Ontem
Digo adeus a meu passado e aos meus conflitos do ontem e aos problemas me fizeram chorar e retroceder. Adeus aos momentos em que não me senti bem e aos motivos que me impediram de manter minha fé em pé. Adeus a aquelas etapas negativas, adeus a aquela noite onde morreu minha inocência para dar boas vindas ao regresso da minha vida. Digo adeus a minha antiga eu que dizia NÃO a tudo que veia, que se trancava no quarto e chorava pela sua vida. Adeus a ansiedade, a tristeza e a seriedade. Adeus, não voltaras ver a minha realidade.
O que você está vivendo hoje é resultado das suas escolhas de ontem. As suas escolhas hoje, determinam o seu amanhã!
Quem sabe
Tem dias que eu não te vejo
Tem dias que não conversamos
Mas parece que foi ontem
Onde tudo começou
Parece que foi ontem o fim
Você mudou tanto, sabia?
Quem eu amei, hoje me machuca
Suas mudanças te cegaram
Veja só o que você disse
Está bem aqui, todos podem ver
E eles falam sem parar
Já perdi minha voz
Não quero ver, não quero ouvir
Mas, o pior é quer não consigo fingir
Não sei dizer que nada aconteceu
Não posso ignorar que você me perdeu
Tudo já estava tão difícil
Só eu me importava
Só eu acreditava em nós
Por que você fez isso?
Jogou fora assim?
Não foi suficiente? Nunca é
E eu dei tantas voltas
Conheci pessoas que me fizeram bem
Mas ninguém tinha nada peculiar
Nada que eu pudesse admirar
“Nem sei se quero achar alguém”
Eu pensava assim, sabia?
Nem é por questão de me prender
Era o interesse
Eu não tinha por ninguém
Esperava você, o nosso encontro
Eram poucas horas, poucos dias
Mas eram os melhores
Você era o melhor para mim
E agora? Você me humilhou...sabia?
Às Vezes acho que você não tem noção do que fez
Porque me ligou outra vez
Você acha que é assim?
Eu vou esquecer e pronto?
Você está tão longe
Tudo é tão mais difícil
E eu não preciso disso na minha vida
Eu percebi que não preciso de você
Será que isso vai passar?
Queria tanto que você provasse
Que o que tivemos que foi real
Mas, por agora permaneça longe
Vamos viver, vamos aprender
Tem tanta coisa que ainda não sei
Então, um dia quem sabe
Eu ainda consiga segurar sua mão
E esquecer o que você me causou
"Cada um consigo traz momentos bons e ruins, lágrimas e sorrisos, as memórias do ontem e a expectativa do amanhã. Todo mundo tem um primeiro amor a quem se lembrar, um amigo a quem confiar, e um segredo a mais para contar… falta-se é um ombro para chorar."
A chuva cai lá fora, assim como os pensamentos correm soltos em minha mente. Se ontem vivia carregada, hoje o ímpeto da minha alma traduz um céu limpo. Pacífico. Satisfatório pra mim, livre pro arco íris da minha alma.
É possível que eu não tenha chance ou armas para mudar o ontem, mas sei que posso contar com um meio, um modo que Deus criou para que eu pudesse construir novas páginas, um amanhã melhor e isso se chama hoje. E ser feliz apesar de tudo.
NAQUELE ONTEM
Um dia
Dos dias da minha infância
Eu desmontei a fechadura do quarto de meus pais.
Naquela noite, já de noite,
Eles dormiram de costas um para o outro
Naquela noite não houve a luta
Não teve coberto nem cobertor
Ninguém fatigou-se
Porque a fechadura desmontada
Estava comigo, na minha rede.
Uma noite,
Nessa noite eu não dormi
Contando, por minhas mãos no escuro
Pelo contato dentro de minha rede
O quanto eu encontrei
Da máquina daquela fechadura desmontada
E contava:
Um revólver
Uma mola propulsora
Que esparzia longe a pinguela
O pino que ficava no meio
Uma carrapeta que dançava
Uma chave que passava solta
No buraco dela entrar
De qualquer distância, para o alvo.
Eu me armei até os dentes!
E planejava a guerra já para a manhã, mais cedo
Contra os calangos, os preás, os galos do terreiro
A pessoa do meu amigo,
Os pássaros que me avocavam do alto
Das frondes cheias.
As vezes mas quase sempre, eu penso de mais
E por pensar assim, culpo o que não fiz ontem, o que poderia ter feito hoje
E o amanha tanto faz
As vezes, mas quase sempre, eu só queria tentar...
Tentar simplesmente, não pensar
E quando vê, nem deveria ter tentado
Seria bem mais simples, se eu não tivesse pensado
MINHA FRASE 433
Morreu outra vez! Anteontem morreu para os filhos, ontem para os colegas do trabalho e hoje morreu para a mulher. Cada dia ele morre um pouco e sequer desconfia, pobre diabo!
MINHA FRASE 451
Ontem vi aquele casal "humilde", no coquetel da empresa. Avançaram no salmão, no caviar e no arenque defumado. Desprezaram as azeitonas, ora vejam!
Reminiscências...
