Olhar Vazio
Um recipiente vazio pode se transformar em algo colorido, bonito e repleto de doces. Uma taça cheia poderia significar apenas a união ou a celebração, tanto faz…
Podemos direcionar, acrescentar conteúdos, mas não controlar o que aumenta a sua interpretação, onde tudo pode ser dissipado pelo fogo.
Permita ou dispense explicações para que os pontos positivos e negativos também transpareçam. Ao cumprir nossas obrigações, é possível superar até mesmo uma maldição; onde todos os envolvidos serão agentes de mudança.
Cada um busca aquilo que a essência espera. Um bebê precisa ser alimentado, e quem o nutre também desenvolve.
A vida sempre merece oferendas, um prato vazio pode ser lavado e isso é oportunidade de usá-lo outra vez. Seja grato.
Realize análises, aprimore a qualidade da água que consome, demonstre sua opinião, seja imparcial, literal ou crítico; há espaço para todas as visões e opiniões. É crucial agir com responsabilidade em relação ao que se deseja alcançar. Sempre haverá um lado essencial em você, independentemente de eventos históricos, científicos ou interpretações. Afinal, se alguém afirmar que a Bíblia não existe, o que valeriam seus anos de aportes em confiança?
Qual seria a sua posição para arriscar colocar a mão no fogo por algo que já estaria ou não te colocando em dúvidas?
Existe uma certeza e essa ninguém destrói, ela está longe daquilo que ignoramos. O seu conteúdo pode ser como flores, mas também uma arma invisível que nenhum dinheiro compra.
A “verdade” pode ser criada, não precisa de defesa o tempo todo, valorize suas experiências; elas são tão preciosas, como também podem te enganar pela convicção ou te desafiar pelas crenças. Que a justiça permaneça justa, independentemente da sua existência ou percepção sobre ela.
https://youtu.be/Hp3xje-Sa38?si=z5ZziiM3repVe1nH
Sombras do Amor Perdido
Em meio à tempestade, meu arco-íris se esconde,
Pintando o vazio com cores que só o coração vê.
O céu, antes claro, agora está triste,
Mostrando a sombra da falta que a dor faz acontecer.
Talvez eu viva assim, mesmo antes do fim prevalecer
Pois o nada sem ti, começou existir, logo depois de você.
Entre trovões e nuvens pesadas, meu arco-íris se refugia,
Colorindo o vazio com tons que só o coração entende.
O céu, que antes brilhava, agora veste a roupa da saudade,
Revelando na escuridão a marca de um amor inconsequente.
Eloquente em meio ao coração de um homem lunático,
Que se apaixonou sozinho, mais na alma que na mente.
E, embora o lápis continue a desenhar memórias de um amor perdido,
Nem a maior das borrachas pode apagar o que o tempo levou.
As cicatrizes ficam, como um traço profundo,
Gravando na alma uma história lembrada pela dor.
Iludida pela árvore dos sentimentos,
Resolveu se apegar demais ao amor.
SUSPIRO SEM CURA
A saudade é terebrante, d’alma saudosa
Do vazio em tal condição, com soberania
Uma sensação que estoura em alquimia
Explodindo no peito numa dor poderosa
Ó cousas, todas vãs, ao sentido curiosa
Qual é a tal emoção que em vós confia?
Ora a alegria, ora outra prosa, outro dia
Vacilantes todos, mas, à poesia formosa
Eu vi já por aqui comparência e flores
Vi olhares, preciosa cortesia, aventura
Versejar, vi cantar cânticos de amores
Na poética, um de tudo, vivi loucura
E adequando-me eu, fui os ardores
Da solidão... este suspiro é sem cura.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/09/2024, 16’27” – cerrado goiano
"A saudade dos meus filhos é um vazio que o tempo não preenche, um eco de risos e abraços que ainda ressoa no meu coração
“Sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, que se pode encher arbitrariamente. É o risco fatal do amor numa cultura sem verdade; acaba prisioneiro das emoções e opiniões contingentes dos indivíduos, uma palavra abusada e adulterada chegando a significar o oposto do que é realmente.”
amplecti singula et vivere in totum
Entre o silêncio e a lembrança
Há um vazio que ainda respira
Não se trata de partida
Nem de chegada
É o eco de passos que já se foram
Mas que ainda ressoam
Bem baixo quase inaudível
Os dias seguem
Mas há momentos em que o ar pesa
Como se o tempo insistisse
Em carregar consigo fragmentos do que foi
Não é dor
Mas uma sombra leve
Que se estende ao final de cada tarde
O toque que não se repete
Mas que a pele ainda guarda
Um olhar que já não encontra
Mas que os olhos ainda procuram
Nos reflexos dos dias
Há uma paz que tenta nascer
Mas é abafada
Não é ausência
É uma presença sutil
Como folhas que caem sem alarde
Órfão por sua terra, maldito poema sobre o vazio de minhas escritas derrama o sangue da minha alma angústiada que sobre ela carrega as frustrações de uma alma perdida
Sem Oração, o Altar virá palco, o Fogo vira cinza, o Vaso fica vazio, e a pessoa se torna escrava do entretenimento.
