Olho
Em profundo espírito de oração,
Olho para o céu perguntando:
- Foste tu o meu coração?
Ao menos estás aqui dentro,
Um bom motivo para fazer
Companhia para a sombra,
poesia e água fresca.
É um alento trazer-te para cá,
Só a poesia que é que me concede
Tal possibilidade embalada nessa rede,
E escrevendo uma prosa
de que tem sede e morre de amores.
Pode ser que sim, pode ser que não,
Se [realmente] foste tu
O meu coração, você está aqui
embalado por verso, poema e canção.
Hoje mesmo sem ter você por perto,
Tenho um balneário como companhia,
Viverei grande como a poesia do mar,
Navegando nas letras e agarrada
aos cometas - descobrindo o quê é amar
- sozinha -
Minh'alma não te alcança, confesso,
Não te alcança por continuar em lira
Para talvez embalar outros versos,
e amores que sequer foram descobertos.
Talvez o exílio do amor seja a missão,
para os poetas emplacarem com paixão,
e mexerem com toda essa gente
que foge até da emoção,
gente que finge que não sente,
e finge até que não é gente!...
Talvez você sequer tenha me desejado,
sinto por não tê-lo feito apaixonado.
Portanto, amor, mesmo que você não
fique do meu lado, e encontre outro
amor: continuarei escrevendo para você
não se esquecer que um dia alguém nessa
vida te escolheu para viver-te como amor.
O sol carinhoso doura a minha pele, Os seus olhos são um doce encanto, Olho para o céu, e te desejo, Será que te alcanço?
Há um romance
escrito à mão
que não mais
saiu da cabeça
nem mesmo
quando fecho
os meus olhos.
Arcturus linda
como um
rubi brilhante
que ora surge
como um
diamante
alaranjado,
Surgiu bem
na noite de luar
para me dar
o seu
erótico recado:
Há um romance
escrito à mão
que não há
como ocultar
no meu peito
e por todo
este nosso lugar.
Nunca recusei
qualquer coisa
para o teu charme,
Você ainda está
se divertindo
com a minha
louca fantasia
e fascinando
todas as garotas
da nossa cidade.
Há um romance
escrito à mão
que previa
que você viria,
e como uma
grata surpresa:
você reapareceu.
Você envolvente,
convenceu
novamente
e me levou
neste lindo carro
cor de moldavita
para ensinar
os segredos
dos vinhos
e da Lua,
lá na Vinícola.
Olho para você como
quem aprecia longe
uma estrela radiante:
quero com viver você
um virtuoso romance,
Com o fascínio igual
ao ensejo da Lua,
Júpiter e Saturno,
mantenho de longe
este segredo oculto,
Juntos derrubaremos
tiranos e abriremos
as portas dos campos
de concentração:
amor nós dois temos;
Com a aspiração una
de saber que poesia
não é o suficiente;
buscaremos amparo
na sedução diária,
Para vencer qualquer
influência ordinária
que queira comprometer
aquilo que ponha sobre
o risco da gente se perder.
Olho vivo em potenciais desestabilizadores sociais que vivem em constante luta contra inimigos invisíveis, se dizem vítimas de inveja e semeiam constrangimentos para separar as pessoas.
CREPÚSCULO DOS OLHARES QUE SANGRAM LUZ
Olho nos teus olhos e algo antigo desperta, como se a noite respirasse dentro do nosso peito. A lua inclina seu rosto sobre ti, oferecendo um lume pálido que se mistura à palidez de nossas almas que se procuram desde a penúltima dor. Há um frio doce que percorre o ar, um silêncio que se esculpe em nossas carnes como um sacramento soturno.
A única lágrima que guardamos nos recônditos mais ocultos se desfaz lentamente, como se abrisse uma fresta entre dois mundos. Não é apenas lágrima. É o resto de uma saudade que jamais encontrou nome, é a memória de um pacto selado quando ainda éramos apenas um rumor de espírito à beira de outro universo.
O romantismo aqui não é júbilo. É ferida luminosa. É o toque místico do invisível que paira entre nós, sussurrando que o amor nunca é de superfície, mas sempre de abismo. E é no abismo que te encontro, envolto em uma aura de noite eterna e, ainda assim, como se guardasses o pressentimento de uma alvorada impossível.
Tu esperas por mim. Eu espero por ti. Somos dois vultos que caminham por corredores espirituais, cada qual trazendo no peito a impressão de que a vida inteira foi apenas prelúdio para este instante. A lua testemunha. Os recônditos aquiescem. E o amor é profundamente nosso, que se eleva como neblina sagrada que se recusa a morrer.
Vagão absoluto mesmo
no absurdo do mundo,
Olho louco, grito rouco,
mesmo feito muito pouco
insisto e escrevo
os meus Versos Intimistas
para que as poesias
sejam o meu perpétuo legado.
"sabe porque nao permito que pessoas me ofendam,porque só eu sei quem sou..só eu olho no espelho e vejo aquela menina,que teve a infância arrancada a força e mesmo assim ela brincou enquanto pode,só eu vejo aquela garota que teve a adolescência arrancada por conta de escolhas alheias da qual ela nao tinha culpa,apenas estava ali,sem saber porque tanta dor e tanto sofrimento e mesmo assim ela cresceu,só eu conheço essa mulher que tem uma vida difícil e mesmo assim ela é feliz,então não venha me dizer o que fazer ou me julgar,porque nao viveu minha vida pra saber o que me trouxe aqui.
