O Ultimo Poema
O Miséravel
Reclamas da miséria em tua jornada,
Confias ao destino a solução desejada.
Tolo sem noção, busca no céu compaixão,
Clamas por socorro, anseio em vão.
Levanta-te e prepara-te, então,
Para toda guerra, qualquer situação.
Problemas não são reais, são efêmeros,
Desafios surreais, supera-os sem medo.
Nunca desistas, voa como pipa livre,
Sem rota definida, mas ao céu se eleva.
Segue teus desejos, sem lamentar ou parar,
Assim, talvez, vencerás o jogo, sem hesitar.
Logo nas primeiras tardes, mudanças pingaram lentamente do céu em forma de pensamento. E por estar acordado, algumas pequenas mudanças lhe acertaram.
Estes pingos, porém, não lhe deixaram doente. Pelo contrário; não tardou para o primeiro espirro iluminar a sua volta, e ele perceber que o sintoma da doença estava mesmo era no guarda-chuva.
Os versos que eu escrevi com lápis, foi pela incerteza das tuas palavras, senão escreveria com caneta, qual a borracha não apagaria facilmente nossa história.
Artista Obcecada, Sem Medo de Sentir Demais (2025)
Se a faísca incendiar
Se o incêndio se alastrar
Queimemos em reciprocidade
E aproveita...
Sou artista obcecada
Sem medo de sentir demais
Seja a minha musa inspiradora
Te pinto um milhão de quadros
Te declaro um milhão de músicas
Te escrevo um milhão de poesias
A intensidade pode até me matar
Mas uma mulher absurda como você
Nascida para inspirar
Não poderia senão ser musa
Tenho ânsia de te conhecer
Mas sem pressa, pra não te perder
Quero saborear cada parte de você
Me apaixonar por cada singelo detalhe
Me embriagar de você
Mulher,
Mesmo que me machuque
Serei labareda escrita em carne
Em cada verso da nossa história
E com a leveza do óbvio
Mas com o peso das palavras
Eu lhe digo com veemência...
Você é estonteante,
Visceral
Incendiária, como chama que dança
Entrelace teus braços em mim
E me queime no compasso do teu corpo.
Sua presença
Eu a olhava todos os dias
Mas você se afastou tanto
Que eu te perdi de vista
Te olhava sorrindo
Te olhava rindo
Hoje te vejo partindo
Tento me conformar
Mas nos meus sonhos
Você faz questão de estar
Sigo minha vida
Mas sem você
Tudo se complica
O sol, nas nuvens se perdeu
Pois não achou juntos
Você e eu.
Um pouco de poesia...
O encontro...
Penetro no oceano intempestuoso de te tua alma
Naufrago nos profundos sonhos do teu ser
Estendo as mãos à menina de teus olhos
E me resgato em você...
Vejo e sinto o universo da vida
Envolto na inconstância do querer
Espero as ondas me conduzirem
Ao terreno sólido da praia...
Penetro na areia de que foi feito
Sinto que o barro perfeito
Hoje feito e modelado segue em sopro e vida...
Espero como barco não naufragado
Feito ancorado
No mais profundo do teu barro
Ser teu porto a luz do sol e na obscuridade da tempestade...
Sob as árvores
da eternidade,
Nós dois iremos
de verdade
nos apaixonar
na imensidade
do Hemisfério Austral.
Abraçar um antigo
Ipê-de-minas com vontade,
Olhar com gratidão
para a imensidade,
E esquecer de tudo
o quê se passou
para seguir com suavidade
e fazer o quê der vontade.
Quem não fez questão
do seu amor ou da sua
amizade não é agora
que vai de fato fazer,
As lições da Natureza
foram dadas
para quem sabe ler,
Dê igual importância
que um dia foi
dada para você,
O vento sopra as flores
e o Ipê-do-cerrado
não volta para recolher.
Magnífico Pau-d’arco
enfeitando o destino,
Não preciso de outro
maior marco que inspire
este brasileiro caminho.
Floresceu a Planta-do-mel
e ela fica ainda mais linda
refletida nos teus amorosos
olhos feitos totalmente de céu.
Sob a proteção de uma
Piúna esperando que
o destino se cumpra
não me importando
se fizer Sol ou Chuva.
Anita Garibaldi
Olhei para a copa
de uma araucária
e lembrei que fostes
Rincão dos Baguais,
Há tanto tempo faz
por todas auroras
amorosas que meu
peito te ama todos
os dias ainda mais.
Passaram tropas,
a tua memória
nunca se apagou,
Tua gente carinhosa
o futuro abraçou.
Imigrantes italianos
e alemães ergueram
com força do campo
uma cidade bonita,
Não é a toa que tens
o nome de heroína.
Há muito o quê fazer
na Cachoeira do Taimbé,
na Gruta de Nossa
Senhora de Lourdes
onde o povo sempre
busca aumentar a fé,
E na Trilha Geremia,
nos teus lagos e
na Usina Velha valem
cada passeio da alegria.
