Os Velhos Carlos Drummond de Andrade
A falta de consciência maior sobre si mesmo faz com que se torne escravo e refém de preconceitos, alienações, fantasias, rótulos e medos, e se deixe dominar, inclusive, pelos mais fracos.
O lema, conforme os resultados alcançados, de quem não pratica esporte, mas o egocentrismo, é de EU GANHEI, NÓS EMPATAMOS E VOCÊS PERDERAM.
A humildade é a perfeita consciência de si. Quando alguém descobre quem é, automaticamente descobre quem não é. E quando caem todas as máscaras, resta somente hum.
Por acaso, um mero acaso, um ajuntamento promovido pelo caos cósmico, nos encontramos
E por outra vez você passa à porta, por conta dessa insensata sina ou dependência emocional
Todos são assim, com palavras e olhares, e referências sensitivas e culturais
E toda a história se desenrola e como ainda em tudo é humana, corresponde ao chamado
E os minutos comem os dias e as horas todas, e nos regozijamos de todo o nosso ser
E já não pedem, já não apenas querem, precisam
E o feitiço, como soe aos incautos, virou-se contra si mesmo
E sílaba após sílaba
Mão a mão
Cheiro e gosto
E vislumbre após vislumbre
O que era um flerte transformou-se, em última instância, em química psíquica, e tudo se transformou numa substância que era necessária à sua subsistência.
Daí por diante, vieram todas as consequências de mais que uma paixão, um metabolismo cru, molecular, que atingiu toda a fisiologia, indo até o comportamental.
Cria-se um mito, uma divindade, uma instituição, um universo desejado, uma utopia confessam, uma pulsação nuclear.
Não era mais nada deste mundo, era do seu, só seu, embora nem você soubesse.
E um encontro verteu em uma obsessão inglória, um ciclo vital da conjunção carnal ao choro umbilical, e segundos depois aos trôpegos passos e às dúvidas adolescentes, e fase após fase a imensidão do instante se propaga.
Tudo humano, tudo visceral, todo desejo, tudo milenar e animal.
E dias após, você desperta.
E a vida segue
E eu fico.
O TEMPO DAS PALAVRAS
O tempo me entregou palavras.
Ora cruas, abertas em veias,
escorridas em derivados.
Quando as toquei, já estavam apegadas.
já haviam se aprontado de raízes,
impregnadas de sais e pés amanhecidos.
Poderia garimpar aparamentos,
entre as horas tremulas e as certezas movediças.
Poderia reparar atrelamento, deixar que ficassem sem face.
Em vão tateei o criador de palavras.
Elas já haviam se cingido em mim.
Meu rosto passou a ser as palavras que colhi.
Carlos Daniel Dojja
Nós existimos temporariamente, talvez sejamos eternos, enquanto tivermos lugar no coração de alguém.
Os piores pecados da atualidade, pela ordem, são: não ter dinheiro, não ser jovem, não ser bonito, não ser famoso, e, se famoso, não ser infeliz.
A vida não é trem, não segue nenhum trilho.
Faça o favor de acrescentar, aí nessa sua receita de previsão, duas xícaras bem cheias de imponderável.
Cromossomos
Somos
Como somos
Cromossomos
Estética
Genética
Bio logia
Diversidade
Pares
Sem par
Casais
Casuais
Alma
Calma
Pulso
Impulso
Diga antes. O que tiver que dizer, diga antes. Diga enquanto é tempo, enquanto pode ajudar. Dizer depois é ardiloso e cruel, pois não serve a nada além do seu desejo oculto de ver o mal feito e ainda se isentar da sua falha como ser humano. Diga antes, ou tenha a dignidade de permanecer em silêncio.
Destino
Pode ser que você tenha se perdido do seu destino. Pode mesmo ser que perder-se fosse o destino. Perder-se sabendo que tudo existe e tudo está no lugar, mas que nenhum lugar é o seu lugar. Perder-se é o destino de quem não está apto a possuir, mas da mesma forma, daquele que não se permite, pois sabe que possuir é também, inevitavelmente, pertencer.
Sou muito fã desse pessoal que se empenha em sumir com as gorduras. Mas, parece que alguns querem sumir com a carne e os ossos também! Ou não?
o EGO destrói a ALMA
o EGO corrói a ALMA
o EGO aniquila a ALMA
o EGO trucida a ALMA
o EGO consome a ALMA
o EGO mata a ALMA
o EGO decapita a ALMA