Você me admira porque eu fico quieta e olho para o céu,Porque não me vê chorar..porque me vê forte...e de fato sou..mas se eu jogar com você e me mostrar fraca,dramática..não suportará pensar que a pessoa que você viu em mim não exista..
O ser humano tem varias faces. Mas a que eu uso é com
contato olho no olho para enxergar a alma de cada
ser em sua verdadeira essência
"Tira Primeiro a Trave do Teu Olho, e Então Poderás Ver com Clareza para Tirar o Cisco do Olho de Teu Irmão"
Por muitos anos, uma sombra pairava sobre minha existência, um temor que me impedia de expressar meus sentimentos autenticamente. Sentia uma coisa, mas dizia outra, receosa de não ser aceita e de perder amizades, de machucar pessoas que pareciam frágeis ou passar por cima de crenças incutidas em minha mente pelo sistema religioso. Em situações onde minhas ações não atendiam às expectativas alheias, eu me perdia em um labirinto de explicações, tentando justificar o injustificável e contrariando meu próprio coração, apenas para agradar aos outros.
Esse estado de negação me transformou em uma pessoa pessimista, atraindo todo tipo de situação de conveniência, impedindo minha evolução e mantendo as pessoas em suas zonas de conforto.
Compartilhei momentos com pessoas movidas pela compaixão, e até hoje elas continuam o hábito de estar com qualquer um para não se sentirem sozinhas. Dediquei minha vida a cuidar de almas aflitas, sacrificando meus dias para ajudá-las, e elas ainda continuam a se vitimizar, repetindo padrões que as fazem adoecer. Mantive pessoas ao meu lado por muito tempo para não desfazer amizades, cumprindo fielmente versículos bíblicos que eu interpretava literalmente. Elas tentaram de tudo para difamar minha imagem quando comecei a revelar minha alma.
Hoje, conheço minha verdadeira essência e compreendo meu propósito na Terra. Estabeleci um limite de respeito e vivo de acordo com meus princípios. Consigo perceber, além das palavras, quando uma pessoa realmente necessita da minha ajuda ou está apenas manipulando para obter o que deseja. Observo, sob uma perspectiva espiritual, a quem posso auxiliar sem interferir no aprendizado de quem ainda precisa trilhar seu próprio caminho.
Aprendi, através da experiência prática, que não devo desperdiçar meu tempo tentando ajudar quem ainda não está pronto para a transformação. A verdadeira mudança só pode acontecer internamente. Compreendi que há pessoas com quem posso dialogar e resolver as diferenças, e outras que devo simplesmente deixar de lado.
Para realmente auxiliar os outros, é essencial primeiro trabalharmos em nós mesmos. Quando estamos em desequilíbrio, somos arrastados pela confusão alheia e incapazes de oferecer um apoio genuíno. Uma pessoa com transparência de alma irradia otimismo em qualquer situação em que a vida a coloque. Ela sabe cuidar de si mesma, sente compaixão por todos, independentemente de crença, raça ou limitações, e não critica, pois entende que auxiliar é compartilhar o que se tem, sem impor condições.
Se você não buscar o autoconhecimento, não escreverá sua própria história e passará a vida sendo um coadjuvante nas histórias dos outros. O autoconhecimento é a chave para a verdadeira liberdade e felicidade.
Festa no Quintal
Eu olho para um lado, vejo o xadrez a bailar, Olho para o outro, a cena volta a se formar. Mas nada é repetição, há um brilho especial, Não, não é Natal, é festa no quintal.
As bandeirinhas cortam o céu em cores vivas, O cheiro de quentão aquece almas festivas. O forró embala passos entre risos e abraços, Corações pulsam forte, se perdem nos compassos.
Milhos dourados estalam nas brasas, contentes, Os balões sobem aos céus como sonhos candentes. E sob a lua, os olhos cintilam encantados, A festa junina une tempos e passados.
"Quando olho para a direita ou para a esquerda não olho para frente, quando olho para frente não olho para cima, quando não olho para o céu volto para trás".
"Quando olho para o futuro, vejo-me na pré-história como um homem da caverna, sonhado com um esqueiro e luz elétrica."
Quando olho para trás, 10, 20, 50, 100 anos, essa mesma sensação é a mesma que se eu estivesse em 2124, olhando para o meu eu do passado.
"... quando um
homem perde um perna ou
um olho, ele sabe que perdeu uma
perna ou um olho - mas, quando esse
homem perde a si mesmo - seu valioso
rastro de interioridade - ele, tragicamente
nadasaberá,pois ele já não
estará láparasaber!"
_ Oliver Sacks _
Ultimamente acordo e durmo pensando em você, e isso em nada me é penoso.
Cada pessoa que olho nas ruas me lembra você, e quando me pego nessa situação me ponho a sorrir da minha "maluqueis".
Estou feliz de tê-la em meu coração, meus sentimentos e meus pensamentos. Agora quero que você esteja do meu lado, para que eu possa escutar a sua voz e te dizer o quanto gosto de você com o carinho que quero lhe dar!
