Outro lado
Estou atravessando o vale das sombras para poder saber o que há do outro lado de mim. by/erotildes vittoria
A neblina pode ofuscar sua visão, mais ela não consegue sumir com as coisas que estão do outro lado e nem tão pouco fazer você para de enxergar.
Quando errar e reconhecer seu erro, não hesite para pedir perdão. Por outro lado jamais o peça pelas coisas que não cometeu. Tampouco busque esclarecer o que não provocou.
Entenda que sempre haverá quem dissemine falatórios sem conhecer os fatos, por deduzir que você é isso ou aquilo...
Unicamente espere com serenidade que o tempo traga todas as respostas.
Cika Parolin
"Às vezes a felicidade está do outro lado,
Do outro lado do muro do medo,
medo que nos priva do amor verdadeiro".
Outro lado da empatia.
Achava que empatia era uma dadiva, um sentimento que todos devíamos ter, que com ela o mundo seria um lugar melhor, mas não ela pode nos agonizar, trazendo sofrimentos que não é nosso, mesmo que temporariamente, isso é horrível, temos sim que ter compaixão por todos e tentar ajudar o máximo, mas não se sufocar pelo sofrimento alheio, já temos os nossos próprios pra nos atormentar.
Quem tem medo de andar em pontes suspensas sobre abismos, jamais alcançará o outro lado e ver um novo mundo.
Se a política proporciona espaços, por outro lado nos rouba o chão, a razão e a reboque vai a nossa consciência!
" Devemos atravessar o mar para encontrar os nossos tesouros preciosos do outro lado da passagem da vida de uma ilha para dormir com o som das cachoeiras e o vento que move as folhas daquelas belezas do mundo azul.
Você nasceu. Você viveu e morreu. E o que você viu no outro lado… a escuridão, a ausência de tudo… é horrível, não é mesmo? Eu também vi isso. Mais do que uma vez. E tudo o que quero nessa vida é nunca mais ver isso.
O que nos espera do outro lado?
O que levaremos, o que deixaremos?
Esta será uma dúvida que só será esclarecida quando
nada houver para esclarecer...
Osculos e amplexos,
Marcial
UMA DÚVIDA QUE PERSISTE
Marcial Salaverry
Embora existam muitas teorias, uma dúvida que sempre persiste por mais que se indague, é algo que muitas pessoas se perguntam, e a outros perguntam, que diz respeito ao o que o que levaremos, e para onde iremos após nossa partida deste mundo, pois todos sabemos que esse dia, um dia chegará...
Esta é uma dúvida pertinente. Muitos acreditam em vida após a morte, outros já acham que simplesmente ao pó retornaremos, pois foi dele que viemos. Tem aqueles que acreditam que iremos para o céu, outros temem o inferno ou o purgatório, mas o que não deixa dúvidas, é que a dúvida existe, e o desejo de conhece-la persiste, pois é ponto pacifico que nosso Destino é algo que na realidade depende de nós. De como estamos vivendo esta vida. O certo é que um dia nascemos, e haverá outro em que partiremos, mas como vamos viver esse intervalo, é algo que depende de nosso livre arbítrio.
Contudo, também temos que analisar o que levaremos conosco ainda antes da partida, pois claro que em nossa vida existiram, existem e existirão coisas pequenas e grandes, que levaremos conosco até o fim, e que dependerá do que fizemos durante nossa passagem.
Com certeza existirão lembranças de fatos que serão inesquecíveis para nós, acontecimentos que nos marcaram, e que mexeram com nossa existência, modificando-a em algum instante, como também pode ser um fato corriqueiro, mas que acabou tendo influência em nosso comportamento. Talvez uma ajuda recebida, ou prestada. Enfim, algo cuja lembrança nos acompanhará, razão pela qual jamais deveremos desejar o mal para alguém, pois pensamentos e fatos negativos, serão más recordações. Não é agradável lembrar que fomos responsáveis pelo sofrimento de alguém.
Certamente iremos colecionando essas coisas, sempre procurando colocar em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante, cada momento que mexeu com nossa existência, deixando alguma marca. Algumas, mais profundas, outras superficiais. Todas, contudo, significando algo. Meros detalhes que guardaremos conosco, pois apenas para nós serão importantes, embora envolvendo terceiros, já que estes, terão suas lembranças, e nós seremos apenas detalhes.
Cada um com suas recordações, com seus erros e acertos, suas culpas e desculpas. Possivelmente o que foi bom para nós, não o foi para alguém. Por exemplo, aquele bom emprego que conseguimos. certamente para nós foi ótimo, mas para quem conosco competia, foi algo de muito negativo.
