Nunca me Levou a Serio

Cerca de 77016 frases e pensamentos: Nunca me Levou a Serio

⁠Veio o vento... soprou...soprou... varreu e levou embora tudo aquilo que não era pra entender... renovou!

Inserida por JuhAlma

⁠"VENCENDO NA VIDA: se você está indeciso ou levou um tombo, não fique por muito tempo olhando para o chão, levante a cabeça, empine a coluna e siga em frente, sem devaneios; porque não há vitória sem luta, sem sofrimento"

Inserida por Ademarborba46

⁠CAOS



Em algumas circunstâncias da vida o mundo fundiu-o sobre uma grande fração que levou o ser humano a se limitar sobre uma noção de viver a própria vida que se esvazio condutiva mente sobre a dura realidade da vida que fez o homem acreditar no vazio da morte que lhe cercou profundamente seus passos e caminho que se parecia tristonho que se o confundi com a noção de viver e fez morrer seu lado mais claro e otimista de conhecer a vida que foram muitos que se afogaram na simplicidade da vida deixando em conta a honestidade de lado e a confiança desatinada que o fez se destruir sobre grandes magoas e desespero de alcançar a plenitude de viver e ser feliz como poucos que conseguiram sobressair na vida em quanto muitos seres obstinados pela farsa e loucura que sempre fez o ser humano não se reconhecer com a verdade da vida em quanto a sociedade marchava lentamente como uma flecha há levar o ser humano a acreditar no desamparo e desequilíbrio moral que sempre fez deturpar a mente e moral dos seres humanos que sempre se alienaram com mas tolices e fraquezas que sempre fez dispor as meras intenções dos seres vivos sobre a indisciplinada vida que conseguiu se alienar sobre uma natureza doente de acreditar que o mundo talvez não seja ou esteja perfeito e que a vida é reação diversa de uma luta sobre varias realidades e desigualdades que sempre fez o ser humano existir e persistir atrás da vida entre seus afetos e desafetos que sempre tocou a vida do homem como uma obrigação de se conservar e se limitar adiante de uma clarividência que relativamente possamos algum dia compreender certas bases e manobras da existência e combate pela vida em quanto o tempo nos limita sobre um vasto vazio de entendimento que nos faz crer na soberba morte e no silencio do destino que nos cerca profundamente em conjunção da vida e da morte relacionando com as meras intenções e relações sociais e morais que sempre afligiram o ser humano na vida que se formalizou, concretizou e estabeleceu certas normas e compromissos com a real liberdade de viver e ser feliz em quanto o mundo se resfria e esquenta sobre varias dinâmicas e desafetos construídos do bem e do mal e assim se classificam na vida entre uma relação com a natureza do ser humano que nasceu, cresceu e morreu adiante de uma simplicidade equivalente a construção e destruição da vida quanto ao universo que repulsa como uma rotação e translação nos planos matérias e espirituais causando um efeito contraditório ao ser humano que se caracteriza com o tempo e o espaço lhe dando saídas e fugas de se estabelecer entre todos os planos e propósitos da vida social um grande reconhecimento moral e passivo que nos faz viver e controlar as deste méis leis da vida com os planos matérias e espirituais e assim a vida se vai ao longo dos tempos se voltando e trazendo sobre uma grande trajetória uma saliente questão que fez o homem entender e lutar por todos os seus afazeres que lhe conservam em um mar de trabalho sobre um grande tempo que ficara marcada e gravado pela sua maneira de ser e crescer travando com a vida e assim se liberou o caos de uma natureza guardada no tempo que em um vazio primordial de caráter informe, ilimitado e indefinido, que precedeu e propiciou o nascimento de todos os seres e realidades do universo.
Em algumas circunstâncias da vida o mundo fundiu-o sobre uma grande fração que levou o ser humano a se limitar sobre uma noção de viver a própria vida que se esvazio condutiva mente sobre a dura realidade da vida que fez o homem acreditar no vazio da morte que lhe cercou profundamente seus passos e caminho que se parecia tristonho que se o confundi com a noção de viver e fez morrer seu lado mais claro e otimista de conhecer a vida que foram muitos que se afogaram na simplicidade da vida deixando em conta a honestidade de lado e a confiança desatinada que o fez se destruir sobre grandes magoas e desespero de alcançar a plenitude de viver e ser feliz como poucos que conseguiram sobressair na vida em quanto muitos seres obstinados pela farsa e loucura que sempre fez o ser humano não se reconhecer com a verdade da vida em quanto a sociedade marchava lentamente como uma flecha há levar o ser humano a acreditar no desamparo e desequilíbrio moral que sempre fez deturpar a mente e moral dos seres humanos que sempre se alienaram com mas tolices e fraquezas que sempre fez dispor as meras intenções dos seres vivos sobre a indisciplinada vida que conseguiu se alienar sobre uma natureza doente de acreditar que o mundo talvez não seja ou esteja perfeito e que a vida é reação diversa de uma luta sobre varias realidades e desigualdades que sempre fez o ser humano existir e persistir atrás da vida entre seus afetos e desafetos que sempre tocou a vida do homem como uma obrigação de se conservar e se limitar adiante de uma clarividência que relativamente possamos algum dia compreender certas bases e manobras da existência e combate pela vida e quero agradecer a todos aqui pelo meu introito que mostro uma descrição bem analítica sobre um grande propósito que fez o ser humano se conservar em varias definições que lhe imponde certas maneiras de viver e como a vida lhe transcendeu e muito obrigado a todos!
Por: Roberto Barros

