Omissão
"Injustiçar alguém, não é somente executar a ação maldosa contra outrem de forma direta. Quando nos omitimos, quando somos passivos diante de uma injustiça, da qual temos plena consciência do que esta ocorrendo, também a cometemos. Porque Somos responsáveis pelo mal que fizermos e pelo bem que deixarmos de fazer."
Eu estou cansado de te omitir.
Fazendo poesias que nunca saberá que foram para ti.
Não que algum dia esses trechos eu vá compartilhar.
Mas farei a vontade do destino se alguém os encontrar.
Não podemos transferir nossa responsabilidade existencial, temos o dever de cuidarmos uns dos outros e do todo ao nosso redor.
Quando você conhece o lado obscuro de alguém e esse alguém desaparece da sua vida, é apenas uma forma dele tentar não lembrar o que tenta desesperadamente esquecer.
Quem não questiona é manipulado, quem questiona é censurado ou preso, quem não se envolve é culpado por todas as manipulações, censuras e prisões.
Quais promessas fizemos no último dia do ano passado? Recordar, elaborar e tomar decisões, formam uma tríade que evoca a lei da causalidade: toda ação corresponde à uma reação. E, pasmem, até mesmo a omissão reclama um consequência que pode ou não estar sob nosso controle.
Indiferença
A arte de matar sem ser culpado.
Dizer muito, sem dizer nada.
transformar em terror um conto de fadas.
Indiferença
Arte de expressar seu rancor não fazendo nada.
Explanar suas mágoas sem nenhuma palavra.
Destruir o amor só por omissão.
Há muito Narcisista reclamando amor próprio e egoísta esperando o amor recíproco.
Pobre Narcísio, tu olhas-te por espelho entre enigmas mais não pode perceber o amor onde sua imagem não é refletida.
amor_in_versus
Ser maldoso é ser instrasponivel, impedindo que o bem chegue a quem nos rodeia; ser omisso é ser invisível, se eximindo de qualquer responsabilidade sobre o que e quem nos rodeia; agora ser transparente, é através da bondade e sinceridade, permitir-se ser condutor da luz a quem nos rodeia.
O erro não está no sistema de governo de um país, muito menos no líder, mas no povo e seu comportamento materialista, sua omissão ao não exigir seus direitos e necessidades e que transforma o país num inferno.
Livros que transformam, livros que se abrem,
Livros que anseiam, livros que se fecham.
Outrora, a vida que se fazia simples e costumeira,
Sem margem à dúvida, moldava-se heróis;
Vilões eram apenas vilões. Mas o arco da história tornou-se trivial,
E novos papéis surgiram da velha história contada,
Passamos a entender que o simples, às vezes, era equivocado,
E que o vilão, na verdade, era vítima de um sistema opressor,
Trancafiado na cela do tempo, uma parte omitida,
Sequer mencionada, pois exibi-la traria ao conto um tom cruel.
O bom, ao tornar-se errado, perde o traço do amável.
Como antes se dizia: livros se fecham para que novos e complexos livros se abram,
Mas continuam a história, rasgando em tiras a omissão dos detalhes belos e dourados.
E para isso, é preciso começar pelo rosto amável que a história massacrou,
Forjando, assim, o vilão intrínseco e indescritível,
Que, desde o início, ninguém resguardou,
Outrossim, apenas condenou.
Basta que os bons se calem, sejam omissos e tímidos, para que todo o azar de atrocidades aconteçam pelas mãos ousadas e corajosas dos maus.