O ZERO
Podem pensar que sou um zero, podem até dizer que o sou um zero à esquerda...
O vazio na margem,
O sussurro que se perde no deságue do tempo,
Silêncio sem forma,
A gota que cai sem ter o mar para se embalar.
Mas e se eu me mover?
Se deslizar mesmo que seja ao de leve?
Sou o cosmos que se expande,
Posso ser o nada que de repente vira tudo,
Sou o fogo que devora a noite,
Sou a estrela que rasga a escuridão.
Quantos de nós somos ou fomos chamados de zeros à esquerda, em algum momento de nossas vidas?
Ou pior... Nos fizeram sentir isso mesmo, um bem redondo zero à esquerda, como se a nossa presença ou ausência fosse ainda menor que o próprio zero...
Como se fossemos apenas sombras nascidas da dúvida, muitas vezes da rejeição, um ser que não chegou ao fim da sua gestação, fantasmas de nós mesmos, podridão.
No entanto, basta um gesto,
Um pequeno desvio, um pequeno salto mais para a direita...
E o que nem um grão de poeira era, vira horizonte, vira crepúsculo ou aurora...
O que era ausência, torna-se imensidão...
Torna-se o infinito!
O ser humano
é feito de terra e de sonhos,
É árvore cujas raízes não se vêem,
mas sustentam céus.
É a imensidão do icebergue que se encontra submerso.
E o que é a dor senão alegria?
O que é o fruto senão raiz?
O que é o nada, senão o tudo?
Este é o grito que nos lembra
que até no nada há espaço
para crescer, para florescer e ser tudo.
Zero, não é o que a maioria pensa,
O zero, não é nada, não!
É potência que dorme,
É a explosão que se esconde no silêncio.
É na ausência que nascemos,
Tal como o universo, que do vazio se fez imensidão, se fez luz.
Move-te, então,
deixa a margem,
pois o mundo espera-te, bem lá no centro...
Mas também pode ser à margem, acima ou abaixo, dentro ou fora, não interessa.
O que interessa é que haja um movimento.
Mesmo que te pareça impercetível.
Todos nós somos tudo e somos nada, ao mesmo tempo.
Somos a brisa que vira tempestade.
E quem sabe...
Talvez o segredo esteja na dor,
não como castigo, mas como semente e flor.
Pois viver, sim viver, é somar zeros,
É multiplicar silêncios,
É dançar com o que não se vê
E descobrir no vazio o universo em expansão.
Não interessa se os demais pensam que somos um zero à esquerda, muito menos que o digam, porque o valor do teu zero, és tu que o dás, és tu que o colocas onde estrategicamente e num dado momento, te der mais jeito.
Nunca te esqueças...
Quando te sentires um zero, um nada,
Tens a oportunidade de te transformar em tudo,
Todos somos zeros que, ao mover-nos, tornamo-nos milhões, e milhões tornam-se estrelas, que iluminam a via láctea...
Em biliões de vias lácteas, que de tantos zeros no lugar certo...
Não há ninguém que os consiga contar...
T. M. GRACE
O relógio marca o tempo e dita o ritmo da vida; talvez o vazio que você sente hoje seja o eco de alarmes que você julgou importantes, e que agora se manifesta no prato vazio e na ausência de alguém que você jamais imaginou perder.
No vazio do peito eu fico a caminhar, na estrada da vida com um sorriso a encantar
Sorriso tal não é verdadeiro, mas também sou eu por inteiro. Tenho minhas paradas de solidão, momento então sem compaixão, mas depois de um tempo venho a refletir, que eu se eu paralisar posso vir a regredir. Momentos de clareza me fazem enxergar a vontade de andar e de continuar. Este ciclo anual vem constantemente e eu não sei como parar psicologicamente.
Tantas palavras nas imagens.
sinto medo, um vazio
dentro de mim a uma pequena luz
será a alegria que virá
a escuridão hoje, me toma de inteiro
um som agudo do completo vazio
de novo e de novo
olhos vazios
sorrisos falsos
inquieta, sozinha
estou caindo, e não tenho mais medo de altura
tenho medo de cair e não saber o que vai acontecer
É difícil contentar o descontente, porque o descontentamento é um vazio interno que nada externo consegue preencher.
???
Eu me sinto vazio, vagando por essa imensidão de oportunidades e sentimentos, eu ainda me sinto vazio. É como se me apertassem como uma pasta de dente e falarem: "Ops, está vazio." E descartarem, como se eu não existisse mais, como se as minhas dores não fosse realmente válidas, como se eu tivesse sofrido pouco, como se eu tivesse sentido pouco, mas afinal: O que eu sou? Se sou descartável, o que eu sou?
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