O Dificil Facilitador do Verbo Ouvir
Quero novamente
Quero novamente te acariciar,
explorar teu corpo...
Ouvir nossos gemidos, sussurros,
Nossos gritos...
Sentir sua boca tocando meus lábios,
nosso suor exalar todo calor,
todo esse desejo contido,
o entrelaçar das nossas línguas...
Que esse louco desejo nos leve
para o alto de uma montanha,
onde atingiremos algo delirante
e sem preconceito...
Aí retornaremos, devagar...
E todo esse desejo, essa atração fatal
nos mostrará que não existi nada concreto,
ou definitivo...
Que vivemos agora,
temos que respirar, nos alimentar,
nos nutrir de tudo que nos fortalece.
Que a paixão, o amor, amizade,
talvez não dure para sempre.
Mas, que a vida é agora e o importante é ir atrás daquilo que nos satisfaz,
nos realiza, sem hiproquisia.
Sermos leais com nós mesmo, sem ter que sacrificar ou ferir o próximo.
SETEMBRO DE 83
O inverno passou.
Finalmente setembro chegou
e o mundo parou apenas para ouvir a magia
ocasionada pela melodia de 83.
Eu me lembro que naquela manhã,
setembro, a primavera chegou sorrindo,
avistou, no despertar do dia,
o amor de uma mãe que concebia
aquele que seria a sua eterna melodia.
A primavera passou,
mas a melodia ficou
e encantou todas as demais estações,
provocou em todas elas as mais latentes emoções.
Depois de setembro de 1983
os pássaros já não mais se assustavam com os raios do sol,
com as tempestades de final da tarde
ocasionadas pelo fervor do verão,
apenas seguiam a canção.
Os pássaros já mais nada viam,
apenas voavam pelos céus encantados pela melodia,
pela sinfonia,
pela magia de setembro de 83.
As cores das flores no outono se modificaram
depois daquele setembro.
Os girasois refletiam pontos de sol no horizonte.
As Orquídeas brancas
pareciam pombas presas ao solo.
As rosas vermelhas eram como corações ardentes de paixão.
O verde das folhas tinha a mesma forma das gotas de orvalho.
O canteiro de Tulipas amarelas, vermelhas e liláses
formava um arco Iris fincado à terra.
O outono passou,
o inverno chegou,
mas a sinfonia de setembro ficou e aqueceu aquela mãe
que sorrindo alimentava a melodia
que para sempre seria o seu grande esplendor.
A primavera voltou,
setembro retornou com ela,
mas desta vez algo havia mudado,
sim havia,
ocorre que a melodia havia se apaixonado pela fantasia,
razão pela qual partiu e ninguém viu.
O mundo inteiro então se espantou
e em prantos se calou,
pois ninguém,
nem mesmo o vento cantou,
infelizmente a Melodia jamais voltou.
A primavera então ordenou que setembro
voltasse a reproduzir aquela canção,
mas o que a estação não sabia
é que nem mesmo o tempo,
quem derá setembro conseguiria reproduzir a melodia,
que nasceu daquela mãe, naquela manhã, no dia 01 de setembro .
Cantar com a alma, e com o coração, transforma o dia de uma pessoa, muito mais calmo ao ouvir a musica.
E diante do tão aconchegante e tranquilo silêncio, volto a ouvir, novamente, aqueles sussurros, que de leve, invadem o meu intimo. Transformando assim, aquilo que nem eu mesma pude identificar a sua real serventia, em pequenas ruínas de existência.
Com os olhos fechados tento ver o que eu apenas posso sentir através das escuras e sombrias pálpebras. Que me transportam para algum lugar entre a multidão. E através do nada em meu interior, por descuido, encontro o tudo.
Ao abrir os olhos, percebo que aquele sussurro era, de fato, o seu sussurro. Aclamando o meu nome em meio à tão tumultuada e confusa, multidão de vozes gritantes.