Inserida por ROBERTOBARROSXXI

Se eu o fizer, vão superar em alguns dias o fato que foi motivado por algo que levou uma vida para ser superado.

Inserida por victorioelom

⁠Antes de questionar uma ação se pergunta o que levou para ter esta reação.

Inserida por valdirene_pereira

⁠Eu te amei menino como eu amei,
Mas você levou consigo a dor do passado.
Sangrou em mim as suas feridas abertas,
E preferiu partir sem lutar ao meu lado.
Eu tentei mudar o que nos atrapalhava,
Mas você não teve maturidade para ver.
Preferiu fugir e deixar para trás,
Aquilo que um dia fomos capazes de ter.
Mas eu ainda lembro dos momentos felizes,
Das risadas e dos sonhos que sonhamos juntos.
E mesmo com a ferida aberta em meu peito,
Ainda guardo em meu coração nossos momentos mais incríveis.
Se um dia você amadurecer e voltar,
Levarei comigo a esperança de que possamos lutar.
E quem sabe assim, juntos possamos crescer,
E finalmente nossas feridas possamos curar.

Inserida por MrCirilo

⁠Eu te amei menino como eu amei,
Mas você levou consigo a dor do passado.
Sangrou em mim as suas feridas abertas,
E preferiu partir sem lutar ao meu lado.
Eu tentei mudar o que nos atrapalhava,
Mas você não teve maturidade para ver.
Preferiu fugir e deixar para trás,
Aquilo que um dia fomos capazes de ter.
Mas eu ainda lembro dos momentos felizes,
Das risadas e dos sonhos que sonhamos juntos.
E mesmo com a ferida aberta em meu peito,
Ainda guardo em meu coração nossos momentos mais incríveis.
Se um dia você amadurecer e voltar,
Levarei comigo a esperança de que possamos lutar.
E quem sabe assim, juntos possamos crescer,
E finalmente nossas feridas possamos curar.
Mas se isso não acontecer eu seguirei em frente,
Com as marcas que você deixou em minha alma.
Porque sei que cada cicatriz me faz mais forte,
E me torna capaz de superar qualquer drama.
E assim, mesmo que eu nunca mais te veja,
Guardarei você em uma parte de mim.
Porque você foi parte da minha vida,
E eu te amei, meu menino, até o fim.

Inserida por MrCirilo

⁠Os anos passam e a verdade começa a aparecer. Não sei se posso chamar isso de justiça, pois levou muito tempo para tudo começar a fazer sentido. Mas antes tarde do que nunca.

Inserida por droplets

⁠O vento do mês de Junho
soprou a mais radiante
flor do Ipê-Rosa e levou
para as mãos de Deus.

In Memoriam a Irmã Guilhermina Heinzen.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Levou até minha alma
Deixou a solidão
Meu coração na sua palma
Implorando pelo simples perdão

Inserida por Bys

Quando você foi embora no ano passado, levou junto minha alma em suas mãos e meu coração nos dentes, e eu sabia que nunca conseguiria recuperar nenhum dos dois.

