O Frio Saudades
"A noite cai,
o frio me atravessa,
meu coração aperta...
ainda assim, respiro fundo
e acredito que amanhã será
um novo e maravilhoso dia.
Sei que é a Tua presença aqui... eu sei!".
O frio veio sem eu pedir e, junto com ele, o atrevido do meu tédio... Dias frios, coração batendo e a cabeça em mil lugares que levam a um só caminho...
O vento frio batia forte em meu rosto, o céu cinza me confortava e me dava mais coragem, pois fazia perder-me em lembranças de sonhos reais. A grama daquele penhasco já não era tão verde como das primeiras vezes que eu a vi, e as rochas, pareciam mais escuras e afiadas do que nunca. Meu pulmão, se enchia com o ar gélido daquele lugar, e com ele o cheiro de água salgada do mar escuro, que aguardava paciente, o último suspiro de mais um ser descontente.
Será que os poetas famosos também sentem um frio na barriga toda vez que colocam um ponto final, após tantas palavras serem despejadas incontrolavelmente em uma folha?
Será que eles já se sentiram incompreendidos, ou até sem noção, por colocarem tanta emoção em algo tão simples como um rastejar do grafite na superfície branca?
Será que eles me entenderiam?
Será que minhas guerras interiores fariam sentido para tais artistas?
Não passamos pelas mesmas coisas?
Queria poder publicar cada um de meus poemas.
Mas sei que detestaria lidar com as consequências.
Ja pensou que terrível ter que me explicar, após derramar todo meu coração em um pedaço de papel?
Como os alvos de minhas poesias reagiriam, sabendo que suas faces estão cravadas em meu caderno, em forma de letras e mais letras, rimas e mais rimas, lotadas de sentimento carregado?
Sinceramente, eu ficaria assustada. Iria querer ir embora, sem me despedir.
Fugir.
Engraçado, porque é isso o que sempre acontece. Consigo entender tal visão do acontecido.
Ameaçados por um pedaço de papel, com alguns rabiscos que fazem sentido.
Ameaçados.
Quer saber? Farei um poema sobre isso.
Vai que o sentimento de vazio queira ir embora, sem se despedir também…
Mais um fugitivo de minha listadeconvidados.
Há dias que não sei se o sol vai aonde
Forçando o frio a me corromper
Há dias que o sol nem sequer se esconde
Mas o seu calor não chega a corresponder
Se é que me faço entender
Perdoa-me se essa carta está com palavras borradas não são de choros
são do suor frio em escrever essa última
Sabe quando um frio percorre a sua espinha e, derrepente te dá aquele medo danado, você olha pra trás e percebe que já foi longe demais pra voltar e ao mesmo tempo não tem a menor ideia de onde quer chegar? Pois é, eu estou assim.
Sou como um dia normal.
Às vezes quente, caloroso
Ou insuportável.
Às vezes frio, aconchegante
Ou congelante.
Às vezes chuvoso, solitário
Ou nostálgico.
Mas nunca igual ao dia anterior.
Eu sinto um frio quando me lembro do passado e começo a bater queixo. Mas não é o frio do tempo é um frio por dentro daquele "eu" que se encolheu dentro de mim. Sozinha ninguém me fere , estar com alguém tira o escudo de proteção e a criança dentro de mim fica com frio , porque ela tem medo de não ser aquecida...
Insónias de frio -
Outono, manhã cedo,
tarde quente, ensolarada,
eu dormindo sobre o medo
e tudo igual de madrugada.
Tudo igual na vida,
noite fria, nevoeiro,
minha esperança perdida
e da morte nem o cheiro.
Da morte nem a sombra
que passa por quem leva
e åi de quem se esconda
de um destino que não chega.
Sempre chega, sempre vem,
numa tarde ensolarada
pois a vida vai e vem
numa eterna madrugada.
Você diz que me ama, mas diante de mim é mais frio que uma geleira. Nunca se abre, nunca sorri, sempre faz com que eu me sinta na obrigação de te impressionar.
Você ama ou apenas gosta?
Entre gostar e amar, a diferença é muito simples, só não se pode confundir.
Você diz que se preocupa comigo, porém sabendo onde me encontrar, nunca o faz. Não me venha com essa de “orgulho” porque quem ama de verdade não permite que esses pré-conceitos o impeçam de demonstrar... Não é assim que você quer ser especial, é? Porque se for, sinto lhe informar, mas as coisas não terminam bem...
Você diz que me ama e nunca se interessou em despertar esse amor em mim. Será que a criança sou eu?
Você diz que me ama, mas nunca me viu chorar. Foge. Finge não me conhecer. A tristeza é uma parte da minha essência. Se você não compreende meu momento de dor e não se oferece para secar meu pranto, como dizer que me ama?
Dizer é fácil. Ser amor não segue a mesma linha de raciocínio.
Diz que me ama e não faz o mínimo esforço para se aproximar de mim, fazer parte das minhas boas lembranças. Que raio de amor é esse, meu querido?
Ser poesia é mais que agrupar versos e pensar que é o grande e incompreendido poeta. É sentir e se expressar o melhor que pode, não importa quão breves sejam as estrofes. O amor segue em semelhante analogia. Se você não o sente de verdade, sempre haverá um motivo para recuar e não viver o que tanto diz. Com você é assim. Diz que ama e nem sequer sabe amar.
Será mesmo que a criança na história sou eu?
Desfrutamos o calor porque já sentimos frio, valorizamos a luz porque conhecemos a escuridão. E compreendemos a felicidade porque conhecemos a tristeza.
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