Padre Fabio de Melo Coragem
Caminhoneiro.
Permita-me oh estradeiros,
Peço uma licença Poética,
Entro aqui,
Com ousadia na alma,
A todos que conduzem,
Um bruto na estrada,
Esse dom de transformar viagem em arte,
Não ficou para qualquer um,
Parece que entendo,
Cada passo de cada chofer,
Chinela havaiana nos pés,
Derrete com calor do motor,
A turbina assobia,
E os pneus chiam com cada km rodado,
No para-brisa,
A paleta desliza no vai e vem,
Farol de neblina,
O som da canção mistura com a poesia e vai bem além,
Trem toco e trucado mudado,
Ao longo dos anos se fez,
Bitrem e rodotrem bem-arrumado,
7 e 9 eixos,
100 toneladas no lombo,
Pneus lameiros traçando,
Enquanto os demais vão aguentando,
O painel parece um avião,
Maneca do freio automático,
Antes era a óleo,
Hoje é a cuíca que grita até estacionado,
Cubo redutor para os artistas,
Canelinha para os apressados,
Essa arte que vos falo,
Dele participei um bocado,
Dupla folha de chassis,
Um 113 bloqueado e traçado,
Parecia um burro chuclo,
Mal eu acelerava,
Queria subir morro inventado,
Toca fita autorreverso,
12 músicas engavetadas,
Hoje tudo mudou,
Um mini chip que está no mercado,
Cada cidade, uma história,
Cada buraco no olhar era gravado,
Na ida era um tapete,
Chovia forte pra cacete,
Na volta era costela de vaca,
Tripidação que falta arrancar,
O fecho de molas sofrido e judiado,
Estado de Arte
Arte de viver,
Arte de voar,
Arte de sentir e ouvir,
Arte de poder ter,
Arte de falar o que pensa,
Arte de ouvir e guardar,
Arte de gravar e nunca esquecer,
Arte de plantar e colher,
Arte de desenhar o que sonhou,
Arte de desenhar sem saber no que vai dar,
Arte de dormir e acordar,
Arte de comprar e usar,
Arte de temperar o que vai comer,
Arte de não saber de onde vem,
Arte de agradecer tudo que tem,
Arte de ir à escola para aprender,
Arte de lecionar o que aprendeu.
Algumas artes se foram,
Outras ainda teremos,
As que ainda existem,
Devemos delas cuidar,
O malabarismo do circo,
O dom de ajudar sem ver a quem,
O dom de fazer o que convém,
O dom de chorar porque ainda nada tem,
O dom de se arrepender enquanto é cedo,
O dom de fazer arte,
Amar e perdoar antes que seja tarde,
Arte de escrever dentro do dom que cada um tem.....
Tudo na vida é uma arte,
Nada é aqui sem ela,
Delas todos fazemos parte,
Nem que seja um pontinho qualquer,
Somos humanos,
Modesta parte,
Ela foi inspirada sim,
Dentro do meu estado de arte....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Plágio.
Ser poeta, é voar sem sentir que está voando,
Escrever o que tem na mente,
Plagiar é para os fracos,
O significado da palavra 'PLÁGIO'
Ao meu modo de ver,
Ela abrange outros aparatos,
Nesse mundo literário sempre terá alguém para copiar ou inspirar naquilo que é nosso,
Não sou gladiador para ir na arena e extinguir os plagiadores,
Mas o que escrevo é meu,
Vem da minha história que guardo na memória e o que posso ser o que ainda não fui e sonho ser,
Hoje sou ave,
Amanhã serei uma nave,
Pois o daqui a pouco ninguém sabe.
