Outono
Mais que uma estação o outono é um convite ao renascimento, é um lembrete da natureza que mostra que é possível perder todas as folhas e ainda assim preservar intacta as raízes. É nela que está a força que precisamos para na estação certa novamente florir, como se nunca tivéssemos perdido uma única folha.
Março caminha para o fim.
Já vejo o abril chegando...
Quarta de tarde, a brisa de outono, que vem do leste, entra pela varanda sem pedir licença.
- Fique à vontade, a casa é sua!
O Outono chegou…
E parece a estação que ninguém sente sua presença…
Até dizem não ser nem frio nem quente, ou uma mistura de outras duas estações…
Não vejo assim!
Vejo o outono como o despojar-se de velhas roupas, de velhos hábitos, de costumes que não tem mais sentido… assim como as árvores deixam cair as folhas para que o tronco sustente os galhos no duro inverno que virá!
Se desfaça de tudo que não te faz bem,
De tudo que só está em seu caminho e não faz mais sentido,
De tudo o que você não precisa mais…
Deixe tua alma livre para sobreviver à purificação
E aguardar a Primavera,
Com novas folhas, novos sentimentos, novas sensações…
Permita-se deixar cair as folhas velhas
E renascer!
De um simples olhar num final de tarde de outono, vi em seus olhar a grandeza de um pessoa chistosa
Vou devorando a minha vida
É tarde de outono e eu queria tanto andar na chuva
Quando eu vejo, o sol tá no horizonte
O dia tá desfeito em mar de fantasia
Às vezes quase eu durmo
De tanto querer que o sono venha
Há tantas vidas, difícil é ter outra a ter tantos quereres
No início é ter que costumar as vistas
É como estar em um pomar
E ver que o fruto e as folhas são da mesma cor
Vou fazendo de conta que conto pitangas no ar
Outono é tarde, estou noutra estação
Outro trem vai vir, há de passar
A noite chega em mim
A noite chega e se lastima assim
A dizer que o trem que vai passar não leva ao fim da linha
Eu digo à noite que a vida é uma lista
Eu peço à vida que seja da noite esse olhar pessimista
Apago da lista esse triste desejo
De chegar nessa manhã que tem jeito de tarde
Eu só escolho querer, numa vontade que não é minha
Tarde que andava na linha, rumo à próxima estação
Eu queria era andar, andar sem rumo e nem direção
Andar na chuva
Colhendo as pitangas que flutuavam
Pitangas amarelas, iguais àquelas
Que existiram nos fundos de algum quintal da minha infância
Onde eu ia devorando a vida
Um lugar, uma estação
Um trem que passava e tinha a companhia sempre lá
De alguém que te acompanha e leva pro infinito
E apanha frutos no ar, igual ao que a gente fazia
Quando o dia era desfeito em mar de fantasia
A gente sabe e cansa de saber que esse infinito acaba
E mesmo assim desata a rir
Num riso que não tem fim.
Nem precisa acabar.
Edson Ricardo Paiva.
Bailarina da lua
Dança sob a luz da lua
Desliza no palco da rua
Tal como folha de outono
gira ao sabor do vento
Em movimentos alegres e vivos
Com passos de elevação
Espírito solto, dança com o coração
Na ponta dos pés primorosa elegância
Nas mãos asas de borboletas!
Ninguém imagina graciosa bailarina
que as tuas mágicas sapatilhas
escondem sangue e feridas!
Ser bailarina demanda paixão
Elevação de espírito e determinação!
Rodopia com um sorriso no rosto
e com doçura no olhar
Doce bailarina teu destino é dançar
Num cabriole saltas e consegues voar!
És a protagonista no palco celestial!
As estrelas são codjuvantes
Num espetáculo magistral
AS FLORES DE UM POETA
Na primavera as flores nascem
No outono viram frutos
Regados pelo inverno.
No verão se ensecam
E no vento vão embora...
Mas há flores que permanecem
Numa eterna primavera,
São as flores de um poeta.
QUARENTENA IV
Vá outono...
Vá e não me surpreenda com mais nada.
Você me despiu, desfolhando as minhas vestes domingueiras. Deixou meus versos inertes, sufocados em minha alma sem se manifestarem.
Craquelou minha pele e ouriçou meus cabelos.
Envelheci.
Mas não foi só isso.
Foi no seu tempo que eu perdi minha liberdade de ir e vir.
Perdi os carinhosos beijos e abraços dos meus familiares e amigos.
Ah, e o medo que você permitiu que entrasse na minha casa sem que eu tivesse pra onde correr?
Fui apresentada cara a cara com a morte e a possibilidade de ir embora com ela.
