O Moço Loiro
Nas madrugadas tenho decorado todas as tuas composições, todas as tuas linhas, moço. É para ti que meus pensamentos voam quando estou aqui, deitada em minha cama fazendo rimas ao pé da lua. Tua presença em meus pensamentos tem feito um caos aqui dentro. As borboletas no estômago não querem me deixar em paz. Mas como ter paz se a paz que eu procuro está em você? É uma confusão, sabe?! Mas mesmo assim, está tudo bem. Consigo lidar com isso. Tá bom viver. Tá bom ceder. Tá bom exteriorizar todos os meus pensamentos e confessar-lhe. Me sinto mais leve, mais liberta.
Perco a noção do tempo quando converso contigo, e quando me dou conta o que pareciam minutos foram na verdade horas.
Pensar em você me faz despertar. Despertar e aceitar que o destino a Deus pertence.
Só não entendo essa urgência em correr pros teus braços. O coração pulsa. Querendo ser Sua.
Eu tento desacelerar esse meu querer, mas vira e volta você sempre cutuca. Tira de mim a verdade nas minhas entrelinhas, nos “Meus pedaços” ou nas frases faladas e confessas, abertamente. Sem nenhum medo. Você tem esse poder sobre mim.
É tão confusa essa guerra, mas tão boa porque é nossa. Me entende?
E eu? Sinto-me fracassada pelas tentativas fail de tentar tirar de tua boca exatamente o que eu gostaria de ouvir. Isso me frustra. E só desperta mais e mais o desejo de tê-lo, de tê-lo para mim.
E eu, sua.
Para sempre, Sua.
A princípio imaginei que fossem aquelas paixões passageiras, sabe, moço?! Aqueles sonhos que temos, do qual não temos a mínima vontade de despertar. Mas, com o passar dos dias, das horas e dos minutos fui notando que não era apenas um sonho. Bem, na verdade era. Mas era daqueles que sonhamos acordado, onde tem cheiro de realidade misturado com sensações de ser o primeiro amor. A principio achei que tu fostes a melhor coisa que poderia ter acontecido em minha vida, moço. Mas hoje... tenho certeza.
O moço é aquele raio de sol que despertou a luz, antes apagada, dentro do meu peito.
Ele é o ouvido que escuta as palavras que não digo.
É a música que toca no mesmo ritmo que o meu.
Ele é o olhar que enxerga a tristeza por trás do meu sorriso, e enxerga, também, minha alegria no silêncio.
Ele é o abraço forte, até de longe.
É a calmaria em meio as minhas ventanias.
Ele é o amor que chegou e FICOU.
Ele é... e pra sempre será.
E eu? Eu serei eternamente feliz se meus “cafés de todas as manhãs” vierem acompanhados do sorriso daquele moço.
Para sempre.
Se eu sofri? Ah moço,e como!
Chorei dias e noites,sentindo uma dor que não cabia no peito,
Era como se alguém arrancasse meu coração com as mãos
e sem direito a anestesia.
Chegava a ser insuportável tanta dor.
Mas eu cansei moço,sofrer demais cansa,sabia?
E foi quando eu percebi que ninguém vale tamanho
sofrimento,que me reergui.
Se passou? Não moço,ainda tenho vestígios e sinto
tonturas emocionais as vezes,mas agora é mais
suportável.
Decidi esconder aquela tristeza toda lá no fundo do meu
peito,até que um dia,sozinha,ela decida parar de doer.
Você só tem que aprender moço, aprenda que não adianta dizer a verdade pra quem não quer ouvir, ajudar quem não quer ser ajudado. Seria como bater no vento, de nada adiantaria.
A brisa toca a janela, da menina que espera. A brisa toca o coração, do moço na solidão. A menina que esperava, já não espera mais. O moço da solidão,sozinho não se sente mais. Unidos pela brisa que distante os tocava. Espere a sua brisa, seu amado, sua amada.
A HORA CERTA
Foi ali, Seu Moço. Que cansei de relutar. Naquela esquina ele abraçou todas as minhas dores estomacais e fez com que eu reparasse que nunca deixei de acreditar no bom da vida. E foi ali, Seu Moço, naquele outro canto, ó, que eu cometi a tolice de dizer que não era a hora certa. Juntei minhas fobias não causadas por ele, minhas cicatrizes, sustos e assombros pretéritos, formei uma imensurável bola de horrores na garganta e na coragem e, simplesmente, joguei tudo pelos ares, escorando na minha desculpa sincera de que achava não estar em uma fase propícia para algo maior.
Foi numa quinta-feira cinzenta que ele surgiu com sua paciência de Jó, e, apesar de ter sido inesperado, foi simples, nada parecido com os romances que assistia e anotava na minha libido. Mas foi mais mágico do que todas as histórias que vivi, até mais do que aquelas que causaram textos até hoje. Porque foi real, sabe, Seu Moço? Foi de uma segurança imensa. E assim fui aprendendo que o fascínio do amor não está apenas nos grandiosos acontecimentos, mas sim, nos detalhes que ele permite enxergar, na leveza da leitura. Se não está dando tranquilidade o suficiente para granjear as vírgulas mínimas e incríveis que estão passando, é porque não é amor. Não tem como algo que depende assim da amizade, surgir das turbulências.
Não senti e nem sei se sinto que é a hora certa, não sinto que estou curada dos últimos socos que levei no tórax e nem que posso entregar todos os pontos enquanto ele ainda está na porta, mas cansei de querer encontrar gente que presta na hora exata. Já joguei janela afora outros que pareciam ser dignos, apenas porque a minha fase não era a mais estou-aguardando-um-casamento. Depois, com ele, fui vendo que é burrice limitar as oportunidades por bloqueios momentâneos. Que é como ter o bom e o ruim e optar pela imprudência do negativo, perdendo o que pode nunca mais encontrar e ficando com o que hora ou outra, vai esvair.
