Obrigada pela noite
Ontem conheci um garoto, conversamos bastante coisa e foi legal, passamos a noite juntos dando risada, e ai amanheceu, e voltamos a realidade.
Eu pergunto a você que está lendo isso aqui agora, por que as pessoas dão tanto valor ao brilho da Lua, alegando que ela tem um brilho sobrenatural, ou algo assim?
Mas ela não brilha sozinha, não se deve dar valor à Lua, ela não brilha sem o Sol, ela não passa de um corpo celeste que serve para refletir os raios solares em cima de nossas cabeças durante a noite e, muitas vezes, de maneira falha, porque qualquer nuvem pode ir lá e tapar sua "soberania", isso é frustrante, sabe? Não ter um brilho próprio deve ser algo ruim. Deve ser muito ruim ser um segundo plano ou um objeto projetado apenas para refletir os raios de alguém, a Lua é como as outras estrelas, a grande diferença é que, aos nossos olhos, ela parece monstruosamente maior que as outras estrelas... Mas, se analisarmos bem, ela não é de tudo uma inutilidade, sem ela não enxergaríamos durante a noite. Não se deve dar valor para a Lua como algo separado e diferenciado, mas deve-se valorizá-la junto com o Sol, seu parceiro inseparável...
Deixo-lhe aqui uma reflexão: Se tudo acabar, como vou poder criticar a Lua toda noite?
Quero seus dedos entrelaçados
aos meus.
Desfrute desta pele que queima
por ti e quando de mãos dadas
passeamos e teu olhar provoca
o meu pensamento, ele diz em
silêncio que a noite a imaginação
não terá limites.
É neste suspense e surpresa
que minha alma percorre teu
corpo no cair da noite , te darei
apenas de mim o melhor,
fogo, paixão, beijos nesta
pele suada, sejamos nós
a brincar e sorrir.
A mítica das horas
E porque ela chegava, ele saiu
e foi vê-la no fecho da tarde
E como ela lhe abrisse o fecho da saia,
ele fechou nos olhos a forma sinuosa
com que ela lhe sorriu,
vendo vagamente o chegar da noite
Antes de dormir
− Amore, vamos dormir?
− Sim, amore
− Apague a luz, por favor!
− Esta lua está tão bonita!
− Encoste aqui pra gente namorar...
Dois quartos de hora depois:
− Boa noite amore!
− Boa noite, meu quarto crescente!
Algumas pessoas têm medo do escuro, do silêncio da noite...como se a ausência do sol fosse fator determinante para que nossos medos e temores se concretizassem mais facilmente...pobre noite, singela em sua beleza tímida... Nossos medos podem ser heranças da alma, da infância, do inconsciente...não é a cor do céu que definirá nossos temores! Na lua encontro acalanto, presto reverências por mais um sol vivido....estou aqui, ainda aqui...tenho chance ainda, de fazer diferença na vida de alguém...que bom.
Desejo ouvir as estrelas e de entendê-las no íntimo de sua essência. Mas, não consigo! Abro a janela todas as noites e tudo que ouço é o som mudo da solidão...
AGORA É NATAL
Agora é Natal.
Todos fraternos
Felizes se abraçam
E Esquecem do mal
Porque é Natal.
Renovam esperanças
Se tornam crianças
Menina de tranças
Face angelical.
A noite é singela
Tão linda e tão bela
Presentes na ceia
Porque é Natal.
SENTIMENTOS
No silêncio da noite,
A solidão vem de açoite,
E num amanhecer gelado,
Assento-me calado,
E fico a observar a correria,
De uma vida que está vazia,
E virá outra manhã cinzenta,
Trazendo dor no peito,
Dor que me atormenta,
De dia e no meu leito.
E um dia novo virá,
Outra noite aparecerá,
E outras lutas,
Outras disputas,
E atrás daqueles montes,
Outros horizontes,
Novos mares,
E outros ares,
Novos ventos,
Novos sentimentos.
Autor: Agnaldo Borges
16/09/2014 – 01:35
A LUA
Dizem que em noites sem fins,
Os namorados passeiam,
Por praças ou jardins,
Sem perceber quem os rodeiam.
Debaixo da lua trocam,
Beijos e juras de amor,
Olhares e abraços que provocam,
Em outras faces o rubor.
Dizem que é a lua dos apaixonados,
Ou os apaixonados da lua.
De corações alados,
Com os pés descendo a rua.