Encurralou-me nos meus cômodos desbotados que eu já planejava colorir.
Negou-me as tintas, escureceu meus dias e encurtou minhas noites com sonhos agitados.
Os encontros na pracinha, as caminhadas na avenida, o sorvete nas tardes de domingo, os raros passeios de mãos dadas ao shopping. Folguedos evaporados que sustentavam minha iminente velhice.
Tive que despojar-me de minhas inúmeras máscaras para vestir a máscara universal, que denuncia toda a minha fragilidade perante um vírus invisível.
Vá outono, mas antes devolva-me aquele meu sorriso esfuziante, nem que eu não possa estampá-lo agora, mas o terei guardado para quando tudo isso passar, quiçá na primavera, no verão, no out...?
Não! Atrevo-me a fazer-lhe uma advertência, não volte aqui novamente sem trazer uma solução.
Quero cantá-lo como sempre cantei no passado, com versos alegres e rimados.
melanialudwig - 19/06/2020
Deixe levar como uma folha em tarde de outono, a convide para ver o por do sol, tenha gestos singelos privilegie o olhar puro e sincero, namore em praça publica, colha e presenteie uma rosa, brinque com uma criança, seja cordial, prestativo, distribua sorrisos, apertos de mãos, abrace um amigo, pode ser o único gesto de afeto que uma pessoa terá naquele dia, não dê o que te sobra mas sim o que faz falta, se torne a alegria de alguém e seja feliz também.
Na primavera te reguei com o meu querer
No outono descobri que ainda há flores em você
No inverno é quente faz calor no coração
A nossa história vai durar mais que um verão
OUTONO EM POESIA (soneto)
Bailando no ar, gemia inquieta a folha caída
No azul do céu, do sertão, ao vento rodopia
Agitando, em uma certa alvoroçada melodia
Amarelada, vai-se ela, e pelo tempo abatida
Pudesse eu acalmar o seu fado, de partida
Que, dos galhos torcidos, assim desprendia
Num balé de fascínio, e de maga infantaria
Suspirosas, cumprindo a sua sina prometida
A vida em uso! Na rútila estação, obedecia
Um desbotado no horizonte, desenhado
E em romaria as folhas, em ritmo e magia
No chão embebido, o esgalho adormecido
Gótica sensação, de pesar e de melancolia
No cerrado, ocaso, do outono em poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/07/2020, 10’22” – Triangulo Mineiro
"Mesmo sendo outono com chuvas e sempre frio esteve ao meu lado com um caloroso sorriso.
Mesmo antes na primavera com tempo seco, fez meu coração desabrochar sendo sempre atenciosa para eu não me machucar.
Mesmo depois do verão com o tempo conturbado sempre contava as horas para você voltar.
Mesmo após 4 estações, sempre irei te amar e agradecer por ter feito minha vida mudar. "
Todas as estações são belas, porém, me identifico com o outono, talvez, porque tenha uma época que minhas folhas e flores caem, um momento de reflexão e revigoração. Um preparo para uma transformação do meu interior para o exterior!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Venha outono
Seu lindo
Seja bem-vindo
Eu já te escuto
Te sinto
E te vejo chegar
Me faça perder minhas folhas
Me passe uma brisa refrescante
Me perfume com suas belas flores
Me faça entender os teus sinais!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Outono
É puro estado de nostalgia
É estado latente da alma
É estado de introspecção
É estado de reflexão
Estado de meditação
E eu tenho estado pensativa
Emotiva
Sensitiva
Ativa
Em meus sentimentos
Perdendo a razão
Ganhando paixão
Alimentando as esperanças
Curando o coração
Limpando a aura
Observando o céu em negrito
E a lua cintilante
Aquietando o prazer
Realizando os desejos
Procurando sonhar
O resto é viver
As demais estações
Cada qual com as suas particularidades
E eu com as afinidades
E é por isso que eu escolho
Me recolher
Apesar de sempre
Espalhar amor ao universo!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
O outono é assim:
Dias mais curtos
E grossos
E noites mais longas
E delicadas
Folhas que caem sem parar
Flores que nascem para perfurmar
E lembrar que podemos florir
Em todas as estações
Sombra fria
E coração quente
Boca seca
E tempo de sequidão
Amor coberto de razão
Porém teria que ser de calor humano
Tempo de (des)enganos
E cabelos ao vento
E a luz se propaga
Com toda a velocidade
Para atingir a natureza
E nos livrar da escuridão!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
DIAS DE OUTONO!
(Bartolomeu Assis Souza)
Vai embora o barco da minha vida
Navegando em dias, horas e minutos
Calendário da vida...
Vai onda...onda...onda...
Como ficam distantes
os dias de outono!
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