Nota
Não sei explicar se o rádio diz teu nome antes de cada canção, ou se sou eu quem o sussurra sem notar; por vezes, ouço tua voz nos acordes do violão e me apaixono.
Perdi... E daí?
Perdi um amor como quem perde as chaves e só nota na porta de casa, enquanto cruza as pernas, apertada para ir ao banheiro- sou puro desespero. Procuro dentro da bolsa- uma bagunça! Viro-a ao contrário, vai tudo direto para o chão: carteira, corretivo e coração. Vasculho por baixo do forro; Vasculho dentro de mim. Perdi um amor… Daqueles que poderiam ser um estouro, uma explosão de confetes, uma carreata para Ave Maria, fogos de artifício! Perdi um amor de novela, perfumado com todo o dramalhão mexicano, abdomens sarados e rímel misteriosamente intacto nas manhãs de domingo. Contudo e, sobretudo, refogado num vale de lágrimas, mentiras e ilusão. Quem disse que seria bom?! Perdi um amor que poderia ser tão quente quanto café expresso. Mas seria, então, tão amargo quanto? Tão rápido quanto? Tão pequeno quanto?! Talvez. Não sei… Perdi-o na varanda de casa, no ponto do ônibus, numa festa de família. Perdi um amor justo quando pus meus pés na avenida. Na euforia do desfile, na batida dos tambores, esqueci que a fantasia não se veste todo dia. Os paetês sempre caem e caem… Poderia ter sido meu amor cigano, minha febre, meu ás de copas, meu rei. Perdi um amor que de tanto se enfeitar, exagerou no blush, no comprimento e na altura. E, pensando bem, me falta, é claro, a inércia da protagonista frágil, da novela das seis, em sua paixão tímida, quase sussurrada. Eu sou daquelas que grita os sentimento do alto da escada! E se não acho o amor ou as chaves, ora, toco a campainha do vizinho! Aproveito, como uns biscoitinhos e ganho um desconto no valor do condomínio. Ah, esse amor tolo, prometeu tanto que não aguentou o tranco. Preferiu se “aventurar” em clichês água com açúcar à desnudar uma vida a la Hollywood comigo. Acreditam nisso?!
http://glacecomlimao.wordpress.com/2013/03/19/perdi-e-dai/
O presente, assim como a nota musical, nada seria se não pertencesse ao que passou e ao que há de vir.
DUETO DO DESEJO
O homem que concede a namorada a exigida prova de amor, pode tirar nota mil na hora do exame,e ver-se abandonado com um complicado zero depois!da cantada!
Por isso eu aprendi que é melhor tocar,do que cantar sem afinação!
Más se ambos agradarem entre si:pode rolar um bom e delicioso dueto de voz,gritos,e gemidos!!!
Nota de um louco sem saber seu caminho na terra!
Não sei o que me espera, nem o porque de caminhar descalço sobre pedras,
só quero encontrar meu lugar no mundo!
Alguém um dia me disse, mas minha intolerancia me deixou surdo, vivo sonhando acordado.
Sei lá, talves até pareça desesperado, já estou cansado,
trabalho, trabalho e mais trabalho, trabalho tanto que não consigo olhar pro lado, só faço aquilo para que fui doutrinado, as vezes acho que a vida tem outro sentido!
Amizades sem amor, homem sem valor, onde será que eu estou?
Perdido no mundo, em meio a vários absurdos, só não dá pra viver calado.
Dizem que a vida é só começo mas se já comecei errado, qual será o resultado? Eu também não sei, entre erros e acertos eu faço a minha parte, só sigo devagar, cada pé em seu lugar, sem aumentar muitos os passos pra não cair e tropeçar. E se isso acontecer, não irei me aborrecer, não dá pra subir quando se está no topo, mas se estiver no chão levante e comece denovo.
Sinto falta, mesmo, de quem de mim também sente. Se visivelmente vejo que não nota a minha existência, faço exatamente o mesmo.
Valorizo quem me dá valor. Se mostra que não se importa comigo, deixa de ser importante para mim.
Não mendigo atenção de ninguém. Se não me der de livre e espontânea vontade e de coração, não vale a pena ter.
Se não me liga, eu também não ligo, se não me olha, eu também não olho, se não faz por mim, eu também não faço, e não é insensibilidade ou frieza, pelo contrário, tenho sangue quente correndo nas veias, mas hoje eu sou, aprendi a ser, a vida me ensinou e por pura necessidade, bem prática.
Para ir de volta, tem que vir primeiro. Posso querer loucamente, sentir quase que incontrolavelmente, mas se não houver retorno, com toda a minha sanidade de quem se ama em meio à loucura de quem ao outro ama, guardo o que sinto em um lugar bem frio, gelado e vou praticando o "não dou a mínima", embora, por dentro, tudo o que sinta é raiva por querer demais oferecer toda a ternura, e por ter tanto amor próprio, não me permitir agradar.
Sou extremamente romântica e sempre serei, mas, pelo que me consta, deixei de ser burra há muito tempo.
Uma nova nota.
Pego uma folha, num bloco quase esquecido.
E começo um novo texto, algo que penso.
Procuro uma nova idéia, num zilhão de pensamentos.
O momento certo, tudo me influência.
Insetos, folhas de arvores, vejo e lembro momentos.
Lembro das pessoas importantes, escritores, pensadores.
Algo que complete o meu novo texto.
Do qual ainda nem mesmo começei a escrever.
Coloquei o papel em cima da mesa, mas a inspiração é pouca.
Entre um cigarro e outro, uma frase.
Vejo que é uma fase, como aquelas que passam.
Mas não passa, nada passa e quando vejo já passou o tempo.
Olho nos olhos, vejo a cara de insonia, e as 3:17 um novo pensamento.
Como o medo é capaz de me tomar o folego.
Medo de não ter do que escrever, de não escrever o que penso.
Medo de pensar e de perder o pensamento a qualquer momento.
Queria eu eternizar, penso.
Eternizar os momentos, eternizar a lembrança.
E então tudo muda.
Numa sensação de ver e viver tudo de novo, talvez um dejavu da minha própria vida.
Esperança, a espera de algo que ainda virá.
Fé, acreditar, falta.
E me falam que eu procuro demais no vazio coisas que nem mesmo sei o que quero encontrar.
Que irei entender quando vivenciar, mas é como vivenciar o que nunca vi antes.
Como aprender algo novo sem nunca ter ouvido falar.
O sol nasce, ainda estou tentando entender o porque de escrever quase nada sobre o agora.
Agora é tão relativo, e quando pensamos no agora já passou o que queriamos mostrar.
Cada segundo deveria ser filmado, gravado na memória.
Mas como pensar em filmar quando você ainda está tentando viver o momento.
Perderia a graça então ver novamente o momento?
Nas várias vezes que vessemos o momento já passaria outro momento, e perderiamos o tempo de fazer algo novo.
Algo como escrever numa folha, num bloco quase esquecido e que nunca mais lembrariamos de ter escrito.
Textos que foram lidos e agora, são ainda momentos a se aprender.
Você me faz falta sem perceber. Eu te amo e você nem nota. Eu não sou nenhum poeta, mas meus versos são pra você.
E cada nota que eu toco, cada tom que invento, cada letra que eu componho. É em você que eu penso. É pra você que eu canto.
Eu preferia viver na esperança de que uma nota de 3 reais iria valer muito ainda do que ficar esperando uma pessoa mostrar seu valor.
Segundos, são poucos.
Minutos, somem.
Horas, passam.
Dias, voam.
E você só nota que fez pouco em sua vida...
quando os anos chegam.
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