O Amor Esquece de Comecar Fabricio Carpinejar

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A saudade tem prazo de validade.

Não pode permanecer muito tempo guardada.
Não pode permanecer muito tempo não sendo correspondida.

Depois de aberta e fora do convívio, assim como o leite, a saudade azeda. E não há memória refrigerada para conservá-la.

Quando passa da hora, aquela falta ansiosa e comovente é capaz
de se tornar ironia e sarcasmo.

O suspiro se transforma em ofensa – nos enxergaremos tolos e burros
por confiar cegamente em alguém e esperar à toa. Reclamaremos nossa idiotice por termos feito uma vigília em vão, por termos esquecido de viver.

Já não queremos que o outro volte, já desejamos que ele nunca mais apareça em nossa frente. Violentaremos as lembranças, fecharemos a reza.

A ternura de antes será trocada pela raiva de não ser atendido. Mudaremos a personalidade de nossa conversa, de doce para ácida. Pois o segredo (a saudade é um segredo!) que nos alimentou durante meses não fora respeitado.

Infelizmente, a saudade apodrece.

Quando deixamos de pedir a presença para cobrar a ausência. É sutil o movimento. Toda a atenção dedicada ao longo de um período começa a ser vista como desperdício. Não aconteceu retorno das juras, nem o estorno das expectativas.

Você mandou centenas de mensagens, renunciou saídas com amigos e bares, teve uma vida discreta e fiel, só para honrar uma despedida, e percebeu que, no fim, sempre esteve sozinho na saudade.

Saudade é como o amor. Perece quando não é a dois.

Aliás, quando a saudade não é a dois, deixa de ser saudade para se descobrir solidão.

A saudade é o que guardamos do amor para o futuro. É o que
deixamos para amar no futuro.

Nada dói tanto quanto um amor que não vingou após os cuidados do plantio.

Nada dói tanto quanto a saudade que envelhece, uma saudade que definhou pela indiferença, que não foi valorizada pela nossa companhia, que não desembocou em festa.

Nada dói tanto quanto promessas feitas gerando ressentimento.

A saudade não é eterna. Acaba quando percebemos que o amor era da boca para fora, que a urgência era interesse, que a necessidade era falsa.

A saudade é uma esperança de amor. Precisa ser consumida rapidamente, não mais que três meses. Senão, nos consome e nos estraga.

"Delicadeza não se ensina, é diferente do respeito. Delicadeza é temperamento, não se obtém com a idade, não é uma promoção da sensibilidade, não vem com a educação ou com a imitação dos pais. Delicadeza é um defeito maravilhoso, uma entrega irreversível. É uma loucura do bem, uma paranóia sadia. Oferecer mais do que foi pedido, oferecer-se à toa. Sucumbo diante da delicadeza: a delicadeza é gentileza refinada."

MUDAREMOS SIM!!

Era aquele que dizia que não bebeu nada, apesar do bafo de cerveja.

Era aquele que dizia que não fumou, apesar do cheiro de cigarro.

Era aquele que dizia que não pegou as chaves, apesar de ter sido o último a sair com elas.

Era aquele que negava antes de ouvir a pergunta. Das situações mais triviais às mais complexas.

Desprezava as pequenas mentiras. Acreditava que representavam lapsos necessários, pequenas omissões imprescindíveis para viver a dois.

Eu me transformei por amor. Busco ser honesto sempre, assumindo as mancadas e as falhas.

Mentir não me tornava imperfeito, mentia porque não admitia errar. Não aceitava arranhar a minha imagem. Somente mente quem se julga perfeito, e quer esconder seus vacilos.

Atravessei um tabu de décadas, deixei para trás antigas crenças que não entendo de onde tirei.

Todo homem é conservador e resiste às metamorfoses. Até se apaixonar.

“Não vou mudar”, portanto, é uma frase falsa. Apague de seu vocabulário.

