O Passaro e a Rosa
Talvez
Talvez....me perdi na estrada.
Talvez....andei depressa demais.
Talvez....esqueci que a vida passa.
Talvez....nem sei quem sou mais.
Talvez....me distraí com a paisagem.
Talvez....entrei no lugar errado.
Talvez....eu quisesse sossego.
Talvez....um lugar abafado.
Talvez....eu não tenha percebido.
Talvez....eu tenha me enganado,
Talvez....eu não quisesse ver
que o meu futuro já virou passado.
Talvez....eu tenha me tornado um cavalo de raça, que na raça, e em disparada
busca a vitória, mesmo na hora errada.
Talvez....eu tenha me tornado o meu próprio cavaleiro
E com um açoite tenho açoitado o meu corpo inteiro,
para correr e correr,
sem saber pra que e porque.
NÃO SEI
Não sei se morrerei poeta.
Não sei se viverei sem trilhos.
Não sei se ficarei cega
e não enxergarei os brilhos
das estrelas sobre minha cabeça.
Não sei se morrerei à mingua.
Não sei se me faltará ar.
Não sei se ficarei asfixiada
pela falta que você me faz.
Não sei se morrerei amando.
Não sei se saberei continuar
se tudo que existe agora,
de repente, se acabar.
Não sei se morrerei tranqüila.
Não sei se viverei em paz,
se nessa sua alma agitada
todas as minhas vontades eu entregar.
Só sei que você me basta
ao se fazer refrão dos meus dias lentos,
sol de minha escuridão,
lua de minhas noites claras
batuques de meu coração.
PALAVRAS AO MEIO
Meias palavras,
palavras ao meio,
incendeiam meu coração.
Em – canto perdido,
esconde-se minha solidão.
Força arquiteta,
no-meio sentimentos
e uma ima – gem
une - versos sem rimas,
de meus anversos sem formas
QUE TAL,ME DAR UMA BEIJO?
Hoje ,eu quero todos os beijos ,
por qualquer bobagem,
por uma simples vontade ,
por um carinho extra ,
até sem motivo,
ou mesmo, por piedade.
Hoje quero beijos estalados,
beijos molhados,
beijos apertados ,
beijos mansinhos ,
beijos emocionados ,
beijos de amor.
Hoje, eu quero todos os beijos,
seja lá de quem for
seja lá como for .
Porque no dia do beijo ,
minha cesta está cheia de beijos,
é só escolher o sabor..
parte da letra do que SERIA uma música(mas não foi), para um curta-metragem chamado Tia Clara - de Iris Lima - uma amiga querida
Quero ter você pra mim.
Quero viver a nossa história com começo meio e fim.
Quero os sonhos transformados em realidade.
Não quero mais dormir no braço da saudade.
Quero um beijo estalado em minha boca.
Quero sentir sua pele em mim.
Quero apagar as sombras do passado.
E acordar meus restos de dias ao seu lado.
Passei a vida conversando com as paredes.
Fazendo versos que nunca escrevi.
Relendo um bilhete amassado pelo tempo.
Só para ouvir a sua voz me dizendo,
me espere que eu volto.
Minha tristeza caminhou a passos lentos.
E sem o alento de notícias, eu vivi.
Meu coração aprendeu viver acelerado
e nos pecados de meus pensamentos,
me escondi.
Agora, na frente do espelho, eu me deparo
com uma imagem que o tempo não perdoou,
as minhas lágrimas do passado já secaram,
mas a saudade não me abandonou
Eu quero ter você pra mim
Quero viver a nossa história com começo meio e fim
Quero os sonhos transformados em realidade
Não quero mais dormir no braço da saudade.
DISFARCE
Os meus pedaços disfarço,
em jogos de sorrisos,
em poemas imprecisos,
nos olhares perdidos
para lugar algum
Os meus pedaços disfarço,
no improviso das vontades,
na dor da pura verdade,
nos sonhos proibidos,
nas palavras que não vêm
Os meus pedados disfarço,
na solidão dos anseios,
na escuridão dos sentidos
na musica alta que toca
em meus ouvidos.
Os meus pedaços disfarço,
no sufoco dos meus planos,
nos atalhos dos enganos,
nas gavetas da saudade
na desculpa da idade.