Anita Garibaldi és
da nossa heroína
a fiel seguidora
que honra sempre
a primeira professora,
e aos olhos brinda
com a tua paisagem sedutora.
Ascurra
O teu signo foi inspirado
no heroísmo de 1874
em reverência à 1869,
E foi nascido além-mar
da herança italiana
que cruzou por uma nova
vida rumo a América,
Que plantou lavouras de amor
e deixou memórias de afeto
na forma de casas antigas.
Coroada por montanhas
cristalinas, praças carinhosas,
igrejas e capelas frutos
da sua fé ardorosa,
É a lembrança da tua gente
amorosa que sempre levo comigo.
Ornada pelos ribeirões
Guaricanas e São Paulo,
Com beleza e gentileza
conquista os corações onde
o Rio Itajaí-Açu enamorado beija.
Na Cruz de Pedra te encontro
como um poema,
No Morro do Oitenta deixo
para trás os meus problemas.
No Salto Andorinhas
me encontro nas poesias.
No Salto da Mineira te quero
como um beijo me queira.
Na Serra Selim percebi
que eu nasci para você
e você nasceu para mim,
Na Pedra da Leoa sempre
pude sentir que a vida é boa;
Ascurra minha preciosa,
quando te vi pela primeira vez
e me apaixonei não foi à toa.
Tão precioso e raro
quanto marfim,
O nosso amor bravo
cruzou obstáculos
da vida e do tempo,
E hoje se confirma
o leal sentimento
que forte nos uniu,
e sempre se celebra.
Antônio Carlos
Onde o Caraguatá
floresce esplêndido
na Mata Atlântica,
Ali está o sonho
vindo da Renânia
que cruzou com bravura
o oceano, se estabeleceu
e com fé gigante ergueu
uma cidade bonita.
Construiu igrejas, grutas
com marianas virtudes
e recantos acolhedores
onde as palmeiras gentis
e os coqueiros dialogam
com as poéticas araucárias
dos amorosos destinos.
O meu amor por ti
é tão precioso quanto
a bromélia na mão
do descobridor,
E você sabe com
orgulho no teu íntimo.
Na Serra das Congonhas
onde nasce o Biguaçu,
com ternura abraço
os teus Rachadel, Farias,
Ribeirão Vermelho,
Louro, Saudades
e encantos infindáveis.
Antônio Carlos adorada,
por estes rios que te beijam
e por todas as quedas d'água
que dão graças a vida e festejam,
O meu coração repousa
em ti e meus sonhos se erguem.
Sempre rezo a São Francisco
no Morro dos Müller por nós,
para a linda Antônio Carlos
repleta de povo amigo,
para todo este paraíso de beleza,
de pilões e alambiques
que têm tudo o quê é preciso
nesta vida para ser feliz contigo.
Apiúna
Apiúna minha adorada,
a tua Maria-Fumaça
faz muita gente
enfrentar esta estrada.
O teu sabor de tangerina
e o teu perfume dão
motivos para a alegria.
Aquidaban é onde
a história e a vitória
se encontraram,
E também foi teu nome.
Na Serra do Mar
o meu peito a inspiração
sempre vive a encontrar.
Cabeço negro catedral
do tempo o teu nome
eu honro para sempre,
e amo amar a tua gente.
Nos teus morros, cachoeiras
e nas tuas corredeiras
estão os meus poemas
Onde está o belo Cânion
do Vale Ribeirão Neisse
entrego ao Altíssimo a prece
por esta cidade e hospitalidade.
Apiúna minha amada,
que nunca esquece
da herança botocuda e europeia,
tens todo este apreço
porque a tua gente que merece.
Araquari
O meu coração é uma locomotiva
imparável de sonhos por ti,
A margem esquerda do Rio Parati
me encontrei e não te perdi.
Os meus sonhos fazem Stammtisch
sempre que for necessário
para fazer te sorrir, fazer feliz
e ter força para na vida prosseguir.
As mãos africanas e as lusitanas ergueram o teu destino
em terras sul-americanas
e honramos as tuas heranças.
O meu coração é um maracujá
perfumado de tanto amor
que virou festa por louvor,
e vê esperançoso o sol raiar
na Praia da Barra do Itapocu.
As mãos dos colonos e pescadores
corajosos ergueram a tua História
em belas terras catarinenses,
por ti eis estes versos perenes.
O meu coração faz ninho
de papagaio e refúgio
por ti com amor e carinho,
e também faz Ponte Pênsil
da Barra do Itapocu
correndo para os teus beijos.
As mãos da gente fervorosa
fundaram a festa por ti
em total agradecimento
ao Senhor Bom Jesus de Araquari.
O teu mangue misterioso
é fonte de todo o desejo,
é dele que se faz a festa
popular do Caranguejo,
a tua herança açoriana
desta memória jamais esqueço.
Araquari, minha adorada,
és jóia preciosa e rara
do Norte Catarinense,
e para sempre por nós será amada.