Tenho facilidade para sair do meu mundo e entrar em outro totalmente desconhecido,
Cujo nem sei explicar,
Limitar quem quer nos imitar é difícil,
Cada um com seu mérito,
Cada um com suas ilusões e inspirações,
Como autor desse tema,
Não sou egoísta para querer esconder o que escrevo,
Esse campo plagiatório contém vários ângulos,
Cada um vê de forma diferente,
Temos numa só tela,
O quê é artificial,
E temos o quê é natural,
E temos também o quê é original,
Nos golpes aplicados e copiados,
Podemos até filtra-los,
Não é o poema ou a poesia que tira a dor,
A cura está estampada diante da face,
Onde os olhos humanos não fazem questão de abri-los para encontrar o real resultado,
Cada história tem uma caixinha e varios segredos,
Porém,
Cada um deve nela
Entrar, vasculhar e se achar,
Aspirar não é proibido,
Respirar muito menos,
E na ilusão ótica genuína de cada poeta,
Nem dos seus olhos ele precisa para escrever.....
Meu conselho final....
Seja original,
Faça sua história,
E se limite para não viver naquilo e daquilo que não é seu...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Em paz
Sou,
Sou isso e muito mais,
Um coração que pernoita,
E chora com as notas musicais,
Sou,
Sou sentimento que afaga,
Quando vejo o céu embaçado,
Escrevo poemas,
E um dos meus dedos estala,
Sou,
Sou o choro de um rio que não para,
E com os acordes que faço,
Eu e o meu violão,
Com Deus,
Estamos em paz.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Consertando a poesia.
Desintegrei uma poesia,
Peguei as palavras e as limpei,
Umas estavam fragmentadas,
Juntei os pedaços e as consertei,
Algumas as descartei,
Comecei a observar,
Tinham feridas expostas,
Eram cortes profundos,
E isso me fez muito chorar,
Senti na pele a dor de cada uma,
Indecifrável esplendor,
A música em meus ouvidos exala,
E me faz percorrer numa eterna estrada,
Nos portais da minha ilusão,
Vejo pirâmides do amor cobiçadas,
Ainda atento,
Troco a faixa que insiste em me devorar,
E sigo com outra canção,
Com as feridas curadas...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ferrovia da sabedoria.
Obedecendo a direção do meu olhar,
Esqueço de tudo e avanço,
Sem obstáculos eu compro uma passagem,
Passo pela catraca da ferroviária e vou para a estação,
Dizem por aí que essa ferrovia que irei percorrer não tem e nunca terá fim,
Escolho ficar no último vagão,
Por opção,
Sento-me na última poltrona,
E com exclusividade na lateral,
Abro a janela e respiro fundo,
Me aconchego e a locomotiva dá o seu Start,
Olho para os campos e as curvas que a paisagem me proporciona,
O trem é enorme e a máquina é potente,
O piloto e o copiloto são experientes,
Não tenho com que me preocupar,
Como passageiro nato,
Um fone de ouvido para ouvir uma canção,
E começo a refletir,
Quantas folhas desperdiçadas,
Quantas sementes jogadas ao léu,
Quantos frutos amadurecidos e caídos,
Pelo tempo,
Apodreceram e não percebi,
Que pena,
E não voltam mais,
De repente,
Um túnel a frente,
Instantaneamente uma escuridão,
Rendido pela poesia,
Me lembro das palavras que não precisava ouvir,
Me lembro de risos falsos que não precisava ver-los,
Me lembro das promessas que jamais se cumpriram,
Me lembro também de cada pecado cometido,
Moderado no meu silêncio naquela escuridão,
Me livrei de algumas regras impostas pela minha imaginação,
Fui colocando em ordens tudo que minha alma na vida gravou,
Decidi nessa inusitada viagem não me proibir de nada,
Uma leve filosofia me veio á mente,
Se eu mesmo me proibir de "Ser, Ouvir ,Viver e Sentir ?
Como posso saber o quê é melhor entre tudo que Ouço , Tudo que vivo. Tudo que Sinto e Tudo que Sou ?
Indeciso,
Parei,
Por alguns segundos veio-me um filme gravado e ele começou a me mostrar todos os meus dias vividos,
Quão belos dias!
Quão belos!
