Nem Sabes Chegaste quando eu te Sonhava Poema
MENINA DA ALDEIA - Poema de Almany Sol
Eu juro, nunca imaginei que seria assim,
que aquela garota serena com olhar meigo,
sem amigos, toda reservada, tão acanhada,
pudesse ser essa cabocla formosa e atraente.
Essa transformação é um ato da natureza,
que estava escondido no amanhecer da vida.
Menina da aldeia de alma pura como a flor,
tuas virtudes fez desabrochar teus encantos
para você brilhar lá no infinito do amor
como uma exótica estrela de coração nativo!
Eu queria escrever um poema simples
Que falasse um pouquinho só
De coisas que a gente, normalmente
Tem deixado sempre de lado
Eu queria dizer coisas
Que te fizessem perceber
Ou que talvez me acordassem
E fizessem olhar
Pro ar
Pro Mar
Olhar para o Céu
Parar de olhar somente
Para as coisas que definitivamente
Não valem
Por mais que, de repente
Me calem
E que mais tarde
Olhando direito
Não convencem
Muito menos
Impressionam
Pois, na verdade
Nada me impressiona tanto
Quanto os raios do Sol
A fugir por detrás das nuvens
Irradiando Luz prateada
Eu queria só saber
Por que é que não consigo
Te convencer
Por que é que você
Olha, ouve... diz que pensa
Faz cara de paisagem
Mas nunca, porém
Entende nada
Continua vivendo ensimesmada
Parada, julgando o que não viu
Chorando o que não sentiu e nem viveu
Por que é que eu não consigo
Num simples poema simples
Fazer-te entender
As coisas que digo?
BORBOLETA
Eu não farei poema à borboleta,
inseto que esvoaça sobre a rima
furtada da inequívoca obra-prima
jamais escrita por esta caneta.
Persigo a perseguida de veneta,
mas voa a rima alheia à minha estima
a qual “torce, aprimora, alteia, lima
a frase”, que se esconde numa greta.
E o muro, “paredão todo gretado”,
é sóbrio, é careta, e é quadrado,
mas guarda para si aquela greta.
Solitário empunhando esta caneta
por ser da borboleta rechaçado,
achei-me, em outra greta, contentado.
Eu queria fazer um poema.
um poema para acalmar o teu coração.
Dizer-te ao ouvido todas as palavras.
de amor e de esperança para sentires o teu corpo flutuar.!
INDISPENSÁVEL POEMA
O amanhã é uma ilusão,posto que ainda não existe
Eu tento me libertar do passado para não seguir tão triste
Invisíveis são as correntes que me prendem a um tempo que não existe mais
Incríveis são os momentos que devo deixar para trás
Insuportaveis são as dores que torturam a alma doente
Infinitas são as lembranças que pertubam a pobre mente
Irreais são os sorrisos que se lançam a minha frente
Imortais são os desejos que no olhar se faz presente
Incessantes são os sonhos que vagam no inconsciente
Inquietantes pensamentos maliciosos e inocentes
Inexplicaveis sentimentos que não se fala,só se sente!
"Com texto"
Eu.
Você.
Nós dois.
Cadê?
Sonho.
Lágrima.
Poema.
Página.
Dia.
Noite.
Alma.
Açoite.
Café.
Chá.
Cama.
Sofá.
Luz.
Sol.
Coberta.
Lençol.
Mar.
Rio.
Quente.
Frio.
Sorrisos.
Abraços.
Pés.
Descalços.
Música.
Arte.
Cinema.
Marte.
Mente.
Confusa.
Legião.
Cazuza.
Cigarro.
Isqueiro.
Ultimo.
Primeiro.
Diferente.
Igual.
Começo.
Final.
E nessas madrugadas
Que tento te escrever o poema mais bonito
Que chegue perto
Do extremo que eu sinto
Para lhe mostrar
As intenções de um olhar
Planos de um futuro bonito
Vontade de te amar
Por todo o infinito
Que não se compara ao teu sorriso
Mas repito
Cada verso que te segue
Cada dia meu, aflito
Cada sonho me persegue
Do teu lado que eu vejo
Todo dia tu consegue
Despertar mais meu desejo
De te dar um beijo
Sentir-me completo, inteiro
Te anseio, minha linda
No meu texto, és bem lida
Nas manhãs da minha vida
Tua presença é sentida
Nas noites mal dormidas
Nas nossas despedidas
Cada palavra me domina
Como essas:
Seja bem-vinda, vida!
Eu serei,
Se você, poesia for em mim.
Nesse dilema,
Eu sou poema
Que sempre termina com um sim.
No embalo do amor,
E seja onde for,
Entraremos na dança feito crianças.
E seremos um só coração,
Vivendo na sintonia da nossa paixão.
Letras perdidas de um poema esquecido...
Frases longínquas num amanhecer qualquer.
Sou eu,
rabisco desordenado do inusitado,
rubrica do querer aflorado,
singulto de um coração que chora e sente...
Como se desvencilhar da solidão, Algoz que me condena?
Como retratar o belo, qdo teu rosto na lembrança encena?
Como orvalhar a flor,
pétala por pétala,
adubando/nutrindo o sentimento?
