Os Velhos Carlos Drummond de Andrade
Como amar se a rosa pode murchar?
Ah! Se tudo pode ser breve e o fim definitivo!
Resta acreditar, no fundo do coração e
Lá num canto da alma,
Ainda que tudo fique gravado apenas em mim.
Eu posso fazer poesia
com teu nome,
combinando palavras
que expressem sentimentos.
Posso agradar teus ouvidos
e comover tua alma.
Mas você corre o risco
de se apaixonar
pelo meu jeito de te amar.
Há quem me dera pudesse falar de ti,
como quem fala de um amor correspondido,
com a segurança e estabilidade de um porto,
que está sempre no mesmo lugar.
A comunicação surge como a interação entre dois seres, através da troca de pensamentos, onde as palavras escritas ou faladas ganham corpo e vida. Quando as expressões são bem recebidas, um novo mundo se abre, duas almas se interagem, informações são compartilhadas e segredos são revelados.
Escreva ou diga o que quiser, só não faça brotar flor em pedra, nem germinar uma semente de amor, se não puder irrigá-la.
As palavras
só existem
por um momento
e logo caem
no esquecimento.
Talvez seja eterno
o sentimento,
que nasce no coração e,
além de aquecer
o corpo e alma,
pode se perpetuar
ao longo do tempo.
No passado
era uma lagarta,
rastejava no caos,
tinha migalhas
por sustento.
No presente,
descobriu a si mesma,
se alimenta de sonhos,
e sabe que é capaz de voar.
No futuro,
deixará o casulo,
seguira carreira solo
ou na melhor companhia,
porque borboleta
nasceu pro voar.
A atração física e o amor
Se somos atraídos pelo olhar,
através da aparência física
e até por um sorriso,
não é isso que nos toca
a alma e o coração,
não é o que mantém a união.
Nós nos apaixonamos pelo convívio,
por quem enxerga além da aparência,
por quem tem prazer em compartilhar,
somar e estar por perto,
porque são as atitudes
que nutrem os sentimentos.
Maior que a atração física
é o sentimento de amizade,
a cumplicidade que se demonstra
com afeto, ternura e carinho,
porque se a beleza gera a atração,
somente a atitude nutre o amor.
Dizem que os homens são visuais
e se encantam pelos olhos
e que as mulheres, por sua vez,
se apaixonam pelo que ouvem,
mas o fato é que nos
(des)apaixonamos mesmo
é pela forma como somos tratados.
Nós somos feitos de uma argamassa composta de insegurança, ousadia e intolerância e não sabemos mergulhar na alma alheia, para vagar num oceano abastecido, talvez, das próprias lágrimas.
Senhora de si
Ela é autônoma e independente,
comprometida com seus próprios ideais,
e com a realização dos seus sonhos.
Empreende as suas próprias ideias,
vive um cotidiano repleto de propósitos,
impulsionada por sonhos e projetos viáveis.
Esta disposta a sair da zona de conforto,
e batalhar para sobreviver,
sem depender de ninguém.
Ela enfrente a dura realidade
com consciência das suas dificuldades,
sem se lamentar ou sucumbir ao fracasso.
Ela não discute por coisas banais,
não se ilude como os elogios vazios
e não se deixa abater pelo assédio.
Em síntese, ela é empreendedora
ou apenas protagonista da sua história e
será reconhecida por seu próprio nome.
Faça-me sorrir, fala-me de amor
Há raras coisas imutáveis e poucas verdades absolutas, o resto são apenas crenças espalhada ao vento, como se fossem aquelas.
Há outras verdades que a desilusão pode extirpar, como se nunca tivessem existido e quando pronunciadas, nos soa aos ouvidos como poesia, como a beleza das flores que murchamda noite pro dia, entre elas está o amor que por, às vezes, não ser correspondido como um simples sorriso, nos faz pensar que não existe.
Talvez não exista, tão real quanto o ar, o sol ou a luamas, mais sutil, como asflores que precisam ser regadas, quase todos os dias.
Há tantas outras coisas que não existem e seguimos repetindo, falando, curtindo, como um intervalo entre um ano e outro e tantas datas que, se não fosse pelo calendário do comércio, já teriam sido ceifadas pelo esquecimento.
Na letra da música "Joana Francesa", de Chico Buarque diz "Mata-me de rir, fala-me de amor", como um desabafo de alguém que perdeu a fé ao fazer tantos votos ou promessas e não alcançar o seu pedido.
O amor é tão inexistente quanto todas as formas de fé e ainda existe, embora seja mais falado do que vivido.
O amor é tão real quanto a vida que flui como um rio, independente dos nossos desejos.
O amor existe e brota onde quer, o que o faz perecer é o gênero humano, ao permitir que a descrença e o egoísmo transforme o solo fértil num lugar árido, onde não germina coisa alguma.
Todos somos, de alguma forma, prisioneiros dos nossos próprios preconceitos, dogmas, crenças ou costumes.
Estamos aprisionados numa caverna e tememos sair e ver a luz, porque nos acostumamos a escuridão.
Tememos que, ao nos libertarmos, sejamos excluídos das promessas que nos foram feitas por aqueles que também não viram a luz.
A vida não é feita apenas de planos, escolhas e livre arbítrio. Às vezes somos impulsionados, como um barco ao vento, para lugares desconhecidos e só nos resta prosseguir, porque o lugar de onde partirmos pode não mais existir.
A vontade insaciável
da presença um do outro,
está em desvendar
um universo desconhecido,
onde a fome e a sede
da curiosidade,
se materializam na admiração
que embriaga e contagia.
É preciso descobrir
qual o combustível mantém acesa a chama da lamparina,
e como reabastecê-la,
ao longo da vida,
para sustentar a convivência
e o relacionamento
perpetuamente.
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