Por amor, mudaremos sim. É só mudando que amadurecemos.

Por amor, nos revolucionamos sim.

Pode vir com sua teimosia, com seu orgulho, com sua arrogância, afirmando que é imutável, que não mexerá em seu temperamento, que tem seus hábitos, que foi assim toda a vida, mas mudará sim.

A convivência influencia, abre as ideias, destrói intolerâncias, força a mutação emocional.

Amor é exceção. É quando praticamos a exceção. Pode deixar as regras para os outros.

Quer uma maior declaração do que tentar fazer o que não admitia ou apreciar o que recusava?

Se você mantinha distância de água, por amor fará natação.

Se você alertou que jamais dirigiria um carro, por amor entrará numa autoescola.

Se você alimentava horror de avião, atravessará o oceano atlântico de seu medo.

No relacionamento que dá certo, promessa não é maldição. Ainda que tenha lavrado verdades no cartório, elas serão lavadas dentro de casa: vão desbotar, vão amarelar, vão desaparecer.

Já vi gente parar de beber, parar de fumar, parar de trapacear, parar de trair.

Vícios são abolidos, virtudes são regeneradas: mudaremos sim.

Encontraremos coragem no olhar terno e confiante de nossa esposa. Localizaremos vontade na cumplicidade ingênua do filho.

Mudaremos sempre. Mudaremos vários fins enquanto não vem nossa morte.

⁠Amizade requer coragem para dizer ao amigo que ele está errado e gentileza para ele não se sentir culpado.

Você só aprende a selecionar os amigos depois de ter confiado em quem não devia.

⁠Brilhar é reflexo dos outros. Iluminar é luz própria.

Não quer constrangimento? Me traga alegria.

Ele começou a suspirar devagar para não chorar. O suspiro é o choro da boca.

ATÉ O FIM

Nunca toque numa mulher por tédio. Nunca toque uma mulher por tocar. Nunca toque uma mulher para completar uma palavra ou ocupar um silêncio.

Nunca toque para apoiar os medos, cobrir mágoas, equilibrar a nudez.

Nunca toque uma mulher por vingança, por carência, por controle.

Não toque se não pode andar na imaginação, se não tem vontade de segurar sua mão enquanto arde, de emparedar a respiração com os olhos.

Não toque se não está disposto a sofrer, se não está disposto a curar o sofrimento.

Nunca toque uma mulher por imprecisa hospedagem, para breve visita das pálpebras.

Toque se quiser morar, se quiser naufragar pelas janelas, se quiser morrer de ansiedade.

Não toque se não deseja, se não assumiu a ponta dos lábios nos dedos.

Não acorde o corpo de uma mulher se não irá acalmá-lo depois. Não importune a mulher se não sonha em laminar o rosto em sua pele.

Não convoque os seios para despistá-los. Não prenda a cintura se não mergulhará no cheiro.

O toque é uma promessa. Não se esvazie na repetição.

Não toque se resta dúvida, não toque se vem desistindo da relação.

Não toque uma mulher por luxo, para experimentar uma fantasia, para justificar uma ideia.

Não toque uma mulher porque não tem nada a fazer, se pensava em outro lugar.

Não toque uma mulher por vaidade, para testá-la.

Não toque para apenas para se deleitar com o prazer do suspiro, pela glória de vê-la excitada.

Não toque uma mulher à toa, por brincadeira, por maldade.

Não desonre a suavidade com a falta de firmeza.

Não toque se não precisa, se não tem urgência. Até a preguiça tem urgência.

Não toque se não ficará mais tempo, se não pode conversar, se não há como gemer.

Não se sinta melhor do que o tato.

Não se aproxime se não busca deitar. Não deite se não busca acordar. Não mexa se não tem como enlouquecer.

Não finja que não chamou, não minta que não ouviu.

Não simule pergunta para fugir da resposta.

Não menospreze a frustração.

