Outros
Obrigar os outros a aceitar pontos de vista pessoais por meio de força, chantagem, trapaça ou manipulação sutil, também faz parte da nossa atividade emocional.
Se você votou em políticos que prometeram lhe dar benefícios às custas dos outros, você não tem o direito de reclamar quando eles tomam o seu dinheiro e o dão a outras pessoas, incluindo a eles mesmos.
Cansei de dar tempo ao tempo, de ser boazinha com quem não merece. De pensar mais nos outros do que em mim mesma, de abrir mão de certas coisas por pessoas e no final me arrepender, cansei de pensar antes de agir quando deveria ter ido pelo impulso, cansei de amar pessoas que não me amam, de ajudar pessoas que não merecem ajuda, de ficar sempre para último plano. Cansei de não ser eu mesma para não magoar quem eu amo, ou pensei que amava. De ser boba só pra pensarem que não sei, cansei de tudo. E ao mesmo tendo não cansei de nada. Não cansei das verdades que eu digo, não cansei de tentar conquistar quem merece meu reconhecimento. Mas de uma coisa eu tenho certeza. Agora vai ser diferente. Vou lutar por aquilo que quero, mesmo que seja impossível. Eu quero, eu posso eu vou!
Às vezes, ficamos tristes por motivos que parecem bobos aos olhos dos outros, mas que nos machucam extremamente...
É evidente que muitos que se dizem evangélicos atualmente agem norteados por outros objetivos, e não por uma visão bíblica de mundo.
Os ímpios estão sujeitos a cair por si mesmos, sem serem derrubados pelas mãos de outros, pois aquele que se detém ou anda por terrenos escorregadios não precisa mais do que seu próprio peso para cair por terra.
Embora eu não queira admitir isto
Eu vou acabar me comparando aos outros
Só porque alguém na frente não significa que vai chegar lá primeiro
Olhe de longe e tome seu tempo
O maior bem que podemos fazer aos outros não é oferecer nossa riqueza, mas levá-los a descobrir a deles.
Pessoas frustradas, fracassadas, mal-amadas e que não tem o que fazer cuidam da vida dos outros, pois a vida alheia é mais interessante.
A vida é feita de momentos.
Alguns nos fazem sorrir, outros nos fazem chorar...mais todos nos fazem pensar.
Se nesse momento eu choro, é porque em algum momento, você me fez sorrir...e são estes momentos em que sorri que vou guardar comigo!
Vivemos, agimos e reagimos uns com os outros, mas sempre e em quaisquer circunstâncias existimos a sós. (...) Abraçados, os amantes buscam desesperadamente fundir seus êxtases isolados numa única auto-transcendência; debalde. Cada espírito, em sua prisão corpórea, está condenado a viver e gozar em solidão.
A massacrante felicidade dos outros
Há no ar certo queixume sem razões muito claras.
Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso? Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia:
"Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento".
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.
Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.
Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores.
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo".
Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.
As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento
“...A verdade é que com o tempo só seremos uns para os outros uma população de lembranças, algumas maravilhosas e carinhosas, outras não, mas somadas essas lembranças nos fazem quem somos e quem seremos. Quer estejamos juntos agora ou no pensamento uns dos outros, lembremo-nos uns dos outros no futuro. Espero que independente de onde a vida nos levar, sempre levaremos uns aos outros no coração.”
adaptação do discurso de Formatura de Joey [Dawson´s CReek],
no final na 4° temporada.