Uma decisão rústica tomei,
Passei vagão por vagão até chegar aos maquinistas,
E fiz um pedido a eles,
Pare.!
Pare por favor,
Pare,
Aqui eu desço,
Aqui eu fico,
Aqui eu me despeço e daqui eu sigo só,
Caso não me acham nessas trilhas,
É porque sobrevivi em outro lugar,
Mesmo que não me encontrem em todo esse território terrestre,
Entrem na fila e aguardem sua vez,
Lá no céu com certeza estarei,
Esperando cada um de vocês.....
Autor:Ricardo Melo .
O Poeta que Voa.
Bandido violão
Bandido violão,
Ah!
Violão bandido,
Roubas a minha alegria,
E ao mesmo tempo me trás,
Quem és tu oh! violão?
Que fomenta minha inspiração,
A alma inspira letras,
E você me trás a canção,
Instrumento amigo meu,
Que atormenta eu e a poesia,
Só se aquieta,
Quando eu faço em ti, a melodia....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Mudanças climáticas
Pedaços de estações,
Algumas delas matam ciclos da vida,
Nem tudo se adapta com as mudanças climáticas,
Alguns olhos choram com a água congelada,
Folhas verdes se degradam,
Outras ficam queimadas e conservadas,
Sobre o leito do solo branco,roxo e vermelho com a cobertura do gelo,
O branco chantilly e o véu que se formou com a neve,
Junto a flores das plantas,
Nem parecem que estão floridos,
Naqueles sofridos madrigais,
Época de inverno,
Sensação abaixo de zero,
Sofrem os pássaros e sofrem os animais,
Araras e maritacas,
Felinos,répteis , papagaios e pardais,
O tico-tico clama ao beija flor,
Por um punhado de mel que armazenou na primavera,
O pranto em seu rosto,
Desce gelado com pavor,
Entre todas estações muitos sobrevivem,
Mais eles clamam pelo outono,
Onde terão frutas doces e saborosas sementes,
Quem olhar além disso,
É uma obra perfeita e ao mesmo tempo é uma devassa na alma que arde adentro,
Alguns ciclos da natureza,
Parece que sumiram,
E não volta mais....
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Violão escravo.
No pensamento,
Um objetivo,
No coração,
Um choro gostoso e sofrido,
Nos dedos,
Escorrem lágrimas e melodias,
A alma viaja e pelo ar se dissipa,
O violão é o escravo,
Que ampara e suporta,
Tudo que o poeta inspira,
Violão!
Porque fazem isso contigo?
Que suporta acordes e tapas,
E quem te toca não sabe,
Suas notas tão doloridas....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Dedos lubrificados.
Lubrifiquei meus dedos,
Na viola eu peguei,
Bati a mão no seu lombo,
E suas cordas eu afinei,
Tentei fazer um pontilhado,
Uma delas eu quebrei,
Como poeta,
Com nove cordas continuei,
Para não fazer feio,
Um improviso na hora eu narrei,
Pra uma cabolcla na festa
Versos de amor á ela inventei,
Um jambo maduro,
Mulher bela e faceira,
Morena pele de pêssego,
Cheguei nela e fiz meu pelejo,
Fitando em seus olhos falei,
Ela rebelde me ofendeu,
Bati a espora no solo,
Ela não gostou mas me atendeu,
Me chamou de grosso,
A ela eu respondi,
Não vim aqui para passar vexames,
Me beije logo antes que eu inflame,
Sou violeiro educado,
E por você fui mal tratado,
Esses dedos que tocam,
Querem te dar um trato,
Como não sou de levar barato,
Toma aqui esse trocado,
Porque o meu cavalo,
Não leva filha de metido à ricaço,
Metida franzinha sem educação,
Não uso arma de fogo porquê sou de bom coração,
Conforme a tua resposta,
Pra você ,viro minhas costas....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Luar do meu sertão
Vivo no meu mundo sonhando,
E sinceridade falando,
No universo em que vivo,
Me sento para compor agora,
De manhã bem cedinho,
Antes de raiar o dia,
O meu galo carijó,
E o meu despertador,
