Outono
PASSEAMOS
Passeamos pela noite afora,
tinhas os cabelos soltos em
uma brisa leve de outono.
Bem junto a mim caminhavas,
teu rosto de sonho, junto ao
meu encostastes.
Senti a suavidade da tua pele,
macia e quente.
Trocamos olhares, nossas mãos
se juntaram.
Ao teu ouvido, disse; te quero.
Coraste, mas nada fizestes,
mais junto a mim então, ficastes.
Rostos virados, um para o outro,
lábios que se procuram, e em um
beijo de amor, ficamos segundos
unidos, abraçados.
Continuamos,sentido do amor o
efeito, que nunca passa, mas
prende.
Nos deixa um ao outro ligados,a
cada segundo, mais presos, mais
juntos,mais apaixonados.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. R.J
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Ah, Outono!
Sinto minhas folhas caindo.
Secas, ao vento dançam e se vão.
Voam distante, carregam ilusão.
São sonhos que se foram.
Faz parte do ciclo, folhas se renovam.
Outras irão surgir.
O importante é deixar ir!
Edileine Priscila Hypoliti (Edí escritora)
É no OUTONO que as folhas caem.
E muitas vezes reclamamos da sujeira que fica debaixo das árvores sem perceber queeste processo é vital para que novas flores e folhas venham a nascer.
Assim a vida ensina que cair também é importante paralevantar e VENCER!
Não espere pelo sol se por para amar,
Ou pelo outono chegar para colher,
Pois a vida é feita de prazeres raros,
Que em um descuido podem se perder.
Não hesite em dizer ao coração amado,
As palavras doces que ele quer escutar,
Pois o tempo é breve e pode ser limitado,
E numa fração de segundos pode terminar.
Não perca a chance de olhar o mundo
De sorrir para o desconhecido na rua,
De abrir seu coração para o novo amor.
Pois a vida é um sonho incerto e passageiro,
E cada dia pode ser nosso último suspiro,
Então aproveite enquanto há vigor.
Uma flor de outono
No outono, uma flor solitária floresceu
Com pétalas de um lindo tom de amarelo
O vento frio soprava e ela tremeu
Mas sua beleza resistiu ao desmazelo
Ela não era como as flores da primavera
Que exibiam cores vibrantes e intensas
Mas ainda assim, tinha uma beleza sincera
Que a fazia única e especial, como as princesas
Seu perfume não era tão forte ou doce
Mas ainda assim, tinha um toque suave
Que trazia paz e tranquilidade ao entardecer
E atraía borboletas e abelhas em enxame
Ela floresceu sozinha, sem companhia
Mas ainda assim, mostrou ao mundo sua graça
Uma flor de outono, que com sua magia
Ensinou a todos a valorizar a vida em sua breve passagem.
A chuva chegou
mansa e calma a nos alegrar
evocando a presença do outono
que teimava em não ressuscitar
Ah, chuva calma , chuva mansa
como é bom te ouvir
Neste silêncio que me põe a meditar
O sol que ainda teimava em veranear
Afastou-se lentamente
permitindo que ares de outono
Finalmente se estabelecessem
Sons suaves,
sons cadentes ,
pingos reluzentes
que mexem com a alma da gente
Tarde enevoada
mas nada de trovoada .
Somente o ping ping
um ar fresco, mas aconchegante
uma vontade louca de madornar
Deixe levar como uma folha em tarde de outono, a convide para ver o por do sol, tenha gestos singelos privilegie o olhar puro e sincero, namore em praça publica, colha e presenteie uma rosa, brinque com uma criança, seja cordial, prestativo, distribua sorrisos, apertos de mãos, abrace um amigo, pode ser o único gesto de afeto que uma pessoa terá naquele dia, não dê o que te sobra mas sim o que faz falta, se torne a alegria de alguém e seja feliz também.