Nutrir,
querer,
desejar e ter,
verbos que se misturam/entrelaçam com os adjetivos que a ti são destinados:
bela,
linda,
diva de meu mundo,
sacerdotisa de meu sentimento...
22.09.13
JRicardo de Matos Pereira
Um poema que caiba em mim e eu, nele...
Uma canção que “de(cifra)” em mim e eu, nela...
Um vento que me leva daqui e eu, brisa!
O sol que brilha em mim e eu, girassol!
O inverno que esfria meus pés e eu, “hibernando outono”!
O verão queimando em mim e eu, “primaverando”, em você, no mundo, nos encontros e encaixes!
Ela me serviu um café
Amargo e frio
Sem sorriso ou poema,
Disse que eu tinha partido
Não dividira o pão,
Nem me olham os tascos...
Um velho bolo insosso grudado
No céu da boca de pecados,
Sem doce, luz negra
Bom dia, tchau.
Último poema
E uma súbita e inexplicável angústia me invade.
Tão cedo. Tão sem avisar.
Eu até sabia que um dia a poesia perderia a graça.
Torci tanto que não fosse já.
Morrem com vida meus versos, talvez a pior das mortes.
Antes estar sendo devorado por corvos
E provocando no ar um cheiro de carniça
A ficar “morfinando” a falta de inspiração.
Acreditei no sonho que talvez só eu sonhasse
Sem que o talento soubesse.
Dei-me por completo ao poema.
Dei-me em todas as letras do alfabeto.
Pensei cobrir-me de tudo,
Mas fiquei completamente descoberto,
Esquecido, escondido, cego, surdo, mudo e quieto.
Permita-me Deus, ao menos,
Escrever o epitáfio para meu último teto.
“Pensou saber, mas morreu analfabeto”
Poema da indiferença
Se Ontem eu queria... Hoje já não quero mais.
Se Ontem eu gostava... Hoje já não gosto mais.
Se Ontem por alguém eu esperava... Hoje já não espero mais.
Se Ontem eu me desiludia... Hoje já não me desiludo mais.
Se Ontem por algo eu sonhava, Hoje pra mim tanto faz.
Hoje eu queria. Ah, como eu gostaria!
De escrever um poema
Que entrasse na ordem do dia
Palavras que a ninguém ofendesse
mas que porém, confundisse
e quando finalmente você visse
Achasse que é poesia
um poema que vencesse
concurso de fotografia
poema que te pedisse
pra aparecer qualquer dia
Que agradasse a Ana Júlia
A Patrícia e a tia Luzia
Que fosse tão interessante
a ponto de ficar exposto
na sala, na sua estante
botasse um sorriso em seu rosto
se a letra fosse miúda
você fosse procurar a lupa
e te fizesse ficar muda
ao perceber o meu pedido de desculpas
uma mensagem subliminar
neste poema tão vulgar
mas eu já sei que não vai ler
então eu vou ficar assim distante
sem um poema em sua estante
e um cantinho em seu coração.
EXTRAVIO
Eu preciso de um poema
Forte
Inanimado
E absolutamente vazio.
Eu pressinto um poema
Na liturgia velada do teu jogo de sombras
Posto que sei imenso do azul.
Eu esgoto o meu desejo
E arrebento o desconforto
De ter tido saudade
De ter tido o tempo exato
De desmerecer o cálculo.
Eu imploro o poema digno de nada
Digerido em minha ossatura tenra
E despreparada.
Eu impugno o poema que me cospe
O sabor errático da vitória.
(Em mim, gangrena)
Eu mastigo o fracasso
Como quem disseca
A ultima doçura daquela goma
- já incolor -
A grudar intestinos.
Eu encolho o poema
E sem as rimas
Disfarço
A dimensão de meus pormenores.
Eu esqueço o poema
No bolso da calça preta
E amarrotada
Que um dia já existiu na minha lembrança.
Eu preciso o poema
Na falta
Na tua falta
Em não presença
De estar aqui.
Eu
Simplesmente
Perdi
O poema
Num achado de esperanças.
POEMA PRETERIDO
E se eu te escrever
Um poema
Que não for teu
Mas capaz de restaurar
O silêncio que exalta
Nossas memórias ressequidas?
E se eu for capaz de te amar
Mas nunca mais
Capaz de te escrever
Poesia alguma?
Como fica?
Termino o poema, sei que te pareço distante
fecho o computador aqui estou eu amor
agarras-me nos teus braços com força
sinto-me como se estivesse na lua
o nosso amor desentranha-se com ternura
como se a primavera, a vida, a esperança ...
entrasse nela com toda a paixão .!!
ATENÇÃO:
Eu disse atenção?
Sim, ATENÇÃO!
Esse poema não é bonito,
Ele traz você,
E com você vem o amor
E com o amor vem a dor,
E com a dor, eu não posso mais.
MAIS UM POETA
Talvez você me pergunte,
Se eu sou algum poeta,
O meu poema escute,
Me faça a pergunta certa.
Eu sou poeta que escrevo,
Mas todo humano é na certa.
O bebê que nasce, eu me atrevo
Dizer: nasceu um poeta!
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