Suas asas batem forte,
La no galho do paiol,
Levanto da minha rede,
Acendo o fogão de lenha,
Minha chaleira na chapa,
Esquenta que relampeia,
Chaminé feita de barro,
Abro a tampa para soltar a fumaça,
La na gruta,
Os bezerros berram de fome,
Abro a janela de madeira ripada,
Um odor invade a cozinha,
É o cheiro da relva,
Misturado com o gramado,
Flores de framboesa,
Cerejas e hortelãs,
Meu Deus do céu,
Esse mundo é bom demais,
A capa fina de neve,
Cobre o cerrado na montanha,
Vou para o piquete,
E laço meu manga larga,
Seu nome é travesso,
E de sua mãe é beleza,
Jogo a cela no seu lombo,
Ele parece que vai saltar,
Sua felicidade é tanta,
Que relincha nas estribeiras,
Sem esporas e sem chicote,
Damos uma volta na fazenda,
Juntamos a vacada,
Para o alimento das crianças,
Duas tetas pros filhotes,
E duas para o leite e o queijo,
Na garoupa um laço de corda,
Material de primeira,
No roçado,
Milho ,arroz e feijão,
Do outro lado,
Canavial e algodão,
Uma época é soja e trigo,
Girassóis na vastidão,
Suas cores amarelas,
Dói até minha visão,
Nem sei se estou sonhando,
Ou ainda acordando,
Toco viola,
Para saborear o que estou falando
Ahooooo pedaço de paraíso
Se compus essa canção,
É porque moro aqui no fundo,
No luar do meu sertão.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Saudades.
Saudades da infância,
Saudades da escolinha do interior,
Saudades da chinelinha simples,
Saudades das professorinhas,
Saudades da bolinha de gude,
Saudades da fieira e do pião,
Saudades de fazer ele rodopiar,
No chão bruto daquele sertão,
Saudades dos parquinhos,
Saudades da maçã do amor,
Saudades que ficaram,
O tempo passou e apagou,
Se foram e se perderam.
Veio também chuva e levou,
Mas na minh'alma ficou registrado,
Esses tempos de criança,
Que foram tempos de glamour....
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Pincel.
Pincel !
Ah pincel !
Você tem histórias para contar,
Entre teus quadros e as tuas paredes,
O colorido é testemunha,
Perfeita invenção,
Que faz minhas mãos te usar,
Contigo ja desenhei,
Contigo ja escrevi,
Contigo eu já colori,
Contigo eu ja provoquei,
Fazendo a arte mergulhar e emergir,
Não sei o que eu usaria,
Se não fosse a sua existência,
Contigo doeu em mim a saudade,
Contigo pintei minh'alma,
Com cores primárias e vazias,
Contigo pintei minhas canções,
Pintei a vida e o amor,
Pintei de verde e vermelho,
O âmago do meu coração....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Violão inacabado
Eu quis terminar,
Comecei e não finalizei,
Sem motivos,
A brisa da madrugada cegaram meus olhos,
Agora estou assim,
Sem data para concluir,
Ainda faltam as cordas,
Para essas melodias te ofertar,
Você se foi,
Nem disse um adeus,
E fiquei com essa inacabada, obra de arte,
Ainda estou machucado,
E não sei o que fazer,
Diga-me!
Se ainda serei em sua vida,
Uma mínima parte....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Vidas
Vidas!
Momentos de doce ilusão,
São lembranças da infância e do coração,
Vidas,
Nascente que jorra com emoção,
Águas que descem e regam,
E vai inundando o meu sertão,
Vidas,
Chuva fina que brota do céu,
Vai lavando a terra,
Me afoga nesse imenso colorido véu,
Vidas,
Vidas vivas de um paraíso colosso,
Maltrata a mente do moço,
Que escreve isso com amor,
Por ser jovem,
Por ser homem,
Por ser poeta,
Por amar o que faz,
Esse sou eu,
Um admirador da natureza,
E apenas Deus,
É capaz de tirar de mim,
Esse dom de amar a vida,
Com todas as suas belezas....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Horas de solidão.
