Nunca Magoe uma Mulher

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Calmaria

Tempo ameno
Sem palavras ao vento
Sem vento, ao menos
Mas com uma gritante tentação
Que silencia feito trovão
De desejo de você
De vontade de te ver
De solidão...

Eu sou assim...
Sempre uma metamorfose entre as tantas borboletas
Que eu já me transformei na vida!

Sombras,

Buscai a ti nos confins da poesia. Ouse. Admita uma vontade. Sinta o chamado. Se apresse, que estão escrevendo sobre sua dor. Porém, há sombra na pena desse poeta. Não é verdade que a minha verdade é singular?

Entre ser feliz com a simplicidade da realidade e infeliz com uma falsa sensação de alegria que as fantasias causam, escolho a realidade.

Até consigo conviver com uma pessoa burra, mas jamais conseguirei conviver com uma pessoa ignorante. Por quê? Porque o burro você ensina e, pode demorar, mas ele aprende. O ignorante, por mais que você esfregue a verdade em sua cara, ele continuará achando que está certo e, no entanto, está totalmente errado.

O silêncio no olhar de uma criança,
o perfume na simplicidade da flor,
o conforto no calor do abraço,
o recado no valor do sorriso,
o alívio no frescor da brisa,
a segurança na palavra amiga;
tudo me leva a crer: sou mesmo um pobre.

"Mentir a uma pessoa é pecado, agora a um país é política."

Eu sou uma guerreira. Em alguns momentos eu posso até recuar, mudar de estratégia e voltar à batalha, mas desistir nunca!

Uma bobagem dita com sinceridade é mais bela que uma verdade dita por um homem falso.

(Renascimento de uma fênix)

Frutos da causa e efeito, das más e boas experiências, somos, fomos e seremos. Passamos por um processo de continua auto-reciclagem a cada dia vivido. Por vezes nos tornamos impacientes, arrogantes, talvez, por todas as traições, as decepções para com as pessoas com as quais empenhamos confiança. Nossa esperança é machucada, e um dia ela volta, anestesiando a nossa dor, clamando por um novo recomeço, clamando por felicidade, pois temos esse direito, mas as coisas voltam a sua estaca aparentemente inicial, novamente percebemos que as pessoas valem menos a cada dia, e então sofremos calados, ainda crentes de que um dia as coisas mudarão. E um dia percebemos que tem gente realmente disposta a nos ajudar sem receber nada mais em troca que um único sorriso em nossas faces agradecidas, um pagamento valioso para poucos, e superficial para muitos. Percebemos que existe gente disposta a nos amar sem intenção alguma de nos magoar, ou de se aproveitar negativamente disso. Percebemos que o mundo não é feito somente de pesares, passamos a enxergar mais cores em uma visão antes monocromática e triste, mas ainda assim, machucada, e a partir daí nasce um singelo sorriso, que até então, fora reminiscência de uma face petrificada e corrompida pelos maus que lhe causaram. Nasce uma nova esperança, ainda que pequena e digna de precaução, mas ainda assim, esperança...

A vida de uma pessoa não é o que lhe acontece, mas aquilo que recorda e a maneira como o recorda.

Perdido no meio de uma imensidão de água, encalhado na mais fina areia, o sonho persegue a sua similitude realidade. O esforço nunca é em vão, porque as marés vêm e vão, as ondas desfazem a monotonia das águas e as areias o repouso dos conformados.

O que torna uma pessoa especial é sua capacidade de viver intensamente por uma causa. São raras nos dias de hoje. Vive-se muito pela metade. Pessoas que se empenham na realização de seus sonhos não se conformam com a uniformidade. Assumem o preço de serem diferentes e, geralmente, nadam contra a corrente. Isso requer coragem. Coragem de ser, não simplesmente de fazer. Ser é mais difícil do que fazer, afinal, é no ser que o fazer encontra o seu sustento. Faço a partir do que sou. Não o contrário.

Tenho encontrado muita gente perdida no muito fazer. Gente que perdeu totalmente o referencial existencial de suas vidas. Gente que se empenhou e investiu na vida só para um dia poder fazer alguma coisa. Estudou, lutou, aprofundou, com o desejo de um dia poder desempenhar uma função. É claro que o fazer também realiza, faz feliz, mas não podemos negar que há uma realidade que precede o mundo da prática.

O amor, embora seja um verbo, antes de uma emoção, é uma daquelas áreas nas quais todos nós gostaríamos de controlar os dois lados da equação, mas só podemos controlar o nosso lado. E torcer!!!