Não cumprimente se não abraçar, não abrace se não roçar.

Não toque numa mulher por obrigação, para mostrar virilidade. Não a incomode com os beijos se não pretender soprar os ouvidos.

Não desperte as contradições, os tremores, se não pretende seguir adiante.

Nunca provoque uma mulher se não vai comê-la.

Mas o apaixonado e o indiferente são parecidos na primeira noite. O apaixonado se manda porque não suportou tanta beleza, encontrou-se atordoado, dependente, comovido, incerto, vacilante, receoso do seu futuro.

Não se preparou para viajar tão longe em seu desejo, estava vestido para atravessar apenas o tempo de uma noite. Não arrumou as malas de sua memória, partiu desprotegido com a roupa do trabalho.

Quando nos descobrimos amando, a primeira noite é terrível. Se você estava bêbado, logo recupera a lucidez — o amor é a mais cruel sobriedade.

Inserida por remarco

Baixa-se o rosto para levantar o verbo. É necessário mais coragem para escrever do que falar, porque a escrita não depende só de ti. Nasce no momento em que será lida.

Inserida por anynha_silva

Ando em linha reta porque o meu coração guarda alguém em suas curvas.

Inserida por pensador

Quando o riso doí
Faremos alguém feliz quando descobrirmos que ele pode ser feliz também em nossa ausência. Quando o amor abdica da aura de condenação.

As ameaças românticas sempre giram na subtração do contentamento com a distância. Se quem amamos não está conosco, será infeliz.

Pois o riso do outro, sem a nossa presença, significaria que ele não nos valoriza, identificado como dispensa, alta traição, insensibilidade diante da dedicada dependência. Sentimos ciúme desproporcional, a ponto da gargalhada sem a nossa autoria doer como uma lágrima.

Não é verdade, o nosso par é capaz de ser bem feliz separado.

Há o desejo perverso de que o outro se dane afastado. Mas é uma ansiedade infantil de possessividade.

Não somos a única fonte de felicidade de uma pessoa. Ela foi feliz antes de nos conhecer e será também depois. Esta noção salva casamentos, elimina restrições e chantagens, acentua o livre-arbítrio, valoriza a relação.

Não é que ela está comigo porque não consegue ser feliz longe, é que, mesmo podendo ser feliz longe, ainda é mais feliz comigo.

Somos a melhor opção, não a única. Somos a companhia predileta, não a que restou.

O certo é se enxergar o destino de uma alegria, em vez de sua viciada origem.

No momento em que condicionamos o bem-estar, prosperamos o pânico. Funda-se a convivência pelo medo de perder o que se tem, jamais pela confiança de ter sido escolhido e eleito todo dia.

Não podemos sequestrar a felicidade do outro no casamento ou no namoro, como se fosse nossa, como se só dependesse de nossa proximidade, vinculando a alegria ao egoísmo dos laços.

Maturidade é ser indispensável justamente por deixar a porta aberta.

Inserida por lubaffa

Complicado o negócio de ser feliz. Desisti, portanto, de minha felicidade para deixar os outros felizes. Abri mão das coisas. […] Eu não pensava em minha felicidade. Nem que a tinha escondido para nunca mais rever. Já não me lembrava onde estava: atrás de que livro? Que autor? Qual estante?”

Inserida por LariPoffo

Dane-se a fila

O que sou não deve ser regra de convivência. O que sou morre comigo.

Descobri que amar não é fazer com que o outro siga meu ritmo insano.

Isso é ditadura.

Amar não é puxar a namorada para o nosso fôlego, não é arrancá-la de seu temperamento e forçar semelhanças.

Isso é indiferença.

Amar não é punir atrasos e castigar descompassos.

Isso é tortura.

Amar não é ameaçar com frases egoístas como “A fila anda”. É o contrário: é perder o lugar na fila, é ceder seu lugar na fila, é regressar ao início da fila.