Como sempre,
A dose se repete,
Assim são os meus dias,
Quando não é pela manhã ou tarde,
É nas noites que emergem meus devaneios,
Ao contrário disso,
Amanheço delirando,
Ou durmo pela manhã,
E a tarde fico acordado sonhando,
Um café
Um cappuccino,
Ou um copo de vinho para variar,
Música sertaneja ou popular brasileira,
Estou sempre em casa chorando,
Pelas ruas me procuro mas não me acho,
Ando pelo quintal e ando pela casa,
E nada me faz aquietar,
Fazendo poemas,
Restaurando planilhas,
Lendo cartilhas da infância,
Me envolvo naquilo que estou fazendo,
Por inteiro começo arrepiar,
Lágrimas verdadeiras de uma solidão,
E lágrimas disfarçadas que insistem fazer de conta que não são,
Para não dividir aquilo que me corrói por dentro,
Tomo uma dose de dor,
Após,
Uma dose de saudade para não parar de chorar,
Para remediar,
Um limão para acabar de azedar,
A garrafa de vinho ja está transparente,
Vazia com poucas gotas para secar,
A cafeteria cansada ja nem funciona mais,
No coador,
O extra forte café,
Cafeína pura para não dormir,
E sigo assim,
Bebendo e perambulando,
E fica na memória,
As horas marcadas de uma solidão,
Tentando cada vez mais,
Me devorar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Nova Fátima.
Entre as saudades que carrego comigo,
Minha cidadezinha do interior,
Me lembro de cada detalhe,
Com a incandescente luz que me queima,
Ela agora me faz lembrar,
Norte do Paraná,
Pequenino município,
Seus vizinhos,
Ribeirão do Pinhal e Cornélio Procópio,
Alguns vilarejos,
Patrimônios e seus encantos,
O perigoso Rio Laranjinha,
Verdes campos e infinitas lavouras,
Céus aberto do meu Sertão!
A poesia ganha um sentido,
Jogo a flecha e acerto no alvo,
Avenida Central,
Seu nome e o décimo quarto dia do mês do Natal,
Paraíso colossal,
Como será que está agora?
Faz tanto tempo que fui embora,
E não tive o prazer de voltar,
Ah se eu tivesse asas,
Percorria cada quadra daquele pedaço de chão,
Ainda levantava a bandeira,
Só para aliviar os minha inspiração,
Tempo forjado,
Colírios para os meus olhos,
Doce canto que eu nasci,
Menino adolescente,
Sem estribeiras e muito carente,
Deixei aquela região,
E ainda hoje me lembrei de tudo,
Ao contemplar,
Finalizo esses versos,
Com feridas até no coração.....
Autor Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
POR VOCÊ,
Vou embutindo o DÓ-RÉ-MI na poesia...
Por você,
Vou DO-MInando minha Viola,
Nela eu planto flores e acordes,
Na sequência,
Um DÓ-RÉ-MI improvisado.
Minha música te leva para outro mundo,
E à ti começo a declamar,
Tenha DÓ de mim Paixão!
Por você,
Eu faço na poesia um Reboliço e Resisto para não chorar.
Faço REndas e componho,
Ainda com fôlego eu REcomponho,
Sou o teu escudo,
Nesse instrumento MImado e bem quisto,
Nele eu te MImo com esses versos e não te REprimo.
Por você,
Descubro o jeito manhoso de fazer poema Romântico e bem gostoso.
Na MItologia oculta,
Acentuo o verbo em minhas rimas,
Por você,
Mantenho meu Dom de compositor,
Só pra te dar Amor,
Nesse universo,
Tu,
És minha Dama e eu sou o seu DOm Quixote,
Para te afagar com minhas letras,
REtrato-te sem vírgulas e não faço feio,
Elevo-te na minha REsguarda.