Tento mais vezes lhe encontrar, porém, os meus olhos não veem nada além da escuridão e do silencio. Me movo de lugar, saio para fora, cheiro o seu perfume em meu travesseiro. Mas nada. Ele sumiu, foi embora e eu nem pude responder o seu aclamo.
Me sinto uma fracassada, procurando a morte a cada segundo, a cada passo...
Dias se passam e horas também, e então, como se fosse a última vez que pudera sentir meus cílios se movendo, fecho meus olhos. Deixando para trás tudo que me fazia feliz e levando apenas memórias incrustadas em minha mente, com uma leve brisa de tristeza envolvendo meu corpo.
Saio perambulando em caminhos distantes, como se eu não existisse. O tempo não passa. Não encontro nada, além da duvida. A tão cruel e dolorosa dúvida.
Sento-me no chão, pouso meus braços sobre minhas pernas, tento dar vida às lágrimas. Mas elas não surgem, trazendo de volta apenas o pânico do silêncio. Do tão aconchegante e tranquilo silêncio.
Sem sentir nada, além da tristeza, fecho novamente meus olhos, como se eles fossem uma passagem para o infinito. E outra vez do nada em meu interior, no mais profundo descuido, encontro o tudo.
A sua voz doce e macia sussurrando em minha mente. Levitando-me no azul do céu, tão claro como a cor de seus olhos... Tudo estava perfeito, mas era necessário voltar a mim mesma.
Ao abrir novamente meus olhos, fecho-os no mesmo instante.
O suor invisível percorre meu corpo...
Será que ele realmente voltou para me buscar?
Não. Ele não voltou. Eu que fui até ele. Deixando tudo e todos para trás, até mesmo minha vida. A tão longa e passageira vida.
Que melhor resolução poderíamos tomar, na chegada do Ano Novo, do que a de ouvir nossos próprios desejos, que são meros mensageiros e nossas almas, e ter a coragem de obedece-los?
"Não...não quero ouvir você dizer que é ilusão!
Quem 'vê cara' não enxerga o coração...
Pra que negar amor e viver com a solidão?
Se você é minha flor e eu sou o teu chão?"
Dizer "eu te amo"
Não são as palavras que quero ouvir de você
Não é que eu não queira que você diga
Mas se você apenas soubesse
Como seria fácil mostrar-me como você se sente
Mais do que palavras
É tudo o que você tem que fazer para tornar isso real
Então você não precisaria dizer
Que você me ama porque eu já saberia
Alma prolixa
Oh, alma minha
prolixa ao extremo
não consegue ouvir nada
quando o coração clama
desejos infinitos
silencie...
medite um pouco
ouça...tente ouvir
o murmurar da alma
bem lá no fundo
teus verdadeiros sentimentos
Lábios pronunciam palavras
belas...
os mais profundos desejos
profanos momentos
instantes de puro prazer
Silencie mais uma vez
relaxe...
tranquilize o teu ser
que ainda é humano
e sonha...
inventa momentos intensos
invadindo corpos alheios
a paixão está aqui
agarre-a sem pensar
hipnotize-a com palavras
com atitudes infinitas
e desejos do teu ser
não deixe escapar nada
é chegada a hora
o tempo exato de viver
caminhar junto...
viver novos instantes
sem pensar num novo amanhecer.
(Fouquet, 27 de maio de 2010)
A maior reverência que podemos ter a palavra de Deus é ouvir e praticar. Não consiste apenas no levantar de um culto, mas inculcar no nosso coração e executar na nossa vida.
Saudade
Este telefone que não toca.
Eu ansioso par ouvir a tua voz.
Se te ligo sofro mais ainda.
O meu coração que chora.
Menina dá uma chance para nós.
O tempo longe de te insiste em não passar.
A angustia toma conta do meu ser.
Menina liga para mim.
Acaba de vez com este sofrimento.
Eu sou um homem a sofrer.
Liga para mim.
Já que você insiste em não me atender.
Quem não usa o senso crítico para ouvir e não usa o bom senso para falar geralmente comete injustiças.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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