Amar é estranhamente recuar. É encurtar as pernas para melhor passear, alongar os braços para melhor entrelaçar os dedos.

O apaixonado não impõe seu temperamento, acostuma-se a caminhar diferente, olhando ao lado. O lado passa a ser a nossa frente. Quem nos ladeia é o nosso horizonte.

Surgirá um contratempo de sua companhia, uma dificuldade inesperada e se verá contrariando seus planos para ajudar – só tem pressa quem não tem urgência.

Amar é proteger mais do que avançar, é cuidar mais do que atingir objetivos, é apoiar mais do que se vangloriar da distância.

Foi a minha avó Mafalda que me explicou. Ficava muito irritado pelo seu trotear na Rua Corte Real. Era velhinha, manca e, além de tudo, distraída. Ela me obrigava a

participar de sua andança fisioterápica depois do almoço. Um quarteirão correspondia a queimar calorias de quatro quilômetros.

– Meu neto, é bom acompanhar um familiar doente, pois amar é ir aos poucos, é lentidão por fora e interesse por dentro – ela dizia.

Não fazia lógica para mim. Amar parecia voar, correr, atropelar. Amar significava velocidade, superação, afoiteza. Amar traduzia liberdade, transgressão, não se

intimidar com os limites.

Eu me enganei, vó.

Seu andar miúdo, pequeno, de bengala, pesando cada pé no chão, me ofereceu uma aula emocional.

Nenhum casal corre de mãos dadas.

Amar é aguardar se necessário, voltar atrás se preciso, criar um novo passo para atender os dois.

Se fui apressado para conquistar minha mulher, agora devo ser lento, estar com ela é meu destino.

Inserida por paulabeloto

A alegria não esfriou minha carne. Eu não sei controlar a medida do açúcar no café, o peso da xícara, muito menos dosar o afeto, a amizade, o amor, a raiva, o despreparo. Começo pelo final para não ter dúvidas do início.

Quando ia dormir e era do tamanho do que imaginava, escutava os adultos falando na sala de estar. Eles falavam baixinho. Meus ouvidos caminhavam na ponta dos pés para escutar as conversas. Acho que minha audição se esforçou tanto para reconstituir os assuntos sérios e proibidos que não teve forças para voltar para cama.

Havia uma fresta no porão que dava ao jardim. Durante duas semanas, cavei com uma colher de sopa o cimento para aumentar meus olhos. Fiz uma lâmpada no muro. Passava pela fenda odores de fungos e musgos. Até hoje não diferencio os cogumelos venenosos dos sadios.

Como descobrir o que mata sem morrer um pouco por vez?

Inserida por katiacristinaamaro

É me acomodar no avião e já adormeço. Nem espero o comissário fechar as portas.

Durante conexão de Galeão para Salgado Filho, escorado na janela, pronto para babar, escuto uma mulher chorando na poltrona da frente.

Sempre vou acordar quando ouvir uma mulher chorando. Meu sono não resiste a mulher chorando.

Ela soluçava ao telefone:

– Você disse que a gente moraria junto depois que terminasse seu treinamento. Você mentiu, você só está me enrolando com promessas. Promessa dói. Esperança dói.

Não alcançava qual o contexto da conversa, mas sua frase produziu muito sentido.

Esperança dói!

Eu quase chorava junto. Ela estava coberta de sentimento mais do que coberta de razão.

Concordava com ela: não minta com esperanças. Minta com qualquer outro sentimento, menos com esperança. Não ofereça esperança se não acredita na relação.

Pense bem antes de falar, pense se realmente deseja cada verbo. Cuidado com aquilo que sonha em voz alta.

Todas as palavras são estrelas cadentes. Prometer é sério, prometer é se comprometer.

Não adianta dizer que só falou, alegar que não fez nada de errado e lavar as mãos no vento. Falar é fazer.

Entenda que a esperança é o que mais machuca. Não há maior tortura do que gerar esperança em vão: é oferecer para tirar.

