aí entrarei ao amor descoberto,
terei aí descanso, aí meu pouso certo!
No sangue que jorrou lavarei meus delitos,
e manchas delirei em seus caudais benditos!
Se neste teto e lar decorrer minha sorte,
me será doce a vida, e será doce a morte!
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