Por você,
Fiz essa melodia,
Sem MIcrofone também MIsturei,
Isso não é um MIstério,
É apenas uma canção,
E com o DOm de poeta que sou,
Com as iniciais das notas musicais,
Embuti o DÓ-RÉ-MI só para te encantar...
Autor; Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Nos braços da poesia.
Nos braços dessa poesia, Nela eu me consolo,
Aliás,
Vou tentando me consolar,
De peito estourado e ao pó,
As passagens pela vida foram muitas,
Alguns passos admirados,
Outros rejeitados,
Fiz muitas coisas certas onde as pessoas achavam erradas,
Fiz muitas coisas erradas e acharam que eram certas,
Encarando minha própria face,
O que eu não posso é deixar de agradecer pelo aprendizado,
Tantas ações,
Tantas curvas nebulosas,
Nas ideias que vinham na mente,
Ia agindo conforme a força do vento,
Carregado de inspiração, Ainda vou aqui desligando-me do presente,
E me ligando no futuro incerto,
Sei que ele ainda nem chegou,
Mas as lembranças do passado fazem-me ser o que hoje sou,
Essas,
Jamais não se apagarão,
Suportei espinhos letais,
Suportei flechas venenosas,
Ah! como suportei.
Na época eu achava que era imuni a certos tipos de surpresas,
Passou o tempo,
Algo inflamou minh'alma,
Tentei ensinar e não quiseram aprender,
Tentei me reeducar e desprezei á mim mesmo,
Falei o que não devia,
Ouvi tudo o que eu não merecia,
Após décadas,
Percebi que quando eu tinha razão falavam que eu não tinha,
Quando não tinha falavam que eu estava totalmente certo,
Certas tempestades nos mostram o quão é estranho nossa mente,
Podemos então deixar a soberba e o orgulho de lado,
Mas as pegadas ficaram,
Veio a chuva e do solo apagou,
Mas do coração e da memória,
Impossível é esquecer,
Devemos sim perdoar e procurar entender,
E nos reeducar,
Não podemos consertar as pessoas,
Mas devemos ser melhores pessoas,
Ainda com a alma em tratamento estou tentando abrir meus olhos,
Só assim eu conseguirei,
Achar o meu absoluto consolo....
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Deus×Corpo humano×Pc
Placa mãe==Planeta Terra/E DEUS
Processador==Nosso coração,
Memória==Nossa cérebro.
Entrada Wi-Fi ou rede== Nossos ouvidos.
Saída de áudio==Nossa boca.
Chipsete==Gráfico...Cores que nossos olhos captam,
Entradas USB==O que podemos deixar nos tocar ou conectar,
Componentes==Nós.
Mouse==nossas mãos,
Teclado==Nossos dedos,
Monitor==Nossos Olhos,
Webcam==Nossa Alma,
Hd ou disco rígido==Armazenamento em nossa memória e coração,
Fios elétricos==Nossas Veias.
Botão Power==Nossas atitudes.
Fisicamente falando,
Somos um computador,
Não precisamos de Poetas ou engenheiros para decifrar isso.
Muito menos de professores,
Cada qual com sua qualidade,velocidade e saúde mental.
Cada qual com suas ações,
E entrada de vírus em nosso corpo ou espírito,
Está na qualidade da webcam junto ao chipsete,
O que ele filma ou fotografa,
Cabe nossa memória junto a entrada Wi-Fi , rede ou USBS permitir em que e onde se conectar...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Confiança: frases para nutrir a sua coragem todos os dias
- Superação: frases para refletir sobre este ato de coragem
- Frases do Padre Fabio de Melo
- Frases de fé para encontrar coragem e paz em qualquer situação
- Coragem
- Frases militares (lealdade, disciplina e coragem)
- Poemas sobre Coragem