Coleção pessoal de RonaldoDavid

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Sejamos fortes, pois tudo que nos rodeia é perverso, se fracos formos. E sejamos lúcidos já que pertencemos a um mundo em que vencedores serão os que permanecerem de pé ao se findar a batalha que sabemos ser infindável.

Os nórdicos sempre sorriam das nossas caras Ocidentais por comemorarmos estar um ano mais próximos da própria morte. Os filósofos pessimistas dizem que é comemorar a decomposição. Já eu sou otimista quanto a isso , acredito que é a única data que realmente nos lembramos de agradecer por ter chegado até enquanto tantos outros ficaram pelo caminho.

Tenho medo, medo de muitos e ao mesmo tempo de poucos, medo do agora e ao mesmo tempo do nunca. Sinto medo de ter medo, ter medo nos momentos em que devo mostrar coragem. Tenho medo de me trair, trair meus ideais, trair minhas virtudes, trair os meus valores. Tenho medo de não ser, não ser capaz, não ser eu mesmo, não ser alguém. Tenho medo de perder, perder quem amo, perder meu sonho, perder o medo de perder.
Mas que seja, que seja eterno o que me faz bem, que seja breve o que me destrói, e que sejam sublimes os momentos de amor. E que se vá, que se vá minhas angustias, que se vá os maus, que se vá o que for superficial ao ponto de não ter encontrado suporte no meu peito.
Que se vá minha mania de fazer chorar quem eu só quero ver sorrir, que se acabem minhas ambições ruins, e que se desfaça a raiva que por vezes encobre minha razão.

Depois de uma jornada de dois dias sendo ouvinte de mestres, doutores, e pesquisadores do direito processual penal, me sinto extremamente grato por ter feito parte de um momento de tamanho valor acadêmico e intelectual. No entanto, em um ato quase que instintivo paro para refletir nas provocações feitas durante esse congresso, reflexão essa que me causa gigantesca revolta no que se diz respeito às ilegalidades “Diárias” as quais somos sujeitos e muito pior, as quais nós nos sujeitamos , somos co-autores sim desse crime social que devasta a sociedade, o crime da desigualdade, não trato aqui de questões puramente econômicas , raciais , religiosas , quero tratar da idéia que se fixou em nosso meio que chamarei de “ Febre da superioridade”. O cidadão atualmente divide a sociedade em duas categorias, sendo elas , “ Os cidadãos de bem “ e os “ Marginais” , a partir dessa diferenciação começaremos as indagações pertinentes. O que o torna mais valoroso que seu próximo? Em que momento da vida você é inserido em um dos lados da sociedade? Qual a real marca da “besta” para a sociedade? . O cidadão brasileiro carrega a idéia de que pelo fato de até então não ter contrariado as leis vigentes no ordenamento jurídico possui mais valor que o individuo que por algum motivo foi enquadrado em qualquer que seja o tipo criminal, superioridade essa que vai desde o direito a vida ao direito a dignidade humana, na sociedade atual o nível de revolta e de sede por “justiça” fez com que partíssemos para uma vertente de resolução de conflitos que me remete claramente os tempos da barbárie, tempos esses que a civilidade era deixada de lado e seu lugar era tomado pelo sentimento de vingança. O estado mental que aqui trato como febre da superioridade legitima que os encarcerados devem ser mortos como castigo pelos crimes que cometeram, já que se trata de “ animais criminosos ” e a eles não se aplicam as regras da razoabilidade, a essas pessoas que por qualquer que seja o motivo contrariaram a lei é sentenciado seu lugar do lado oposto e agora deixam de ser humanos e passam a serem “ marginais” . Hipócritas , é isso que somos ao bradarmos por intolerância a marginalidade sendo que facilmente nos enquadramos em inúmeros tipos penais e de outros ramos do direito, seja pelo imposto não declarado, ou consumo indevido de substâncias ilicitas , pela comprar de mercadorias contrabandeadas e pirateadas, e tantos outros crimes tidos como insignificantes , já que se trata de você o autor do delito.
Chego à conclusão que o que revolta a sociedade não é o crime em si e sim quem o comete, na maioria esmagadora das vezes é aquele sujeito que não faz parte do seu circulo de amizade , que não freqüenta os mesmos ambientes , e que a cor da pele não se assemelha a sua, aquele sujeito que não usa a mesma grife e que não usufrui das mesmas regalias. Falo isso dos crimes que realmente importam para a sociedade, pequenos furtos de celulares, assaltos cometidos por infratores juvenis , crimes contra o patrimônio individual. Declaro que são os crimes que importam porque nunca me deparei com pessoas tentando linchar um acusado de sonegação de impostos ou um político condenado por corrupção , nunca presenciei um condenado por peculato sendo amarrado em praça pública para ser morto pela população revoltada . Sendo assim entendo que os crimes contra o patrimônio individual são mais relevantes para a sociedade levando em consideração as medidas que são tomadas diante de tais situações. Meus caros sejamos sinceros, vivemos num sistema judiciário falido e que a cada dia tenta por meio da força coibir uma realidade que devasta nossa sociedade que é a criminalidade de todos os lado. No entanto os encarcerados, os tidos como animais , animais marcados com a marca da besta, marca essa que é dada a todos que pelo sistema prisional brasileiro passa é marca do “ Ex presidiário” , a marca é um rótulo que será carregado para sempre, característica essa que ceifará oportunidades de uma reinserção social e restabelecimento financeiro. O presídio tem como principal função a recuperação do detento , fazer com que aquele individuo se arrependa e se regenere. Todavia temos o presídio na atualidade como o lugar do castigo, o purgatório, a casa de massacre para os delinqüentes, terrível erro é pensar que o castigo é eterno, o castigado será liberto logo em breve e voltará a delinquir, com mais ódio e rancor para com a sociedade que o sentenciou a morte. Sendo assim meus caros os convido a refletirem sobre nossos métodos de punição , será mesmo que estamos no caminho certo ao “punir com ferro quem com ferro feriu? ” .