Autor: Agnaldo Borges
10/10/2014 - 22:40
PERDIDO
Quanto tempo perdido,
Num tempo que não voltará,
Quanto tempo esquecido,
Num tempo que acabará.
Quantas horas perdidas,
Nas horas do dia,
Quantas noites perdidas,
Quantas horas de insônia.
Quanto tempo perdido,
Falaria mais, mas seria perda de tempo.
Autor: Agnaldo Borges
16/11/2014 - 00:07
Não importa o tempo.
Se sol, chuva ou tempestades
estamos sempre aqui.
mesmo que seja apenas um
beijo de boa noite, mas este nos
fará dormir felizes e na forma de
conchinha enlaço-te para aquecer-me.
e em nostalgia relembro das loucuras
de noites passadas e imagino
as travessuras do amanhã.
Esta noite é de aconchego,do apego,
do amor maduro.
Aquele que protege nossos corações
dos medos e das incertezas.
Das costas que acolhe e do beijo que
recolhe no descansar silencioso
onde apenas os corações
ecoam palavras de amor e carinho.
Vamos sair
Depois da meia noite
Pra ver como é la fora.
Sentir a brisa da madrugada.
O som assombroso noturno
Que tal bebermos?
Que tal dirigimos pra lugar nenhum?
Sem celulares
Sem hora
Sem rumo
Sem tristeza
Só nós, o mundo.
E a noite.
Minha voz treme enquanto repete a sussurrar seu nome.
Embriagado pela saudade, com a tua ausência, a noite nos sonhos, nada veste minha solidão, se tu não estás. Traço o ar com os sussurros de meus batimentos e o eco me devolve, disfarçado teu nome, às vezes penso ouvir você me chamar no silêncio, às vezes penso que me escutas quando em você penso.
A noite passada
Eis que me disseram, na noite que se passou,
sobre um certo comodismo que de nós não se dissipou.
Disseram que por Um tudo fora criado,
que tudo está previsto, tudo preparado;
a vida, o acaso. Não há como mudar.
Eis que me disseram de alguém que tudo planejara e tudo rotulara;
à mim, cabe apenas contemplar.
Me disseram para acreditar, e ele viria me salvar... se eu o aceitasse!
Mas caso não me contentasse, e de coração o negasse, o ardor seria o plenário ao qual eu teria de me reportar.
Eis que me disseram que somos frutos do amor, que somos frutos de um senhor que o melhor nos quer dar.
Por longo tempo me convenceram
da conversa que nem eles sabiam onde começara;
ou onde iria terminar.
Eis que me enfiaram goela abaixo leis para seguir, palavras para reproduzir.
Me disseram, na noite que se passou,
que tudo tem sentido,
que tudo está previsto;
e que devo agradecer.
Me disseram: 'não questione';
"não negue a redenção";
"não pense na contradição".
Eis que me disseram que a vida não se acaba, que a corte se aproxima,
que o céu não é pra todos.
De coração não acreditei,
ao questionar, ao tribunal deles me entreguei.
Eis que me disseram que nem tudo entenderei;
me odiaram, blasfemaram à minha dúvida; me rotularam com nomes que aqui não ouso mencionar.
Eis que nesse âmago de suplício, entendi o que eles não entenderam.
Então, eis que estava pronto para acordar!
Te Intriga nosso silêncio, irmão?
Não concorda com nosso segredo?.
Já construíste seu templo no coração?
És um real obreiro sem medo?
Quando nele te recolhes, o que mais importa?.
Talvez lá encontre nas chamas de lareira
Pedaços de alguma lembranças já morta
Alimentando as brasas da fogueira
Se são coisas mundanas. Ignora-as.
Sabes bem que para lá delas,
aquilo a que chamas de tempo
e que usas para medir silêncios,
não existe! Somente são como caravelas
Vem e vão ao sabor do vento.
Pelas regras da matéria e não do Espírito,
o silêncio pode ser um curto e surdo intervalo
Que habita entre duas batidas do coração.
No teu, ele é dificilmente perceptível, um estalo.
No meu será dolorosamente infinito.
Agora, se para ti o tempo não existe,
porque te há de intrigar o silêncio?
Não vale a pena, não é triste
Conhecer-te a si mesmo?
E se me disseres o que vi em ti,
Glórias, prestigio, honrarias sem fim?
Direi que sem erro o que vi...
Foi aquilo que faltava em mim.
Claudio – 24/05;2016