Inserida por pensador

⁠Ela é vilã.
Ela é má.
Ela levou-me até a culpa.
Levou-me também a chance de me desculpar.
Levou com ela o meu perdão e também levou a chance d’eu a perdoar.
Cada face que olho, a cada toque em minha tez, a cada beijo recebido, ela está lá.
Mesmo que ela me deixasse a culpa, eu não saberia a quem culpar.
Ela é vilã.
Ela é má.
Pois ela se foi, mesmo sabendo que é meu Sol, minha luz, meu ar.
Hoje, a loucura tomou conta do meu eu, pois sou grato a essa dor, por fazer-me dela lembrar.
Embebido em devaneios, aquele abraço deu espaço à solidão, e é nela que hoje faço o meu lar.
Pecador que sou, tomei a liberdade de mais um dos capitais criar.
O oitavo e pior dos pecados do homem é amar.
E por pecar demais, do purgatório da sua ausência, não poderei escapar.
Na história que fantasio entre nós dois, estou sempre perdendo, mas não canso de lutar.
E nessas mesmas histórias, ela é a vilã.
Ela é má…

Inserida por wikney

⁠Você me deixou, assim, como o vento que levou as folhas de outono, que juntei com carinho em meu quintal e esse quintal era o meu coração.

Inserida por Johann_Sacconi

⁠Um Brinde ao tempo Soberano!
Que, sem alarde, já nos levou mais um ano...

⁠Um dia precisei sair em busca de um sonho.
Um sonho que me levou ao topo do mundo onde quase consegui alcançar as nuvens.
Pude ver que os sonhos têm o brilho de uma luz intensa, que fez brilhar meus olhos e iluminar minha alma.
É uma luz incandescente que trouxe paz ao meu espírito.
Uma paz que vai continuar brilhando enquanto eu permitir.
Apenas eu...

Inserida por rocajo

E disse: "Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor ".

Inserida por Vitor12

⁠O calvinismo levou para outro patamar o que conhecemos como heresia. Eles refinaram intelectualmente a fórmula das seitas misturando verdades com mentiras, junto com desonestidade e muito malabarismo exegético.

Inserida por VerbosdoVerbo

⁠MEMÓRIAS DA CHUVA
(Laércio J Carvalho)