Faço com que meu choro cale-se para que faça ser ouvido meu brado de Vitória.

O ferimento causado por lâmina sangra e cessa,entretanto o causado por palavras ecoa no vácuo do sonho que ali foi morto.

Temos presenciado ultimamente através das redes de relacionamento virtuais a crescente inconformidade no que tange as ações tomadas pelo poder judiciário brasileiro, todos a seu grosso modo resolveram então dar sua parcela de contribuição a doutrina jurídica comentando sobre fatos políticos. Política não, pessoas que nunca leram um artigo científico e que se vem no direito de estarem doutrinando sobre ciências políticas, nunca leram Aristóteles mas se intitulam os pais da política contemporânea. O direito de expressão é livre e eu acho louvável, mas nunca presenciei ou tive ciência de alguém que ao se deparar com um prédio dizer que o pé direito foi calculado com a fórmula errada, e muito menos alguém que ao vagar pelas ruas olhe para um veículo estacionado e dizer : " Quando este veículo ultrapassar os 200 km /h a aerodinâmica falhará devido a pressão de fatores externos sobre o corpo do mesmo ".diante os expostos me vem um questionamento quase que natural , se para opinar é necessário um mínimo teor de conhecimentos técnico ou doutrinário , o que tem levado uma parcela tão grande de pessoas a falarem sobre a legislação, jurisprudência, decisões normativas com tanta propriedade sem nem ao menos darem uma olhada superficial no que rege a constituição Federal do Brasil? Hoje tudo aqui faz lei, a bíblia é parâmetro normativo, o fato de ocupar uma posição minoritária te põe no lugar de um filósofo, ter vários seguidores em redes sociais te dá o título de antropólogo. Virou chacota, banalizaram o que chamam de " Direito". Virou-se quase que um folclore, a cada boca que passa ganha um adereço novo e vai virando um verdadeiro Carnaval de ideias vazias e infundadas. Ideias com total direito de serem expostas mas que não carregam em si o mínimo de critério lógico ao serem escritas. Aristóteles em uma de suas frases memoráveis nos traz os seguintes dizeres “O ignorante afirma, o sábio dúvida e o sensato reflete”. Sejamos francos, o que mais temos visto são símbolos de exclamações bem grandes e insensatos.
Como bem foi exposto na frase de Maurice Switzer “É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida. ”

O bem material adquirido se muito utilizado se esgota e exaure , por sua vez o conhecimento adquirido se muito utilizado se procria e propaga.

Airton Ortiz disse " Nós somos os livros que lemos , as viagens que fizemos e as pessoas que amamos" ..
A questão é que morar longe de quem se ama se torna uma viagem diária para perto de quem se quer , e ao invés de ler você acaba por escrever um livro , poemas que nem sempre são romances .. na sua grande maioria são dramas , suspenses e monólogos longos e vazios.

Se as nações que lutam em guerras hoje pudessem contemplar a paz teu sorriso saberiam que ainda existem motivos para se cultivar a mansidão no mundo.

Serei feliz no dia em que deixar de ser translucido esse sentimento que trago em mim , sentimento esse que recebe a tua luz mas não a reflete .

Que esse mundo só dê as voltas necessárias para te manter comigo. E se assim não for , que ele dê mais uma volta para que assim você volte .

Não adianta escrever sobre as linhas , a vida vai muito além da retidão delas.

Se realmente crê exteriorize seu pensamento, pois só assim o vento o soprará para o mundo .

O medo é o combustível da humanidade, o medo de perder, o medo de não ser, o medo de não chegar a lugar algum. Isso é o que nos move.

Me assusta essa cultura mórbida de exterminar sonhos no mundo dos homens.

Vejo à minha frente tantas linhas , mas só quero o traço do teu sorriso.

Há se ela soubesse um terço das historias de amor que teço com seus fios de cabelos.

Humanos, os únicos animais capazes de atacar ferozmente sem ao menos se moverem.

Sou mais eu que não sei de nada, vivo aprendendo com meus tropeços e escrevendo minha filosofia, sou escritor de mim mesmo, sem direito a borracha, o que escrevi está gravado nas páginas da história, quem gostou que compre o livro, quem não que me ignore.