Os Inocentes de uma Guerra
Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível.
Todos podem ver as táticas de minhas conquistas, mas ninguém consegue discernir a estratégia que gerou as vitórias.
Nosso mundo hoje
O mundo está perdido!
Tantas mortes e destruição.
Tantos estragos e poluição.
Tanta gente de fome morrendo.
Tantos animais extinguindo-se e desaparecendo.
Tanta gente rica que não reparte com ninguém.
Tantos problemas que os governos têm.
Tantas guerras arrasando nações.
Tantos acidentes, tantas explosões.
Tantas pessoas analfabetas, tantas sem onde morar.
Tantos adoecendo, sem remédio para se tratar.
O ser humano perdeu a razão.
Se afogou na própria ambição.
É mais fácil fazer a guerra do que a paz.
Suportamos tudo: a guerra, o sofrimento, o exílio, etc. A passagem de um estado para o outro é que é terrível. O tempo de nos instalarmos.
Se é preciso na paz preparar a guerra, como diz a sabedoria das nações, indispensável também se torna na guerra preparar a paz.
Questiono-me se a guerra não é provocada senão pelo único objetivo de permitir ao adulto voltar a ser criança, regredir com alívio à idade das fantasias e dos soldadinhos de chumbo.
Abalar a nação para consolidar o trono; saber suscitar uma guerra; foi o conselho de Alcibíades a Péricles.
Queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre, e o desprezo da mulher.
Quem quer a guerra está em guerra consigo.
Quando perdemos a conexão com a nossa alma, perdemos muito mais do que a capacidade de sonhar, perdemos a criatividade para nos reinventar.