O Poeta e o Passarinho
"Você talvez nunca encontre o que procura enquanto procurar fora de você, encontre alguém dentro de você e deixe que o tempo faça com que alguém também te encontre dentro de si" (Léo Poeta)
ETERNA METAMORFOSE.
Eu não sou mais o mesmo homem,
tal como não sou mais o mesmo menino
e mesmo adolescente que outrora fui.
Eu não sinto mais a minha vida como
outrora sentia,
eu não sinto-me no dominio total de minhas funções e
minhas deficiências são simplismente abstratas.
Eu já não mais me importo com a minha vontade,
eu já não mais me interesso por mim mesmo,
eu nunca mais me vi e me reconheci diante do espelho
que agora é um inimigo quando sempre me mostra
um estranho.
Eu sinto que amanhã terei que encarar uma realidade
que me incomoda e me seduz, terei que encarar
o espelho todos os dias ao barbear-me e notar
que até os finos e curtos pelos não são
mais os mesmos, eles embranqueceram.
Eu sinto que para as pessoas não sou mais o mesmo,
o que é perfeitamente compreensível principalmente
quando eu mesmo não mais me encontro, nunca mais
falei comigo mesmo, e sempre chega em um ponto que
sou obrigado a me dizer: “Quem é você? A quanto tempo
está ai? De onde viestes? Porque não te apresentastes
ao entrar? E quando foi que me submetestes a ti?”
Minhas verdades, meus medos, minhas vontades,
minhas razões, minhas virtudes, meus defeitos,
minhas qualidades e principalmente minha aparência
me levam a crer que eu mesmo acabei
livrando-me de mim mesmo. Não sei porque, mas talvez
a junção de tudo isso tenha feito com que eu olhe no espelho
e não me reconheça, mas ainda lembro do outro, sinto falta dele,
vejo ele escondido atráz do que sou hoje e tenho a certeza embora
que utópica de ainda me reencontrar.
Por enquanto, hoje completo 37 anos tentando viver e vivendo,
até que bem comigo mesmo, o que mostra que a vida
é uma eterna metamorfose.
Pior que ser cego
Tudo é tão estranho, frio, claro e sombrio.
Ao mesmo tempo em que sou tomado por um sentimento antagônico,
tropeço sob a barreira de uma esperança frustrada pelo andamento
e os rumos de nossa própria dor.
Um macaco, uma pedra e um cigarro,
São tão interessantes quanto um Pneu,
partido e um deputado.
Sempre esperei pela chuva que não veio,
Então aprendi a contar com cobras e lagartos.
Entre a vontade e a nessecidade, a fartura e a Realidade,
existe a forca de um aparelho fabricante da ideologia compulsória
do entendimento real,e essa força deixa um eterno pesar e a certeza que Esta já foi
a terra Em que o filho chora E a mãe não vê, Hoje, ela chora junto.
Outróra chorava-se Nostalgicamente, agoraa dor é incessante, pois a distancia que a produzia
foi tomada pela presenca constante da incerteza.
As veses me pergunto que parte eu não entendi? Quando foi feito o acordo?
Por que será que eu não li?
E me representaram de novo sem me consultar em nada,
fizeram como quiseram e depois para mim disseram
para engolir essa palhaçada.
E ainda dizem que a culpa é minha...
A cegueira cultural da sociedade a empurra
diretamente em sua própria falta de atitude que
torna lícito toda sua decadência intelectual e social.
Falta de humildade individual pode causar elevado grau de incompetência e incompatibilidade pessoal e profissional.
Desconhece o que é amor aquele que nunca sentiu vontade de dizer algo pra alguém e não encontrou as palavras que dessem conta de expor a grandeza de seu sentimento
Ser feliz é uma coisa inerentemente a pessoa, goste de você do jeito que você é e vive que a felicidade nasce em você espontanemante
Se Deus foi que fez o mundo Devia está inspirado,
Botou planta, bicho e gente Montanha, rio e cerrado.
O tatu fazer buraco
Deu sabença ao macaco,
Que se entende com os rivais. Sem doutor nem medicina Sozinho come resina,
Pra dores estomacais.
(Léo Poeta -03-08-2022)
seguir em frente
o que passou, passou.
a vida é hoje
e ontem foi aprendizado.
o que houve foi superação
diantes do obstáculos vencidos
e mesmo perdendo alguma coisa
tudo serviu de exemplo.
na vida perdemos e ganhamos
faz parte da evolução
cada dia que passa
ficamos mais fortes!
