O Homem é um ser Social
Pessoas que não pensam por si mesmas podem ser facilmente manipuladas por interesses de gente mal-intencionada.
Os Gentis foram gentis e não compareceram ao funeral do seu escravo lutador. Deixaram que após a morte, ele levasse consigo toda a dignidade que haviam tentado tirar-lhe.
Rodrigo Gael
(Per) Seguidor
Qual é o significado de seguidor?
Achei a definição
Pode ser continuador
Mas tem mais explicação
Pode ser perseguidor
Ou então
Um espião
Aí que aflição!
Um seguidor, perseguidor e espião
Prefiro ao invés de seguidor
Alguém que me acompanhe
E continue o meu legado
Pensando, por outro lado
Poderia separar entre seguidor e perseguidor
Mas de hater resolveram chamar
Que significa odiador
Esse tal de hater
É agressor, opressor, atormentador e torturador
Povo gosta de complicar
Poderia "abrasileirar"
Eu disse hater para minha mãe
Ela disse nunca ouvi falar
O povo gosta mesmo é de inventar
Por que não simplificar?
Passemos a explicar
Tem o seguidor
E o perseguidor
Agora deu para diferenciar?
Acho que fez foi bagunçar
Pense da seguinte maneira
E não perca a estribeira
O seguidor
É aquele a nos acompanhar
Para o nosso legado continuar
Já o perseguidor
Persegue nossa dor
É um verdadeiro horror
Falam sem pensar no que vai dar
E se ao invés disso
Percebesse nossa dor
Para nenhum dano causar
Um dia no Sistema Penitenciário – um olhar sobre a situação carcerária no Brasil
Recentemente tive a oportunidade, como aluno de Direito e jornalista, de conhecer de perto como é a vida por detrás das grades. A visita foi aqui em uma das unidades penitenciárias de Salvador. Não vou me ater aos procedimentos que me levaram a fazer isso, nem aos detalhes do lugar em si (por mais que isso seja relevante), mas somente nos fatos, na observação e nos impactos que isso, de certa maneira, me causou. Foi como se, de alguma forma, pudesse me embrenhar nos intestinos, sobretudo nas regiões mais eivadas de nossa sociedade. Acho que todo cidadão, enquanto parte de uma sociedade organizada deveria ter a iniciativa de visitar a sua própria concavidade.
De longe, parece ficção. Mas de perto, a realidade é repugnante, catastrófica, quase perdida. Pouco se vê de esperança ali naquele ambiente marginal e selvagem. Há um misto de questionamentos e certezas que logo se exalam na impotência de sermos quem somos, de produzir o que estamos produzindo, ao ignorarmos - como sociedade - um fato social que simplesmente pode vir a ser uma avalanche que pode – e deve – nos engolir a qualquer momento. É como uma chaga mortal, escondida por debaixo de nossos mais belos trajes.
Dizer que é isso mesmo, que não estamos nem aí, que tudo é uma questão de escolhas, ou, em uma visão mais invasiva, do quanto pior o sofrimento daqueles seres, melhor para a sociedade é fechar os olhos para uma realidade que a gente sabe que existe, mas que nunca estaremos dispostos a mudar, simplesmente pela questão do justiçamento (que é muito diferente de justiça). Ainda carregamos essa visão, internalizada pelos programas televisivos, que o criminoso para se recuperar precisa sofrer na própria pele a violência de seu crime. Ou que se matássemos todos que ali estivessem, o exemplo desse ato já seria o bastante para inibir um pretenso ato criminoso. Porém, o que não conseguimos refletir é que isso sempre aconteceu aqui no Brasil. As prisões estão dominadas por facções criminosas que produzem consequências devastadoras, seja para o Estado ou para o próprio preso, seja para a sociedade na manutenção desse sistema, que por sua vez, absorve isso e devolve com instintos discriminatórios, reduzindo assim a oportunidade na questão da ressocialização.
E, no meu modo de pensar, é justamente aí a raiz de todo o mal. Se analisarmos pelo lado social, não é preciso ir muito longe para enxergarmos qual a cor que enfeita as prisões e a que tipo de classe social essas pessoas pertencem. Indiscutivelmente, a grande maioria é negra, sem escolaridade e moradoras de bairros periféricos, onde não há orientação ou base educacional.
