Os Velhos Carlos Drummond de Andrade

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⁠✍️ Somente o conhecimento usado para um bem estar pessoal e comum poderá te dar liberdade, abrindo as portas da gaiola que te levará ao vôo da sabedoria.

⁠⁠O ÚNICO sentimento capaz de mudar o histórico de vida de alguém é a GRATIDÃO pela vida que lhe foi concedida, por aqueles que a conceberam, por todos os ANCESTRAIS e pelos ATUAIS caminhantes que lhe auxiliem no caminho.

⁠Vencedor é quem vence a si mesmo apesar dos infortúnios e das situações angustiantes que o próprio ser humano plasma, através de seus pensamentos, e que chamam de destino.

O homem pode construir sozinho a casa física, mas cabe a família a construção do lar! Se não entenderem isso, tudo vai desmoronar.

⁠✍️Qualquer julgamento que eu faça sobre outra pessoa é um julgo de mim mesmo, resultado dos meus pensamentos e sentimentos.
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A TORRE SEM DEGRAUS

No térreo se arrastam possuidores de ciosas recoisificadas.
No 1.° andar vivem depositários de pequenas convicções, mirando-as, remirando-as com lentes de contato.
No 2.° andar vivem negadores de pequenas convicções, pequeninos eles mesmos.
No 3.° andar - tlás tlás - a noite cria morcegos.
No 4.°, no 7.°, vivem amorosos sem amor, desamorando.
No 5.°, alguém semeou de pregos dentes de feras vacos de espelho a pista encerada para o baile de debutantes de 1848.
No 6.°, rumina-se política na certeza-esperança de que a ordem precisa mudar deve mudar há de mudar, contanto que não se mova um alfinete para isso.
No 8.°, ao abandono, 255 cartas registradas não abertas selam o mistério da expedição dizimada por índios Anfika.
No 9.°, cochilam filósofos observados por apoftegmas que não chegam a conclusão plausível.
Mo 10.°, o rei instala seu gabinete secreto e esconde a coroa de crisógrasos na terrina.
No 11.°, moram (namoram?) virgens contidas em cinto de castidades.
No 12.°, o aquário de peixes fosforecentes ilumina do teto a poltrona de um cego de nascença.
Atenção, 13.°. Do 24.° baixará às 23h um pelotão para ocupar-te e flitar a bomba suja, de que te dizes depositário.
No 15.°, o último leitor de Dante, o último de Cervantes, o último de Musil, o último do Diário Oficial dizem adeus à palavra impressa.
No 16.°, agricultores protestam contra a fusão de sementes que faz nascerem cereais invertidos e o milho produzir crianças.
No 17.°, preparam-se orações de sapiência, tratados internacionais, bulas de antibióticos.
Não se sabe o que aconteceu ao 18.°, suprimido da Torre.
No 19.° profetas do Antigo Testamento conferem profecias no computador analógico.
No 20.°, Cacex Otan Emfa Joc Juc Fronap FBI Usaid Cafesp Alalc Eximbanc trocam de letras, viram Xfp, Jjs, IxxU e que sei mais.
Mo 22;°, banqueiros incineram duplicatas vencidas, e das cinzas nascem novas duplicatas.
NO 23.°, celebra-se o rito do boi manso, que de tão manso ganhou biograifa e auréola.
No 24.°, vide 13.°.
No 25.°, que fazes tu, morcego do 3.°? que fazes tu, miss adormecida na passarela?
No 26.°., nossas sombras despregadas dos corpos passseiam devagar, cumprimentando-se.
O 27.° é uma clínica de nervosos dirigida por general-médico reformado, e em que aos sábados todos se curam para adoecer de novo na segunda-feira.
Do 28.° saem boatos de revolução e cruzam com outros de contra-revolução.
Impróprio a qualquer uso que não seja o prazer, o 29.° foi declarado inabitável.
Excesso de lotação no 30.°: moradores só podem usar um olho, uma perna, meias palavras.
No 31.°, a Lei afia seu arsenal de espadas inofensivas, e magistrados cobrem-se com cinzas de ovelhas sacrificadas.
No 32.°, a Guerra dos 100 Anos continua objeto de análise acuradíssima.
No 33.°, um homem pede pra ser crucificado e não lhe prestam atenção.
No 34.°, um ladrão sem ter o que roubar rouba o seu próprio relógio.
No 35.°, queixam-se da monotonia deste poema e esquecem-se da monotonia da Torre e das queixas.
Um mosquito é, no 36.°, único sobrevivente do que foi outrora residência movimentada com jantares óperas pavões.
No 37.°, a canção

Filorela amarlina
lousileno i flanura
meleglírio omoldana
plunigiário olanin.

