O Poeta e o Passarinho
Optei pelo galho e pela terra.
Pela pedra e a água.
Pelos pés e pelo chão.
E não sei que outra razão
Me faria a vida tão clara.
Aprenda enquanto pode:
nada é teu.
Nem a gravata, nem o chinelo
Tudo é vago.
Do homem só brota o tempo.
Não sabe do corpo
Aquele que diz dominá-lo.
Não sabe de si
Aquele que diz conhecer-se
Por isso não sei de tudo.
Só aquilo que não importa ao saber comum.
Só aquilo que se perde aos olhos.
Vejo o vento rugir no bater das janelas,
Na dança das árvores,
No temor dos mares,
Ao partir aquarelas.
Vejo um vento em cor
Que balança os cabelos
E carrega nuvens.
Que brinca em cataventos
E que brinca com a dor.
Sabe-se vento sem dó
Todo aquele que se assume vento
E arranca da vida
O que devia ficar.
O amor está no silêncio,
Em silêncio por tanto tempo.
Passa num vento que não passa.
o amor, o cuidado, o projeto de cura.
o veneno sutil que mata e inspira
As nuvens caíram em gotas.
Quantas gotas subiram do chão?
O conta-gotas das calhas cantava na rua
Uma fina, gélida e úmida canção.
Espera, que o tempo muda.
O tempo não muda nada.
Quanto tempo esperei,
para só então perceber que continuo o mesmo?
As nuvens caíram em mim como gotas
E eu demorei para colocar os pés no chão.
Colocaram bandeiras nas nuvens
à santa. E nem céu havia...
Colocaram as bandeiras,
Como quem marca espaço nas nuvens,
Como quem crê numa reencarnação celeste.
Colocaram as bandeiras nas nuvens
Para uma santa que fazia neve.
E nem santa era,
Nem a neve se fez das Neves.
E nem céu havia...
Só as bandeiras.
A sinceridade, meu amigo, é a prévia da discórdia.
A verdade sempre vem recheada de dúvidas.
O carinho é o caminho do interesse.
A vaidade é o dom saber mentir usando a beleza.
A modéstia, sempre falsa, é uma montanha de orgulho arenoso.
A humildade é uma ilusão criada pelos senhores para alienar seus inferiores.
O respeito, coitado...
O amor é um ideal — Nada mais que isso.
Terra nova
Percorro um deserto vegetativo
Onde tribos
Exaltavam beleza
E a luz infiltrava perante os soldados que erguidos aguardavam.
Nao se sabe ao certo o porque,
Já que para o povo, a resposta dos porquês era mística.
Somente com a chegada de povos distantes as coisas mudaram.
Soldados nao mais aguardavam de pé.
A luz ardia em meio ao duro trabalho
Mas nada podia ser feito aquela altura.
Fugitivos, sim, existiam!
Massacres também.
Cultura, nenhuma sobrevivera,
Exceto aos fragmentos deixados por entre o inabitado
A natureza agora guarda em seu DNA,o código
E lembranças e o ódio,
De uma terra sofrida pelos intrusos de uma cadeia tão bem resolvida.
Aquilo que desejares encontrar no seu ponto de chegada, dependerá apenas dos motivos que lhe impulsionaram no seu ponto de partida.
Me encontro agora entre delírios que se ocupam na idéia, que renascer só faria sentido, se fosse para amá-la novamente.
Amar-te é observar a fusão do amor absoluto com o desejo insaciável.E, em seguida, apreciar a explosão das diferentes sensações que me causam.
De repente sinto minha pulsação aumentar, uma alegria que vocifera em tom de sorriso.E finalmente, um alívio absoluto veste minha alma quando descubro que é o amor murmurando pelo seu nome.
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