Na primavera te reguei com o meu querer
No outono descobri que ainda há flores em você
No inverno é quente faz calor no coração
A nossa história vai durar mais que um verão
OUTONO EM POESIA (soneto)
Bailando no ar, gemia inquieta a folha caída
No azul do céu, do sertão, ao vento rodopia
Agitando, em uma certa alvoroçada melodia
Amarelada, vai-se ela, e pelo tempo abatida
Pudesse eu acalmar o seu fado, de partida
Que, dos galhos torcidos, assim desprendia
Num balé de fascínio, e de maga infantaria
Suspirosas, cumprindo a sua sina prometida
A vida em uso! Na rútila estação, obedecia
Um desbotado no horizonte, desenhado
E em romaria as folhas, em ritmo e magia
No chão embebido, o esgalho adormecido
Gótica sensação, de pesar e de melancolia
No cerrado, ocaso, do outono em poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/07/2020, 10’22” – Triangulo Mineiro
E as folhas do outono, que tanto amamos, agora só me lembram da cor dos seus cabelos que nunca mais verei.
É Outono!!!
Mal dei-me conta que o tempo está passando mais rápido que meus pensamentos. Sinto os ares da estação, nem calor de sois exaustos nem frio de pedra silente, adormecida. É a minha estação, o outono, que me foi dada a vida e, agora, no meu outono, escrevo, escrevo para mim mesma.
Assim como as folhas não caem porque querem, caem porque chegou a hora, hora de renovação, mas não de deixar a memória esquecida num canto qualquer qual folha amassada como papel velho. Por isso escrevo, escrevo para guardar na parte mais sagrada do meu coração todos os que estão ao meu lado, todos que pisaram meu chão e os que surgiram na minha vida rapidamente e deixaram seus nomes gravados nas minhas linhas do tempo.
Tempo de renovação, tempo de reflexão, de gratidão às generosidades que a vida proporcionou a cada um, o amor, a família, a plenitude que se instala nos nossos céus franjados de estrelas para que cada um encontre a sua (já disse o pequeno).
Que crianças possam desfrutar sobre as folhas caídas, de calmaria, de alegria, bem longe da dor, da violência e do sofrimento.
Outono!!! Amo a estação e faço dela meus momentos de reflexão e de preparação para o caminho que sigo, reservado para a continuação da minha história, nem maior nem menor que qualquer outra, porque cada história é única.
(Bia Pardini)
Meus sentimentos são como uma arvore em pleno outono, cada decepção é como se uma folha cai-se da arvore a cada soprar do vento...
TEMPO
É tempo de se guardar
Esperar o outono chegar
Para verem no inverno as folhas caírem
É tempo de abrir os olhos
E ver o amor partindo
Sem dizer adeus...,
Mas levando um pouco de mim ou de você
É tempo de pisar nas rosas.
Os espinhos não vão machucar
Estas são palavras de amigos que não são amigos
É tempo de entrar no rio
E descobrir novos prazeres
De uma água fria que anestesia os pés
Mas faz a mente voar...
É tempo ainda
De olhar para uma mulher
E ser sentir infetiçado, bobado pela tua beleza
É tempo de enfrentar os medos
De olhar no espelho
E encarar os dragões e lobos
Que existem em mim e ti
Que o impede de ter coragem.
É tempo de fechar os olhos
E sentir a vida mudando, mudando e mudando.
E os sonhos acontecendo.
Porque todo dia é tempo
De se fazer ser diferente.
Ainda há tempo de assistir um velório
Na qual somos assassinos
De nossa própria filosofia.
Por quê?
Todo tempo tem a riqueza de um milésimo
Que não deve passar em vão.
Porque todo dia é tempo que passa e não volta
Será porquê?
Pôr que estou sentindo que estou partindo
E vagarosamente esquecendo de dizer adeus.
Espere o outono
Sacuda as árvores
Veja qual flor resiste
A que não desistiu
No inverno da vida
Te fará menos triste
Se o dia fosse colorido, a noite não seria escura.
Se o outono, não tivesse folhas secas, o inverno não seria tão frio..
Se o meu contato com você fosse verdadeiro, talvez nós ficaríamos o ano inteiro.