Desde muito cedo, essas pessoas, seduzidas por uma vida de criminalidade, onde as condições são mais favoráveis, aprendem que viver a margem da lei é talvez a única oportunidade de vida. São esses indivíduos que superlotam o Sistema Penitenciário. Não carregam em si uma importância que estimulem, enquanto cidadão, uma estrutura melhor para o cumprimento de sua pena com eficiência. Sendo assim, o ato da dignidade humana muitas vezes é violado e esse sujeito volta para as ruas (ainda muito mais imoderado do que entrou).
Não é preciso ser especialista para perceber que do jeito que está é impossível a recuperação de qualquer que seja o indivíduo. O modelo está saturado, desestruturado, completamente ultrapassado. Não há investimentos, nem interesse do poder público na questão da recuperação humana. Não há uma política séria nesse sentido, apesar de que muito dinheiro é despejado sobre os telhados do sistema. Simplesmente esses indivíduos são lançados dentro desse cubículo e o Estado apenas mantém o controle parcial de tudo, enquanto o sistema corrói como um câncer os orifícios inóspitos de nossa sociedade.
É preciso rasgarmos os tecidos que encobrem as nossas mazelas e buscarmos outras alternativas que possam aliviar essa trágica condição. Temos sim que punir. Se cometeu ilegalidade tem que ser responsabilizado por isso - com todo o rigor da lei, inclusive. Mas, como disse anteriormente é preciso oferecer uma estrutura adequada para que esse indivíduo possa cumprir com dignidade a sua dívida com o Estado, com a sociedade e com a justiça.
Fala tanto em EMPODERAMENTO
FEMININO,mas são poucos que
realmente lutam para as MULHERES,
CONQUISTAREM na SOCIEDADE o teu
devido PROTAGONISMO.
Geração atual e seus vícios
Corpos vazios que se orgulham,
Olhos com solidão perceptível,
No mundo de luxúria mergulham,
Amor verdadeiro se encontra invisível.
Anseiam por meio dos vícios pela cura,
Mas em tal caminho sua dor será eterna,
Seu coração conhecerá a dor pura,
A solidão será sua visão paterna.
A ignorância os torna tolos e insensíveis, Foco e visão do futuro é algo subestimado, Conforme aprofundam pior são os níveis, Depressão, ansiedade, entre outros, é o resultado.
Precisar de apoio nunca foi vergonhoso,
Não existe alguém superior ou inferior,
A resposta é igual, sendo jovem ou idoso, Nenhum vício apagará sua dor ou vazio interior.
Se meu sorriso aparece
quando a flor é posta
inda assim padece
pelos sem resposta.
Se vibro intensa pela
pequena possibilidade
inda assim, internamente,
me dói a
incapacidade.
Se vivo em confetes
pelo triz atingido
inda assim, me acomete
todo vivo matado
e morrido.
Se meu sangue chora
e, por vezes, sara
inda é cor de guerra,
inda me pinta a cara.
Se minha manga
fica presa na maçaneta
inda tenho pitangas
para os sem camiseta.
Se não encerro a festa,
se não paro a dança,
inda leio
floresta,
inda me mata o que lhes cansa.
Se a cor é bela
e a vida é forte,
inda vejo nela
a falta de suporte.
Se acordo querendo
dar tudo de mim pelo pingo
inda entendo a giganteza
de quem trabalha outro domingo.
Se agora preciso de um colo
ou outro sim,
não desconheço o subsolo
de quem nem sabe de onde eu vim.
Se preciso de uma pincelada
da sua empatia
nada me impede, ralada,
de ser também sua pia.
Se tudo o que peço
é um quase de paz
em meio ao meu mínimo turbilhão,
inda entendo cada jaz
e não comparo seu sermão.
Se deito com rosto molhado
e abro o sol com dente aberto,
ó, eu lembro do seu lado,
e meu sonhar segue desperto.
Se comemoro o vento da greta,
a montanha suada
e a facilidade;
inda lembro da sua marreta.
Sua alegria é lembrada
da minha dignidade?
