O Copo Nao esta meio Cheio

As crianças acham tudo em nada, os homens não acham nada em tudo.

O que fizeste para a mulher, isso ela pode esquecer, mas nunca esquecerá aquilo que para ela não fizeste.

Quem já esteve na Lua já não tem mais metas na Terra.

Covarde é aquele que não abre novos caminhos na vida, nem emprega as suas forças para enfrentar os obstáculos.

A filosofia que cultivo não é nem tão bárbara nem tão inacessível que rejeite as paixões; pelo contrário, é só nelas que reside a doçura e felicidade da vida.

Ao longo da tua vida tem cuidado para não julgares as pessoas pelas aparências.

Se a morte fosse um bem, os deuses não seriam imortais.

Depois da morte não há nada e a morte também não é nada.

Um homem pode ser destruído, mas não derrotado.

Não desprezes a morte; dá-lhe boa acolhida, como a uma das coisas que a Natureza quer.

Muitos cuidam da reputação, mas não da consciência.

Vivam os meus inimigos! Eles, ao menos, não me podem trair.

Se a criança é um porquinho, quando adulto não poderá ser outra coisa senão um porco.

É muito fácil viver com pouco desde que a pessoa não gaste muito para ocultar que tem pouco.

O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso...

Não existe nada tão raro como um homem inteiramente mau, a não ser talvez um homem inteiramente bom.

Não se deve indagar sobre tudo: é melhor que muitas coisas permaneçam ocultas.

Hoje, não poderia conceder demais à minha desconfiança, visto que, agora, não é tempo de agir, mas apenas de meditar e de conhecer.

Fumo

Longe de ti são ermos os caminhos
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos

Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos cariciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinho

Os dias são outonos: choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredo
Invoco o nosso sonho, entendo os braços

e é ele oh meu amor, pelos espaços
fumo leve que foge entre os meus dedos.

A minha liberdade não deve procurar captar o ser, mas desvendá-lo.