...Não levou muito tempo até que a chuva começasse. Veio tão forte que o motorista da jardineira foi obrigado a fazer uma breve parada por que os limpadores de para-brisa não deram conta da tromba d’água que caiu. Foi então que Cândido, apesar do vidro embaçado da janela, viu duas garotas se protegendo da chuva num ranchinho à beira da estrada. Entre raios e trovões, o coração de Cândido parecia querer saltar fora do peito. Do outro lado, a garota que deveria marcar para sempre a sua vida, também o observava. Parecia um botão de rosa sob o bombardeio dos pingos da chuva. De tão molhado, o vestido amarelo grudado à pele exibia o lindo corpo de menina moça e seus cabelos dourados ao sabor do vento que varria de um lado para outro o rancho de latas de leite de uma indústria de lacticínios.
A tempestade não durou mais que cinco minutos. Da janela do veículo já era possível enxergar a torre de uma igrejinha. Não estavam a mais que trezentos metros da praça central do povoado e, assim que a jardineira teve o motor acionado, passaram pelas meninas que, de tão distraídas com os jovens viajores, pisavam mais sobre as poças d’água que sobre o lastro da estrada. Cândido se lembrou da música que ouvira naquela manhã no toca-fitas do Corcel amarelo: “Rain Memories”, Memórias da Chuva, com Paul Denver. Estranhamente, ambos sentiram medo; medo de se perderem daquele casual encontro e nunca mais se reencontrassem.
Assim que o motorista encostou a velha jardineira no ponto de embarque e desembarque, o olhar de Cândido não desgrudou das meninas até que virassem à esquerda em uma rua na cabeceira da praça. Porém, de um último olhar antes de virar a esquina, Cândido fez uma leitura de pensamento: *Ela vai voltar!*, concluiu. Enquanto isso, seu amigo não pensava noutra coisa que não fosse um sanduíche e uma garrafa de refrigerante gelado.
Na pracinha, com a esperança de rever seu lindo “botãozinho de rosa molhado”, Cândido ficou a observar os passarinhos em festa nos galhos de uma caneleira em frutificação, enquanto o amigo, bem informado por um habitante local, seguiu rumo à única lanchonete do bairro. Naquele instante o Sol deu suas caras. Como criança assustada com a chuva, aos poucos perdeu o medo voltando a brilhar novamente entre nuvens rarefeitas de algodão. Os manacás de jardins, com floração tardia nos braços da Mantiqueira, inebriavam o ambiente com um doce e suave perfume. As abelhas, num constante vai e vem entre flores e colmeias, não davam trégua ao bem cuidado jardim do pitoresco “Morada do Sol”.
Cândido, entretido com a algazarra dos beija-flores, não percebeu a chegada do amigo trazendo nas mãos um pão com mussarela e uma garrafa de coca-cola. Ao mesmo tempo, do outro lado do jardim, sob a sombra de uma jovem acácia, a mais linda flor de “Morada do Sol” o aguardava. Cândido, com coração a mil, agradeceu a gentileza do amigo, porém recusou a oferta.
_Não vai tomar nem a coca, seu tonto? // Insistiu o amigo.
_Não!... Obrigado!... Sei que está ficando tarde... Mas, por favor, me aguarde no bar por mais alguns minutos.
_Fica frio!... Sem pressa!
Enquanto o amigo caminhava para a lanchonete, Cândido seguiu em direção à bela princesinha dos cabelos dourados que, percebendo sua intenção, se levantou e veio ao seu encontro. Por um momento, ambos tiveram a impressão de estarem caminhando sobre nuvens. De pernas bambas e corações palpitantes, se viram frente a frente a dois passos de se tocarem. Seus olhares se cruzaram; suas bocas tinham sede; seus lábios molhados se mordiam de desejo. Do outro lado da praça, a sentinela que a acompanhava não desgrudava os olhos de ambos os lados da rua. Parecia bastante ansiosa, temendo por algum imprevisto.
Apesar das pernas bambas e o suor excessivo, Cândido tomou a iniciativa:
_Oi!
_Oi!
_Posso saber seu nome?
_Claro!... Meu nome é Lucy!... E o seu?!
_Chamo-me Cândido!... Não é um nome tão bonito quanto o seu.
_Obrigada!... Adorei seu nome!... Você está visitando alguém no bairro ou apenas de passagem?
_Somos estudantes... Estamos vindo de “Espírito Santo das Araucárias”... Meus pais moram em uma fazenda num bairro conhecido como “Voz do Vento”... Você conhece?
_Sei onde fica... Certa vez passei por lá com meus pais... Fomos visitar uma tia doente no município de “São Francisco do Mogi”.
_Não posso parar muito tempo... Meu amigo está ansioso à minha espera... Você pode me dizer se esse ônibus que nos deu carona faz algum horário para “Caracol” no domingo?
_Sim... Às três da tarde, em ponto, ele parte.
_Tenho que visitar meus pais, mas amanhã estarei nesta mesma praça por volta do meio dia... Gostaria muito de vê-la novamente.
_Eu também!... Acho que nem vou dormir direito... Tenho medo de não te encontrar outra vez.
_Preciso seguir adiante... Meu amigo deve estar impaciente... Mas antes quero te fazer uma pergunta.
_Faça!
_O desejo de beijar tua boca está me matando... Posso te beijar, Lucy?
Por um instante a garota sentiu que poderia ter um “piripaque”. A pele de seu rosto tornou-se rosada; seu coração batia tão forte que podia ser ouvido a um metro, que era a distância que os separava. Lucy olhou para a sentinela que, mesmo apreensiva, usou o polegar de sua mão esquerda e respondeu com um sinal de positivo. Suas mãos não paravam de suar. Com voz meio rouca, proferiu sua resposta:
_Sim!... Quero muito o teu beijo... Só te peço que não faças mau juízo de mim.
Cândido aproximou-se de Lucy e, com as mãos envoltas em seus cabelos dourados, puxou-a de encontro ao seu peito, suspirou fundo, inebriou-se no perfume de sua pele, antes de se perderem num beijo apaixonado.