Porque, ah, se tiro a meia
e sinto o mesmo alívio que seus pés
após tanta maratona…
não diminuo sua areia,
mas esquece, atés,
que chegaríamos mais rápido
seguindo a mesma fé cafona.
@vanessabrunt
Se as pessoas recebessem um salário digno, não seria necessário que o estado criasse um "salário mínimo".
Nós não ajudamos as pessoas por ser algo bonito de se fazer; nós o fazemos porque é a coisa certa a ser feita.
Realidade Indigesta
O quê que eu vou comer?
O brado retumbante cravado nas ondas sonoras do universo, meu estômago que fez gemer.
Como pode a clava forte a mão de um povo, linchar o meu direito de comer?
O quê que eu vou comer?
Se só me restaram essas lágrimas amargas pra beber.
Pegue o chão de cabeceira,
As estrelas de cobertor,
O frio por companheira,
A prece por um clamor.
Não reconheço esse bicho,
Atrás do dulçor da maçã revira lixo,
Pra não desmamar o menino e vê-lo crescer
Come, mesmo sem ter o que comer.
O quê que eu vou comer?
Uma reza
Me desperta na matina um banho de água fria,
Quem perdura na miséria não merece nem um bom dia.
O vazio e o soluço, queima mais do que azia,
Cadê aquele povo meu Deus?
Que tanto dizem ser dos seus e só falam de empatia?
O quê que eu vou comer?
Os rosto antes desnudo se veste na sujeira,
Os poucos dentes que restam só servem pra roer o osso,
Quem caiu no fundo do poço,
Não sorri pra qualquer bobeira.
O quê que eu vou comer?
Se até quem come, não consegue comer bem.
Quem muito tem, nada divide.
Quem pouco tem, partilha e transgride.
Quem nada tem, que a sorte duvide.
É difícil acreditar na invisibilidade que se constrói,
Parece que o ser em mim aos olhos deles se corrói,
Não sou visto, não sou quisto, nem parece que sou gente.
Mas se tem bom coração,
Joga um pão meu irmão,
Minha fome é urgente.
O quê que eu vou comer?
Um foguete no espaço
A adefagia em mim me iguala a um animal,
A miopia deles não os fazem especiais.
Quem sabe eu fique rico, ganhe um tostão a mais
Pra queimar em combustível das corridas espaciais.
O quê que eu vou comer?
Um pão ou uma poesia?
A Deus eu somente peço,
Que todo irmão tenha acesso ao pão,
Não enfrente um dia o quinhão
De não ser visto e virar verso.
Aleksandro Silva
"O Direito Previdenciário não trata apenas de benefícios, mas de dignidade. Defender um segurado é garantir que ele tenha o mínimo para viver, e isso não é favor, é direito!"
Para os que Virão: Parte X
A desigualdade não é um acidente da história, mas uma escolha repetida. Herdam um mundo onde riqueza, oportunidades e dignidade foram distribuídas como privilégios, não como direitos. Saibam: a justiça não brota por conveniência. Exige ruptura.
Não se enganem com discursos que culpam os pobres por sua pobreza ou glorificam o mérito em um tabuleiro desigual. A luta contra a desigualdade começa quando reconhecemos que ninguém é livre enquanto há pessoas reduzidas a números, corpos descartáveis, vozes abafadas pelo ruído do poder.
Seus antepassados combateram sistemas, mas muitos preferiram negociar migalhas em vez de redistribuir o pão. Não repitam o erro. Sejam radicais: eduquem, redistribuam, desmontem hierarquias. Não basta amenizar sintomas; curem a doença. A terra, o trabalho, o conhecimento tudo deve ser comum.
Desconfiem de quem diz "é assim mesmo". O futuro não é um destino, mas um projeto. Escolham: perpetuar pirâmides ou construir círculos. Lembrem-se: enquanto um existir de joelhos, a humanidade não estará de pé.
A luta é longa, mas a semente da igualdade só germina quando plantada com as mãos sujas de ação.
Por que o Brasil não se desenvolve por inteiro? Na economia, educação, saúde, habitação, segurança e alimentação, ficando sempre com muita desigualdade social?