Nessas recordações muitos fatos nos passarão pela lembrança, pode ser uma música, um livro, uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase, algo que lemos, ou que nos foi dito, ou que simplesmente vivemos num determinado momento que nos foi significativo, e que deixou alguma marca.
Quantas vezes um raiar de sol, ou mesmo uma flor, uma pequena lembrança, ou uma palavra amiga num momento preciso nos trazem doces recordações. Até mesmo um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, aquele encontro casual, ou mesmo quando deliberadamente provocamos um desencontro, representam alguma mudança em nossa vida. São pequenos detalhes que poderão formar uma somatória de fatos a nos acompanhar para sempre.
Aquela linda amizade que um dia tivemos, e que por razões diversas terminou, ou aquele sonho que foi realizado após muita luta, ou mesmo aquele que não o foi. Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo, pequenos detalhes, "tantas coisinhas miúdas...", e que no momento passam despercebidas, mas depois, quantas recordações nos deixam...
Para sempre teremos na lembrança pessoas que foram muito queridas, ou não, mas que ficarão guardadas dentro de nós. Algumas, porque nos dedicaram uma grande amizade, outras porque foram por nós amadas, ou que nos amaram. Outras ainda, por nos terem decepcionado. Mesmo aquelas cuja passagem foi muito rápida, mas que deixaram marcas profundas, porque plantaram dentro de nós algo de bom. Alguém que nos estendeu a mão quando outros nos empurravam. Alguém que modificou positivamente nossa vida. Alguém que soube nos aconselhar num momento difícil.
Quando estivermos próximos ao fim, é que saberemos realmente a qualidade de vida que tivemos, pela quantidade de marcas que estivermos carregando, e o que elas nos representam, e em que sentido modificaram nossa vida. Será quando poderemos realmente avaliar o que fizemos em nossa passagem. Se espalhamos amizade ou inimizade. Se seremos lembrados com amor ou com rancor. Se deixamos alegrias ou tristezas. Se tivemos uma vida de vitórias ou derrotas. Se apenas vivemos de sonhos, ou se os realizamos. Claro que jamais seremos unanimidade. Haverá quem suspire saudoso, ou quem respire aliviado com nossa partida. Contudo, deveremos viver de maneira a deixar pelo menos, um saldo favorável. Que nossa partida deixe mais boas do que más lembranças. Que nossa coluna do "Deve e Haver" não apresente saldo negativo, e para que isso aconteça, devemos encarar a vida de uma maneira positiva, evitando provocar discórdia, somente interferindo na vida alheia, quando formos solicitados, sempre tendo presente que cada pessoa tem ciúme de seu espaço pessoal, querendo que seja respeitado. Jamais poderemos pensar que apenas nós sabemos o que é o certo ou o errado, pois cada qual tem sua verdade pessoal.
Respeitar, para ser respeitado. Amar para ser amado. São os princípios que devem nortear nossa vida. E se notarmos que alguém nos tenta prejudicar, o melhor é procurar se afastar, ao invés de procurar polemizar. Apenas entrando em alguma disputa, quando for inevitável, quando for caso de legítima defesa...
L'Inconnu sempre nos deixa citações notáveis, como esta por exemplo:
"Pensem sempre que hoje é só o começo de tudo, que se houver algo errado ainda está em tempo de ser mudado e que o resto de nossa vida de certa forma ainda está em nossas mãos. E se algo precisa ser mudado, que mudemos, sem hesitar."
E com esse pensamento em mente, tenhamos UM LINDO DIA, e pensando positivamente, sempre poderemos repeti-lo...
Ouço as portas baterem
vozes do outro lado
passos e pés arrastados
ao som do vento penteando o pomar
enquanto as sombras vão girando
enquanto as sombras vão girando
dedos gélidos, adormecidos
tatear paredes do vazio
enraizado em correntes
imaginando como seria seu próprio rosto
enquanto as sombras vão girando
enquanto as sombras vão girando
ouço-a murmurar
alarido do outro lado
ferro e fogo, forjando escudos
eflúvio de chuva seguindo o mar
se existe luz está mesmo lá fora?
enquanto as sombras vão girando
enquanto as sombras vão girando
O OUTRO LADO DA MESA DA DOLOROSA SÍNDROME DO NINHO VAZIO
Mães,
Escrevo isso como filha que se doeu lendo textos sobre como vocês se sentiram quando nós, filhas, saímos de casa.
