Nunca te Irrites

DA OBSERVAÇÃO

Não te irrites, por mais que te fizerem
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio.

Não te irrites se te pagarem mal um benefício: antes cair das nuvens que de um terceiro andar.

Não te irrites, por mais que te fizerem
Mantenha sempre a calma
Farás assim do mal que te querem
Doce alimento para alma.

Não te irrites se quem te procura,
se quem te vem falar,
não consegue traduzir
o tumulto que traz consigo...
Mais importante
que escutar as palavras
é adivinhar as angústias,
sondar o mistério,
escutar o silêncio...

Não te irrites com o frio pois ele pode criar a oportunidade de um aconchegante abraço.

Da próxima vez que ouvires o canto do vento ao seu passar, não te irrites nem te banhes na ira por seu canto não decifrares! Prima antes na tecla do silêncio, para aos outros sua ignorância não mostrar.

Não te irrites com as colocações alheias. Nem sempre ouvirás aquilo que gostarias.

Não te irrites, muitas vezes a capacidade de entender se limita aos fatos.