Ontem fiz uma viagem de volta ao passado. Uma viagem com passagem de ida e volta. Sentei-me no quarto das minhas memórias, esvaziei as gavetas das lembranças, arrumei com cuidado no baú das ilusões e na estação do presente, peguei uma carona no trem do pensamento e parti de volta à minha história. Trilhei caminhos planos e tortuosos, peguei atalhos, construí desvios no afã de me desvencilhar da realidade, refiz obstáculos, ri outra vez meus risos, derramei outra vez minhas lágrimas, amei, perdi amores, folheei um livro do qual não pude destacar sequer uma página, trilhei outra vez meu caminho feito de nanquim. Nada consertei, nada pude mudar. A borracha do tempo não havia apagado meus erros , as oportunidades que perdi adormecidas à beira do caminho... Algumas sementes que espalhei a o longo da minha estrada já haviam se tornado frutos, outras haviam sido mortas pelas intempéries da vida. Poucas foram as flores que vi na minha estrada de volta... Nesse amargo regresso, os espinhos me feriram novamente os pés e sequer pude ver as pessoas amadas que perdi... No meio do percurso cansada do peso da bagagem que levava, sentei-me na estação dos saudosistas e acenei para os devaneios, que seguiam conduzidos pela nostalgia, que presto pararam e indagaram o meu destino. Falei-lhes do meu desejo de voltar no tempo para fazer novas escolhas, rever pessoas que haviam passado por mim sem serem notadas, quem sabe o primeiro amor...Estender a mão a algumas que eu havia deixado sentadas à beira do caminho, encontrar outra vez a minha infância perdida, queria falar com o tempo, pedir-lhe outra chance, recolher migalhas de alegria que porventura houvessem caído da minha vida, sonhar outros sonhos, mesmo que fosse por alguns instantes... Ter a ilusão de que poderia fazer tudo outra vez e melhor e diferente. Mas nesse momento o tempo passou muito apresado e me disse que o seu itinerário era o futuro que era impossível que ele retrocedesse comigo, pois em sua companhia viajavam os que estavam deixando para sempre o passado. Eram os que olhavam horizontes muito além dos meus, que eram muitos, pois andavam leves, que não carregavam nos ombros o peso de lembranças, mágoas e amarguras e recordações como eu carregava..... E mesmo sabendo que o tempo jamais voltaria, parti sozinha ao meu destino final. Continuei minha jornada mais de lágrimas que sorrisos, num caminho mais de pedras que de flores... Passei por ilusões perdidas, por lembranças já quase esquecidas, vi de longe, muito longe a paz acenar com seu lenço branco na estação das despedidas e prossegui... Chegando à casa do passado, encontrei –a cheia de sombras e fantasmas, a saudade sentada à porta, me estreitou num forte abraço. Arriei minhas malas e parei. Encontrei-me criança inocente e sem pressa, em balanços de alegria, contando estrelas e transformando em pássaros, anjos e monstros, nuvens que passavam junto com a vida sem dizer para onde estavam me levando... mas o tempo, implacável, seguia seu caminho sem volta e corria muito rápido, roubando-me a inocência, a pureza. Agora já cheia de anseios e planos, o meu maior desejo era que o tempo continuasse mesmo a correr... Comecei a pedir-lhe que passasse e eu o fustigava para que voasse, dei rédeas a ele e galopando sobre vales e transpondo montanhas, e passando por cima de tudo, cheguei ao mais belo lugar onde se pode estar: À minha juventude. Mas nessa parte da vida, também não estava o que eu buscava. Muita coisa me prendia, muitos me dominavam, eu não poderia viver assim. Necessitava ser livre, queria as asas da liberdade sobre mim... Pedi então ao tempo que corresse mais depressa. Precisava me livrar das amarras que me prendiam ser adulta, encontrar um grande amor, fazer novas descobertas, desvendar os mistérios da vida, fazer tudo aquilo que sentisse vontade e finalmente ser dona de mim... E o tempo obediente, correu, correu, voou... Cheguei ao presente, lugar onde estão todas as oportunidades, onde moram o agora e o hoje, mas sequer olhei para eles. Passei a me preocupar o que viria adiante e não tive tempo de desatar os laços dessa caixa preciosa, que tantos a deixam num canto, sem ao menos desembrulhar, dado a pressa de chegar ao futuro e ver o que a vida faria . Precisava ser urgentemente alguém importante, com muitas histórias para contar, vencer todas as batalhas e finalmente ser independente. Então, na minha ânsia insana, gritei com o tempo, reclamei dos dias que pareciam não ter fim, das estações que nunca mudavam, das luas novas que nunca se iam, adiantei o relógio do destino. E a corrida continuou e o tempo voava e me levava pela mão e me arrastava com ele, até que me encontrei velha e sem forças e quis descansar. Agora já não precisava mais pedir ao tempo que passasse. Eu estava quase à sua frente... Comecei então pedir que parasse, ou pelo menos que andasse mais devagar, pois a louca corrida em busca de realizações me tornara cansada e saudosa do presente que não vivi. Mas ele se fez surdo, inclemente e implacável passou muito mais velozmente, e viajando nas suas asas ele me trouxe e me fez pousar onde estou. Um lugar chamado velhice, outono da existência para quem soube aproveitá-lo e inverno dos corações para quem o desperdiçou sem ter vivido a primavera!
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