O Homem pode Desumanizar se
No jogo democrático, quem precisa diminuir, demonizar ou desumanizar o outro para sustentar uma opinião, pode — também — acreditar que a única ideia válida seja a dele.
Mas há um vício muito silencioso neste jogo: quando alguém precisa diminuir, demonizar ou desumanizar o outro para sustentar uma opinião, já não está defendendo ideias — está protegendo certezas.
E toda certeza que não suporta a existência do contraditório passa a exigir exclusividade, como se o debate fosse ameaça e não fundamento.
É nesse ponto que a democracia deixa de ser arena de escuta e vira palco de monólogos.
Não se argumenta para convencer, mas para calar.
Nem se discorda para construir, mas para anular.
Quem acredita que só a própria opinião é válida, não busca diálogo; busca submissão.
E onde a divergência é tratada como inimiga, a democracia não perde só o tom — perde o sentido.
Porque as pessoas não aprendem sem passar por um sofrimento?
Desumanizar-se à ponto de perder sua Paz?
É mesmo necessário haver um martírio pra achar que se deu bem e morrer alguns anos depois com algum sentimento de inutilidade, e todas as deficiências e dependências tal qual um bebê indefeso, onde poderiam só compartilhar Amor e Paz sendo generoso com todos e principalmente consigo mesmo...
A esperança precisa afastar o medo.
Podemos nos desumanizar quando intuímos no outro a ameaça.
Não há altruísmo apenas em mensurarmos ter, é preciso ser.
É aí que o coração não fala mas, GRITA!.
Quem tem autoestima e amor próprio não sente a menor necessidade de desumanizar outras vivências, muito menos outros corpos e diferenças.
Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações.
O amor é como a água. Pode ser tranquilo. Raivoso. Ameaçador. Apaziguante. A água pode ser muitas coisas, mas em todas as suas formas sempre será água.
Posso responder resumidamente: o homem só é feliz se puder desenvolver e utilizar todas as suas capacidades e possibilidades.
Portanto, toda e qualquer decisão unilateral deve ser recusada. Se Aristóteles vivesse hoje, talvez ele dissesse que a vida de uma pessoa que só cultiva o corpo é tão unilateral - e portanto tão lacunosa - quanto a vida de outra que só usa a cabeça. Ambos os extremos são expressão de um modo errado de viver a vida.
