Os Velhos Carlos Drummond de Andrade
A política hipocrisia nojo de ver amizade jogada fora por interesses entre velhos inimigos que por um bem comum o dinheiro passa por cima desse nobre sentimento.
Por isso que os nossos velhos dizem: "Você não pode se esquecer de onde você é e nem de onde você veio, porque assim você sabe quem você é e para onde você vai". Isso não é importante só para a pessoa do indivíduo, é importante para o coletivo.
Ninguém fica velho meramente por viver um número de anos. Nós tornamo-nos velhos por abandonarmos os nossos ideais. Os anos podem enrugar a pele, mas a falta de entusiasmo enruga a alma.
"Esqueçamos os velhos caprichos do nosso "eu", que, muitas vezes, nos prendem a escuras ilusões."
Emmanuel
(Reformador / pelo espírito Emmanuel; [Psicografado por] Francisco Cândido Xavier. Brasília: FEB, outubro/1953)
São iguais, os vivos e os mortos, os que estão acordados e os que dormem, os jovens e os velhos: porque cada um destes opostos quando se transformam tornam-se o anterior.
Por isso que os nossos velhos dizem: "Você não pode se esquecer de onde você é e nem de onde você veio, porque assim você sabe quem você é e para onde você vai". Isso não é importante só para a pessoa do indivíduo, é importante para o coletivo, é importante para uma comunidade humana saber quem ela é, saber para onde ela está indo...
(O Eterno Retorno do Encontro)
QUEM DEIXOU MEUS PAIS ENVELHECEREM?
Meus pais não são velhos. Quer dizer, velho é um conceito relativo. Aos olhos da minha avó são muito moços. Aos olhos dos amigos deles, são normais. Aos olhos das minhas sobrinhas, são muito velhos. Aos meus olhos, estão envelhecendo. Não sei se lentamente, se rápido demais ou se no tempo certo. Mas sempre me causando alguma estranheza.
Lembro-me de quando minha mãe completou 60 anos. Aquele número me assustou. Os 59 não pareciam muito, mas os 60 pareciam um rolo compressor que se aproximava. Daqui uns anos ela fará seus 70 e eu espero não tomar um susto tão grande dessa vez. Afinal, são apenas números.
Parece-me que a maior dificuldade é aprendermos a conciliar nosso espírito de filho adulto com o progressivo envelhecimento deles. Estávamos habituados à falsa ideia que reina no peito de toda criança de que eles eram invencíveis. As gripes deles não eram nada, as dores deles não eram nada. As nossas é que eram graves, importantes e urgentes. E de repente o quadro se inverte.
Começamos a nos preocupar- frequentemente de forma exagerada- com tudo o que diz respeito a eles. A simples tosse deles já nos parece um estranho sintoma de uma doença grave e não uma mera reação à poeira. Alguns passos mais lentos dados por eles já não nos parecem calma, mas sim uma incômoda limitação física. Uma conta não paga no dia do vencimento nos parece fruto de esquecimento e desorganização e não um simples atraso como tantos dos nossos.
Num dado momento já não sabemos se são eles que estão de fato vivendo as sequelas da velhice que se aproxima ou se somos nós que estamos excessivamente tensos, por começarmos a sentir o indescritível medo da hipótese de perdê-los- mesmo que isso ainda possa levar 30 anos.
Frequentemente nos irritamos com nossos pais, como se eles não estivessem tendo o comportamento adequado ou como se não se esforçassem o bastante para manterem-se jovens, vigorosos e ativos, como gostaríamos que eles fossem eternamente. De vez em quando esbravejamos e damos broncas neles como se estivéssemos dentro de um espelho invertido da nossa infância.
Na verdade, imagino eu, nossa fúria não é contra eles. É contra o tempo. O mesmo tempo que cura, ensina e resolve é o tempo que avança como ameaça implacável. A nossa vontade é gritar “Chega, tempo! Já basta! 60 já está bom! 65 no máximo! 70, não mais do que isso! Não avance, não avance mais!”. E, erroneamente, canalizamos nos nossos pais esse inconformismo.
O fato é que às vezes a lentidão, o esquecimento e as limitações são, de fato, frutos da idade. Outras vezes são apenas frutos da rotina, tão naturais quanto os nossos equívocos. Seja qual for a circunstância, eles nunca merecem ter que lidar com a nossa angústia. Eles já lidaram com os nossos medos todos- de monstros, de palhaços, de abelhas, de escuro, de provas de matemática- ao longo da vida. Eles nos treinaram, nos fortaleceram, nos tornaram adultos. E não é justo que logo agora eles tenham que lidar com as nossas frustrações. Eles merecem que sejamos mais generosos agora.