Assim como o cérebro, o paladar e o olfato também têm suas memórias e, ainda que passassem cem anos daquele primeiro encontro, ambos jamais esqueceriam o doce sabor daquele beijo, o qual ficaria registrado para sempre em suas vidas.
No domingo de manhã, já a par das novidades daqueles primeiros quinze dias de ausência, apesar da felicidade de estar junto à família, Cândido saiu a cavalo pela fazenda; porém, por nenhum segundo tirou Lucy do seu pensamento.
Aquele lindo domingo de céu azul não lhe parecia um dia qualquer. As flores do campo se exibiam mais coloridas e perfumadas. Até os passarinhos cantavam mais alegres, em sintonia com os seus pensamentos. A “primeira vítima” dos arroubos daquela paixão adolescente foi um frondoso pé de jequitibá que, a golpes de canivete, teve seu tronco ferido. As inicias “C & L” no centro de um coração ilustraram uma curta frase: “Lucy, eu te amo”.
Após o almoço de domingo, o pai de Cândido, que o levaria até o vilarejo de “Morada do Sol” para tomar o ônibus, percebendo certa ansiedade no filho, perguntou:
_Cândido!... Não acha que está sendo precipitado?... Afinal, o ônibus parte somente às três da tarde, não é isso?
_Pai... Na verdade eu estou em dúvida: não sei se ouvi treze ou três horas da tarde... Melhor irmos mais cedo que perder a jardineira... Não acha?
Mal sabia ele que o filho estava apaixonado e não via a hora do reencontro com sua amada.
Por volta das treze horas, senhor José encostou seu jipe num ponto de ônibus. Bem que desconfiou que a linda garota sentada em um banco à sombra de uma árvore, não estava ali por acaso. Fingindo não prestar atenção, abençoou o filho e retornou à fazenda. Lucy, com um lindo sorriso nos lábios, não continha sua alegria por aquele feliz reencontro. Cândido, caminhando em sua direção, tinha nas mãos um botãozinho de rosa. Antes de beijá-la, pediu licença para ajeitar em seus cabelos o lindo adereço roubado. O céu, de tão azul se confundia com os canteiros de lírio, e o beijo de Lucy, de tão doce, com mel jataí, cujo aroma recendia por toda a praça.
E assim, muitos domingos felizes se sucederam. Quase sempre os encontros se davam naquela mesma pracinha, num intervalo de quinze dias entre um e outro. Para driblarem a saudade, muitas cartas de amor eram trocadas. Porém, a saudade era tão grande que não era incomum o remetente chegar ao destinatário antes da carta apaixonada.
Comum nos arroubos da juventude, certas atitudes ultrapassam os limites do bom senso. Isso na visão de quem nunca viveu uma grande paixão adolescente. Certo dia Cândido esculpiu num fio de arame uma letra do alfabeto. Lógico! Não seria outra senão a letra “L” de Lucy, nome de sua doce namorada. Nas chamas de um isqueiro a gás, aguardou a incandescência do artefato antes de cravá-lo na pele de seu punho esquerdo. Não gritou, nem chorou. Homem não chora, pensou consigo, embora não evitasse uma lágrima sorrateira deslizando sobre a face. Errou feio quem apostou que Lucy não seria capaz de tamanha loucura. Na primeira oportunidade, apesar das lágrimas de dor, cravou em seu punho direito um artefato incandescente com a letra “C” esculpida em arame de aço. Naqueles áureos tempos o romantismo ainda era moda e os amantes amavam. Diferente dos costumes de hoje onde “os ficantes” ficam.
Alguns meses se passaram. Eis que chegaram as tão sonhadas férias de julho. Cândido foi para a fazenda dos pais e alguns hábitos tiveram que ser mudados. Os encontros que se davam com a luz do dia passaram a acontecer no período noturno. Um cavalo branco que atendia pelo nome de Corisco era o meio de transporte utilizado para as visitas de sábado à noite ao vilarejo de “Morada do Sol”. Nessa ocasião, Cândido já tinha a autorização para cortejar Lucy, desde que fosse um “namoro respeitoso”, dizia o orgulhoso pai da menina.
Naquelas noites enluaradas, o pé de Dama da Noite, que próximo ao portão exalava seu perfume, por muitas vezes foi testemunho de beijos apaixonados e suspiros de amor ao som de lindas melodias tocadas numa vitrola no interior da sala de estar da casa dos pais de Lucy. A romântica “Do You Wanna Dance”, na voz de Johnny Rivers, ainda era a música mais tocada naquela época. A paraguaia Perla despontava nas rádios com “Estrada do Sol”; em Italiano, Alle Porte Del Sole, uma versão do grande sucesso de Gigliola Cinquetti de 1974.
Tempos depois, já com a volta às aulas, uma tarde de domingo do mês de agosto ficaria marcada por conta de uma das lembranças mais felizes de suas vidas. Os ipês amarelos, carregados de flor, ditavam a transição para o início da primavera. No banco da praça do inesquecível vilarejo de “Morada do Sol”, Cândido e Lucy se beijaram pela última vez. Apesar dos momentos, até então, só de alegrias, aquela foi uma tarde triste. Quando a velha jardineira buzinou no costumeiro ponto, uma sensação ruim mexeu com os sentimentos de ambos. Lucy parecia adivinhar o que estava por vir. No momento em que a jardineira partiu, Cândido, com o coração apertado no peito, olhou pela janela. Lucy, que tinha nas mãos uma flor de ipê, acenou-lhe pela última vez daquele pedacinho de chão encantado...

Inserida por LaerciojCarvalho

⁠"A pandemia veio, fez um grande estrago, levou várias pessoas, e as que ela não pôde levar já não são as mesmas; já não se divertem como antes, já não conseguem rir verdadeiramente."

Inserida por marciobrandao_sdj

⁠O tempo leva tudo, levou até a tua beleza…
O que restou?

Inserida por Lu_Correia

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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