O silêncio fala
Quando a boca cala e o silêncio fala, só nos cabe acertar na interpretação do que não está sendo dito!
Quando
Quando o silêncio
Fala mais alto
De que o alarido do grito
Eterno deste amor...
Quando a luz
De um olhar
É mais intensa
Do que o brilho das estrelas...
Quando a singeleza
De um sorriso
Alegra o corpo
E toca a alma...
É momento de reconhecer
Que estou rendido
Por inteiro
Ao teu amor.
Edney Valentim Araújo
1994 / 1996
Quando o silêncio fala: A Luta Contra os Monstros Internos.
Você já parou para pensar nas pessoas que sorriem enquanto a dor consome por dentro?
A dor nem sempre grita. Às vezes, ela se esconde atrás de um sorriso forçado, de uma risada que não tem alma, de um "tô bem" automático, que sai da boca sem nem pensar. O mundo não vê o que se passa por dentro. Mas a verdade é que cada um de nós carrega monstros invisíveis, lutando batalhas que ninguém sabe, que ninguém vê.
E essa luta, essa guerra silenciosa, não se ganha com palavras vazias, não se resolve com promessas de “vai passar”. A dor não é um inimigo simples. Ela se infiltra na alma, se apodera dos pensamentos, e só quem a vive sabe o peso de ter que fingir que tudo está bem quando tudo está desmoronando.
A dor não pede permissão.
Ela vem sem aviso, sem data marcada, e toma conta de cada pedaço da nossa essência. E quem está ao nosso redor, normalmente, não percebe. Não vê o cansaço nos olhos, não sente o vazio que se esconde atrás do sorriso. A força que vemos no outro não é sempre a verdade. Às vezes, é só uma máscara, uma maneira de não preocupar os outros, uma tentativa desesperada de não mostrar o quão cansado o coração realmente está.
Mas, na verdade, ninguém deveria lutar sozinho.
Ninguém deveria sentir que precisa se esconder, engolir as lágrimas para não ser um peso, ou usar uma fachada para que ninguém note a dor. É aí que entra a empatia. O cuidado. O ato simples de se importar. De ouvir. De estar presente. Porque é isso que salva: não o julgamento, mas o toque, a presença verdadeira, o abraço que diz “eu vejo você, eu vejo sua dor, e você não está sozinho”.
Eu sei que você luta. Eu sei que, por dentro, a batalha nunca para.
E talvez você tenha aprendido a lutar em silêncio, a esconder seus sentimentos, a engolir sua dor. Talvez você tenha se acostumado a ser invisível para os outros. Mas lembre-se: não é fraqueza pedir ajuda. Não é fraqueza ser humano. Às vezes, o maior ato de coragem é justamente deixar que vejam sua dor, e permitir que outros se aproximem. Porque, no fim, a dor que você não vê, está corroendo alguém em silêncio, e a empatia é a única arma que podemos usar para curar.
Não tenha medo de ser real. Não tenha medo de mostrar sua vulnerabilidade. A dor não vai embora sozinha, mas com apoio, com amor, com cuidado, ela perde um pouco do seu poder.
A sua luta não precisa ser travada em silêncio.
É hora de ser visto. É hora de ser ouvido. E, por mais que a luta pareça interminável, lembre-se: você é mais forte do que imagina, e não está sozinho nessa jornada.
"Lutar contra os próprios monstros, não é fraqueza, é a maior demonstração de força que alguém pode ter. Porque, no fim, somos nós que precisamos salvar a nós mesmos, e cada batalha enfrentada no silêncio é um passo para nos tornarmos quem realmente somos."
A voz do silêncio
fala sem palavras,
prefere usar os sentimentos
que, dificilmente, se calam,
sejam alegres ou tristes os momentos.
Pra uma consciência
que se sente culpada,
o silêncio fala bastante,
mesmo sem usar nenhuma palavra,
é algo angustiante pra mente
que destrói por dentro dilacerando
até a alma e apenas quando conseguir se perdoar
é que poderá seguir em frente
e pra o seu próprio bem e de outrem
na próxima, antes de falhar,
será bom que pense duas vezes.
Chega um tempo em que o silêncio fala mais que a presença. Mudam-se os hábitos, os olhares, as estradas. O afastamento não é fuga, é florescimento, como a árvore que precisa de espaço para crescer. E embora a transformação soe como distância ou julgamento, é apenas a alma buscando paz.
Espera
Oh! Estrela solitária
Na noite de solidão
Por que o teu silêncio fala
Se silente está o coração...
A poesia na inação se cala
Vazia está na inspiração
Não brada nada!
Deixe quieta a emoção
Vou deitar a saudade
No colo da afeição
Sem nenhum alarde
Sem noção e razão
Irei sonhar banalidade
Assim, na espera, nada em vão!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12/07/2015
Cerrado goiano
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