Por que, principalmente em Brasília, a maioria daqueles políticos são uma amostra do que existe aqui embaixo: malandragem, pilantragem, "jeitinho brasileiro", que são contrários a qualquer ideia de desenvolvimento para o primeiro mundo.
As diferenças sociais são por si só as maiores facilitadoras tanto do sentimento quanto do próprio estado de exclusão!
A pior ilusão é a falsa aprovação daqueles que formam nossa bolha e cegam nosso entendimento sobre a real situação.
A Balança Quebrada da Justiça
A justiça, idealmente, deveria ser uma balança imaculada, cega às distinções sociais e pesando unicamente os factos. Contudo, para uma parcela significativa da população, a realidade manifesta-se sob um véu opaco, onde a clareza dos princípios é obscurecida pela disparidade de recursos e pelo aparente descaso. Observa-se, com frequência alarmante, que a robustez de um sistema judicial se dissolve quando confrontado com a vulnerabilidade económica do cidadão.
O acesso pleno e eficaz à justiça, consagrado em textos fundamentais, parece, na prática, submeter-se a uma interpretação elástica que favorece quem detém o poder aquisitivo. A complexidade intrínseca dos procedimentos legais, aliada à percepção de uma indiferença por parte de alguns profissionais do direito, transforma a defesa de um direito numa odisseia solitária e, por vezes, inglória. O aconselhamento apressado, a falta de comunicação ou a recusa em explorar vias de recurso legítimas, sob a justificação de valores ou prazos que, na verdade, não são absolutos, geram um sentimento de abandono e profunda injustiça.
A crença na imparcialidade do julgamento é corroída quando se testemunham sentenças que parecem ignorar evidências claras ou dar peso desproporcional a certas narrativas, em detrimento de outras. A ideia de que erros graves, ou até mesmo intencionais, possam persistir sem contestação eficaz, especialmente em esferas onde a "última palavra" deveria ser a verdade, é um golpe devastador na confiança institucional. O cidadão comum, ao confrontar-se com tal realidade, sente que a sua voz se perde num labirinto burocrático e que a "corda" inevitavelmente arrebenta para o lado mais fraco, deixando-o num estado de desamparo e desilusão profunda.
Este cenário levanta questões severas sobre a verdadeira equidade de um sistema que, apesar de seus ideais nobres, parece, na prática, privilegiar o poder sobre a razão e o recurso sobre o direito. A percepção de que a verdade material é sacrificada em prol da celeridade ou da conveniência de um lado, enquanto o outro suporta o fardo de uma condenação injusta, mina a própria fundação da justiça.
Rodrigo Gael
Torre de Babel
por Elian Tenebris
O Estado cresce como a Torre de Babel —
ergue-se sobre bases de sangue e enganação.
Tijolos de esperança, argamassa de convicções,
e a água que os une… lágrimas de fé.
Ergue-se assim, andar por andar,
uma torre que toca os céus
e separa seus níveis por classe.
Na base: o suor dos ignorantes,
ligados à fé e à crença
de uma justiça divina que nunca desce.
A tinta: sangue do oprimido e do doente.
A luz: a ausência do verdadeiro saber,
substituído por falácias econômicas,
que poupam energia — e consciência.
Os elevadores?
Apenas para os privilegiados,
que sobem sem sujar os pés,
sem carregar os próprios fantasmas.
As escadas?
Feitas de britas, cortam os pés
dos que ousam subir.
Amoladas por gritos e dores esquecidas.
Lá embaixo, os cegos construtores
olham para o alto —
o topo ofusca o brilho do sol.
Lá em cima, veem apenas nuvens,
sem olhos, sem ouvidos.
Apenas chicotes e uma fome que não cessa,
mas sentem a brisa que refresca
o quarto abafado da hipocrisia.
Cada andar tem seu servo:
escravizados pelo luxo
para não pisar nas escadas de pedra.
Aceitam, em silêncio,
o conforto que mascara a dor.
E eu, do chão, espero:
Que os inocentes despertem.
Que vejam, enfim,
que a Torre de Babel
nunca esteve de cabeça para baixo —
apenas erguida sobre o mundo virado.
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