Que insensatez quebrar o inabitual por algo comum! Comum é esta rachadura que prendeu meu pulsar, comum é esta fragmentação que todo mundo recebe, uma vez que seja, dos infortúnios. Comuns são as aversões criadas pelos péssimos rastros dos comuns. Costumeiros são os pés oscilantes e o que fiz naquele canto. E inabitual é o que eu tenho, ou tinha, nessa possibilidade.
Quero dizer para ele que pode entrar, sabe, Seu Moço? Quero que ele saiba disso. Que a hora certa é a gente que faz, que quero que ele me ajude a fazer. Que não é para ele tascar a nossa esperança em um jarro de flores mortas e fincar os pés aqui sabendo que é por tempo contado. Nunca fui de querer ficar em nada tendo ratificação de que teria mesmo um final. Então, se aqui ainda estou, ele deveria saber que é porque nunca dei para trás, nem mesmo um pouquinho. Sim, preciso ainda contar que tem muito turbilhão por vir, mesmo que esta paz imensa que ele me traz continue a grudar nas solas dos nossos sapatos. Porque nunca é fácil. Só que a parte mais rara a gente já tem, que é a naturalidade, aquela sensação gostosa de sentir que está em casa, aquela intensidade rápida e não forçada. Que espero, ao menos, que para ele ainda exista, que em alguma pontinha das suas costas bata em permanência um fio de crença em se mudar para cá.
Eu não vou estar brincando se disser que mudei de ideia, que na verdade, desde o começo meus sentidos apontaram para não ir, para colocar mais papel na impressora. Mas será que ele vai acreditar, Seu Moço? Será que ainda vale a pena dizer? Queria saber se ainda existe aquela mesma vontade e constância dele, entende? Queria gritar que nunca mais vai existir hora certa ou errada, que isso é pura ilusão. Que verdade mesmo é o que faz sentir, e ele fez.
Foi naquela esquina, Seu Moço, bem ali, que soube desde o começo que era ele. E foi naquele canto que estraguei tudo. Ajuda, Seu Moço, essa gente confusa que está escolhendo errado, e a mim. Preciso fazer ele voltar àquela esquina comigo e deixar aquele canto para trás. Porque, Seu Moço, ele precisa saber que se ficar, eu não vou mais.
"Ah moço, se você soubesse pelo menos um 'tantinho' do grande amor que sinto por você! Será que você me amaria também?"
Sabe, seu Moço, eu sou do tipo que abraça apertado quando sente saudades...mas quando eu sinto vontades, dai o meu abraço é bem assim como lhe dei. Entendeu ou precisa replay?
Moço, por favor! Entregue uma bebida para aquela mulher sentada no canto do bar com o rosto manchado por rímel, ela precisa saber que mesmo com as lágrimas, ela continua linda.
Ah, o amor...
O amor já foi lindo...
Ele era um moço gentil, de boa aparência, era a benevolência em si...
Ela era bela, de pele suave e branca como a neve, os lábios doces como o mel e vermelhos como as cerejas, os cabelos negros como a noite, e os olhos lhe pareciam duas luas linda em noite de lua. Ela era a beleza plena e autêntica.
Mas os anos passaram-se...
A gentileza acabara-se,
a beleza extinguira-se,
a mel azedara.
Capitu
Ainda moço na varanda
De pernas bambas andei
Os tijolos que pisei
De um lado para outro passei
Vozes repetidas surgiram
Os segredos revelei
Viajando em pensamentos
Coqueiro velho murmurou
Não é pelo namoro nos cantos
Gente da mesma idade
Capitu se apaixonou
Eu amava Capitu?
Nas travessuras de criança
Tudo era secreto
Nos tempos de confiança
Chamava-me de bonito
Nos sonhos de esperança
Nos sonhos de Capitu
Subíamos o Corcovado
Que coisa boa é ter sonhado
Gostoso doce de criança
Sonhava coisas do dia
Recordando a esperança
Segue os conselhos de um mestre
A descoberta do amor
Tudo feito com louvor
Vejo tudo com carinho
Oh menino! Coitadinho
Capitu e seu Bentinho
Baseado no romance Dom Casmurro de Machado de Assis.
Apresentado em um Sarau, em forma teatral, no Programa Travessia em Gravatá-PE.
Em 27-08-2009.
no quintal da minha casa
tem um pé de jabuticaba
você é o moço mais lindo
que eu já vi em piracicaba
um velho moço, em pé sentado, assim calado dizia: o mundo é uma bola quadrada, que gira parada nas campinas oceânicas... Ser ou não ser ... eis a questão"
O Moço da Esquina
Eram seis e meia da manhã, ele estava se aprontando para o trabalho quando de repente escutou lá de fora algo que lhe chamou atenção. Ainda não dedilhou aquelas palavras como deveria e até como desejaria, mas algo em seu mundo parou e andou rapidamente, ele tentara acompanhar, mas de nada adiantava seu sentimento de perda e ganho. Trabalhou introspecto querendo ainda ter o pouco de nada ter. Queria ter o dom, a beleza que jurava estar na casa do vizinho. Ele queria mudar até o dia em que percebeu que não se entenderia de forma alguma. E continuou a viver com o peso silente de existir. Ainda não me contou o que aconteceu, ainda não sei o que havia escutado. Mas ele queria mudar o mundo e de tanto tentar acabou sendo modificado pelo mundo, mas não sobreviveu a tal e voltou a fazer do desentendimento seu fiel companheiro.
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