Compartilhar é uma das maiores qualidades espirituais. O milagre é que quanto mais você compartilha sua felicidade, mais você tem..."
Osho

Quem sou eu? Uma amante do mundo. Uma garota de mil cores, mil faces, mil maneiras. Porém, única!
Sim, sou algo complexo que as vezes eu mesma me desconheço.

Quando você tem uma meta, o que era um obstáculo passa a ser uma etapa de um dos planos.

A aceitação generalizada de uma ideia não é prova de sua validade.

Dan Brown
O Símbolo Perdido

Tem vontade de fazer? Então faça! De uma forma ou de outra irão te julgar.

TERÇA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2007

Existe sempre uma coisa Ausente - Caio F.
Paris — Toda vez que chego a Paris tenho um ritual particular. Depois de dormir algumas horas, dou uma espanada no rodenirterceiromundista e vou até Notre-Dame. Acendo vela, rezo, fico olhando a catedral imensa no coração do Ocidente. Sempre penso em Joana d’Arc, heroína dos meus remotos 12 anos; no caminho de Santiago de Compostela, do qual Notre-Dame é o ponto de partida — e em minha mãe, professora de História que, entre tantas coisas mais, me ensinou essa paixão pelo mundo e pelo tempo.

Sempre acontecem coisas quando vou a Notre-Dame. Certa vez, encontrei um conhecido de Porto Alegre que não via pelo menos á2o anos. Outra, chegando de uma temporada penosa numa Londres congelada e aterrorizada por bombas do IRA, na época da Guerra do Golfo, tropecei numa greve de fome de curdos no jardim em frente. Na mais bonita dessas vezes, eu estava tristíssimo. Há meses não havia sol, ninguém mandava notícias de lugar algum, o dinheiro estava no fim, pessoas que eu considerava amigas tinham sido cruéis e desonestas. Pior que tudo, rondava um sentimento de desorientação. Aquela liberdade e falta de laços tão totais que tornam-se horríveis, e você pode então ir tanto para Botucatu quanto para Java, Budapeste ou Maputo — nada interessa. Viajante sofre muito: é o preço que se paga por querer ver “como um danado”,feito Pessoa. Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio.

Enrolado num capotão da Segunda Guerra, naquela tarde em Notre-Dame rezei, acendi vela, pensei coisas do passado, da fantasia e memória, depois saí a caminhar. Parei numa vitrina cheia de obras do conde Saint-Germain, me perdi pelos bulevares da le dela Cité. Então sentei num banco do Quai de Bourbon, de costas para o Sena, acendi um cigarro e olhei para a casa em frente, no outro lado da rua. Na fachada estragada pelo tempo lia-se numa placa: “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta) — frase de uma carta escrita por Camilie Claudel a Rodín, em 1886. Daquela casa, dizia aplaca, Camille saíra direto para o hospício, onde permaneceu até a morte. Perdida de amor, de talento e de loucura.

Fazia frio, garoava fino sobre o Sena, daquelas garoas tão finas que mal chegam a molhar um cigarro. Copiei a frase numa agenda. E seja lá o que possa significar “ficar bem” dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem. Tomei um Calvados, entrei numa galeria para ver os desenhos de Egon Schiele enquanto a frase de Camille assentava aos poucos na cabeça. Que algo sempre nos falta — o que chamamos de Deus, o que chamamos de amor, saúde, dinheiro, esperança ou paz. Sentir sede, faz parte. E atormenta.

Como a vida é tecelã imprevisível, e ponto dado aqui vezenquando só vai ser arrematado lá na frente. Três anos depois fui parar em Saint-Nazaire, cidadezinha no estuário do rio Loire, fronteira sul da Bretanha. Lá, escrevi uma novela chamada Bem longe de Marienbad , homenagem mais à canção de Barbara que ao filme de Resnais. Uma tarde saí a caminhar procurando na mente uma epígrafe para o texto. Por “acaso”, fui dar na frente de um centro cultural chamado (oh!) Camille Claudel. Lembrei da agenda antiga, fui remexer papéis. E lá estava aquela frase que eu nem lembrava mais e era, sim, a epígrafe e síntese (quem sabe epitáfio, um dia) não só daquele texto, mas de todos os outros que escrevi até hoje. E do que não escrevi, mas vivi e vivo e viverei.

Pego o metrô, vou conferir. Continua lá, a placa na fachada da casa número 1 do Quai de Bourbon, no mesmo lugar. Quando um dia você vier a Paris, procure. E se não vier, para seu próprio bem guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo.

O Estado de S. Paulo, 3/4/1994

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