A dor de vocês foi chamada pela psicologia de Síndrome do Ninho Vazio, mas a nossa ainda não ganhou nome.
Seria um outro ninho vazio? Não sei, mas venho falar sobre os medos, as angústias e as delícias de sair do ninho pro mundo, lugar para o qual vocês nos criaram.
Nosso primeiro ninho, o ventre materno, tinha tempo de estadia. Perto dos 9 meses, às vezes antes, nós sairíamos daquele lugar onde nada podia nos tocar. Nós, filhas, não lembramos da experiência de querer sair de lá.
Imagino que, em um certo ponto, começamos a nos sentir apertadas e desconfortáveis. Talvez algum questionamento do tipo “Mas o que tá acontecendo? Era tão gostosinho aqui antes!” tenha aparecido nas nossas cabeças. Quem sabe até uma mágoa “Por que ela não me dá mais espaço?”, assim ficaríamos mais um tempo por ali. Vocês, mães, por outro lado, não viam a hora de ver a nossa cara.
Nosso segundo ninho, o lar ao lado de vocês, nunca teve limite de permanência. Vocês não nos empurrariam para fora jamais. Foi ali que aprendemos tudo: comer, falar, andar, agarrar mãos e objetivos, dar risada, ir ao banheiro, ler, escrever… tudo. Passamos por fases fáceis e divertidas, difíceis e intermináveis.
Nós crescemos, vocês também. Assistimos suas crises existenciais, os conflitos com a idade, o amadurecimento como mãe e a beleza de ser o que se é todos os dias.
Vocês assistiram transformações, pernas crescendo demais, brinquedos aparecendo e depois sumindo da sala.
Começamos a sair por aí nos nossos voos curtos. Deixamos vocês sem dormir direito diversas vezes enquanto bebíamos em algum canto da cidade. Discutimos o motivo dos “nãos” para viagens para praia no carro do amigo do amigo da prima.
Ficamos as duas desconfortáveis com as conversas que mães e filhas têm que ter. Mentimos para vocês e vocês mentiram para nós. Choramos num quarto, vocês no outro.
Perto dos 20 anos, às vezes antes, às vezes depois, o ninho começou a ficar apertado de novo. Nossas vontades e sonhos não cabiam mais ali.
Era óbvio que sairíamos um dia: para morarmos sozinhas, para um intercâmbio, para morar com uma amiga ou um amigo, com uma companheira ou um companheiro. A hora ia chegar, mas nenhuma de nós sabia quando. Por fim, saímos, e o ninho ficou vazio.
As primeiras noites chegando em casa sem ter quem nos esperasse foram estranhas tanto quanto para vocês. O beijo na testa antes de dormir fez falta. O cheiro do café quando saíamos do quarto prontas para fazer o que tínhamos que fazer, o lembrete para levar a blusa e o guarda-chuva.
Mãe, eu continuo levando a blusa e o guarda-chuva.
O cheiro do meu café fica cada vez mais parecido com o cheiro do seu. A primeira vez lavando o meu banheiro foi engraçada: organizei os produtos de limpeza, prendi o cabelo e vesti a roupa “de fazer faxina” como você sempre fez. Liguei o rádio e lembrei do som dos dias de faxina, as suas músicas preferidas.
O arroz grudou, a roupa ficou mais ou menos limpa, coisas estragaram na geladeira, eu cheguei em casa tarde demais, dormi pouco, fiquei doente, te liguei perguntando como cozinhar alguma coisa e para saber como lavava a roupa direito.
Coloquei uma foto sua perto da cama. Fiz planos durante a semana para que o final de semana ao seu lado fosse aproveitado da melhor maneira possível. Aprendi a me cuidar sozinha, a comer melhor, a deixar a roupa limpa, a organizar meus horários e a casa.
O amor, a essência da nossa relação, permanece igual. Mudaram os hábitos, a vida, o caminhar das coisas.
Mãe, eu descobri que o ninho nunca foi um espaço físico, foi sempre o seu coração – e de mim ele nunca ficará vazio.
Do outro lado da cidade
Num quarto branco com paredes adesivadas
Uma glock, um mentalista, um cacto
Cartas escritas à mão
Promessas guardadas na memória
Você no coração
Na cama um espaço só seu...
Hoje não existe "meu"
Tudo é nosso
Até o céu
A tecnologia veio para somar não para diminuir! Enquanto você se comunica com o outro lado do mundo, a onde estão seus pais, seus irmãos, seus amigos?
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