No 38.°, o parlamento sem voz, admitido por todos os regimes, exercita-se na mímica de orações.
No 39.°, a celebração ecumênica dos anjos da luz e dos anjos da treva, sob a presidência de um meirinho surdo.
No 40.°, só há uma porta uma porta uma porta.
Que se abre para o 41.°, deixando passar esqueletos algemados e coduzidos por fiscais do Imposto de Consciência.
No 42.°, goteiras formam um lago onde bóiam ninféias, e ninfetas executam bailados quentes.
No 43.°, no 44.°, no... continua indefinidamente).

O sonho (realizável) do poeta: Um dia vai haver um mundo sem classe ou imposto... Sem mar nem derivativo!

Inserida por RITAMENINAFLOR

Vencedor não é aquele que sempre vence, mas sim aquele que nunca para de lutar.

A oratória é um exercício diário. Nunca diga não quando for convidado a falar em público!

Mestres
E se o mundo fosse canhoto...
Disse Drummond,
De vez em quando Deus me tira a poesia. Olho pedra, vejo pedra mesmo... respondeu Adélia,
Toda alma é uma música que se toca...
Retrucou Rubem Alves,
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina...
Poetisou Cora,
A poesia não se entrega a quem a define...exalou Quintana...
Ser gênio não é difícil. Difícil é encontrar quem reconheça isso...definiu Millôr,
Isso tudo é bom a "Bessa"...finalizaria Braulio cordelizando com simplicidade.

Inserida por AntonioMagalhaes

Quando paramos de pensar sobre as implicações da existência e não existência de Deus, entretanto, assumimos qualquer posição sem ao menos refletir, fazemos do tema algo meramente irrelevante. Sua existência ou não, pouco importa!
Para uma vida sem busca por propósito, só lhe resta a máxima de Sartre, "a realidade nua e crua, a realidade sem valor da existência".
A reflexão faz-nos ir além de pressupostos. Ela eleva a nossa mente em um patamar no qual podemos vislumbrar à essência de cada um de nós. Parafraseando Kant, "Ouse saber!", ou melhor, ouse conhecer quem é você.

Queria eu, ser o Rei do Mundo, baixaria um decreto: inspire o mundo, desvendando as aspirações que existem no profundo.
Lendo Drummond de Andrade.

Inserida por SolidoesdeCaligula

A maioria das grandes religiões se originou ou alcançou o ápice de expansão e influência nos momentos da história em que as sociedades que as adotavam tinham uma base demográfica mais jovem e empobrecida.

Um intelectual é alguém que, de hábito, não se distingue exatamente por seu intelecto. Atribui tal qualitativo a si mesmo para compensar a impotência natural que intui em suas capacidades.

Minha sombra se confundia com as paredes. Os dias caíam como folhas mortas.

Inserida por amargurar

Hoje é o amanhã de ontem, e o depois de amanhã de anteontem.

Inserida por brenocarvalho

Esse poema é o mais poemático dos poéteiros.

Inserida por brenocarvalho

Minha cabeça é grande como os meus poemas.

Inserida por brenocarvalho

Se ontem eu tinha 14 anos e 5 meses, hoje eu tenho 14 anos 5 meses e 1 dia.

Inserida por brenocarvalho

Quem vive indeciso, acaba atropelado

Esse seu silêncio que me mata, esse seu silêncio que maltrata, que me devasta a alma, o coração e a vida. Esse silêncio que deixou uma ferida que não cicatriza, que não sara, por mais que eu cuide, por mais que eu me poupe nada apaga essa lembrança que ficou inacabada. De tudo eu já tentei e o que não tentei nem quero mais tentar. Esse sentimento de descaso, de desprezo que se instalou aqui dentro e não quer sair por mais que eu chore, por mais que eu sonhe e tenha esperanças, por mais que eu afunde minha vida em um buraco sem fim, por mais que eu me afaste de mim, não tem fim...