Os meus pedaços disfarço,
no vagar da madrugada insone
nas horas que me sopram versos,
e nos versos que nascem sem-hora.
CARÊNCIAS
Caminho, neste instante,
no deserto das palavras
carregando a poeira dos poemas
e o vento da falta de sentimentos.
O céu está cheio de estrelas,
mas nenhuma a mim pertence
Nem a lua, nesta noite,
pode ser minha confidente.
Estou abandonada na estrada,
sem caminhos, sem moradas
para desespero de minha alma
que não consegue ficar silente.
E neste marasmo imponente
pareço uma bêbada sem rumo
contorcendo o corpo de ressaca.
Careço, neste momento, do alento dos movimentos
das doces e leves loucuras dos dias efervescentes
e até uma estrela cadente,me é suficiente
para preencher a minha madrugada vazia.
No fundo, CAREÇO DE POESIA.
SIGO SÓ
Depois dos nós,
depois de nós,
novamente,
sigo só
caminhando em frente.
E mesmo em meio a tanta gente,
sigo só.
O peso da bagagem carrego com vontade,
quero sair correndo do lugar,
quero romper o vento da estrada, voltar a namorar as madrugadas
e brincar com as loucuras dentro de mim.
Preciso da circulação dos poemas em minhas veias,
tenho sede dos versos e da lua cheia,
tenho fome das horas no tempo voraz.
E sigo só,
novamente,
depois dos nós,
depois de nós
DESESPERO
Experimentei o medo da perda e perdi.
Desesperadamente, bebi a minha lucidez e fugi.
Tentei me resgatar na fúria dos sentimentos desordenados.
Quase morri.
Me escondi de minha alma e enlouqueci.
Fiquei prisioneira no emaranhado do tempo
e sem tempo tive que partir.
Doeu-me às horas.
Pesaram-me as vertigens.
Contraíram-se todos os meus músculos
Desabei com o peso de minha própria carcaça
e estirada ao chão me arrastei.
Me senti lixo.
Chorei.
O QUE ME ESPERA?
o que me espera?
se pra você eu já era,
se não faço mais diferença
se tampouco sou ausência,
se na solidão ainda sofro,
se sinto sua falta e pareço louca,
se viajei na ilusão,
se pensei que podia dar certo,
se ouvi meu coração.
Mas por certo, você tinha razão.
O que me espera?
se na lenta caminhada,
os meus passos desfacelam
e meu coração acelera
em busca de retidão.
Quem sou eu pra questionar a razão?
O que me espera
quando a calma puder renascer
e eu fizer por merecer,
depois desse inverno intenso,
quando não mais gritar seu nome
e me esquecer de você
ESPERANÇA DESBOTA
A esperança com o tempo se desbota,
e mesmo com a saudade ainda pintando os dias,
novas horas batem na porta pedindo para entrar.
Tem vento fresco e lua lá fora.
Tem estrelas no céu, tem perfume de flores no ar.
Tem lembrança resistindo em ir embora,
mas tem também uma alma querendo descansar.
A efervescência dos doces momentos,
impressos no tempo que passou, não voltará.
E sabe-se Deus, o que daqui para frente será.
Encolhe-se o corpo no esconderijo do espectro da alma doida,no silêncio do quarto, no meio da noite, na escuridãocom lágrimas lavando o inverno rosto, como se fossem chuva de verão.
METAMÓRFICA
No meio da noite,
dentro de mim,
solidão bravata
ERUPÇÃO.
A cama quente
é ninho vazio.
Tenho febre.
Tremo de frio.
Tento dormir,
mas sinto saudades
Escuto sua voz,
e suas palavras
me acordam para realidade.
Em minha cabeça
toca uma música sem nota,
e num dedo de prosa ao telefone,
aceito a verdade
de não ser mais a ROSA
de seu jardim.
Para não chorar,
fico metamórfica
crio asas,
fujo de mim
PROCURE-ME NOS MEUS VERSOS
Se acordares com saudades de mim,
me procures nos meus versos,
com certeza, me encontrarás ali.
Se no silêncio das lembranças,
tiveres sede de saber onde estou,
me procures nos meus versos,
com certeza, me encontrarás ali.
Se no vazio da estrada,
no frio da madrugada,
ou no alento do vento
sentires o meu perfume,
me procures nos meus versos,
com certeza, me encontrarás ali.