Admiro demais o beija-flor
Que com medo da cobra inimiga
Só constrói o seu ninho na urtiga
Recebendo lição do Criador
Observo a coragem do condor
Que nos montes rochosos come presa
Urubu empregado na limpeza
Como é triste a vida do abutre
Quando encontra um morto é que se nutre
Quanto é grande e suprema a natureza
As palavras do poeta correram sobre esta assembleia como um sopro sonoro. Fizeram os Espíritos estremecerem; evocaram minh´alma, que ainda flutua incerta no éter infinito.
Um triste poeta
Sou um poeta, um poeta das sombras e da escuridão.
Meus pensamentos só fazem sentido pra quem também conhecem a dor e a solidão
Almas tristes e solitárias à procura de libertação
Minhas roupas refletem por fora o que escondo por dentro
Minhas palavras são contraditórias como o vento
Eu não descubro minha máscara para ninguém, eles não sabem o que aqui atrás tem...
Ela me protege dos outros para que não possam descobrir meu rosto, e verem lágrimas, lágrimas de criança que perdeu por completo a esperança.
Meu coração não me obedece, ele me destrói e me enfraquece.
O tempo é a ironia da vida, caminhando lado a lado, mas ambas perdidas.
O Poeta da Roça
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô
Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá
Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito
SER POETA
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
é condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
•ღ•‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗•ღ•
PERDIDAMENTE
"Eu quero amar,
Amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... Além...
Mais este e aquele, o outro e a toda gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender?
É mal? É bem?
Quem disse que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi para cantar.
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que eu saiba me perder...
Para me encontrar..."
•ღ•‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗•ღ•
POETAS
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender por poetas
E eu arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma para sentir
A dos poetas também!
•ღ•‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗‗•ღ•
VOZ QUE SE CALA
Amo as pedras, os astros e o luar
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as águas de anil e o doce olhar
Dos animais, divinamente puro.
Amo a hera que entende a voz do muro
E dos sapos, o brando tilintar
De cristais que se afagam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.
Amo todos os sonhos que se calam
De corações que sentem e não falam,
Tudo o que é Infinito e pequenino!
Asa que nos protege a todos nós!
Soluço imenso, eterno, que é a voz
Do nosso grande e mísero Destino!...
"Há uma primavera em cada vida
é preciso cantá-la assim florida."
Quem disser que pode amar alguém pela vida inteira é porque mente".
"O meu mundo não é como o dos outros,
Quero demais, exijo demais,
Há em mim uma sede de infinito,
Uma angústia constante que nem eu mesma compreendo,
Pois estou longe de ser uma pessimista;
Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada.
Uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... Sei lá de quê!"
Poeta, em que medita?
Por que vives triste assim?
É que eu a acho bonita
E você não gosta de mim.
Poeta, tua alma é nobre
És triste, o que o desgosta?
Amo-a. Mas sou tão pobre
E dos pobres ninguém gosta.
Poeta, fita o espaço
E deixa de meditar.
É que... eu quero um abraço
E você persiste em negar.
Poeta, está triste eu vejo
Por que cisma tanto assim?
Queria apenas um beijo
Não deu, não gosta de mim.
Poeta!
Não queixas suas aflições
Aos que vivem em ricas vivendas
Não lhe darão atenções
Sofrimentos, para eles, são lendas.
“O poeta
faz agricultura às avessas:
numa única semente
planta a terra inteira”.
(em "Tradutor de chuvas". Lisboa: Editorial Caminho, 2011, p. 71).
Toda canção é uma poesia quando fala ao coração.
Todo artista é poeta, escritor, artesão, músico...
Um desafinado ao comum, eterno aprendiz.
A arte, em todas as suas variações, é a expressão da Alma que quer alçar os voos do Espírito que anela tocar o Intocado.
Mente vazia que lota a bilheteria
No mercado que premia poeta sem poesia
Espirito em sintonia na seda que sede a brisa
Compondo tema enquanto queimo o que os verme não legaliza
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
No canal WhatsApp do Pensador, você encontra exatamente isso: uma ideia por dia que faz sentido!
Quero receber no WhatsApp