Não estimule projetos se não está disposto a cumprir, se não é sincero, se não é verdadeiro.

Não diga da boca para fora pelo prazer da hora, pelo romantismo, pelo arrebatamento.

Imaginar já é concretizar. Se não tem segurança com sua companhia, não iluda. Não fique fantasiando casa própria, filhos, cachorro, viagens ao Exterior. Não insufle o porvir para agradar. Não disfarce o pouco sentimento com a eternidade. Não chame o futuro impunemente. Não apele para a emoção à toa.

A fantasia é uma responsabilidade do casal. Pois o amor é o que se vive somado ao que se conversa somado ao que se planeja.

Ao fortalecer intenções, permite que ela ou ele passe a esperar dali por diante.

Somos crianças no amor, ansiosas pela confirmação das expectativas. Enxergamos o que imaginamos, trabalhamos para conseguir o que imaginamos.

Esperança é também parte importante do namoro. Esperança é também lembrança do namoro. Esperança é também memória do namoro. Esperança é também realidade do namoro.

O que foi idealizado a dois é um patrimônio da intimidade, um marco da confiança.

Ninguém sofre numa separação por aquilo que aconteceu, sofrerá por aquilo que não vai mais acontecer. Sofrerá pela perda da esperança mais do que pela perda do amor.

Inserida por carolfc86

“Quando você descobrir que não precisou inventar a mulher que você ama, que ela existe com toda telepatia e compreensão que jurava jamais testemunhar, você olhará o passado com empatia e sincero perdão. Será generosamente imprevisível. Não mascará fofocas, apagará os desaforos, conhecerá a gentileza de dia e o cuidado de noite. Derramará em seu sangue uma overdose de ternura. Seus olhos estarão empilhados de estrelas. Os engradados das árvores estarão sendo abertos pelo jorro da luz. O amor é libertador, o amor é a redenção fiscal, o amor de verdade expira as sentenças.”

Inserida por brunapinho

NÃO DECIDIR É UMA GRANDE DECISÃO

Desejamos ter o controle dos fatos, mandar no curso dos acontecimentos, demonstrar poder e se antecipar ao pior. Mas, em alguns momentos, não decidir é a melhor decisão que a gente pode tomar.
Decidir nem sempre nos ajuda. Decidir pode ser burrice, não independência. Decidir pode expressar o nosso egoísmo e vamos nos arrepender logo em seguida. Decidir pode ser a ânsia de se livrar daquela chatice, daquela adversidade. Decidir pode ser apenas desistir.
Não custa nada esperar dois dias, tenta entender por que está sentindo tanta raiva, amadurecer a opinião para não se machucar e não machucar ninguém, cicatrizar o mal-estar com silêncio. Não custa nada levar o assunto para roda dos amigos, para o terapeuta, ouvir o conselho de quem já passou por situações parecidas.
O mais difícil na vida não é jogar a pedra, mas manter a pedra no chão.

Inserida por marrycamargoo

" Não se preocupe, essa angústia que você está sentindo vai passar, a saudade vai acabar. Eu sei que agora parece que o mundo conspira contra você, mas ele gira e em um giro desses tudo pode mudar. Então não desista, sorria. Você é mais forte do que pensa e será mais feliz do que imagina."


"Liberdade na vida é ter um amor pra se prender. A gente reclama muito da dependência, mas como é maravilhosa a dependência! Confiar no outro. Confiar no outro a ponto de não somente repartir a memória, mas repartir as fantasias. Confiar no outro a ponto de esquecer quem se foi, sem que o outro esteja junto. É talvez chegar em casa e contar seu dia e só sentir que teve um dia quando a gente conta como foi. É como se o ouvido da outra pessoa fosse nossos olhos. Amar é uma confissão. Amar é justamente quando o sussurro funciona muito melhor do que um grito...”

Inserida por carlinharios