Mas se olhares pro céu
e veres a lua em nebulosa,
uma nuvem cor-de-rosa,
ou uma estrela incandescendo
Corras pra perto de mim,
Com certeza, estarei precisando de ti.
AMOR ADORMECIDO
Aos poucos,
o amor que ardia,
já não arde.
Sonolento,
o sonho acorda,
desmemoriado.
Embaçado,
na memória,
seu rosto pálido.
Lembranças,
agora,
são apenas fotografias.
ALMA ERRANTE
Vai-se o tempo,
vão-se as horas,
vai alma bebada embora.
Voa alma,
voa sentimentos,
voa loucuras e tempestades de agora.
São torpedos os passos da alma.
São triste os tempos e as lembranças de outrora.
São incompreensíveis as saudades perdidas.
São dores as lembranças sentidas.
Não faz mal se não exitem palavras.
Se inexistem respostas
para minhas perguntas tortas.
Nem sei mais o que sei,
o que fui,
o que foi
o que sou,
no que se fizeram as nossas almas,
da importância da vida,
da importância da história escrita em nossas vidas.
Só sei da sua importância pra mim.
Da sua falta na minha alma
Do vazio dos meus dias.
Mas não me importa.
Preciso aceitar a derrota.
Preciso mudar a rota
Preciso voltar a viver
CADÊNCIA DE UMA SAUDADE
Na cadência do bem querer,
a saudade marca passos,
delimita espaços,
do meu eu sem você.
O silêncio faz, num corte,
sangrar a ausência até a morte.
Mas meus Deuses caminham comigo,
carregando nas mãos meu coração mendigo
fazendo-me companhia num caminho sem sentido.
Na cadência do bem querer,
a distância é uma harpa ao som do vento,
perdida no vazio das palavras ante ao sentimento,
quando emudeceram todos os pensamentos.
A loucura profana ofega no horizonte
uma pesada solidão, que simbilante
engole a lua como um acalento estonteante
para afastar os lampejos de medo da alma profana,
retorcida de uma saudade pungente, diante do momento
Apenas um Canto
Um canto,
No meu canto,
Encanta o meu silêncio.
Fazendo o meu dia raiar,
Fazendo a minha vida vencer
O medo da morte,
O medo da sorte,
O medo, o medo, o medo, o medo.....o medo................o medo.
ANDEI POR AÍ
Andei perdida caminhando por atalhos,
enfiada, que nem um gato, num balaio,
buscando as melhores partes de mim
Para, enfim, costurar pedaço por pedaço de meus retalhos.
Andei sumida na fumaça dos meus dias,
protegendo-me do calor de meus raios de sol incandescentes,
banhando nas cachoeiras frias de minha energia,
todas as incertezas, as minhas tristezas e uma certa melancolia.
Andei, por aí, hibernando nas tocas de meu inconsciente,
às vezes inteira e às vezes quase morta,
mastigando, entre os dentes, pedaços de saudade.
Buscava força e luz no fim do túnel
para ter coragem e força de seguir em frente.
INSANIDADE
Eu ando por aí contando os passos,
contando as horas,
rezando o terço,
tecendo a vida sem endereço,
pagando o preço dos meus tropeços,
buscando a sorte depois da morte
para um novo recomeço.
Eu ando por aí contando estrelas,
soprando vento das minhas janelas,
cantando músicas que desconheço,
desenhando sombras com a luz de velas,
buscando abraços para os meus braços.
Minha alma está em alvoroço
porque a saudade ocupa todo o espaço
e, ainda por cima, dói doída no osso.
Perdi a senha da felicidade.
Perdi o rumo das minhas vontades.
Perdi a calma da neutralidade.
Perdi de mim, as minhas metades.
Insanidade será meu fim?
Fragilidades não me pertencem,
e delas, juro, não serei refém.
Sou ave branda que voa nas aragens.
Sou ave brava que enfrenta tempestades.
Sou um ser errático, lunático, dramático.
E se não sou fantástico, e não sou poeta,
a poesia é a culpada por eu ser assim
E N T R E G A
Curvo-me
ao solo dos sentimentos sem rimas,
ao arco-íris desfeito na alma vazia.
Sem festa e sem dor, sem tristeza, sem amor,
e sem gritos de guerra
ofereço à vida uma solitária flor
sem perfume...
sem cor
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