Mais paciência e menos irritação. Menos preocupação e mais apoio. Mais companheirismo e menos acusações. Menos neurose e mais realismo. Mais afeto e menos cobranças. Eles só estão envelhecendo. E sabe do que mais? Nós também. E é melhor fazermos isso juntos, da melhor forma.
"já tive pressa e muita...hoje arrasto um par de chinelos velhos,onde dois pés cansados correram em busca do nada"
Na ânsia de ser diferente, acabamos por repetir a mesmice, os velhos e óbvios clichês, tão gastos e desbotados, que fogem a nossa percepção.
Todos nós guardamos os "bons velhos tempos" com carinho em nossos corações, e a eles voltamos em sonhos, como gatos para as suas poltronas prediletas.
Quem se prende a velhos paradigmas nunca estará pronto prá viver o futuro que está na frente dos seus olhos.
Todos os mais velhos que estão no poder no passado eram jovens. As mesmas razões que os levou a lutarem contra o colono será as mesmas que nos levará a lutar contra eles porque são os novos colonos pretos.
Nós não pedimos que eles façam milagres, mas que governem o país de maneiras que não possa haver uma classe dominante que oprima a classe trabalhadora.
Quando a juventude não tem emprego, não tem casa, não tem o privilégio de ter uma educação condigna, facilmente cairá na promiscuidade. Se hoje temos muitos jovens na delinquência, nas cadeias, é fruto da má governação do MPLA.
O governo diz que o país está a falta de quadros, mas é só olharmos; quantos jovens formados estão no desemprego por não terem tio ou tia "Ministro(a)".
O medo, um dia irá dar lugar a coragem.
E neste dia, o governo em conjunto com a sua família, pagarão por todo mal que cometeram a esta pátria.
A idade não é empecilho. Eu descobri que a mente nos faz sentir muito velhos. Todavia, no momento em que uso o meu coração, tenho novamente vinte anos de idade. Quando temos a experiência de uma meditação profunda, descobrimos que a energia espiritual é a fonte da energia física, mental e vital.
Como é possível estar rodeado de velhos colegas e se sentir sozinho? De tanto tentar ser amigo de todos acabei só. Não tenho quem se preocupe comigo quando eu preciso, sinto que a qualquer momento qualquer um pode tentar pisar em mim, rasgando uma “amizade” apenas para conseguir aquilo que deseja, ou em muitas vezes me procuram apenas quando precisam de algo como se eu fosse um misero empregado ou um objeto. Sinto desejo em ter alguém que me ame, que faça por mim o que eu faço pelos outros, mas meu medo de ser feliz é maior que eu e toda vez que tento me aproximar de alguém acabo enfraquecendo meu eu e me sinto fraco e incapaz, fazendo com que eu perca uma oportunidade única de ser feliz. A solidão é algo muito ruim, nos faz cair em nossos pensamentos e nos rebaixa ao mínimo que nossa auto-estima pode chegar, mas a solução para isso é simples, basta ter a coragem e achar a pessoa certa, é preciso paciência, mesmo que demore muito tempo, mas antes de tudo é preciso ter coragem para enfrentar seus próprios medos, retirar cada pedra no seu caminho, se mostrar superior ao que te impede de ser feliz, e quando alguém conseguir fazer isso me diga como. Sinto-me agora em um momento triste, estou derrotado, em minha carreira profissional sou um campeão, consegui chegar ao auge de tudo o que desejei, materialmente tenho tudo o que preciso para uma vida de qualidade, mas espiritualmente estou enfraquecido sem animo de sair com amigos, sem vontade de conversar, meu desejo é sumir, fugir de meus problemas joga tudo pro alto e dizer adeus. Não faço isso, pois tenho esperança e fé que um dia isso tudo vai mudar e eu vou me encontrar meu eu e tudo vai se encaixar e quem sabe assim vou poder ser feliz e ter a vida que sempre sonhei, sem medo de fracassar, pois o fracasso vem do medo de arriscar, da falta de autoconfiança. Eu sou meu inimigo e ao mesmo tempo a solução para meus problemas, basta eu tentar me encontrar para corrigir minhas deficiências e seguir minha vida de um jeito consciente e feliz.
Os irmãos mais velhos abdicam de algumas coisas para os mais novos. No entanto, eles não sabem disso ou não tem consciência disso.
Imaginamos que pessoas mudam, queremos isso até. Será que mudam mesmo ou nós que ficando mais velhos, mais sapientes, sabedores que o tempo corre e a vida vai se esvaindo aos poucos, simplesmente aceitamos as coisas como elas são?
