Ninguem se Encontra por Acaso
Quem me dera conseguir desligar,
Daquilo que está ligado ao acaso
O problema é que o coração sempre está em stand-by.
A impunidade se alimenta das
fraquezas sociais, não por acaso amparando-se em impertinencias, tais como; Os
cães ladram e a caravana passa.
Fique... Eu só preciso que você fique não precisa falar uma palavra, mas fique se por acaso me ver chorando, ainda assim permaneça em silencio... São dias nublados, longos e cinzentos e eu só preciso saber que você está aqui... Próximo... Que tal tomarmos um vinho, um chá ou um café? Não importa é apenas um motivo para falarmos sobre ausências... Sei que vai me ouvir, falarei do amor e dos dias felizes, permaneceremos assim por horas, eu você e a saudade... Sim a saudade... Ela sempre permanece.
" Algumas pessoas parecem ter o raciocínio de um cachorro...
Daí me perguntam:
Por acaso um cachorro raciocina?
E eu lhes respondo:
Eis a questão!"
Ronilson Ronniê
Meu destino não traço
Não desenho, desfaço
O acaso é o grão-senhor
Tudo que não deu certo
E sei que não tem conserto
Meu silêncio chorou, chorou...
Coincidências à parte
Daquele que parte
Livremente
Para qualquer parte
Destinado ao acaso
Unindo suas partes.
Encontrou-se.
TOLICES
Não se atenhas nas vãs tolices
onde o valor é de mero acaso
e que no fado imprime atraso
e na lucidez pascácias burrices
Não tenhas pelo juízo descaso
só bons intuitos trazem ledices
pois futilidades são só sonsices
e na vida se tem um curto prazo
Sê sensato, saia das mesmices
não gaste o tempo criando caso
nem tão pouco com tagarelices
Tudo é precioso, e o mérito é raso
pra desperdiçar com parlapatices
pois o banal pode virar compraso
Luciano Spagnol
agosto, 2016
Cerrado goiano
Não se atenhas nas vãs tolices
onde o valor é de mero acaso
e que no fado imprime atraso
e na lucidez pascácias burrices
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Eu apenas ando por ai, juntando os cacos que você deixou e se por acaso me encontrar... Me ajude a juntar os cacos que você deixou
Alguns momentos de nossas viodas,nos sentimos assim,como retalhos de tecidos,que costurados ao acaso,transformam-se obras de arte,em trabalhos de ,maos de fada...
LOGO AO LADO
Não é por acaso
Está logo ao lado
Calor elevado
Desejo abafado
Qual o motivo do lado a lado?
Qual o motivo do beijo não dado?
Será um amor imaculado?
Será um medo demasiado?
Será um encontro premeditado?
Logo ao lado
Tudo sobrado
Tudo faltado
Logo ao lado
Será um sentimento nunca lutado?
Será para sempre julgado?
Estará ele sentenciado?
Logo ao lado
Deus eu não acredito em encarnação, mais se por acaso isso existisse, dai-me a graça de morrer em nome do amor, mesmo que seja em todas as minhas encarnações.
Acaso
No acaso não me cabe
Apontar o dedo ou julgar
Pois quem veio pode voltar cedo
Mas também pode ficar
Pois o acaso nunca sabe
Quem veio pra lutar
E se não luta é porque acha feio
Ou talvez porque morre de medo
E pra não derrubar
Ele pisa logo no freio
Evitando deixar no chão
Tudo aquilo que o arreio
Um dia não conseguiu segurar
Quando veio correndo
E não segurou o rojão
Tremendo feito vara verde
E quase pifou o coração
O acaso me persegue
E eu finjo que não percebo
Pois a vida é um reggae
E o que ela der eu recebo
Porque assim como a vida
É sagrada
É sacramentado á ela
Também o ocaso.
Por acaso
E como se, sozinho, pudesse mudar o mundo! Pudesse deixá-lo melhor, ou pelo menos próximo do ideal. E como que por instrumentos pudesse navegar pelos céus, legislando em causa própria, sendo prepotente, arrogante, egoísta - como nunca fui, como pensei que talvez nunca viesse a ser. E como se de mim dependessem os mais fracos, e fraco, eu não correspondesse às expectativas.
E a véspera do ano novo titubeasse, feito um bêbado as margens da via observando o fluxo do trânsito - como se previsse um acidente. Mas tudo não passa de um grande incidente... Minha presença neste lugar, tais pretensões, tal ausência. Puro acaso!
Em meio a tudo isso, imerso em meu próprio mundo - mesmo que sem intenção - tive a impressão de que o lugar estava ficando menor, diminuindo, diminuindo-me - não de tamanho. De humanidade talvez! Não sei explicar.
E era como se eu esperasse, só esperasse, sem a pretensão da chegada de alguém, as margens da via, da vida - esperasse. Só esperasse. Assim como quem nada espera, só espreita – arguto amiúde, solitário em uma mesa de bar. E como se esperasse a morte, e só a vida se fizesse presente - nas buzinas efusivas dos carros no fluxo fluido da via, e no Tissss... do gás escapando apressado de dentro das garrafas de cerveja, abertas quase todo tempo.
E como se negasse tal ausência... Insólita, visceral, sobre-humana – meu corpo fosse se desfazendo de sua altivez, fosse perdendo sua rigidez; e meus olhos fossem esmaecendo, perdendo o brilho, se apagando; e suas cores fossem se desbotando, se descolorindo, deixando de ser. E ainda sozinho no bar, eu ouvisse cadeiras sendo arrastadas abruptamente, e ouvisse barulho de vidro tinindo no chão e se partindo em mil pedaços, em pedaços tão minúsculos quanto eu naquele momento. E as vésperas do ano novo, semi-anunciado no céu pelos fogos apressados de alguns e pelas milhares de pessoas bêbadas que surgidas do nada, agora me faziam companhia, abraçando-me, oferecendo-me champanhe e celebrando em voz alta enquanto diziam umas as outras, incessantemente: FELIZ ANO NOVO!
E como em todo fim... Felicidade ou tristeza, prazer ou dor, sorrisos ou choro – com ou sem lágrimas. E assim como em todo fim um reinício, uma nova oportunidade de ser o que se quiser ser – diferente de antes, melhor que ontem! De fazer algo por si mesmo, ou de fazer o mundo pequeno diante de teus mais agudos anseios de mudança. E depois de tudo isso... As pessoas ao redor, desconhecidas entre si (em sua maioria) agora se abraçavam, se curtiam, e pareciam felizes de verdade! Se talvez já fosse ano novo... Mas nada era novo ainda! Nem o ano, nem as pessoas, nada. Eu não entendia o porque de tanta inquietação. Era véspera de ano novo! Véspera.
